Caminhando devagar, tentando não tropeçar. As mãos afundadas nos bolsos de seu casaco de tricô branco; passos desajeitados. Ela adentrou em um portal limpo e elegante e subiu lentamente as escadarias de mármore até chegar a uma porta de mogno. Ela inseriu a chave na fechadura e a porta cedeu lentamente.
"Meu amor, já preparei o jantar", comentou a mulher ao entrar, dando pulinhos em direção ao seu amado marido; ela olhou ao redor com satisfação. Em seguida, acrescentou rapidamente: "Preparei algo que você vai gostar".
Ele, ao contrário de outras vezes, não se abalou com sua presença. Na verdade, ele continuou olhando para o computador, sem dar um pingo de atenção a ela. Ela ergueu uma sobrancelha confusa, esperando uma reação por parte do marido. Que não veio.
"Você está me ouvindo, amor?" ela insistiu. Seu pulso acelerou, ela pôde ver sua sombra inquieta de canto de olho. Eram poucas as ocasiões em que ela se encontrava tão nervosa.
Dessa vez, o homem levantou o queixo para poder ouvi-la; ela sorriu. Precipitadamente, sentou-se na cadeira disponível em frente à escrivaninha.
"Sim, me diga", murmurou, tentando não dar muita atenção.
"Queria dizer que te amo", disse do nada. Eduardo assentiu.
"Está bem".
"Algo está errado com você?" ela perguntou repentinamente. "Você sempre me diz 'o mesmo'."
"Eu quero conversar, Brianna".
O sorriso de Brianna desapareceu.
"Também tenho algo a dizer", comentou com um sorriso radiante, recuperando a compostura.
"Primeiro, me escute..."
Brianna deixou seu corpo cair para trás, sem entender o que ele queria dizer.
"Amor! Bem, tudo bem, eu estou ouvindo".
"Eu... não quero mais estar com você".
"O quê?" ela perguntou, pensando ter ouvido errado.
"É isso mesmo; você não me ouve e, além disso, estou entediado de você".
Ao dizer essas palavras, os olhos de Brianna saltaram das órbitas. Ela não conseguia entender, o que estava acontecendo com seu marido?
"Por que você está dizendo isso? Não consigo entender".
"Simples", ele pronunciou, baixando o olhar. "Você... é uma das pessoas que menos quero em minha vida".
"O quê? Eu não entendo o que você quer dizer".
"Como eu disse antes... E aparentemente você não escuta, estou entediado de você", falou com uma voz grave. "Não tenho interesse em estar com uma garota mimada como você. Já se passaram três anos desde o nosso casamento, e agora quero que você saia da minha vida. Então, peço o favor de pegar todas as suas coisas assim que sair por aquela porta. Além disso, você é rica, não precisa de mim", disse isso e se virou para continuar trabalhando.
Ele pensou: "Com certeza é uma brincadeira..."
Os olhos de Brianna se arregalaram, ela engoliu em seco, abaixando o olhar e sentindo-se perdida pela primeira vez em sua vida.
"Por favor, eu não entendo o que você está querendo dizer".
"Eu não te amo mais. Na verdade, nunca amei. Sempre foi uma mentira, e a verdade é que quero ser solteiro novamente. Estou entediado, você nem era boa na cama..."
"Cale a boca, você está mentindo!" interrompeu ela. "Me diga a verdadeira razão pela qual você está me deixando", disse com lágrimas nos olhos, levantando-se de sua cadeira.
"Eu não te quero mais, nunca te quis. Então, por favor, vá embora. Você quer continuar perguntando por que te deixei? Eu posso listar as razões, mas não agora. Estou entediado de estar com você. Em breve, minha assistente vai entrar e me distrair".
"Você é tão cínico! Você está me dizendo que está se envolvendo com sua assistente?"
"Não, querida, ainda não. Mas é o que eu quero fazer assim que você sair por aquela porta. Ela sim vai me distrair de você".
Ao dizer essas palavras, Brianna finalmente se levantou. Ela se virou, dando as costas ao seu futuro ex-marido.
"O que você queria me dizer?" ele repetiu, e sua esposa parou abruptamente.
"Nada, 'amor'", disse enfatizando a palavra 'amor', e ele simplesmente deixou ela ir, rindo e partindo ainda mais o coração de Brianna.
Assim que saiu do escritório, seu coração batia rápido, sem conseguir entender por que seu marido a havia deixado do nada.
Pior ainda, a notícia que não pôde contar a ele. Ela deixou seu corpo cair na porta, o chão se movia sob seus pés. Ela fechou os olhos, sem saber o que fazer.
Dois anos depois, Brianna estava trabalhando. De repente, ele entrou em sua pequena cabine, provocativo.
"Você terminou o que eu te pedi? Você é muito lenta, Brianna. Tenho muita vontade de te demitir, mas aqui está você", disse e revirou os olhos, apoiando seu corpo na parede de gesso. "Então, por favor, vá rápido para o escritório, o novo chefe está lá".
"Novo chefe...?" ela perguntou com uma voz baixa.
"Menos perguntas e se mexa. Não quero que ele espere; você está aqui há apenas um mês".
"Certo, chefe".
Ela assentiu e começou a caminhar com seus saltos altos, os únicos que ela tinha. Seus passos não eram suficientes para chegar ao escritório. Assim que atravessou a grande porta de madeira, um silêncio sepulcral tomou conta. Havia um homem de costas, sentado em uma cadeira giratória.
Brianna alisou sua saia com as mãos e mordeu os lábios.
"Olá..." murmurou com uma voz
Baixa e inquieta, respirando nervosamente.
"Olá... Então, aqui está você", disse uma voz conhecida.
Haviam se passado dois anos desde a última vez que ela havia ouvido aquela voz, e seu corpo todo estremeceu.
Ela cruzou os braços, tentando se proteger.
"Olá", ela comentou, tentando não chorar.
Ela odiava com todo seu coração, ele havia arruinado sua vida inteira.
"Você é minha nova assistente, tenho todos os números que você precisa agendar aqui, além disso, você precisa me ajudar com a papelada e os registros. Aparentemente, aqui se fazia qualquer coisa, menos gerir a empresa", ele disse rapidamente, e depois acrescentou: "Só tenho uma exigência".
"Uma exigência?" ela perguntou, incerta.
"Cada vez que sair, trave a porta, e sempre bata antes de entrar. Agora vá, tenho que continuar trabalhando."
—Uhm, com licença — ela disse e se afastou.Ao fazer isso, ela se apoiou na porta; seu coração batia rápido. Ela não esperava vê-los, especialmente depois de dois anos.Assim que chegou à cabine, sua amiga Melissa a olhou com curiosidade."Parece que viu um fantasma. O que aconteceu com você?""Eu vi ele..." murmurou com o olhar perdido.Sua amiga não entendeu e rapidamente moveu o braço na frente dela."Um fantasma? O que...?""Não! Era o Eduardo!""Ah, o Eduardo!" exclamou, mas depois franziu a testa. "Que Eduardo?""Meu ex-marido", disse ela."Você está brincando, né?""Não, eu disse que ele era muito rico, mas não consigo acreditar que ele comprou... essa empresa.""E se ele fez de propósito?", perguntou."Dúvido. Ele me deixou porque disse que eu o tinha entediado. Ele não me amava mais.""E então, ele é mesmo um...?""Melissa! Se alguém nos ouvir, seremos demitidas.""Sim, você tem razão. Bem, e agora o que você vai fazer?""Bem, tenho que continuar trabalhando, não tenho outra
Ela estremeceu, ele fazia com que ela sentisse muitas coisas.>Coisas que ela havia guardado por muito tempo.A mulher divorciada percorreu as ruas com pressa.Primeiro, ela trocou seus altos saltos por tênis. Ela tinha muito caminho a percorrer e não tinha dinheiro para pegar um ônibus, muito menos um táxi. Ela precisava de cada centavo para sobreviver.Depois de meia hora de caminhada sem parar, ela chegou a um prédio antigo, onde até a escada tinha alguns buracos.Uma porta vermelha a recebeu. Um grande número 32 estava alinhado com a sua cabeça. Ela pegou as chaves e abriu.A primeira coisa que encontrou foi sua mãe. Ela sorria junto com uma pequena bebê em seus braços."Mamãe...""Oi, querida, aqui estava com a Emma.""Oi, bebê", disse com uma voz doce, abraçando sua filha."Querida... como eu gostaria de poder ajudar mais", sua mãe falou com tristeza."Você já faz muito, mamãe. Somos só nós duas aqui, e em algum momento vamos dar a volta por cima. Já pr
—Já terminei, senhor. Posso sair agora?—Sim, vá embora —comentou com voz desinteressada.Ela assentiu e simplesmente virou-se para ir embora. Seus passos eram mais rápidos do que seu coração.No meio do corredor, sentiu-se feliz por poder voltar para casa.O único problema era a distância que ela tinha que percorrer. Já estava escurecendo, a neblina estava se instalando aos poucos. Estendeu a mão, sentindo que a qualquer momento desapareceria.Ela se agasalhou, trocou os saltos ao chegar ao banco em frente à empresa. Já pronta com seus tênis esportivos furados, começou sua caminhada.O poste de luz a acompanhava, fazendo-a se sentir menos sozinha. Não se passaram nem 15 minutos quando ela se sentiu levemente observada. Mas ignorou esse sentimento.Ao longe, havia um veículo azul, longo, no estilo de uma limusine.—Por que você está caminhando sozinha? — Eduardo se perguntou enquanto instruía seu motorista a segui-la a certa distância.Ela era distraída demais para perceber.—Senhor,
Naquele momento, tudo o que ela queria era basicamente saber se sua filha ficaria bem. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela podia ver sua bebê chorando desesperadamente.— Tranquila, meu amor — ele comentou enquanto a abraçava e oferecia o peito para ela.Eduardo desviou o olhar naquele momento e engoliu em seco.>Ele conseguiu entender que aquela pequena bebê poderia ser sua filha. Se ela estivesse grávida na época em que eles estavam juntos, talvez estivesse com dois ou três meses de gestação. Se tivesse tido aquele bebê, ele teria um ano e alguns meses.— Tranquila, nós já chegamos. Este não é o hospital — ele comentou ao ver uma grande clínica.Uma clínica que ela não poderia pagar nem em mil anos.— Isso é melhor do que um hospital, além disso, você não vai precisar esperar tanto tempo.— Não, eu não posso.— O que você não pode? — ele perguntou enquanto abria a porta e retirava ágilmente a cadeira de rodas da parte de trás.— E-eu n
Ele mesmo era jovem e Eduardo sentiu algo estranho ao vê-lo. Eu já te dei meu número. Qualquer coisa você pode me perguntar e eu não tenho nenhum problema em atendê-lo. Ela é uma garota adorável. -Muito obrigado Dr. "Apenas me diga Juan," ele comentou com um sorriso e entrou. -E bem..? ele perguntou secamente, virando a cadeira para ir até a saída. — Bem, seu Juan, ele cuidou muito bem dela e me deu nebulizações, porque ela está com muco. "Tudo bem, e a febre?" — Por isso, por estar com as vias aéreas um pouco obstruídas, ela não consegue respirar bem e isso lhe dá febre. Ele também me deu pontos para acalmar a febre, o diálogo está bom, eu te levo para casa. Você tem que chegar e imediatamente eles ligam o aquecimento. Está fazendo muito frio. Nesse momento ela empalideceu, não tinha gás, só tinha um fogareiro com uma garrafinha. Ele parou e olhou para ela com uma sobrancelha levantada. "Por que você está pálido de repente?" "N-nada", ela comentou, e ele a agarrou pelo bra
Ela mordeu os lábios uma e outra vez, a loira continuou a se sentir agradável. Ele começou a subir e descer, retirando aos poucos aquele membro grande e grotesco de dentro dela. Até que desci de novo, sentindo, tocando o ponto G dela. Não bastasse, ela gemeu mais uma vez e os dois gozaram enormemente. Mas algo os deteve. Briana ficou pasma ao ver Eduardo fazendo sexo. "Meu Deus!" Eu nunca tinha visto dessa forma e uma sensação desconhecida. Eduardo ergueu os olhos, o rosto severamente vermelho. Ele não disse nada, apenas viu o cabelo de Briana desaparecer pela porta. Vê-la com uma saia estreita na cintura, uma camisa branca justa o fez querer mais a loira. Por um instante, inadvertidamente, a imagem de Briana em cima dele... o deixou confuso. “Briana... ” “Me chame do que quiser. Irritado, ele agarrou rudemente o quadril da loira e come&cc
Brianna olhou para ele com surpresa. Eu não podia acreditar na agilidade com que aquele homem se comportava. Se você não acreditasse, parecia que alguém o ajudou a descer e colocá-lo em sua cadeira de rodas. Na verdade, seus pensamentos estavam nisso durante toda a viagem. Imaginando se ela teria que ajudá-los, se pudesse com o peso daquele homem musculoso. Porém, errara e ele, como se fosse um peso pluma, se portara com agilidade. Briana, ao chegar em casa, viu sua mãe e apenas a abraçou. Os dois entraram na sala, conversando sem parar sobre o que haviam feito durante o dia. No dia seguinte, o escritório estava bastante tranquilo. Briana estava analisando novos documentos, enquanto ela não tinha visto seu chefe durante o dia. O motorista levou ela e sua filha para o berçário. Eduardo, aparentemente teve que sair muito antes. O gesto parecia terno. Embora ele mexesse a c
— Não sei!A verdade não tinha me ocorrido. Eu nem pensei que o veria de novo... — Oh Bri! Ela continuou caminhando ao lado de sua amiga. Os blocos eram longos o suficiente para eles, mas ela não reclamou. Parada na frente de sua casa, ela cumprimentou Melissa. Ela teve que seguir o passeio. Procuro Emma, que como sempre estava muito feliz depois de sair do berçário e caminhou com seus chinelos confortáveis até chegar em casa. No entanto, quando ele estava para chegar, um veículo buzinou para ele. Virando-se um pouco aborrecida, ela o viu. Para o mesmo médico. — Que coincidência... você também mora por aqui? "Na verdade não, vejo você outro dia", comentou Briana enquanto alcançava a maçaneta . -Quer ir jantar? Eu convido você algumas pizzas. Briana queria dizer não, mas seu estômago prot