15. Pensamentos voam como o vento

Na estrada, Clara observava a paisagem que se desenrolava velozmente pela janela. As árvores e colinas, borradas pela rapidez do carro, pareciam fugir de sua visão, assim como os momentos tranquilos de sua vida. Por breves instantes, ela se perdeu em um mar de pensamentos. Como havia chegado àquele ponto? O que a conduzira por um caminho tão tumultuado? A injustiça da situação a esmagava, um fardo pesado demais para seus ombros frágeis.

Sentia-se afundar na maré de emoções, desejando libertar-se da dor que parecia não ter fim. As memórias dolorosas se aglomeravam em sua mente, sobrecarregando-a. Incapaz de conter a torrente interna, uma lágrima solitária escapou. Clara, tentando esconder sua vulnerabilidade, enxugou rapidamente o rosto, mas não conseguiu impedir que seus olhos continuassem a transbordar. A tristeza desenrolava-se em silêncio absoluto, marcada apenas pelo som sutil de sua respiração entrecortada.

Clara lembrava-se de quando era uma boa garota, cheia de esperanças e son
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