Hoje é aniversário da Carla, minha melhor amiga e também minha parceira na faculdade. Estamos cursando direito e ela é minha cúmplice em tudo, inclusive nas farras.
Os pais da Carla estão oferecendo um almoço, para comemorar seu aniversário de dezenove anos.Dou mais uma volta em frente ao espelho, para conferir meu vestido e sorrio admirando meu reflexo. Nada melhor que passar uma tarde quente com um vestidinho básico, florido e confortável. O decote não é extravagante, as alças finas fazem um "X" nas costas. Calço uma sandália sem salto, coloco um conjunto de brincos, anel e pulseira, bem delicados e finalizo com um batom rosa. Deixo o apartamento satisfeita com o resultado.Moro sozinha em uma kitnet, localizada na parte central da cidade de São Paulo. Meus pais moram no interior, em São Carlos para ser mais exata. Somos pessoas humildes e, ontem, para o meu desespero, recebi uma ligação do meu pai e ele me informou que seu salário foi reduzido. Isso significa que ele não poderá mais mandar a mesada, que eu uso para pagar o aluguel e a faculdade.Preciso urgentemente de um emprego, para me manter aqui na capital!Chamo um carro de aplicativo e lá vou eu, rumo a festa! Ao entrar na rua do condomínio, vi que todos os convidados já estavam lá."e eu como sempre sou a última a chegar".Haviam dois belos carros estacionados em frente à casa da Carla. Os pais dela são bem reservados. Ela me informou, que só estarão presentes poucos parentes, alguns amigos e os novos vizinhos. Senhor e Senhora Ferri, como um convite de Boas-vindas da mãe dela. O almoço vai acontecer no jardim, mais precisamente, na área da piscina que fica nos fundos da casa.O condomínio é composto de lindas casas ‘duplex’ e não tem muro separando-as. Aqui, as pessoas respeitam o espaço dos outros, muito diferente dos bairros de pessoas pobres como eu. O condomínio é no estilo americano, conhecido como "o condomínio das casas de vidros" os Jardins cobertos de gramas e algumas casas têm as chamadas "cercas vivas", as quais dão mais privacidade à área externa. A casa da minha amiga é assim, cercada dessas plantas e é muito linda!— Chegamos, senhorita.O motorista me avisou, paguei a corrida e entrei. Eu imaginava que todos estivessem no jardim, pois a casa estava vazia. Suspiro frustrada e caminho a passos rápidos.— Até que enfim, pensei que a Cinderela não viria mais, — Carla reclamou revirando os olhos, ao me ver abrindo a porta.— Feliz aniversário, amiga!A abracei apertado e depositei um beijo em sua bochecha. Minha amiga é uma loira linda, por dentro e por fora. Duranto o abraço, desejei muitos anos de vida a ela.Todos estavam sentados ouvindo músicas. O cheiro do churrasco invadiu minhas narinas e meu estômago roncou, denunciando que eu estava faminta.— Vamos almoçar amiga!Carla saiu praticamente me arrastando pelo braço e eu mal consegui cumprimentar os convidados. Apenas acenei com as mãos e eles sorriram, repetindo o gesto.— Seja bem-vinda!Com a voz cheia de malícia, Rafael, primo da Carla, me cumprimentou e eu automaticamente fingi não vê-lo, passando longe.Peguei um prato e me servi com pão de alho, um pedaço pequeno de filé mal passado, e uns legumes que estavam assando no espeto, junto às carnes. Sentei à mesa com Carla, onde estavam também, Rafael e Saimon.Rafael agradeceu à preferência de sentar ao seu lado, ele sempre me cantou, o tempo todo com suas investidas sem sucesso. Apesar de ser bonito, não quero envolvimento com um homem que não leva as mulheres a sério.Carla me alertou sobre ele ser um mulherengo e de cafajestes, eu estou correndo.***Meu último namorado me ensinou uma lição. Não foi das boas, mas eu aprendi da pior forma possível, a não confiar nos homens. Mesmo assim, sou grata por ele ter se revelado um canalha, antes de eu entregar minha virgindade a ele.Acreditei no amor que ele dizia ter por mim e, no último ano do colegial, na nossa formatura eu estava decidida que, naquela noite daria o que ele tanto queria, minha virgindade. Eu estava muito ansiosa para chegar a tão esperada noite. Alex já tinha tudo planejado, tudo aconteceria no apartamento do amigo dele, o rapaz cedeu sua casa por uma noite para o Alex.Estava quase na hora de sairmos da festa e ir para a nossa grande noite de amor, um momento só nosso. Alex saiu para buscar uma bebida e estava demorando muito, então resolvi procurá-lo. Olhei em volta, em meio a multidão e não o vi. No caminho, acabei esbarrando com um amigo do Alex e eu logo perguntei se ele sabia onde estava o pilantra, o garoto disse ter visto meu namorado pela última vez, no corredor da escola, então apenas segui em direção ao corredor.Lá, o som da festa estava um pouco abafado, o que facilitou muito a ouvir as palavras que me quebraram em pedacinhos, no entanto, não foram só palavras ditas e sim estalos de beijos. Alex estava na biblioteca se agarrando com a vagabunda da Eliza, parei de caminhar incrédula, fiquei estagnada próximo à porta que estava entreaberta."Relaxa princesa, você sabe que nunca vou deixar de comer você por causa da Melinda. Só vou tirar a virgindade dela, por ser algo que quero muito. É como se fosse um troféu para mim. Posso te provar isso, indo dormir com você. Assim que eu transar com ela eu vou para sua casa, ok?"Não consegui mais ficar ali, quando ouvi aquelas palavras ditas pelo meu namorado, me dispersei à passos firmes vendo tudo embaraçoso à minha frente, por conta das lágrimas. Meus saltos fizeram barulhos e isso chamou a atenção do Alex e ele saiu correndo atrás de mim. Foi uma noite bem agitada, mas consegui me livrar dele. ***— Como vão às coisas na faculdade, Mel? — Rafael perguntou, me tirando de meu devaneio. — Melinda?— O quê?Perguntei, absorta, pois, não ouvi nada do que ele falou. Meus pensamentos estavam muito distantes. É assim sempre que homens cafajestes se aproximam de mim, lembro do canalha que se chama Alex.— Hoje você está com os pensamentos bem longe Mel, está apaixonada por alguém? — Carla protesta e todos riram, até eu.— Apaixonada? Seria uma missão quase impossível, mas quem sabe um dia eu me apaixone, quando encontrar um homem de respeito!Falei olhando para ele, na tentativa de mostrar que não estou nem um pouco afim das suas cantadas baratas. Simon e Carla lançaram olhares acusatórios em direção ao Rafaell, sabendo que era uma indireta para ele.Rafael ficou visivelmente envergonhado e não se atreveu a repetir sua pergunta. Por fim, continuamos a comer, Simon e Rafael quebraram o gelo e começaram a falar sobre futebol.Os pais da Carla estavam em uma mesa próxima, bebendo cerveja e conversando com uma loira linda de olhos azuis, um nariz perfeito, boca carnuda, cabelos cheios levemente ondulados, ela era mais alta que eu, um belo e torneado corpo, cintura fina, pernas compridas e definidas, seios fartos, uma pele branca e incrivelmente bem hidratada. Ela conversava com eles numa classe admirável, parecia aquelas madames ricas das novelas. Ao lado dela, uma linda garotinha, cabelos loiros, igual ao da madame. O que me encantou muito foi seu rostinho angelical, seus olhos também azuis e sua mini boca, num formato de coração.— Aquela é Bárbara Ferri, os vizinhos novos que te falei, bonita não acha? Pois é, o marido dela é muito mais bonito. É de molhar a calcinha amiga. — Carla comentou num sussurro, quando me viu fitando a loira.— Céus, um homem mais bonito que essa mulher, só pode ser um Deus!Respondo abafando o tom de voz, para que ninguém além dela ouvisse. Do contrário, os garotos não iam nos importunar a festa inteira. — Oi! Eu me chamo Sophia, e você? — A garotinha veio até mim.— Oi! Princesa, sou Melinda, mas pode me chamar de Mel. — Ela sorriu, imediatamente me apaixonei, por seu lindo sorriso.— Você quer brincar com minhas bonecas? Eu te empresto. — Ela me ofereceu sua linda boneca. Era uma bebê reborn. Elas parecem um bebê de verdade, e são muito caras.— Parece que ela gostou mesmo de você, a senhora Ferri disse que ela é muito retraída com as pessoas, disse que ela tem o gênio do pai. Eu até tentei falar com ela quando chegou aqui, mas foi sem sucesso. — Carla me revelou, incrédula.Segurei a boneca dela, a garota ficou bastante feliz! Os pais da Carla e a mãe da menina me olhavam estarrecidos. Conversei com ela por alguns segundos até o momento em que a senhora Ferri a chamou.Sophia me puxou pelo braço para ir com ela, acabei cedendo à exigência da garota e me levantei para acompanhá-la. Amo crianças!— Já volto, galera.Os avisei, e eles riram da minha situação, arrumei uma pequena e linda encrenca.— Prontinho, está entregue — soltei a mão da Sophia e sorri para todos sentados à mesa.— Obrigada, me chamo Bárbara! — A madame se levantou sorrindo e me cumprimentou, educadamente.— Muito prazer, me chamo Melinda. — Ela estendeu a mão e apertou a minha.A mulher era ainda mais bonita de perto, as mãos eram macias, penso que nunca pegou em uma vassoura, me senti a patinha feia. "Eu e meus pensamentos".— Pronto! Achamos a babá perfeita para Sophia. — se pronunciou a senhora Helena, mãe da minha amiga.— Carla provavelmente deve ter comentado com Helena, que eu estava a procura de um emprego.Dei um sorriso tímido para elas, pois fiquei sem reação. Realmente não estava preparada para aquela surpresa.— Até que enfim uma babá que a Sophia goste. Amanhã, você poderia passar em minha casa, para tratarmos do assunto? Se você aceitar, é claro.Como não aceitar? Estava desesperada por um emprego, morrendo de medo de atrasar as parcelas da faculdade. Estava vendo meus sonhos descerem por água abaixo. Ter que voltar para São Carlos, sem meu diploma, não é uma opção. Eu toparia qualquer trabalho honesto para me manter aqui na cidade. Ainda tem o fato de eu amar crianças, será um trabalho prazeroso!— Sim, sim! Eu aceito!Respondi rapidamente, tentando conter minha euforia, um sorriso satisfatório automaticamente se formou em meus lábios. Meus olhos brilhavam, a senhora Bárbara colocou a mão no peito e respirou fundo, ela parecia estar aliviada com a minha resposta.— Vamos querida, sente-se para almoçar com seu querido "papai" ele está vindo.A senhora Bárbara falou com a filha sobre o pai e o "papai" soou com desdém. Senti um clima pesado e fingi não perceber, pois, a vida pessoal deles,
Fiquei praticamente duas horas, enrolando a minha amiga para a grande surpresa do dia. Minha função era distraí-la, enquanto sua mãe organizava tudo para o momento especial. Dona Helena fez o sinal e todos nos encaminhamos para a frente da casa. Carla ficou chocada com o presente que ganhou dos pais. Um carro Mini Cooper Roadster, conversível branco, com um gigantesco laço vermelho em cima. Minha amiga mal conseguia conter os gritos de felicidade, abraçou os pais, ficou em pé no banco de trás, emocionada e toda sorridente. Foi maravilhoso participar desse momento!Consegui me despedir da eufórica Carla e de todos os convidados, em seguida fui embora. Durante a volta para a minha casa, meu celular tocou. Era a minha mãe, atendi logo a ansiedade me consumia para contar a novidade sobre meu novo emprego! — Oi, mãezinha! — Oi filhota, estou morrendo de saudades. Como você está?Percebi estar sentindo muita falta de ouvir a voz da minha mãe, onde meus pais trabalham, o sinal para celula
No fundo, senti um doce gosto de vitória. Eu estava realmente decidida a mostrar para o senhor ignorante Ferri, que consigo tomar conta de uma criança de cinco anos, sim. Estou decidida a mostrar que não sou nenhuma "menininha", como ele sempre insinua. Maurice é lindo e idiota na mesma proporção. "Por que ele tem que ser tão, tão... Ah, melhor deixar para lá..."— Antes que eu me esqueça, senhora Melinda, que tamanho você veste? — Perguntou me analisando da cabeça aos pés. — Visto tamanho "M" senhor F...— Maurice, por favor. — me interrompeu, lembrando-me como quer ser chamado. "Como sou distraída", já tinha esquecido que ele me pediu para chamá-lo de Maurice.— Ah, sim. Ok! — Irei providenciar seu uniforme, acredito que temos o seu tamanho no quarto das babás.Comentou ele, casualmente, me lançando um olhar faminto.Por Deus! Meu corpo respondeu imediatamente à voz do meu patrão. Cruzo de imediato minhas pernas para aliviar o formigamento repentino, que me deixou inquieta.Aque
Meia hora depois, paramos de brincar de vôlei. Carminha nos trouxe um suco de maracujá delicioso e uma dose de whisky para o senhor gostosão Ferri. Meu patrão entregou o copo a Sophia e em seguida o meu, seus dedos deslizaram em minha na minha mão de uma forma demorada, um toque lento e quente. Ele não tirava os olhos dos meus, Deus do céu! Não consigo entender o que está acontecendo comigo, quando o assunto é o senhor Maurice, eu fico fora de órbita. Ouvi uma tosse e percebi que a pequena Sophia engasgou com o suco, a peguei rapidamente e saí da piscina com ela nos meus braços e de costas para mim, eu estava realizando a manobra de Heimlich Fiquei de joelhos atrás da Sophia e apoiei a lateral do meu pulso, quatro dedos acima do seu umbigo e apertei, na primeira vez não adiantou, percebi que o rostinho branco da Sophia estava vermelho e seus lábios ficando roxos. Tentei mais uma vez, ela tossiu e não obtive resultado, mas na terceira tentativa, ela ficou bem e sua tonalidade de pel
Maurice Ferri Girei a chave na porta e entrei. Estranhei minha sala que estava vazia, Sophia não estava assistindo seus desenhos. O casaco do meu irmão estava sobre o sofá. Caminhei até a cozinha, peguei minha pasta. O procurei nos fundos, ele não estava. Voltei para dentro da casa e quando cheguei na sala, ouvi uns gritos, mas não pareciam gritos de dor. Aqueles mesmos gemidos eu os ouvi, há dois dias, quando fiz sexo com minha esposa. Subi as escadas, vagarosamente. A cada degrau que eu subia, o som ia ganhando um tom mais alto. Eu não estava acreditando em tudo aquilo que ouvia. Meu coração esquentava e perdia uma batida a cada segundo, entrei em um frenesi.Quando cheguei à porta do meu quarto, ouvi nitidamente o rosnado estridente do meu irmão. A porta estava entreaberta, ela nem sequer, teve a decência e a consciência de trancar a porta. Meu querido irmão estava transando com a minha esposa, em cima da minha cama, numa posição que nem gosto de me lembrar. Não tive reação, volte
Eu percebo os olhares famintos do meu patrão em mim. Às vezes, penso que é coisa da minha cabeça, às vezes não. Apenas tenho certeza que os olhos avelãs do senhor Maurice, penetram os meus como um caçador perspicaz em contato constante com a natureza, vivendo sabiamente daquilo que à terra pode oferecer, admirando sua presa prestes a devorá-la. Sinto-me completamente desarmada por ele. Tento disfarçar as minhas reações, mas sei que não consigo e ele confirma meus pensamentos com um sorriso avassalador.O pôr do sol começa seu espetáculo me avisando que a hora de ir para a minha casa se aproxima. O senhor Maurice estaciona seu carro na garagem, só assim sua pequena encrenca larga a minha cintura.— Papai! — Sophia correu para abraçá-lo. Assim que ele abriu a porta do carro, ela pulou em seus braços. — Papai, pede a Mel para dormir aqui em casa, só hoje, por favor! — Choramingou, toda manhosa.— Oi princesa, o papai já conversou com você sobre isso. Melinda não pode dormir aqui filha, e
A música é convidativa e denuncia meu chefe, revelando olhares e sorrisos cheios de luxúria sobre mim. Disfarçadamente, eu o observo de lado, o homem está mordendo o lábio inferior. Put4 que pariu, "Melinda, controle-se, ele é casado!" Ainda bem que estamos entrando em minha rua, meu patrão não dirige, ele voa e eu adoro! — Chegamos, senhorita Melinda!Graças a Deus a tortura vai acabar, ele vai me dizer logo o que precisa e eu entro para o meu apartamento e todos ficamos bem! — Sim, obrigada.Aguardei o que tinha a me dizer, ele relaxou os ombros e por um breve instante, olhou em meus olhos. Só então percebo que minha respiração está ofegante e o coração prestes a sair pela boca.— Melinda, eu tenho uma proposta para fazer a você.— Senti minhas orelhas pegarem fogo. Maurice logo percebeu meu atual estado de nervoso, nada discreto. — Meu Deus! Tenha calma Melinda, você está trêmula.Queria que o chão se abrisse para eu cair nele e sumir, Maurice deu uma gargalhada estrondosa e desv
Quer saber? Dane-se também! Passei minhas mãos em seus cabelos, senti seus fios macios em meus dedos e intensifiquei nosso beijo, agora mais quente, mais urgente, mais excitante e eu o queria mais e mais. Senti um misto de sensações. Eu não sabia o que estava fazendo, mas o queria. Quer dizer, eu não sabia. Ah, sei lá, apenas me permiti.Maurice deslizou a mão na parte interna da minha coxa, apertando e se deliciando, acariciando-a. Sua respiração ofegante mostrava o quanto ele me desejava e estava excitado. Uma mão ele depositou em minha nuca, aprofundando de uma forma gostosa e intensa o nosso beijo, com a outra mão, ele apertou meu seio por cima da blusa, de uma forma delicada e prazerosa. Senti algo tão quente que meu corpo buscava alívio e um gemido escapou da minha boca, não percebi que seria um gemido alto, foi involuntário e ele sorriu. — Vamos sair daqui Linda, eu preciso estar em você agora, preciso te sentir ou vou explodir de tesão e desejos. — Sinais de alerta ecoam em me