Mackenzie não tinha ido à escola durante toda a semana, ficou muito gripada e estava sem condições de sair de casa. Vivi todo dia visitava a amiga, lhe contava sobre o que acontecia na escola, passava os deveres para ela, e a ajudava no que fosse preciso. Ficava praticamente a tarde inteira na casa dela. Cada dia, ela se surpreendia com Jensen. A forma que ele tratava a irmã era linda, cuidava, dava remédios na hora exata, brincava com ela. Vivi realmente estava ficando completamente encantada por aquele rapaz.
Nesse dia, especificamente, Vivi não foi à casa de Mackenzie à tarde porque tinha muitos deveres da escola para fazer.Vivi ajudava a mãe a com a louça do café da tarde. Verônica lavava, e ela enxugava.- Mãe, depois que eu terminar posso ir visitar a Zie? – perguntou enquanto enxugava um talher.- Claro que pode, eu vou com você também – Verônica respondeu, lavando o último prato. – Vou tomar banho e nós vamos. – saiu da cozinha, indo direção ao andar de cima da casa, e Vivi ficou na cozinha terminando o seu serviço.- Aiiiiiiii! – Vivi gritou, sacudindo uma das mãos.Verônica estava no seu quarto vestindo a blusa, quando ouviu algum barulho e logo depois um grito. Saiu do cômodo, descendo rapidamente as escadas e indo em direção à cozinha, de onde o grito vinha. Viu Vivi com sangue nas mãos.- Oh, Meu Deus, o que aconteceu? – Verônica falou desesperada, indo em direção à filha.- Mãe – Vivi falou com muita dor. – O copo ia cair, fui segurar e ele quebrou. e eu cor... – ela não conseguiu terminar de falar e começou a chorar.- Está tudo bem, querida – disse, pegando um pano para estancar o sangue.- 'Ta doendo muito, mãe – Vivi gemia de dor.- Deixe-me ver isso – tirou o pano e levou Vivi até a pia para lavar sua mão, para conseguir ver o ferimento mais claramente.- Não! Vai doer – puxou a mão para si.- Não vai filha, eu prometo – falou, tentando passar confiança para Vivi. - Meu Deus – Verônica disse preocupada.- Que foi? – Vivi perguntou e foi olhar como estava o ferimento.- Esse corte está muito profundo, filha. Você precisa ir para o hospital – enrolou a mão dela no pano.Vivi não conseguia parar de chorar, a dor era insuportável e para piorar a situação, o carro de Verônica estava no mecânico, não tinha como levar a filha para o hospital, e Ricardo não atendia ao telefone. Então, ela foi até a casa dos vizinhos pedir ajuda. Batia na porta desesperada, Vivi estava do seu lado, chorando compulsivamente.Donna abriu a porta rapidamente quando ouviu Verônica gritando pelo seu nome.- Verônica, você está bem? – ela perguntou preocupada, olhou para Vivi e viu o sangue. – O que aconteceu?- A Vivi cortou a mão e preciso levá-la para o hospital, mas estou sem meu carro e eu preciso – Verônica estava desesperada e trocando as palavras.- Entre – Donna falou. E as duas o fizeram.Jensen, que estava sentado no sofá, ouviu a gritaria e foi ver o que estava acontecendo.- Vivi – ele disse quando viu a menina chorando e com a mão enrolada em um pano ensanguentado. – O que aconteceu? – perguntou indo em direção à ela.- Eu cortei minha mão... 'ta doendo muito – falou chorando.- Calma, vai ficar tudo bem – ele tentou acalmá-la.- Mas 'ta doendo – Vivi não conseguia parar de chorar.Jensen não sabia o que fazer para ajudá-la, ele queria fazer algo, só não sabia o quê.- Josh! – Donna gritou pelo filho, que veio correndo ver o que estava acontecendo. - Leve as duas para o hospital, não posso deixar a Zie sozinha, a febre pode voltar – ela disse, entregando as chaves do carro para ele.- Muito obrigada, Donna – Verônica agradeceu.- Não é nada, agora vá com o Joshua – falou, indicando com a mão para Verônica, que obedeceu.- Eu vou junto – Jensen disse, indo atrás do três.- Me dê notícias, filho - ela pediu.- 'Ta certo, mãe – falou, assim que Joshua deu partida no carro.Chegaram no hospital. Jensen desceu do carro e abriu a porta para que Verônica saísse com Vivi, que agora estava mais calma. Seguiram em direção à entrada de emergência. Joshua foi estacionar o carro.Assim que entraram no hospital, Vivi paralisou.- Vamos filha, os médicos estão esperando – Verônica disse, olhando para ela, que não disse nada.- Vivi, você está bem? – Jensen se agachou e perguntou.- Eu não... – ela não teve tempo de responder, porque tudo ficou preto e sentiu o corpo mole.- Meu Deus, alguém ajuda! – Verônica gritou quando viu a filha desmaiando e Jensen a segurando.Vivi estava deitada na cama do hospital quando acordou. Jensen e Verônica começaram a conversar com ela para distraí-la, porque os médicos estavam fazendo curativos em sua mão.- Mas o que aconteceu? – perguntou, pois não lembrava de como chegou ao quarto em que estava.- Você desmaiou – Verônica disse, fazendo carinho na filha.- Ah... – Vivi ainda estava tentando entender o que estava acontecendo quando virou a cabeça para o outro lado e viu os que os médicos faziam, ficou assustada e fez um movimento para tirar sua mão dali.- Vivi – Jensen falou chamando sua atenção. – Você lembra quando a Zie teve aquele pesadelo e eu disse que ela não precisava se preocupar porque eu estava lá para protegê-la?- Lembro – respondeu olhando para ele.- Eu estou aqui, Vivi. Não vai doer – ele falou, segurando sua mão.- Você promete? – ela perguntou com medo.- Prometo – respondeu sorrindo.Jensen ficou o tempo todo segurando a mão de Vivi, dando o apoio que ela precisava. Verônica ficou ao lado dos dois, admirando o apoio que aquele garoto de apenas dezesseis anos dava à sua filha.Os médicos terminaram os curativos.- Já? – ela perguntou olhando para um deles, que fez sinal de positivo com a cabeça.- Doeu? – Jensen questionou olhando carinhosamente para ela.- Não – Vivi respondeu sorrindo. - Foi como você prometeu.- Eu prometi que não ia doer – ele falou dando um beijo na testa dela.- É, você prometeu. – Vivi falou sorrindo para ele.Ricardo entrou no quarto e viu a filha na cama, conversando com Jensen. Verônica estava sentada na poltrona.- O que aconteceu, meu bebê? – ele perguntou, indo em direção à filha.- Eu me cortei, pai. Mas já estou bem agora – ela respondeu enquanto Ricardo a abraçava.- Eu fiquei tão preocupado quando sua mãe me ligou – disse olhando para a mão de Vivi.- Ela vai ficar bem, Senhor Ricardo. Vivi é uma garota muito forte – Jensen falou, sorrindo para os dois. - Jensen nos ajudou demais, meu amor – Verônica colocou a mão nos ombros do garoto.- Obrigado, meu filho, nem sei como te agradecer – Ricardo disse, indo abraçá–lo. - E me chame apenas de Ricardo.- Não precisa agradecer, Ricardo. Agora vocês me dão licença que eu preciso ligar para a minha mãe, para avisá-la que Vivi já está bem.Jensen saiu do quarto e avisou sua mãe, que ficou mais tranquila sabendo que Vivi estava melhor.Ricardo disse que ele podia ir embora com Joshua, porque levaria Vivi e Verônica embora. Ele concordou, se despediu das duas e se foi com o irmão.Vivi teve alta naquela mesma noite, e foi embora com os pais. Chegou em casa, tomou banho e foi direto para cama. No dia seguinte, Jensen foi com os seus pais e irmãos visitá-la, para ver como ela estava. Vivi ficou muito feliz com a presença deles, percebeu que era muito querida por todos. Ricardo e Verônica não se cansavam de agradecer por tudo que eles fizeram e continuavam a fazer. E ainda fariam muito, só que nem sabiam disso.Vivi estava com quatorze, e fazia dois anos que Jensen havia ido embora para Los Angeles, tentar a carreira de ator. Ela sentia muita falta dele, pois se tornaram grandes amigos. Conversavam sobre tudo, brincavam um com o outro e se ajudavam quando precisavam. Ele adorava conversar com Vivi, e ela com ele. Amava ouvir sobre as histórias que ele contava dos bastidores do trabalho que ele fazia, e tinha muita curiosidade de saber como funcionava tudo.
Essa distância entre eles, fazia Vivi sentir que faltava algo, ela não sabia o quê, mas sentia–se diferente longe dele, e quando ele ligava avisando que estava indo para casa, seus olhos brilhavam, mal podia esperar para reencontrar seu grande amigo, e lhe contar tudo o que acontecia enquanto ele estava fora.Só que, infelizmente, o pior aconteceu quando ele não estava por perto para ajudá-la.Era sábado de manhã, Verônica e Ricardo chamaram a filha para fazer compra com eles, mas ela recusou o convite, pois tinha combinado com Mackenzie que iriam passear com Nina.- Você gosta dele Vivi, pode confessar – Mackenzie disse com olhar desafiador para a amiga.- De quem? – se fez de desentendida, mas sabia muito bem de quem ela estava falando.- Ah, um tal de Jensen, conhece? – disse rindo.- Como você é besta, Zie – falou, dando um tapa no ombro de Mackenzie. – Qual o problema de pessoas do sexo oposto serem amigos? – perguntou curiosa.- Nenhum, só que – Mackenzie não terminou de falar, Vivi a interrompeu. - Você está com ciúme, né? – perguntou rindo.- Ciúme do quê? – questionou intrigada.- Da minha amizade com seu irmão, mas não se preocupe, você sempre será minha melhor amiga – envolveu a outra com um dos braços.- Você é muito boba, Vivi. Se não quer assumir, eu que não vou insistir – Mackenzie disse enquanto pegava a guia de Nina. - Seus pais voltam que hora? – perguntou.- Nem sei. Aqueles dois quando saem para fazer compras, não têm horário para voltar – respondeu.- Quer almoçar lá em casa? – Mackenzie perguntou quando Nina parou para fazer as necessidades caninas.- É claro que quero – Vivi respondeu sorrindo.- 'Ta certo então.As duas caminharam bastante naquele dia, conversavam animadamente que nem perceberam as horas passando, e foi quando Mackenzie olhou no relógio.- Nossa, já está na hora do almoço, vamos embora.- Sério? Passou tão rápido...Foram para suas casas. Vivi combinou que tomaria um banho e já ia para à amiga. Ela descia as escadas quando ouviu alguém batendo na porta e foi abrir. Eram dois policiais.- Olá, boa tarde, em que posso ajudá-lo? – ela perguntou curiosa.- Senhorita Viviam Lavigne? – um deles perguntou a ela.- Sim, sou eu, por quê?- Aconteceu um acidente com seus pais, eles foram levados ao hospital, preciso que nos acompanhe até lá – ele finalmente disse.- Hã? – Vivi sentiu o coração disparar. – Não, tem algum engano, meus pais estão no supermercado fazendo compras.- Isso mesmo, e na volta eles sofreram um acidente de carro – o policial repetiu, percebendo que ela não estava acreditando.- Vocês tem certeza que foram meus pais? – perguntou espantada.- Seus pais são Ricardo e Verônica Lavigne, não são? – interrogou.- É, são eles – respondeu e uma lágrima caiu de seu olho.- Nos acompanhe até o hospital? – ele perguntou.- Sim – ela falou. Estava confusa com tudo que estava acontecendo.Chegaram ao hospital, e os policias a levaram até o médico responsável pelo atendimento de seus pais.- Como eles estão? –Vivi perguntou aflita.- Minha querida, sua mãe está bem, ela só sofreu alguns cortes, mas não foi nada grave.- Ai, quem bom – ela sentiu um alívio, que não durou por muito tempo.- Mas eu sinto em lhe dizer que seu pai... - ele continuou, masVivi o interrompeu.- Meu pai o quê? Doutor me fala, cadê meu pai? – perguntou, começando a chorar.- Seu pai não resistiu aos ferimentos e faleceu – o doutor disse, colocando a mão no ombro deVivi, tentando confortá-la.- O quê? – não acreditava no que estava acontecendo.<
Vivi foi avisada que era para estar pronta às oito horas, mas não tinha idéia de onde seria a festa, de como chegaria até lá e nada. Não tinha informação nenhuma.Saiu do banho, e se assustou. Viu em sua cama um vestido todo sofisticado, e um sapato mais ainda. Mackenzie estava em pé do lado da cama.- O que está acontecendo aqui?- Nada demais,Vivi, vim te ajudar a se vestir – Mackenzie disse sorrindo.- É, realmente, para conseguir entrar nesse vestido, eu vou precisar de ajuda – zombou.- Não comece,Vivi – a olhou furiosa.Vivi riu.- Você sabe que eu não sou disso, sofisticação, gosto de coisas simples e confortáveis, não de roupas que até para vestir são complexas.-Vivi, vamos. – Mackenzie disse, segurando o vestido.- 'Ta certo - resmungou.- Agora
Vivi começou a se debater para tentar se livrar de Mark, que ficou furioso com a recusa dela e deu um soco em seu rosto. Ela ficou zonza com a força do soco, ficando sem ação. Mark saiu do carro, indo em direção à porta dela e abriu.- Saia do carro, agora! – ordenou.Vivi hesitou.Mark puxou-a pelo braço com força, fazendo a gritar. Tropeçou e caiu no chão.- Seu desgraçado, como fui uma anta em acreditar que você tinha mudado? – perguntou irritada levantando-se do chão.- O que você disse? – puxou-a pelo braço e a trouxe para perto de si.- Isso mesmo que você ouviu – disse furiosa e cuspiu em seu rosto.- Sua vadia! – gritou limpando seu rosto, e lhe deu um tapa, a empurrando com força, o que a fez cair novamente no chão.Vivi ficou um tempo ali, no chão, sentada olhando aquel
- Isso não vai dar certo -Vivi dizia rindo da amiga, que estava sentada em cima da mala, não conseguia fechar de jeito nenhum.- Droga, essa porcaria tem que fechar – reclamava.- Talvez se você diminuir umas vinte peças de roupa... – zombou, ajudando Mackenzie a fechar a mala, o que foi em vão.- Não comece,Vivi - disse brava.Vivi gargalhou.- Já sei - Mackenzie disse sorrindo, saiu do quarto e voltou com outra mala.- Zie do céu, nós vamos ficar uma semana em Vancouver e não dois meses. Você vai mesmo levar três malas? – a questionou.- Vou – disse convicta.- Vai pagar pelo excesso de bagagem –Vivi falou rindo.- Será? – perguntou preocupada.- Você ainda tem dúvidas? – ironizou.- E agora? – falou desanimada, fazendoVivi rir ainda mais.- Que tal se
Jensen estava se cansando de bater na porta eVivi não responder. Resolveu entrar no quarto e a viu deitada. Dormia tão profundamente, que nem o ouviu batendo. Jensen sentou-se na beirada da cama.-Vivi,Vivi – dizia enquanto tentava acordá-la.Ela se virou, abriu os olhos, e com a visão ainda embaçada, perguntou.- Que foi? – questionou sonolenta.- É que eu estou indo para o set gravar, vim te avisar.- Que horas são?- Seis e meia.- Nossa, é cedo – falou, tirando o cobertor de cima do corpo. – E a Mackenzie? – indagou assim que olhou para a cama do lado, que estava vazia.- Não chegou.- Ah, 'ta.Jensen ficou olhando paraVivi como se tivesse algo para dizer ou perguntar. Ela não gostava quando isso acontecia.- Aconteceu alguma coisa? – o questionou curiosa.- Não, por quê?-
Duas semanas haviam se passado desde queVivi e Mackenzie voltaram de Vancouver.Vivi estava radiante, e todos podiam notar isso, mas ela queria fazer segredo de tudo que estava acontecendo. Falava com Jensen pelo telefone praticamente todos os dias, contava sobre seu trabalho, como tinha sido o dia e como sentia falta dele.Ele também sentia muita falta dela, então resolveu fazer uma surpresa, voltando alguns dias antes do combinado, e trouxe Jared junto com ele, para a felicidade de sua irmã.Jensen bateu na porta e Verônica atendeu, ele queria contar tudo para ela antes de pedirVivi em namoro.- Oi, Jensen – falou, dando um sorriso e o abraçando.- Tudo bem, dona Verônica?- Tudo, meu querido, mas, por favor, não me chame de dona – riu.- Está certo. Eu queria falar uma coisa com você - disse assim que se sentou no sofá.- Algum problema? – pergu
I've got sunshine(Eu tenho o brilho do sol)On a cloudy day(Num dia nublado)When it's cold outside(Quando está frio lá fora)I've got the month of may(Para mim é como se fosse a primavera)I guess you'll say(Bem, você vai me perguntar)What can make me feel this way?(O que me faz me sentir desse jeito?)My girl, my girl, my girl(Minha garota, minha garota, minha garota)Talking about my girl, my girl(Eu estou falando da minha garota, minha garota)Vivi reparou que todos olhavam para ela. Virou-se para trás e viu Jensen, ele segurava um urso gigante, um buquê de rosas vermelhas e uma caixa de bombom em formato de coração. Ela ficou tão surpresa que ficou sem ação. Jensen estava com um sorriso estampado no rosto, colocou o urso e o bombom em uma c
Após ter tomado um banho e se arrumado, ficou na sala sentada no sofá, esperando por Jensen. Ele demorou mais do que de costume. Quando chegou, ela até zombou dele por isso.- Até que enfim – brincou.- Está pronta? – perguntou sorrindo.- Sim, vamos.Algumas horas depois estavam chegando à rua onde ficava a casa dele.Vivi estava empolgada e Jensen ria disso.- Que linda – disse com os olhos brilhando assim que avistou a casa.Jensen subiu as escadas carregando as malas,Vivi estava logo atrás. Ele entrou em um quarto, deixou as malas dele e no quarto ao lado colocou as dela.Vivi ficou intrigada e o encarou.- Que foi? – perguntou rindo.- Você pode colocar as minhas malas no seu quarto, por favor? – pediu.- Claro, com certeza – respondeu sorrindo.Os dois estavam exaustos da viagem, e mais tarde naquela noite, aca