- Ainda me lembro do gosto que você tem. – mordeu os picos escarlate, os fazendo reagirem projetando-se para fora. – Não vejo a hora de sentir novamente.O balançar cadenciado dos quadris dela ficaram mais frenéticos. Hórus levou a mão entre suas pernas, comprovando que ela excepcionalmente molhada. - Nossa cerimônia de união não foi finalizada na noite anterior, porque você não estava completamente presente. Segurou seus pulsos para cima, prendendo a sobra do couro, a grade de ferro batido da cama.- Será forte e intenso, não resista. – ele advertiu com um tom de comando.Ela concordou com um ligeiro acenar, seu corpo não parava de se contorcer, buscando o dele. Hórus se posicionou entre suas pernas, pincelando sua entrada com seu pau. O sexo de Olívia pulsava, toda molhadinha, a acariciou com os dedos, enfiou um deles o retirou, somente para suga-lo cheio do seu delicioso sabor. Ela fechou os olhos, toda sensual, delirante de prazer. - Abra os olhos. Quero que veja quando eu en
Hórus As luzes da cidade era refletida nos arranha céus duplicando o brilho da noite fria. Hórus se perdeu em pensamentos olhando pela janela, era difícil se ater ao que Anúbis dizia.- Hórus. - ele chamou, como não teve resposta, se levantou da confortável cadeira e se pôs ao lado do irmão. - Poderia pelo menos fingir que está me ouvindo. Uma ponta de simpatia pelo irmão o fez voltar-se para ele.- Vamos encerrar por hoje. Tenho algumas coisas para resolver antes de ir embora, mas você pode ir.- Sei que quer se livrar de mim para que eu não se intrometa. Eu o avisei que senti que algo está agindo nas sombras. Sua esposa contratada tem algo a ver com o que está acontecendo no submundo. Hórus mirou o irmão com um olhar gélido de aviso, mesmo que ele levantasse as mãos pedindo calma não foi capaz de se conter. O pegou pela camisa e o segurou próximo ao seu rosto duro feito granito.- Nunca mais repita esse isso!- Você perde a cabeça com uma simples frase. O que fará se ela for o
Na manhã seguinte, acordou sozinho na cama.O silêncio ao seu redor indicava que estava sozinho no quarto. Hórus se levantou olhando a sua volta, as roupas dela ainda estavam espalhadas pelo chão. Mas o seu roupão havia desaparecido.Vestiu um short leve, e saiu a procura dela. O cheiro de café inundou suas narinas. Ele não muito adepto a bebida, mas a consumia as vezes.Olívia estava à beira do fogão preparando o desjejum.Precisavam conversar sobre o homem que morreu no hospital em Seattle. Na noite anterior não foi capaz de insistir no assunto. No entanto precisava saber o que tudo sobre o que ele representava para ela.Provavelmente foi com ele que ela gastou tudo que ganhava e o pouco que tinha. As informações que recebeu, continha relatórios de despesas médicas altíssimas.O nome dele, representava uma ameaça para o que tinha com sua esposa. Porque simplesmente, não conseguia deixar para lá o que aconteceu no passado dela. Hórus se aproximou, a abraçando pelas costas. Seu perf
Olívia Não saberia dizer o que a despertou, abriu os olhos ainda pesados de sono e viu que ainda estava no quarto de Hórus. Ele não estava na cama e nem no seu ângulo de visão, ela se sentou e puxou o edredom para cobrir seu corpo que se arrepiava de frio. Ele estava presente em cada canto de sua vida, não apenas fisicamente, mas de um jeito que ela nunca imaginou possível. Ao descobrir e se conectar a sua essência mística, Olivia sentiu que o fio que a unia a Hórus era muito mais profundo do que qualquer outra força que conhecia.A verdade era que sua ligação com Hórus a fascinava e, ao mesmo tempo, a assustava. Ela gostava da sensação de estar protegida ao seu lado, de compartilhar momentos silenciosos que falavam tanto quanto qualquer palavra. Gostava de extravasar a energia que sentia vibrar dentro de si, a cada segundo que olhava para ele. Mas sentia também o peso de algo maior, algo ancestral, que se apoderava de seus pensamentos e da sua vontade.O medo do desconhecido não i
A imagem no espelho mostrava uma mulher completamente diferente do que ela costumava ser. Não se tratava do vestido azul royal de corte assimétrico que brincava com suas formas.Também não eram os diamantes nas joias caras que adornavam seu pescoço fino, as orelhas e pulsos.Tratava-se de seu interior, aquelas duas figuras tão distintas convivendo dentro de si pareciam se fundir naquele reflexo, essa mudança se acelerava à medida que ficava mais tempo com Hórus. Confessava que aquele aviso dele de manhã a pegou de surpresa. O tom de voz estava carregado de frieza, o alerta possuía um fundo de palavras não ditas que a deixou pensativa.Mas não queria estragar essa noite de grande expectativa por causa de uma possível má interpretação.Olívia soltou um suspiro. Quando foi que se tornou essa mulher tão preocupada em agradar exclusivamente um homem?! Mal se reconhecia como a antiga mulher decidida e desapegada.Na verdade, já imaginava quando foi que essa mudança aconteceu, a dependência
A noite transcorria muito melhor do que imaginou. Não causou nenhum incidente desconfortável, e não foi insultada por ninguém.Aparentemente, estava se saindo bem em representar aquele papel de dama da alta sociedade.Foi apresentada a muitas pessoas importantes, influentes e outras do convívio da família de Hórus. A maioria deles foram gentis, muitos teceram elogios e teve também quem a bajulasse esperando cair nas graças da nova Sra. Amonhhat.Isso a fez rir muito por dentro, eram oportunistas interesseiros que nem sonhavam que ela era uma pobretona de Seattle sem poder algum nas decisões de Hórus. Celine a ajudou decorar o nome de algumas pessoas que julgava importante na posição em que se encontrava agora. Não achou necessário dizer a ela que tinha memória fotográfica e que se lembraria de todos eles. Gostava de ouvir a mulher falar sobre eles e sussurrar um ou dois segredos em seus ouvidos. Isso também suavizava sua ansiedade constante.Hórus permanecia ao seu lado com gestos r
Olivia caminhou perdida nas emoções que a entristecia.Lembrou-se do aviso de Hórus, sobre seu irmão.Não compreendia o motivo de se manter longe de um familiar dele, sentia que eles eram afastados, possivelmente com diferenças não resolvidas; mas ele ainda era seu irmão, não?O que teria acontecido de tão terrível entre eles para romper laços dessa forma? Eles eram filhos de deuses, todos os filhos também deveriam ter a mesma natureza divina. Anúbis e Hórus era bem evidente, sabia seus papeis no mundo, e o que eles representavam. Mas e quanto ao terceiro filho? Que tipo de divindade ele era?Se perguntava por que o membro mais novo da família não compareceu a um evento tão importante para os Amonhhat.O farfalhar de folhas e um movimento próximo a um punhado de vegetação bem cuidada, chamou sua atenção. A voz de alguém pedia ajuda, em fio baixo de som. Ela se voltou quando reconheceu o barulho produzido pela dificuldade respiratória.Olívia se aproximou rapidamente da moita alta. Ci
Até aquele momento, Hórus não pronunciou uma palavra, e já estavam quase chegando em casa. Não houve despedida dos familiares, ele a conduziu firme para uma saída lateral onde não tinha imprensa alguma. O motorista esperava com expressão apreensiva, com certeza temia pelo iminente desastre que se anunciava na fisionomia de seu patrão.Olívia observava tudo de forma profunda. Suas resoluções cada vez mais sólidas. Hórus estava distante de seu coração, não sentia a ligação entre eles crescer desde que falaram sobre Simon. Era como se ele tivesse rompido os fios que uniam seus sentimentos.Se já imaginava que houve um problema grave entre ele e o irmão caçula, agora sabia que estava muito além de uma discordância ou briga sem sentido.Entendia agora porque ele disse que a própria família era disfuncional. Todos pisavam em ovos a respeito de Hórus e Seth, e o primeiro parecia próximo de assassinar o irmão, enquanto o outro zombava de sua ira e da posição da família que tinha.Durante o p