Percorri o caminho a cento e vinte por hora. Não fazia ideia para que lado ficava o estábulo no rancho, mas eu o acharia. Estacionei o carro no mesmo lugar onde certa noite Jason me levou. Ao descer, olhei para os lados e avistei luzes vindo mais adiante, à direita.— Se está procurando pelo Jason, ele não está aqui. Fica na casa, lá em cima — disse um homem de meia-idade, apontando para o alto do morro.— Não. Estou procurando pelo outro irmão.Ele observou-me por alguns segundos, e assentiu.— Só seguir o caminho à direita.— Obrigada.Forçando um sorriso, segui até o estábulo. Ao me aproximar, parei na porta quando avistei Jaden dando cenoura na boca de um cavalo imenso de cor marrom com manchas brancas. Era lindo e imponente. O animal virou a cabeça para mim ao sentir a minha presença. Jaden olhou na mesma direção.— Ele é lindo.— O nome dele é Atlas. — Apanhou mais uma cenoura no balde pendurado na baia e entregou ao animal.— Eu tive um quando criança.— E como se chamava? — pe
OliviaEstendi-os para ele e encarei a corda que tinha em mãos. Iria mesmo me amarrar com um laço? Acho que expressei a dúvida e estranheza com o meu olhar, uma vez que estava impossibilitada de falar. Jaden olhou-me com diversão e sorriu.— Essas cordas não são somente para laçar o gado. — Riu, enquanto arrochava os meus punhos no laço.Aquilo chegou a me machucar, fazendo um grunhido contido escapar. Passando o seu braço em torno da minha cintura, virou-me de costas para ele, encostando-me contra o feno que pinicava a pele das coxas e barriga. Jaden ergueu os meus braços, e amarrou a outra ponta do laço em um gancho adiante, deixando-os completamente estirados e o tronco levemente inclinado para frente. Minha bunda empinou-se para ele sem esforço algum. É exatamente isso o que ele deseja.Apanhou novamente o chicote que havia deixado em algum lugar por perto e açoitou-me mais uma vez. A mão pesada desceu por minhas costas até as nádegas e apertou uma delas usando de muita força.— O
OliviaCom o ar queimando nos pulmões, e sentindo mil ondas de prazer percorrerem o meu corpo como eletricidade, gozei gritando enlouquecidamente. Jaden soltou-me e uma inesperada chicotada foi desferida na minha bunda. Ardeu e doeu.Escutei a fivela do seu cinto tilintar. Depois, escutei as suas botas serem arremessadas para longe. Ele me abraçou por trás novamente, e eu pude sentir a sua pele quente e nua roçar na minha. Era afrodisíaco. Um suspiro ansioso e profundo preencheu-me por dentro.Em uma rápida ação, ele agarrou-me pela cintura e virou-me colocando sentada sobre o feno. Jaden puxou-me para a beirada e o seu pau duro tocou os lábios da minha vagina. Os meus olhos chegaram se fechar por alguns segundos, enquanto o meu corpo ficava mais agitado pelo desejo.Segurando a minha garganta com firmeza, encarou-me com pupilas dilatas e mandíbula contraída. A sua feição era séria, e a respiração pesava no peito que arfava alto. Lentamente, passei as minhas pernas pelo seu quadril, t
OliviaLá dentro, a lareira crepitava vagarosamente, já quase sem lenha.— Quer beber alguma coisa? — O seu tom era frio e indiferente.Incomodava-me o fato de, após transarmos daquele modo, ele me tratasse como uma pessoa qualquer. Mesmo não sendo a sua namorada, ainda sou alguém com certa relevância na sua vida. Sou a sua submissa, mesmo que eu não seja tão boa nisso.— Jaden. Você pode parar por um minuto e olhar para mim.Ele parou o que fazia por um momento, mas se manteve de costas. Seus ombros inflaram, e ele retomou o serviço, preparando mais uma dose.— Uísque? — perguntou.Respirei fundo sentindo-me um pouco impaciente.— Eu não quero bebida. Quero que, após o sexo, interaja comigo como um cara normal.— Pareço só mais um cara normal para você? — Havia um tom de ofensa na sua pergunta.Ele se virou para mim e encarou-me com um olhar duro.— Não, não parece. Mas, às vezes, gostaria que fosse. Será que a gente pode conversar depois de transar, ou tomar um banho? Você sempre ag
OliviaDepois de mais algumas músicas, o céu começou a trovejar. Logo, uma chuva intensa cairia sobre nós. Compramos mais cerveja e nos dirigimos ao estacionamento de trailers. Planejamos continuar bebendo dentro do ônibus enquanto jogávamos cartas. Ao chegarmos lá, um homem afastava um cachorrinho que latia em frente à porta de seu trailer.— Saía daqui, pulguento! — disse ele, irado, atirando pedras no cãozinho.— Aí! — falei alto, enraivecida, chamando a sua atenção. — Qual é o seu problema?— O meu problema é esse cachorro latindo na minha porta e revirando o meu lixo! — Entrou em seu trailer, batendo a porta.— Que idiota! Ele só está com fome.Olhei para Tate e fixei meu olhar no resto de seu hamburguer. Ele olhou para mim e depois para o cão.— O meu hamburguer, não — disse com a boca cheia, em tom de derrota.— Não seja egoísta, Tate! Esse é seu terceiro hamburguer.Ele suspirou fundo e deu mais uma enorme mordida no lanche antes de me entregar o resto. Não é muito, mas julgue
Olivia— Isso é mesmo necessário? — perguntei para Jason.— Você não conhece a minha irmã. Ela tem mania de perfeição. Quer tudo e todo mundo impecável — disse ele, enquanto o alfaiate marcava medidas no terno que estava sendo feito sob medida.— Bom, então é melhor eu começar a repensar na roupa que vou usar.— Você fica linda com qualquer coisa.Olhei-o através do reflexo do espelho. Jason sorria docemente. Teria sido mais fácil se eu tivesse me apaixonado por ele e não pela sua versão rude, quatro anos mais velha.— Então vou subir ao palco usando um saco de batatas na festa de sessenta anos do seu pai.Ele riu.Apanhei uma pena de pavão sobre uma bancada e virei-me para ele, aproximando-me. Ainda faltava muito para terminar a roupa, mas já era possível imaginar como ela ficaria em seu corpo. Jason era mais magro do que seu irmão e tinha uma postura impecável.— Está ficando bonito.O sino acima da porta soou, anunciando a entrada de mais alguém no ateliê. Olhei por cima do ombro,
Olivia— Desculpe.— Não tem que se desculpar por nada. Foi só um beijo entre nós. Apesar de eu ainda ter uma quedinha por você. Mas, de verdade, por mim, tudo bem se relacionarem — falou em um tom gentil. — Mas senti um clima meio tenso hoje. Não estão mais juntos?— Acho que nunca estivemos de verdade. Para ele é tudo muito carnal.— E para você?— Era no início, mas... deixou de ser.— Eu sinto muito. — Havia um pouco de compaixão na sua voz.— Por quê? Era para você estar me detestando agora.— Não há motivo para odiar você. Não tínhamos nada sério, e você não me prometeu nada. Sinto muito que esteja magoada. Quando a gente se apaixona por alguém, não é assim que queremos que as coisas acabem.— Mas a culpa não é dele. Jaden foi claro como a água desde o começo. Ele falou que não procurava nada romântico, explicou em detalhes o que realmente queria.— Que imbecil! — resmungou baixinho, negando com a cabeça.— Não diz isso do seu irmão. Eu estava ciente o tempo todo que ele não bus
JadenSentado à mesa, digeria em silêncio o jantar em família. Acomodado na cabeceira, meu pai falava sorridente sobre qualquer coisa que a minha mente se negava absorver. Jame também não parecia muito a fim de estar ali. A sua face era de puro tédio e cansaço. Jason encarava nosso pai com um olhar frigido e desinteressado. Jannet ria de absolutamente tudo o que saia da boca dele e concordava com cada palavra, assentindo com a cabeça.Meus olhos percorreram todos até Jack. Observei-o por alguns minutos e senti algo estranho, algo que muito se parecia com o sentimento de aversão. Isso pegou-me de surpresa. Quando foi que deixei de admirá-lo com tanta devoção? Antes, disputava pela sua atenção. Agora, desejava ser invisível aos seus olhos.Até semanas atrás, fazia questão de ir vê-lo na cidade, sempre que possível. Sentia a sua falta todos os dias pela manhã. Trabalhava duro cada segundo do meu dia para garantir que tudo seguisse conforme o seu gosto e exigências. Falhar com o rancho, n