— Até que enfim uma babá que a Sophia goste. Amanhã, você poderia passar em minha casa, para tratarmos do assunto? Se você aceitar, é claro.
Como não aceitar? Estava desesperada por um emprego, morrendo de medo de atrasar as parcelas da faculdade. Estava vendo meus sonhos descerem por água abaixo.Ter que voltar para São Carlos, sem meu diploma, não é uma opção. Eu toparia qualquer trabalho honesto para me manter aqui na cidade. Ainda tem o fato de eu amar crianças, será um trabalho prazeroso!— Sim, sim! Eu aceito!Respondi rapidamente, tentando conter minha euforia, um sorriso satisfatório automaticamente se formou em meus lábios. Meus olhos brilhavam, a senhora Bárbara colocou a mão no peito e respirou fundo, ela parecia estar aliviada com a minha resposta.— Vamos querida, sente-se para almoçar com seu querido "papai" ele está vindo.A senhora Bárbara falou com a filha sobre o pai e o "papai" soou com desdém. Senti um clima pesado e fingi não perceber, pois, a vida pessoal deles, não me interessa.— Bom, com licença, eu vou voltar para a minha mesa.Eles sinalizaram com a cabeça concordando, eu saí de lá, para perto da Carla.— Mel, você pode ir buscar duas cervejas para nós, por favor? Enquanto eu me sirvo de um pouco mais de churrasco — Carla me pediu, com um olhar presunçoso. Entrei na cozinha mexendo no meu celular e fiquei enojada quando vi uma mensagem do Alex."Oi, podemos conversar? Tanto tempo se passou espero que não esteja me odiando".Fiquei inojada com a ousadia daquele traste. Depois de tudo que ele fez, ainda quer conversar? Ele que converse com a piranha da Eliza.Continuei andando entretida com a mensagem, enquanto caminhava apressada pela enorme cozinha. De repente, senti meu pequeno corpo bater contra uma imensa parede de músculos que estava à minha frente, com o impacto acabei sendo derrubada no chão.— Você não deveria mexer no celular enquanto caminha, garota! — Bradou um tanto irritado.Devo ter batido forte minha cabeça no chão, morri e fui parar no céu? Que diabos! Que homem lindo era aquele? Nossa Senhora da Bicicletinha, me dê equilíbrio!O homem é alto, cabelos desgrenhados num tom castanho-claro, olhos na cor avelã, lábios carnudos e a boca desenhada perfeitamente em formato de coração. Trajado em uma bermuda branca e uma camisa vermelho carmim gola "V" meia manga coladas em seus braços musculosos.— Desculpe-me.Minha voz saiu praticamente num sussurro! Ele estendeu o braço para me ajudar a levantar, sem esforço algum me puxou, como se meu corpo fosse uma afronta à lei da gravidade e não tivesse peso algum.— Não precisa se desculpar, só tome cuidado por onde anda garota. — Me olhou sem expressão alguma olhos, me senti intimidada com seu tom rouco e estrondoso. Ele piscou um olho e deu as costas, indo para a porta dos fundos.Caramba! Esse é meu futuro patrão, pai daquela menina linda. Ela tem os traços dele, até o lindo desenho da boca. Agora, sei de onde ela herdou tanta beleza."Que a nossa senhora das mulheres derretidas me segure, pois, eu estou desmanchando na cozinha". Entretanto, ele é um homem casado e não quero me envolver numa encrenca desse tamanho, jamais! Fugindo dos meus pensamentos, foquei na bebida que a Carla me pediu, peguei duas cervejas bem geladas e voltei para o jardim.Sentindo-me constrangida, voltei para onde a Carla estava. Minha amiga não disfarça em momento algum, ela olha descaradamente para o marido da senhora Bárbara. Sorrio da distração da minha amiga, no entanto, não é só a Carla que está comendo o homem com os olhos, às duas tias dela também estão quase deixando a baba escorrer pelo canto da boca.Sophia parecia muito feliz com a presença do pai. Eles brincaram e correram pelo jardim, ele parece ser um ótimo pai. Os olhares e risos emanam a reciprocidade do amor e do carinho entre ambos. A senhora Bárbara não se importa com a alegria dos dois, ela é indiferente, não aparenta ser aquele tipo de esposa e mãe babona que admira cada momento feliz em família.— Olha amiga, eu não te mostrei o lindo CEO no ramo das joias — Carla pega no meu braço e acena com a cabeça em direção ao senhor Ferri.— Amiga, acabei de levar um tombo na cozinha. Ao esbarrar nele, caí e ainda tive o desprazer de ouvi-lo me chamar garota!Revirei os olhos e peguei um abridor de garrafas que estava sobre a mesa e abri as cervejas, tomo um gole generoso na tentativa de aliviar minha tensão.— Céus, não acredito! — Carla arregalou os olhos e tapou a boca com as mãos, para abafar as gargalhadas, minha amiga não parava de rir de mim.— E tem mais, graças a você, ele é meu futuro patrão. — Arqueei uma sobrancelha, encarando minha amiga e questionando-a. Ela virou a cerveja e quase esvaziou a garrafa.— Não acredito! Você vai ser a babá da pentelha, filha daquele Deus grego?— Sim e graças a você! Eu tenho que te agradecer, Carla, eu realmente estou precisando muito de um emprego. — Minha amiga sorriu contente que graças a ela, eu não corro mais o risco de voltar para o interior derrotada.— Ahhh, eu fico feliz em ter te ajudado amiga, nem sei o que seria de mim sem você aqui na cidade. Minha mãe falou que eles são bons pagadores e que a última babá que trabalhou para eles, recebia dois salários para cuidar da Sophia.— Nossa, então tenho que te agradecer pela segunda vez. — Dei uma abraço nela, realmente estava super satisfeita com meu emprego.— A parte boa dessa história é que eu vou ter uma desculpa para ir lá ver você. — Carla fala cheia de malícia e bebendo sua cerveja, sem parar de olhar o senhor Ferri. Eu ri muito da minha amiga.— Carlinha, você deixou cair algo no chão... — Rafael diz, apontando com o dedo em direção aos pés da Carla.— Onde? O que eu perdi? — Carla inocentemente olhou para o chão à procura de algo.— A sua vergonha, você perdeu, está quase comendo o cara bombado com os olhos. — Dessa vez até eu ri da mancada da Carla.— Vai procurar o que fazer, idiota! E ele não é bombado — deu de ombros.Sophia e o pai pararam de brincar e se juntaram à mesa, onde estavam os pais da Carla e a senhora Bárbara. Ela me olhava sorridente e ocasionalmente acenava com suas pequenas mãozinhas.Os pais dela notaram a simpatia que ela tem por mim, tanto, que senhora Ferri falou algo para o marido e ele me olhou. Acredito que ela deve ter falado sobre a nova babá, no caso eu. Depois a madame voltou a concentrar-se na conversa com a senhora Helena, senti um alívio, no entanto, quando voltei a olhá-los de longe me surpreendo.O senhor Ferri continuou a me observar, seus olhos estreitaram como se estivesse me analisando, se a intenção era me intimidar, ele conseguiu com maestria. Fiquei constrangida, desviei o olhar na tentativa falha de me distrair com as conversas da Carla e dos meninos, mas eu sentia que ele ainda me observava e meu corpo esquentou de uma forma estranha, senti vergonha, como se eu estivesse sendo despida.Olhei de soslaio para ter a certeza de que ele ainda estava me olhando e para o meu desespero, o homem ainda se mantinha concentrado em mim.Ele quebrou um pouco o gelo quando esboçou um leve sorriso para mim, eu fingi que não era comigo, dei as costas e avisei para Carla que iria ao banheiro. Precisava sair daquele lugar com urgência!Segui para dentro da casa com minhas pernas moles, parecia geleia se desmanchando. Entrei e fui direto na geladeira em busca de mais uma cerveja, abri a pequena garrafa e tomei quase todo o conteúdo, como se fosse o último líquido do mundo.Segui para o banheiro, passei pela imensa sala e enfim cheguei. Precisava molhar um pouco o rosto, para esfriar minhas bochechas que estavam pegando fogo. Antes de sair, dei uma conferida rápida no espelho, minhas bochechas estavam parecendo um tomate de tão vermelhas. Retoquei o meu batom e saí.Estava caminhando pela sala, voltando para a cozinha, com a cabeça baixa quando, pela segunda vez, esbarro no senhor Ferri. Dessa vez, ele estava se servindo de whisky e provavelmente, não toma cerveja.— Se vai tomar conta da minha filha, é melhor ser mais atenta, não acha? — Puta que pariu, o que esse homem faz aqui? Mais uma vez, demonstrei o quanto sou desastrada!— Não vou decepcioná-los, senhor Ferri. — Tentei soar naturalmente.— Me chame de Maurice, por favor. — Ele me interrompe e sorri enquanto leva o copo à boca, me hipnotizando de forma instantânea com aquela boca convidativa.— Ok, Maurice. Obrigada por me darem a oportunidade de trabalhar com aquela linda menina, ela é um encanto!Senti meu rosto corar novamente. Carla tem razão quando diz que esse homem faz uma mulher molhar a calcinha facilmente. Sua voz rígida mexe com meu íntimo, me causando arrepios. Ele ficou me observando, enquanto eu falava, mas seus olhos estavam conectados em meus lábios, muito mais do que qualquer outro canto.— Será bem divertido, senhorita Melinda. — Meu nome soa em sua voz carregada de sedução. Não acredito que estou tendo pensamentos luxuriosos com um homem casado, que frustrante! Preciso me concentrar em meu trabalho e nos meus estudos.Ele encheu seu copo novamente e saiu sem avisar. Fiquei pasma, observando aquele monumento sair, enquanto ganhava um tempinho recuperando meu fôlego. Pensei na lógica, não seria legal sair de dentro da casa com ele. O que iriam pensar? Não gosto nem de imaginar!Fiquei praticamente duas horas, enrolando a minha amiga para a grande surpresa do dia. Minha função era distraí-la, enquanto sua mãe organizava tudo para o momento especial. Dona Helena fez o sinal e todos nos encaminhamos para a frente da casa. Carla ficou chocada com o presente que ganhou dos pais. Um carro Mini Cooper Roadster, conversível branco, com um gigantesco laço vermelho em cima. Minha amiga mal conseguia conter os gritos de felicidade, abraçou os pais, ficou em pé no banco de trás, emocionada e toda sorridente. Foi maravilhoso participar desse momento!Consegui me despedir da eufórica Carla e de todos os convidados, em seguida fui embora. Durante a volta para a minha casa, meu celular tocou. Era a minha mãe, atendi logo a ansiedade me consumia para contar a novidade sobre meu novo emprego! — Oi, mãezinha! — Oi filhota, estou morrendo de saudades. Como você está?Percebi estar sentindo muita falta de ouvir a voz da minha mãe, onde meus pais trabalham, o sinal para celula
No fundo, senti um doce gosto de vitória. Eu estava realmente decidida a mostrar para o senhor ignorante Ferri, que consigo tomar conta de uma criança de cinco anos, sim. Estou decidida a mostrar que não sou nenhuma "menininha", como ele sempre insinua. Maurice é lindo e idiota na mesma proporção. "Por que ele tem que ser tão, tão... Ah, melhor deixar para lá..."— Antes que eu me esqueça, senhora Melinda, que tamanho você veste? — Perguntou me analisando da cabeça aos pés. — Visto tamanho "M" senhor F...— Maurice, por favor. — me interrompeu, lembrando-me como quer ser chamado. "Como sou distraída", já tinha esquecido que ele me pediu para chamá-lo de Maurice.— Ah, sim. Ok! — Irei providenciar seu uniforme, acredito que temos o seu tamanho no quarto das babás.Comentou ele, casualmente, me lançando um olhar faminto.Por Deus! Meu corpo respondeu imediatamente à voz do meu patrão. Cruzo de imediato minhas pernas para aliviar o formigamento repentino, que me deixou inquieta.Aque
Meia hora depois, paramos de brincar de vôlei. Carminha nos trouxe um suco de maracujá delicioso e uma dose de whisky para o senhor gostosão Ferri. Meu patrão entregou o copo a Sophia e em seguida o meu, seus dedos deslizaram em minha na minha mão de uma forma demorada, um toque lento e quente. Ele não tirava os olhos dos meus, Deus do céu! Não consigo entender o que está acontecendo comigo, quando o assunto é o senhor Maurice, eu fico fora de órbita. Ouvi uma tosse e percebi que a pequena Sophia engasgou com o suco, a peguei rapidamente e saí da piscina com ela nos meus braços e de costas para mim, eu estava realizando a manobra de Heimlich Fiquei de joelhos atrás da Sophia e apoiei a lateral do meu pulso, quatro dedos acima do seu umbigo e apertei, na primeira vez não adiantou, percebi que o rostinho branco da Sophia estava vermelho e seus lábios ficando roxos. Tentei mais uma vez, ela tossiu e não obtive resultado, mas na terceira tentativa, ela ficou bem e sua tonalidade de pel
Maurice Ferri Girei a chave na porta e entrei. Estranhei minha sala que estava vazia, Sophia não estava assistindo seus desenhos. O casaco do meu irmão estava sobre o sofá. Caminhei até a cozinha, peguei minha pasta. O procurei nos fundos, ele não estava. Voltei para dentro da casa e quando cheguei na sala, ouvi uns gritos, mas não pareciam gritos de dor. Aqueles mesmos gemidos eu os ouvi, há dois dias, quando fiz sexo com minha esposa. Subi as escadas, vagarosamente. A cada degrau que eu subia, o som ia ganhando um tom mais alto. Eu não estava acreditando em tudo aquilo que ouvia. Meu coração esquentava e perdia uma batida a cada segundo, entrei em um frenesi.Quando cheguei à porta do meu quarto, ouvi nitidamente o rosnado estridente do meu irmão. A porta estava entreaberta, ela nem sequer, teve a decência e a consciência de trancar a porta. Meu querido irmão estava transando com a minha esposa, em cima da minha cama, numa posição que nem gosto de me lembrar. Não tive reação, volte
Eu percebo os olhares famintos do meu patrão em mim. Às vezes, penso que é coisa da minha cabeça, às vezes não. Apenas tenho certeza que os olhos avelãs do senhor Maurice, penetram os meus como um caçador perspicaz em contato constante com a natureza, vivendo sabiamente daquilo que à terra pode oferecer, admirando sua presa prestes a devorá-la. Sinto-me completamente desarmada por ele. Tento disfarçar as minhas reações, mas sei que não consigo e ele confirma meus pensamentos com um sorriso avassalador.O pôr do sol começa seu espetáculo me avisando que a hora de ir para a minha casa se aproxima. O senhor Maurice estaciona seu carro na garagem, só assim sua pequena encrenca larga a minha cintura.— Papai! — Sophia correu para abraçá-lo. Assim que ele abriu a porta do carro, ela pulou em seus braços. — Papai, pede a Mel para dormir aqui em casa, só hoje, por favor! — Choramingou, toda manhosa.— Oi princesa, o papai já conversou com você sobre isso. Melinda não pode dormir aqui filha, e
A música é convidativa e denuncia meu chefe, revelando olhares e sorrisos cheios de luxúria sobre mim. Disfarçadamente, eu o observo de lado, o homem está mordendo o lábio inferior. Put4 que pariu, "Melinda, controle-se, ele é casado!" Ainda bem que estamos entrando em minha rua, meu patrão não dirige, ele voa e eu adoro! — Chegamos, senhorita Melinda!Graças a Deus a tortura vai acabar, ele vai me dizer logo o que precisa e eu entro para o meu apartamento e todos ficamos bem! — Sim, obrigada.Aguardei o que tinha a me dizer, ele relaxou os ombros e por um breve instante, olhou em meus olhos. Só então percebo que minha respiração está ofegante e o coração prestes a sair pela boca.— Melinda, eu tenho uma proposta para fazer a você.— Senti minhas orelhas pegarem fogo. Maurice logo percebeu meu atual estado de nervoso, nada discreto. — Meu Deus! Tenha calma Melinda, você está trêmula.Queria que o chão se abrisse para eu cair nele e sumir, Maurice deu uma gargalhada estrondosa e desv
Quer saber? Dane-se também! Passei minhas mãos em seus cabelos, senti seus fios macios em meus dedos e intensifiquei nosso beijo, agora mais quente, mais urgente, mais excitante e eu o queria mais e mais. Senti um misto de sensações. Eu não sabia o que estava fazendo, mas o queria. Quer dizer, eu não sabia. Ah, sei lá, apenas me permiti.Maurice deslizou a mão na parte interna da minha coxa, apertando e se deliciando, acariciando-a. Sua respiração ofegante mostrava o quanto ele me desejava e estava excitado. Uma mão ele depositou em minha nuca, aprofundando de uma forma gostosa e intensa o nosso beijo, com a outra mão, ele apertou meu seio por cima da blusa, de uma forma delicada e prazerosa. Senti algo tão quente que meu corpo buscava alívio e um gemido escapou da minha boca, não percebi que seria um gemido alto, foi involuntário e ele sorriu. — Vamos sair daqui Linda, eu preciso estar em você agora, preciso te sentir ou vou explodir de tesão e desejos. — Sinais de alerta ecoam em me
Maurice FerriNão planejei passar dos limites com a babá da minha filha, no entanto, Melinda mexe muito comigo e ainda não aprendi a me comportar, quando estou perto dela.Tentei ao máximo, ocupar minha cabeça somente com meu trabalho, evitei estar presente em casa, enquanto Melinda estivesse cuidando da minha filha, mas foram tentativas inúteis. As poucas vezes que nos vimos, não conseguimos disfarçar nossas reações, quando nossos olhares se encontram é uma conexão imbatível. Estou fodidamente fascinado por essa morena! Seus olhos grandes com cílios pretos e longos, são uma combinação perfeita que revelam um olhar arrebatador, seu rosto exótico é cativante e muito ‘sexy’. Sinto-me enfeitiçado por ela.Sinto as provocações da Melinda quando passa por mim, me encara de forma única, passando os dedos entre os fios dos cabelos jogando-os para o lado. Ela me lança um olhar de baixo para cima, com uma simples ação quente e chamativa. Tenho a leve impressão que Melinda Veiga, está me convi