Badá
"Ninguém confia em ninguém, é melhor assim. Eu nem na minha sombra e nem ela em mim.Hoje qualquer muleque tá andando armado, puxar o cão sem pensar, pra ser respeitado.Eu tô ligado, eu sei quem é quem, o super-homem de bombeta vai matar alguém.Sendo refém de espíritos malignos, mal intencionado, cínico, leviano, indigno. Fui obrigado a conviver com isso, com uma quadrada e um velho crucifixo. É sempre bom andar ligeiro na calada, A VIDA NÃO É UM CONTO DE FADAS!"Encosto a cabeça na parede jogando a fumaça pro alto, falta pouco tempo pra eu ficar aqui dentro.A notícia que Rangel trouxe lá de fora não é a melhor delas, e eu não posso imaginar o que Maria tá sentindo agora.Perder um ente querido é sempre doloroso, mas uma mãe, deve ser uma parada coisa de louco, da até um arrepio só de imaginar.LK: tá pensativo aí por que, irmão?Badá: várias fitas pra resolver quando sair daqui. Só queria paz e sossego por um tempo.LK: Tu é chefe, tem paz não. Trabalha até aqui dentro.Badá: Que nada, po. Colônia de férias, lá fora eles que se virem.LK: 15 anos trancado, tô curtindo essa colônia de férias mais não mano, o papo é reto. Logo menos tô me saindo daqui!Ouço os passos pelo corredor que eu conheço bem, era notícia boa ou uma grande merda, mas como sou sortudo pra caralho, fico com a primeira opção.Guarda: Seu alvará chegou adiantado, Badá. Arruma tuas coisas que tu vai sair! - ele fala e vira de costas, sabendo que eu tinha que fazer uma ligação e ele tava pouco se fudendo se eu tinha um radinho aqui dentro, só queria fazer seu trampo em paz sem ter guerra com ninguém.Ligo pro Rangel que já tava no toque pra descer, tô tô pra ver minha coroa, meu moleque, po... Só alegria! 15 anos caralho, muito tempo aqui dentro, sei nem como tá o mundão lá fora, mas tô pronto pra descobrir.Badá: Ae mano, fica na paz. Satisfação esses anos ao seu lado aqui.LK: Vai na paz, bada. Logo menos tô chegando pra gente trocar uma ideia na moral. Dá um abraço no moleque lá por mim!Afirmo com a cabeça e me viro de costas pra grade da cela, sempre me levam algemado, sem necessidade nenhuma, já tô aqui a mó cota, se fosse pra matar alguém só pra fugir, eu já teria feito isso. 15 anos guardado não é pra qualquer um, a mente fica bagunçada, e na primeira semana você já quer armar um esquema pra sair daqui. Tô ligado como é, tem que ser forte pra caralho, parceiro.Passo pelos corredores ouvindo o buchicho de uns e outros, o tanto que já tentaram me passar a perna aqui dentro, tu nem tá ligado, mas a minha fé sempre foi naquele lá de cima, que olha para todos e todos tem o mesmo valor.Minha mãe nem sabe que tô saindo, eu poderia ter ligado pra falar, mas quero fazer uma surpresa pra minha coroa. Só Deus sabe de todo sofrimento dela durante esses anos, mas se eu pudesse voltar atrás e mudar algo, eu faria exatamente tudo da mesma forma, lugar de verme é a sete palmos da terra. E é o papo.Passo na salinha trocando de roupa, esse uniforme surrado foi meu companheiro durante bons anos, mas já está na hora de se despedir. Permaneço calado, sem falar nada com ninguém aqui dentro. Não tenho nada para agradecer a nenhum deles, paguei minha pena e agora estou livre, quer ser reconhecido vira advogado, não pago pau pra guardinha safado não.Os portões que mais parecem a muralha da China de tão alto, se abrem... Um som estrondoso parecendo a porta do inferno, e eu passo por ela inalando o ar que enche meus pulmões, já que o único ar que eu inalava dentro da cadeia, era o da morte, mas ela ainda vai demorar uma cota pra vim me buscar.Rangel me aguarda a uns metros distante, consigo ver seu sorriso através do vidro do carro, com uma outra novinha do lado que eu nem tô ligado quem é. Só arruma doida esse dai, depois liga reclamando que mulher não presta.Tá cedo, significa que vou curtir meu primeiro dia de liberdade depois de quinze anos aqui dentro. Vou ver meu filho, dar um abraço na minha coroa e depois se pá, dá uma atenção pra Maria. A mãe dela morreu e eu nem imagino como deve tá a cabeça dela agora, tô ligado que ela não tem pai, é só tinha a mãe por perto.Suspiro me aproximando do carro, doido pra tirar essa camisa branca que me faz parecer um louco, tomar um banho maneiro e cortar o cabelo daquele jeitinho. Dentro da cadeia a gente se vira como pode, tem uns manos que ainda se arriscam em meter umas tatuagens lá dentro, mas eu fui de boa, todas que eu tenho foram feitas antes de eu cair lá dentro.Rangel sai de um lado e vem em minha direção, considero esse moleque pra caralho, é mais novo que eu, quando fui preso ele ainda era uma criança, mas sempre me ajudou em tudo que eu precisei lá dentro, considerado máximo demais.Rangel: Coe, mó saudade de tu, paizão! - Ele aperta minha mão e eu olho por cima do ombro, a menina que encara em mim.Badá: Tô de volta! - estalo a língua no céu da boca e respiro fundo - Quem é ela?Rangel: Helen. Amiga da Maria, po.Badá: E ela tá como? Fiquei sabendo da mãe dela. Já enterrada?Rangel: Tá rolando o velório ainda. Deve ser enterrada na parte da parte.Badá: Humm... pode crê! - Ele enfia a mão no bolso me entregando um celular, tô nem ligado como mexe nessa porra, quando fui preso não existia isso.Rangel: Depois te dou o papo de como mexe. - Afirmo com a cabeça e entro no carro.Rangel faz o mesmo e da partida dali, o sol está estalando, só queria uma praia nesse momento propício. Mas tem tanta coisa que quero fazer só no dia de hoje, que ele poderia ter facilmente trinta e duas horas.Faz tanto tempo que fiquei lá dentro, que acho que não sei mais o caminho até o Salgueiro. Papo reto mermo.Vou o caminho inteiro pensando em altos bagulhos, tudo que queria agora era uma vida de paz e sossego, mas eu tô ligado que meu legado ainda vive no morro, e por mais que eu queria alugar uma casa no meio do mato e viver isolado, não vou conseguir isso nem tão cedo. Então de fato, vou ter que me contentar com minha realidade, por enquanto.Na entrada da minha comunidade, a diferença já está nítida. Não está do jeito que eu sai daqui, parece ter mais cor e leveza, sem falar que tem mais uma porrada de casa amontoada, coisa que eu achava impossível de ser feito. As crianças correm de um lado para o outro na rua, enquanto o bar da esquina toca um samba daquele jeito. Carnaval tá aí, e eles estão só no aquecimento.Badá: Para lá no salão da Érika, vou ver meu filho e depois vou pra casa. - Ele afirma com a cabeça e desvia o caminho.É salão, padaria, barbearia é uma porrada de comércio que abriu aqui, sorrio satisfeito. Sempre quis que minha comunidade crescesse desse jeito, e vejo que isso aconteceu sem que eles precisassem de mim.Badá: Alguém além de você, sabe que eu sai da tranca?Rangel: Não po, só eu mermo.Badá: Suave então. - Ele para em frente ao salão com os vidros do carro ainda fechados. - deixa o carro comigo, quero ir pra casa logo mais e não quero que ninguém saiba ainda. Se pá, organizo um baile. E mais tarde falo contigo.Rangel: Tranquilo paizão. Bem-vindo de volta pra casa!Desço do carro acionando o alarme, a rua está mais calma, diferente de lá embaixo.De longe já ouço a voz de Érika gritando que eu presumo ser com Samuel, fiquei sabendo que esse moleque é virado no jiraia, raça todinha do pai, como a mãe dele vive falando.Eu paro de frente a porta de vidro que está aberta, e Samuel está sentado no banco de frente pra porta, porém com a cabeça abaixada olhando o celular, e nem percebe a minha presença.Dou um assobio e ele levanta o olhar me encontrando. Só ouço os passos dele correndo quando sinto o impacto dele pulando em meu colo... Primeiro abraço que dou em meu filho. Porra, que sensação gostosa pra caralho.Badá: Eai, moleque. Como tu tá?Samuel: Eu tô bem pai, e você?Badá: tô suave agora. - Desço ele do colo e observo seu uniforme da escola - Tá chegando agora da aula?Samuel: Não, eu ainda vou.Érika: Samuel, vai pegar sua mochila. - ela grita lá de dentro, e estremece quando b**e os olhos em mim - Saiu quando?Badá: De manhã. Parei aqui primeiro! Samuel: Por que a Maria não pode me levar na escola? To com saudades dela.Érika: Eu já te falei. Essa semana eu te levo, deixa a Maria em casa. Ela nem enterrou a mãe ainda.Um flash de memória me invade, Maria tinha me dito que trabalhava como babá, só não sabia que era a babá do meu filho.Badá: Deixa que eu levo ele. Vai buscar tua mochila lá. Amanhã a gente conversa, Érika.Ela afirma com a cabeça e Samuel entra.(...)Encaro a casa da minha mãe ainda do outro lado da rua, ela não tem noção que já estou aqui, mo saudades da minha coroa. Respiro fundo e desligo o carro, tô ligado que deve tá cheio de gente lá dentro, como sempre foi. Minha vó deve tá coroinha já. Sem falar no meu irmão que quando eu sai daqui, ainda era criança. E agora já tá até casado.Atravesso a rua e abro o portão no talento, o macete existe até hoje, não mudou nada. Um portão de ferro que agarra no chão e precisa levantar ele pra abrir. Daqui já ouço o burburinho lá dentro, hora do almoço é sempre assim.Eu passo por trás parando na porta da cozinha, e todo mundo para o que estava fazendo para me olhar. Minha tia arregala o olho e cutuca o ombro da minha mãe que estava de costas. Ela se vira, e quando me vê, dispara pela cozinha jogando o pano de prato em cima da mesa.Ela me abraça tão forte, que por uma fração de segundos fico sem ar, totalmente sem ar. Retribuio o abraço beijando sua testa. Ela chora, mas sei que é um choro de alívio, e que nunca mais vai chorar por mim lá dentro. Cumpri minha pena por ter matado o verme que se dizia meu pai, poderia ter fugido, mas quis botar a cara na reta por isso.MaviEu achei que a pior hora seria quando enterrasse minha mãe, mas não. A pior hora está sendo agora, que cheguei em casa e está vazia. Dói por que nunca mais vou ter seu abraço e seu sorriso. Dói por que ela nunca mais irá me acordar cedo, mesmo quando não precisa. Dói por que caramba, eu nunca mais vou sentir o cheirinho dela. Agora ficou um vazio imenso dentro dessa casa, e eu nunca havia percebido o quanto ela é enorme, não quando ela ainda estava aqui.Eu tomo banho enquanto Laura se arruma para ir trabalhar. O patrão dela disse que não precisava dela ir, mas ela insistiu para ir, e eu vou ficar em casa mesmo. Não há nada a fazer e nem para onde ir. Então só deito olhando pra parede e fico na mesma posição.Laura: eu já tô indo. Tem certeza que não quer ir comigo? - ela pergunta da porta do meu quartoMavi: Não, tá tudo bem. Pode ir.Laura: ok… Mais tarde eu tô de volta. Não vou demorar lá, só mesmo ajudar o pessoal pra não ficar na mão.Afirmo com a cabeça sem nem virar para o
BadáAcordo nem sentindo meu braço, até eu abrir os olhos e me dar conta de que não estou em minha casa e ainda na casa da Maria. Caralho, faz tempo que eu durmo assim, mas tá desconfortável pra porra ela deitada no meu braço desse jeito.Procuro o celular no meu bolso e olho a hora, ainda vai dar duas da manhã e eu tô caindo de sono. A irmã dela disse que sairia antes da meia noite, então o que significa que ela já chegou faz uma cota e nem me falou nada. Tento tirar o braço debaixo dela, mas sua mão está agarrada na minha e ela puxa quando eu tento tirar.Mavi: Não vai embora não…Badá: Achei que estava dormindo.Mavi: ta desconfortável nós dois nessa cama minúscula, né? - sorrio murmurando um uhum e ela aperta mais ainda minha mão - Mas fica, vai embora não.Badá: Eu não tô sentindo meu braço, Maria.Mavi: Quer deitar no chão? Posso pegar outro colchão e nós dois ficamos no chão.Badá: Quinze anos dormindo em cima de uma cama de concreto, o que eu menos quero é dormir no chão nesse
Mavi Eu ando pelas ruas com ele, e passo as mãos nos meus braços sentindo o arrepio causado pelo vento que sopra. Não está frio, mas já passa das duas da manhã e eu sai debaixo do cobertor para dormir na casa de um desconhecido para mim. Por que ele é desconhecido, quando foi preso eu era uma bebê e agora ele tá aqui cuidando de mim como se eu fosse a porra da filha dele e ele tivesse alguma obrigação. Não fode, Badá.Badá: Vou deixar tu dormir na minha cama. - ele quebra o silêncio entres nós dois.Mavi: Cama de solteiro? - Pergunto e olho para sua direção e ele nega com a cabeça passando a língua nos lábios - E você vai dormir onde?Badá: Sofá.Mavi: Não faz sentindo. Não quis dormir no chão, mas quer dormir no sofá, e só pra não dormir comigo? Relaxa, eu sou uma virgem, e não uma desesperada por sexo que vai te atacar durante o sono. - Ele gargalha negando com a cabeça e me olha.Badá: Tu só fala merda, doidona.A gente dobra a esquina e entra numa rua deserta, com tantos canto pr
Acordo com o celular berrando embaixo do travesseiro, pego ele tentando pegar fogo em minha mão de tão quente que ele está. Olho no visor e vejo o nome da Helen, a essa hora da manhã. Mas aí me dou conta que já é quase uma da tarde e eu não estou na minha casa.Mavi: Oi? - Atendo o celular, fechando os olhos novamente.Helen: onde você tá? Vim aqui na sua casa e Laura disse que tu saiu cedo, por que não te viu quando acordou.Mavi: Ah, eu não dormi em casa.Helen: dormiu onde, sua louca?Mavi: Tô na casa do Badá.Helen: O que? Você é louca? Você transou com ele?Mavi: nossa, calma. Pra que tantas perguntas assim?Helen: Transou ou não?Mavi: não.Helen: nada, nem uma mãozinha boba?Mavi: não cassete, para de doideira. Só vim dormir aqui por que não consegui ficar em casa, só isso. Mas não aconteceu nada, nem mão boba, nem sexo e nem a porra de um beijo.Helen: mas você queria! - Ela afirma.Mavi: Não.Helen: Não mete essa.Mavi: Tchau Helen, já estou indo pra casa.Desligo a ligação e
Entro em casa onde Laura e Helen conversa, e elas param na hora que vê passar pela porta.Laura: você saiu que horas que eu não vi?Mavi: de madrugada, não estava conseguindo dormir. - me sento na mesa e coloco café no copo - Não queria te acordar só pra avisar isso.Laura: Vocês…Mavi: não, pelo amor de Deus. Tá igual a Helen.Helen: Nem falei nada. - ela permanece parada encostada na porta e levanta as mãos. - Eu só perguntei. Por que o morro inteiro de uma hora para a outra, tá querendo sentar pra aquele homem.Laura: Ele é gato, não podemos negar isso. - Minha irmã afirma, mexendo algo na panela - Estranho seria quem não queira sentar pra ele.Mavi: você quer? - pergunto tão rápido que quando percebi, já tinha saído da minha boca.Laura: você está ficando com ele?Mavi: O que? Claro que não.Laura: Então não vejo problema em eu querer isso algum dia. - Ela da de costa novamente com a atenção no fogão.Mavi: Helen, a gente pode ir ao baile hoje? - Ele cospe a água que bebia na hora
Eu espero Helen terminar a maquiagem na última menina para ela fazer em mim, a bichinha já está destruída e eu sorrio da porta, ouvindo o ronco do carro parando em frente a varanda da casa da Helen, já sabia quem era.Ele desce do carro todo trajado dos pés a cabeça, eu simbolo da Nike refletindo em sua camisa preta, o perfume que invadiu minhas narinas antes mesmo dele chegar perto. Ele troca a sacola de mão, e guarda a chave do carro no bolso da calça. Ele se aproxima de mim com meio sorriso no lábio, enquanto eu permaneço seria com os braços cruzados, fitando a mulher que está lá dentro do carro. Não dá pra saber quem é, mas eu sei que tem.Realmente, Maria Vitória… Você é apenas uma criança para ele.Badá: Tá tudo aí. - Ele estende a sacola para mim - sequinha.Mavi: Obrigado.Badá: Tá fazendo o que por esses lados?Mavi: Não sei se você sabe, mas Helen é minha amiga.Badá: Cassete, Maria. Se eu soubesse que a égua estava dando coice, tinha jogado o capim de longe. - fecho a cara
Mavi: para me puxar como se eu fosse um animal. - Badá me puxa entre as pessoas sem se importar com os olhares.Badá: Quer que eu te pegue no colo aqui no meio de todo mundo. - Nego com a cabeça - então anda. Tô bolado contigo já.Mavi: Ta bolado atoa, bofe. Fiz nada contigo. - Ele para de andar na mesma hora e me encara sério.Badá: Bofe Maria? Sério que tu meteu essa mermo? - nem tenho tempo de responder, ele me pega pela cintura e me joga em cima do ombro, tento abaixar minha saia, mas sem sucesso e minha bunda já está toda de fora.Mavi: Me coloca no chão, minha bunda tá aparecendo! - Ele não responde nada e também não faz o que pedi, invés disso espalma minha bunda com aquela mão enorme e tampa com a saia havia subido.Sinto meu rosto queimar, porque o baile era pra ele e ele parou a porra do baile inteiro pra me tirar da frente de um homem por pura birra. Todo mundo olha pra gente enquanto aquele enorme homem caminha comigo nos braços como se eu fosse mais leve que uma pena.Se
Ele para em frente a casa dele e eu já estou quase me tremendo de receio, onde eu estava com a cabeça meu pai, agora que o efeito do álcool passou de forma repentina, eu percebi na merda grande que eu pisei e agora não tenho onde limpar, esse homem vai acabar com minha vida.Ele sai do carro e eu permaneço dentro dele, sem ter pernas para sair e enfrentar esse homem de quase dois metros de altura, e ao mesmo tempo que sinto medo, sinto vontade de tirar minha roupa aqui mesmo.Badá: Sai do carro, Maria.Mavi: Eu falei que queria ir pra casa.Badá: E eu falei que tu viria pra minha e só sairia quando eu quisesse. - ele da ênfase no eu - Sai, ou te fodo aí dentro mesmo.Mavi: você mal cabe aqui dentro.Badá: Quer pagar pra ver? É só você dizer sim, te como em todas posições aí dentro, sem nem fazer esforço.Mavi: Eu já tô saindo, você é um velho e sem paciência.Badá: É po, então sai logo daí pra eu te mostrar o velho. - gargalho batendo a porta do carro e passo a mão na minha bunda abai