— O quê? - Ela arregalou os olhos surpresa. — Presumo que esse não seja o resultado que esperava. - O médico comentou pousando os braços sobre a mesa. — Eu peço ao senhor que tenha muita descrição sobre isso. - Ivy levantou-se, devolveu o papel dentro do envelope e guardou-o na bolsa. — Com certeza. — Obrigada e com licença. - Ivy saiu. Ela adentrou no carro, encostou a cabeça no banco e respirou fundo tentando se acalmar. — Que merda! - Ela praguejou puxando o cabelo. — Isso só vai atrapalhar tudo! – Ela suspirou, ligou o carro e foi o mais rápido possível até a casa da sua mãe, quando chegou na mansão ela mostrou o envelope para a mesma. — Como isso aconteceu? Que porra você estava pensando para cometer esse erro? - Caetana gritou incrédula e indignada. — Sim, eu cometi um erro mas eu vou me livrar dele! - Ivy falou séria, fria e calmamente. — O que você vai fazer? - Caetana questionou arqueando uma sobrancelha. — Eu não vou deixar que esse erro se transforme na minha fraquez
Ivy saiu do local e foi até a empresa, pelo caminho ela refletiu sobre o que a sua mãe dissera mais cedo sobre a sua gravidez. Talvez em uma outra vida, em uma outra circunstância aquela seria a melhor notícia da sua vida, o melhor presente que a vida podia oferecer, mas não. Aquela criança carregava o sangue sujo dos Angeles, ele herdaria o sobrenome deles e seria a sua eterna lembrança do Ander. Tudo isso era motivo o suficiente para não querer tê-lo mas ela também sabia que o bebê não tinha culpa de nada, tal como ela nunca teve culpa para merecer o que aconteceu há vinte anos atrás. Segundo o exame ela estava com duas semanas de gravidez o que significava que ela tinha pouco tempo para terminar a sua vingança antes que descobrissem a sua gravidez. Ivy chegou na empresa, pediu a secretária para que comprasse uma passagem de avião para a sua mãe e ligou para o advogado para que tratasse da compra da casa o mais rápido possível. Enquanto trabalhava o seu celular tocou, ela olhou pela
A noite já se fazia presente, Ivy conversou com o Ander sobre a sua doença e como esperado, ele implorou para que ela não o abandonasse. Quando a Camila voltou, ela subiu até ao seu quarto e entrou no banheiro, Ivy aproveitou aquele momento para procurar na bolsa dela algum frasco de remédios. Não encontrando, ela abriu a primeira gaveta do criado-mudo onde encontrou o frasco que procurava, rapidamente, ela trocou os comprimidos, guardou no lugar e saiu tendo cuidado para não fazer nenhum barulho. Ivy desceu até a sala de jantar encontrando as empregadas arrumando a mesa para o jantar, ela esperou elas saírem e colocou três gotas de LSD no suco da Camila e voltou antes de ser vista. Quando o jantar foi servido e eles foram sentar-se, Marcos afastou a cadeira para Ivy e a mesma sentou-se, Camila e Ander o encaram em desaprovação. A Camila bebeu o suco e pela dose o efeito foi mais rápido e potente, ela olhou para Ivy e viu o rosto da Yunara, pegou na sua faca, levantou-se e foi até a Iv
— Amor… - Ivy sussurrou no ouvido do Ander chamando a sua atenção. — Você não acha que a sua mãe está usando drogas? - Ivy sugeriu. — Drogas? - Ander questionou alto, incrédulo e indignado se recusando a acreditar em tal hipótese. — Não! — A Camila está tendo alucinações e o comportamento dela tem sido muito estranho. - Ivy frisou. Marcos colocou a Camila na cama, ele abriu a gaveta onde ficavam os comprimidos da esposa e tirou um frasco. — Você tem a certeza que naquele frasco tem comprimidos para dormir? — Papai, não dê isso para ela! - Ander aproximou-se e pegou o frasco. — Talvez a Ivy esteja certa, talvez ela esteja mesmo se drogando. - Marcos falou convicto, Ander pegou no frasco, abriu e no mesmo instante franziu o cenho ao ver o que era. — Isso é ecstasy! Ela tem tomado isso todo esse tempo! Ela é uma viciada! - Ander falou decepcionado encarando a sua mãe e sentia raiva e vergonha de ser o seu filho. — Filho me escuta. - Marcos segurou o seu rosto. — Eu sei que não será
- Vamos embora! - Ande com segurança com os braços e arraste-se para fora do seu quarto. — Eu sou a sua mãe, não pode me tratar assim! - Cami falou magoada, Ander olhou para seus olhos uma última vez e eu namorei a porta trancada. Não vendi Camila estava grávida, Ander terminou de arrumar e foi trabalhar. Neste momento, Ivy estava sentada frente a frente com Zoe, era difícil para ela acreditar que sua prima seria capaz de matá-la e muito mais difícil aceitar que ela não tinha opção, teria que matá-la primeiro. — Como você está na sua vida de casada? Espero que você esteja se divertindo o suficiente. - Zoe comentou e tomou seu café. — Sim, estou apesar de ser difícil lidar com Camila. - Imagino que seja, só no casamento deu pra perceber que é velho e insuportável para caralho. - Zoe falou e ambas riram brevemente. — Mais ou o filho dele é diferente, ele parece gostar de você. — Ele gosta ou quem torna as coisas ainda mais difíceis como a minha sogra. Mas me fale sobre você, ou o q
— Tio por favor, eu estou pedindo. - Ela colocou a sua cabeça por cima das mãos dele implorando. “Se você fizer isso talvez ela deixe de me odiar e assim eu não terei que matá-la. ” Ivy pensou. — Por favor… - Ela olhou para ele e fez uma careta de criança triste. — Não faz essa cara… - Robert rio. — Por favor. - Ela implorou. — Tudo bem, eu vou dar uma chance para ela mas só porque você está pedindo e porque eu não consigo negar nada a você. - Robert cedeu e deu um beijo na mão dela. — Muito obrigada, de verdade muito obrigada. - Ivy levantou-se e foi abraçá-lo. — Eu amo muito você. - Ela confessou sorridente. — Eu também amo muito você, minha filha prodígio. - Ele retribuiu o abraço, naquele mesmo instante a Zoe adentrou na sala e franziu o cenho em desgosto pela cena. — Me desculpe, eu não queria atrapalhar! - Zoe falou fria e abriu a porta para sair mas Ivy a impediu. — Espere Zoe, eu tenho uma notícia para você. - Ela fechou a porta e fitou Ivy. — Você será a nova presidente
Por outro lado, da cidade, Marcos estava no seu carro em uma esquina qualquer conversando com o investigador que contratara na noite em que ouviu a voz da Yunara. Ele pediu para que ele investigasse o caso da Yunara a fundo e descobrisse se ela estava mesmo viva. Ander saiu do escritório e foi até a empresa da Ivy e ficou irritado quando descobriu que ela não estava lá, ele ligou para a mesma e perguntou onde estava, assim que ela falou que estava na casa da sua mãe ele foi correndo até lá. — Onde está a minha esposa? - Ander questionou adentrando vorazmente na mansão. — No jardim com a senhora Caetana. - A governanta falou e Ander foi até lá encontrando Ivy e a sua mãe conversando. — Ivy o que você está fazendo aqui? Porquê não me avisou que viria para aqui? - Ander questionou gritando irritado. — Primeiro, nunca mais levante a voz para mim! Segundo, eu não te devo satisfações! Terceiro, nunca mais invada a minha casa! - Ivy falou séria encarando-o. — Me perdoe meu amor, me perdo
Minutos depois eles terminaram de comer e voltaram para o jardim conversar. Enquanto isso, Camila estava fazendo de tudo para encontrar o Arthur até que conseguiu a informação de que ele estava no Texas e contratou alguém para o encontrar. Depois que o seu compadre o alertou que a Camila estava o procurando, ele não hesitou em avisar a Ivy, a mesma ordenou que ele se encontrasse com ela e fingisse ainda estar ao seu serviço para que pudesse descobrir o seu plano. Dito e feito, eles combinaram de encontrar-se no local de sempre, quando ela chegou ao lugar, antes de adentrar no mesmo, Camila colocou um cachecol e óculos escuros para que ninguém a reconhecesse. Neste momento Camila e Arthur estavam em uma lanchonete longe da cidade sentados lado a lado como se não se conhecessem. — A quanto tempo senhora. No que posso ajudá-la desta vez? - Arthur questionou e deu um gole da sua cerveja. — Achei que estivesse no Texas. - Camila comentou. — Sim, eu estava mas voltei para fazer um trabalh