— Não chora meu amor, por favor, não chora. Não chore por ele porque ninguém merece as suas lágrimas. - Marcos tirou um lenço do bolso e limpou as lágrimas dela. — Não chore mais, por favor. — O que você está fazendo? - Ander questionou irritado, Marcos levantou-se e o encarou zangado. — Porquê você traiu ela? - Marcos questionou. — Isso é um problema meu e da minha esposa! - Ander respondeu intensificando nas palavras. — Olhe como a sua esposa está por sua culpa! - Marcos falou num tom debochado, Ander fitou Ivy a vendo chorar e naquele instante o seu coração quebrou em pedaços. — Como você pode fazer isso Ander? Afinal você não a ama? — Nunca mais na sua puta vida questione o meu amor por ela! - Ander falou apontando para o pai, os seus olhos refletiam raiva e ódio e Ivy não podia se divertir mais com aquilo. "Separar eles será mais fácil do que eu pensei. " Ivy pensou. — Eu sou o seu pai então, me respeite Ander! - Marcos mandou e ele riu debochado. — O meu pai? O mesmo que fi
Por outro lado, a Ivy estava adentrando na empresa e subiu até ao escritório da sua mãe para que juntas analisassem as suas suspeitas sobre a Zoe. ─ Nós precisamos conversar. – Ivy falou adentrando no escritório. — Diga. – Caetana falou sem fita-la. — Você lembra como o Robert tratava a Zoe na infância? - Ivy questionou. — Sim, ele era muito rígido com ela e a menosprezava por nunca conseguir ser melhor do que você em nada, mas porquê essa pergunta? - Caetana a fitou confusa. — Ele nunca demonstrou nenhum tipo de carinho ou até mesmo orgulho de qualquer coisa até ela tenha feito, certo? — Não, ele nunca deu a mínima para ela, ele chegou até a dar mais atenção a você do que a própria filha. Mas onde você quer chegar com isso? - Caetana questionou confusa e intrigada. — A Zoe me odeia! - Ivy falou convicta. — O quê? Como assim ela te odeia? Isso não é possível, vocês passaram a infância toda juntas e davam-se muito bem, é impossível ela te odiar. - Caetana falou incrédula. — Mam
— O que você está fazendo? - Caetana questionou sentando-se ao seu lado no sofá. — Eu estou procurando um lugar em que você possa descansar depois da cirurgia. — Eu posso descansar aqui, não preciso ir embora. - Caetana recusou. — Mamãe isso não está em discussão, você fará a cirurgia em Londres, eu comprarei uma casa para você em um lugar longe da cidade para que possa descansar em um tranquilo e recuperar rápido. - Ivy deu a sua última palavra e Caetana preferiu não argumentar. — Eu vou marcar uma consulta com um dos melhores médicos especialistas em câncer. — Você devia ir e preparar tudo antes que os Angeles voltem. — Eu vou ficar aqui cuidando de você. - Ivy recusou. — Não! Você vai e pronto! - Caetana falou autoritária, Ivy fechou o computador e deixou as instruções com os empregados. — Me prometa que você vai se cuidar? - Ivy abraçou a sua mãe com força. — Você me conhece, ninguém me vence e não será um câncer do caralho que vai me derrotar. - Caetana falou fazendo-as ri
Depois do incidente da noite anterior, Camila acordou decidida a investigar se realmente Yunara estava viva ou não. Neste momento estavam todos na mesa tomando o café da manhã, Ivy já tera posto o líquido no suco da Camila, a mesma bebeu o líquido e não demorou muito para que a droga fizesse efeito. A Camila olhou para trás da Ivy e viu nela o rosto da Yunara, os seus olhos arregalaram de susto chamando a atenção de todos. Ander olhou para trás e não viu ninguém, olhou para a sua mãe e franziu o cenho preocupado. — Camila, está tudo bem? - Ivy questionou fingindo preocupação. — Com licença! - Camila levantou-se ignorando a questão. Ela foi em direção as escadas, subiu cinco degraus e ao sentir a presença de alguém ela olhou para trás e viu a Yunara segurando uma faca apontando para ela o que a fez gritar. Todos correram até ela preocupados. — O que aconteceu? - Marcos questionou confuso. — Ela está aqui! - Camila falou descendo as pressas. — Ela quem? - Ivy questionou calma, Cami
— O quê? - Ela arregalou os olhos surpresa. — Presumo que esse não seja o resultado que esperava. - O médico comentou pousando os braços sobre a mesa. — Eu peço ao senhor que tenha muita descrição sobre isso. - Ivy levantou-se, devolveu o papel dentro do envelope e guardou-o na bolsa. — Com certeza. — Obrigada e com licença. - Ivy saiu. Ela adentrou no carro, encostou a cabeça no banco e respirou fundo tentando se acalmar. — Que merda! - Ela praguejou puxando o cabelo. — Isso só vai atrapalhar tudo! – Ela suspirou, ligou o carro e foi o mais rápido possível até a casa da sua mãe, quando chegou na mansão ela mostrou o envelope para a mesma. — Como isso aconteceu? Que porra você estava pensando para cometer esse erro? - Caetana gritou incrédula e indignada. — Sim, eu cometi um erro mas eu vou me livrar dele! - Ivy falou séria, fria e calmamente. — O que você vai fazer? - Caetana questionou arqueando uma sobrancelha. — Eu não vou deixar que esse erro se transforme na minha fraquez
Ivy saiu do local e foi até a empresa, pelo caminho ela refletiu sobre o que a sua mãe dissera mais cedo sobre a sua gravidez. Talvez em uma outra vida, em uma outra circunstância aquela seria a melhor notícia da sua vida, o melhor presente que a vida podia oferecer, mas não. Aquela criança carregava o sangue sujo dos Angeles, ele herdaria o sobrenome deles e seria a sua eterna lembrança do Ander. Tudo isso era motivo o suficiente para não querer tê-lo mas ela também sabia que o bebê não tinha culpa de nada, tal como ela nunca teve culpa para merecer o que aconteceu há vinte anos atrás. Segundo o exame ela estava com duas semanas de gravidez o que significava que ela tinha pouco tempo para terminar a sua vingança antes que descobrissem a sua gravidez. Ivy chegou na empresa, pediu a secretária para que comprasse uma passagem de avião para a sua mãe e ligou para o advogado para que tratasse da compra da casa o mais rápido possível. Enquanto trabalhava o seu celular tocou, ela olhou pela
A noite já se fazia presente, Ivy conversou com o Ander sobre a sua doença e como esperado, ele implorou para que ela não o abandonasse. Quando a Camila voltou, ela subiu até ao seu quarto e entrou no banheiro, Ivy aproveitou aquele momento para procurar na bolsa dela algum frasco de remédios. Não encontrando, ela abriu a primeira gaveta do criado-mudo onde encontrou o frasco que procurava, rapidamente, ela trocou os comprimidos, guardou no lugar e saiu tendo cuidado para não fazer nenhum barulho. Ivy desceu até a sala de jantar encontrando as empregadas arrumando a mesa para o jantar, ela esperou elas saírem e colocou três gotas de LSD no suco da Camila e voltou antes de ser vista. Quando o jantar foi servido e eles foram sentar-se, Marcos afastou a cadeira para Ivy e a mesma sentou-se, Camila e Ander o encaram em desaprovação. A Camila bebeu o suco e pela dose o efeito foi mais rápido e potente, ela olhou para Ivy e viu o rosto da Yunara, pegou na sua faca, levantou-se e foi até a Iv
— Amor… - Ivy sussurrou no ouvido do Ander chamando a sua atenção. — Você não acha que a sua mãe está usando drogas? - Ivy sugeriu. — Drogas? - Ander questionou alto, incrédulo e indignado se recusando a acreditar em tal hipótese. — Não! — A Camila está tendo alucinações e o comportamento dela tem sido muito estranho. - Ivy frisou. Marcos colocou a Camila na cama, ele abriu a gaveta onde ficavam os comprimidos da esposa e tirou um frasco. — Você tem a certeza que naquele frasco tem comprimidos para dormir? — Papai, não dê isso para ela! - Ander aproximou-se e pegou o frasco. — Talvez a Ivy esteja certa, talvez ela esteja mesmo se drogando. - Marcos falou convicto, Ander pegou no frasco, abriu e no mesmo instante franziu o cenho ao ver o que era. — Isso é ecstasy! Ela tem tomado isso todo esse tempo! Ela é uma viciada! - Ander falou decepcionado encarando a sua mãe e sentia raiva e vergonha de ser o seu filho. — Filho me escuta. - Marcos segurou o seu rosto. — Eu sei que não será