Lauren queria dizer que sim! No entanto, Damian poderia muito bem pesquisar — ele ainda não ter feito isso já demonstrava que ele a respeitava, pois era fácil obter aquela informação. Ela inspirou fundo. — Não, não moro. Quem mora aqui é a Emma. — Ela admitiu. — Desculpe, eu não… Damian levantou a mão e sorriu de leve. — Eu compreendo. Não me conhecia direito e você tem um filho. É normal não querer essa exposição. — E ele entendia, de verdade. Damian odiava que mentissem para ele, no entanto, ele também sabia ponderar as coisas e avaliar os motivos. Lauren suspirou em alívio. — Obrigada. Agora, com licença. Antes que ela alcançasse a maçaneta do carro, a mão de Damian segurou o pulso dela. Lauren olhou primeiro para a mão de Damian, sentindo um calor se espalhando, junto com um pequeno choque. O toque dele sempre causava aquilo! — Algo mais, senhor Lancaster. — Damian. — Ele a corrigiu e Lauren não respondeu, apenas esperou. Damian empinou o queixo. — Meu avô está livre este
Damian ficou chocado ao ouvir aquela forma de chamar, no entanto, ele tomou como incentivo e foi mais rápido. Ele queria entrar nela, porém, estava sem preservativos, ali. Arriscar ter um filho seria arriscado demais, se ela não tomasse contraceptivos. Quanto às doenças, ele tinha certeza de que ela era limpa. — Você me quer dentro? — ele perguntou, a garganta mais do que seca. Damian a beijou rápido e forte, antes de repetir a pergunta. Lauren apenas assentiu. “Pro inferno com isso!”, Damian soltou, no entanto, antes que ele abrisse as calças, bateram na janela do carro. Por sorte, os vidros eram bem escuros. Damian soltou um grunhido e gritou um “já vai!”, antes de sair de cima de René e ter certeza de que ela estava vestida, para só então abaixar o vidro. — Sim? — ele perguntou a um homem calvo e com óculos imensos no rosto. — Não podem ficar estacionados aqui. — O homem disse, meio sem-graça, meio irritado. — Aqui é a garagem do meu prédio! Damian amaldiçoou mentalmente o mo
— Eu não sei, Emma! — Lauren só queria chorar. Ela teve todo um cuidado e para quê? Para terminar nos braços do mesmo homem que a arruinou! — Lauren… você me contou o que o Damian te disse sobre a ex dele. Sobre a Marissa. Você não acha que teve aí um mal-entendido terrível? Quer dizer, ele parece gostar de você, da ex-mulher — Emma fez uma careta de confusão, mas a sacudiu. — Enfim! E você parece gostar dele, ainda. Não seria melhor se entenderem? Tem o Oliver e o Damian gosta do menino. Oli gosta do Damian… Lauren ficou olhando para a amiga, sem acreditar. — Você tá do lado dele?! É isso? Emma revirou os olhos. — Não era eu quem estava no colo do cara, prestes a recebê-lo mais intimamente. De novo. — Emma ficou de pé, como Lauren agora estava. — Não vou te trair, não vou te entregar, mas vocês dois precisam conversar! Pra mim, que tô vendo de fora, o dedo podre aí é da Marissa! Emma pegou o casaco dela e se virou para Lauren, que ainda estava parada no mesmo lugar. — Seja lá
Lauren ficou olhando para Damian como se outra cabeça tivesse surgido do ombro dele. Não é que ela não imaginasse que ele fosse do tipo que faz o que é necessário, vai além dos limites, por quem ele amava. Ela o viu fazendo aquilo por Marissa e, ainda que ele dissesse que não tinha nada romântico com a mulher, Lauren lembrava de cada uma das vezes em que ele cuidou de Marissa e no brilho dos olhos dele ao fazer isso. O que ela não sabia era que aquele brilho era de satisfação por deixá-la triste, ao mesmo tempo que ele ficava com raiva de si mesmo por causar sofrimento a Lauren. — Damian… A forma como ela pronunciava o nome dele deixava o CEO ainda mais decidido a mantê-la ao lado dele. — Não foi assim que você me chamou há algumas horas. — Damian falou baixo e Lauren arregalou os olhos, virando o rosto para ver Oliver, que dormia. Damian passou uma das mãos pela cintura de René e a puxou para ele. — E a sua ex-esposa? — Lauren o lembrou, tentando não gaguejar. Damian estreitou o
— Você, não vai dar. Oliver não está muito bem. Não se preocupe, não é nada muito grave. — Oliver… Meu bisneto se chama Oliver? — Elliot estava todo contente. Aquele era um nome que ele já tinha falado com Lauren e ela mencionou que o primeiro filho dela com Damian seria esse. — Quando? Ele poderá no fim de semana?— Não sei. — Damian falava bem baixinho e olhou por sobre o ombro. Os dois ainda dormiam. — Eu preciso desligar. René e Oliver estão dormindo. A ligação foi finalizada e Elliot percebeu como Damian não respondeu sobre o “bisneto”. — Esse menino deve ser filho dele… mas que coincidência! — o velho disse sozinho. — Mas a criança parece grandinha… será que ele traiu Lauren? Isso deixou Elliot enfurecido. O garoto parecia ter pelo menos uns cinco anos! E nesse tempo, Lauren ainda estava com Damian. Se era assim, então aquela tal René não era boa coisa! Elliot esperava que ela fosse na Mansão no fim de semana, para poder olhar bem para o rosto da mulher que seduziu Damian!
O homem de roupão da foto era, sem sombra de dúvidas, Damian. Depois de cinco anos casada com ele, Lauren não o confundiria com nenhum outro. Bem no canto da foto, a mão de uma mulher, junto com a legenda: PORQUE É COMIGO QUE ELE PASSA AS NOITES! NÃO ACREDITA? ESTAMOS NO ÚLTIMO ANDAR DO BELLMONT!Logo abaixo, um endereço de hotel. O celular de Lauren tremia em sua mão direita, enquanto na esquerda ela ainda segurava o resultado do exame de gravidez feito mais cedo. A sensação do peito apertado, a dificuldade de expansão dos pulmões: Lauren estava entrando em pânico. Sem pensar mais, ela pegou a chave do carro, a bolsa e saiu pela porta de casa. — Senhora! — a empregada, Joelle, gritou ao ver a patroa correndo daquele jeito. Lauren não deu ouvidos a Joelle e entrou no veículo, dando partida no mesmo e dirigindo furiosamente pelas ruas de Charlotte. Os olhos dela continuavam se nublando por conta das lágrimas, mas ela não se intimidaria e, em minutos, chegou ao Hotel Bellmont. Ela ol
O som do BIP - BIP contínuo ressoou na cabeça de Lauren quando ela estava recobrando a consciência. A luz do ambiente estava baixa e ela sentiu a garganta seca. Ao tentar se mover, sentiu uma dor forte na cabeça. Lembranças do que houve a invadiram e ela levou a mão imediatamente para a barriga. “Meu filho!”, ela pensou, começando a entrar em desespero. Não era só a cabeça dela que doía, mas o corpo todo. “Meu bebê”Depois de cinco anos tentando engravidar, tomando chás e fazendo tratamentos para a fertilidade, Lauren finalmente tinha conseguido dar frutos. Agora, por um deslize, por um momento de distração, ela tinha perdido aquela criança? “Eu falei, falhei completamente!”, ela se culpou, cobrindo o rosto com as mãos. Não era só um bebê que ela queria tanto, mas também era o filho dela com Damian. “Damian!”, ela torceu a boca, lembrando que ele estava, de fato, traindo-a. E até engravidou outra mulher! Os aparelho em volta dela começaram a apitar loucamente, enquanto o rosto de L
— Não fui um bom marido? Fora afeto, eu dei tudo a ela! Tudo! — o nome de Marissa apareceu na hora na mente dele. Teria ela decidido se vingar dele por sempre estar perto da outra mulher? Mas ele… ele não tinha traído Lauren! O casamento deles se deu porque Lauren conseguiu convencer Elliot a obrigar Damian a casar. Isso fez com que Damian nunca realmente confiasse ou aceitasse Lauren como mulher dele. Além disso, mesmo ela dizendo que gostava dele, Damian sabia que o objetivo dela era puramente econômico: enquanto casada com os Lancaster, ela teria o apoio financeiro para a empresa dos Everett e o tratamento que o irmão dela, Logan, precisava devido a um problema cardíaco. Claro que essas questões não impediram Damian de consumar o casamento. Ele foi relutante, no início, mas a beleza e o charme de Lauren eram irresistíveis e ele, mesmo que buscasse ficar longe dela, nem sempre conseguia. Bastava que ela lhe desse uma brecha, ou que estivesse perto demais, Damian se rendia aos dese