ALINA
Agradeço internamente quando adentro no quarto e não acabo esbarrando com ninguém no caminho até ele.
Não conseguia pensar em outra coisa que não fosse o beijo de Dominic.
Se mamãe estivesse aqui e eu lhe dissesse tudo que aconteceu nas últimas horas, ela provavelmente não acreditaria. E, quando desse conta de que tudo era verdade, me mandaria não perder tempo e "agarrar de uma vez esse homem..."
Abri um sorriso com o pensamento bobo e senti meu coração mais aquecido. Pensar em minha mãe trazia uma calmaria boa pro coração e, naquele momento, era tudo que eu precisava.
Beijar Dominic no restaurante foi uma idéia impensada, eu tinha de admitir, mas, no momento, fo
DOMINICA noite foi longa.Mas não durou tanto quanto eu gostaria que durasse. Nossos corpos nus caíram sobre a cama e, sem que conseguíssemos dizer uma palavra a mais, adormecemos.Meu sono sempre foi muito profundo, no entanto, por algum motivo, naquela madrugada um simples ruído fez com que eu acordasse muito rapidamente. Meus olhos se abriram de modo súbito e depararam-se com o corpo despido de Alina, de costas para mim, sentada na beirada da cama, escrevendo num minúsculo caderno que atiçou minha curiosidade.— Ei...? – sussurrei, a voz cheia de rouquidão.A ruiva girou a cabeça levemente para me olhar e engoliu à seco. ALINA— Oi.Abri meu melhor sorriso quando me acomodei no banco ao lado do motorista. Coloquei imediatamente o cinto de segurança e, só depois disso, coloquei meus olhos em Dominic.Algo não estava certo. O modo como Dominic segurava o volante, sua postura e até mesmo sua respiração conspirava a favor de que algo estava errado.— Ei... tudo bem?Dominic não me olhou. Mas ele parou o carro e afundou a cabeça no volante e então eu constatei o que já sabia.— Dominic! O que aconteceu? Foi a Kate? Você esbarrou com ela de novo e...Pensar que Kate ainda possuia todo esse domínio sobre Dominic a ponto de desestabilizá-lo emocionalmeCapítulo 10
DOMINIC— E então, Kepner, não se importa se eu for também, certo? Quer dizer... eu sempre quis dar uma volta de helicóptero pela cidade, deve ser incrível...Abro um sorriso que exala deboche. Vincent analisa meu rosto com cautela, a expressão do rosto suave. O que mais me irrita nesse cara é essa sua estranha mania de não parecer afetado, nunca, com nada. Sempre cheio de sorrisinhos, o cara boa pinta e amigo de todos.— Não me incomodo, Sant. Você se incomoda, Ali?Ali? Ele está chamando Alina de Ali? Há quanto tempo ele a conhece? Algumas horas?Ele realmente está se achando &iac
ALINA— Qual a razão para tanto suspense, uh?O sorriso no rosto de Dominic era tão grande que aquecia meu coração e fazia com que eu ficasse tão feliz quanto ele. Era assim que eu preferia ver seu rosto: com um bonito sorriso nele.Era algo raro, eu sabia disso mesmo com o pouco tempo que o conhecia, entretanto ao observá-lo ali, dirigindo seu carro, tão visivelmente desoprimido, feliz e descontraído, eu só conseguia pensar em como isso deveria se repetir mais vezes.Eu sabia que aconselhá-lo a conversar com seu pai era a melhor coisa a se fazer, mas eu não fazia idéia de que uma simples conversa mudaria tanto seu bem-estar.Ele parecia outra pessoa. Seu semblant
DOMINIC— Então quer dizer que finalmente você criou asas e vai voar para longe do ninho dos seus pais?Debrucei-me sob a bancada do bar. Bea semicerrou seus olhos em min e soltou uma alta gargalhada.— Pois é. Finalmente, não é? Pode rir, pode rir...— Eu sempre disse que você precisava disso. Já é um homem, Dominic. Precisa agir como tal. — beberiquei minha bebida e dei de ombros. — Engraçado, o que te fez tomar essa decisão? Você nunca demonstrou interesse em sair de casa, salvo quando resolveu se casar com a Kate e fez planos sobre se mudar para seu apartamento, mas fora isso eu não me recordo de...— Alina. — disse de modo súbito, e, só depois de seu nome saltar da minha boca é que me dou conta
ALINAAbri os olhos de modo súbito devido a claridade do sol que invadia todo o quarto. Fiz uma leve careta. Estava pronta para me remexer na cama e me espreguiçar no minuto em que me deparei com algo completamente fora do comum: Dominic estava sentado desajeitadamente no chão, enquanto sua cabeça estava recostada sobre uma pequena parte livre da minha cama, extremamente perto de mim.Ele dormiu ali. Ele dormiu ali, da maneira mais desconfortável possível, ele dormiu ali. Ele permaneceu comigo. Passamos boa parte da noite jogando conversa fora, mas não me recordava do momento em que havia pegado no sono.Um sorriso impensado se abrigou em meus lábios.Minha mão correu até seu rosto, e, sem pensar muito nas consequências do meu ato, decidi acarici
DOMINICNós estávamos falando sobre qualquer coisa que eu nem estava levando tão a sério. Eu a fazia rir propositalmente, porque queria ver mais vezes seu sorriso bonito no rosto. Depois de jogar conversa fora e de fazê-la rir até doer a barriga, um grande silêncio se fez presente. Eu apenas pisquei os olhos e, quando tornei a realidade, ela já estava dormindo.Não sei por quanto tempo fiquei admirando-a, mas foi tempo o suficiente para fazer com que eu me preocupasse com essa estranha necessidade que eu vinha tendo de olhá-la.O que infernos estava acontecendo comigo? Por que vê-la dormir parecia um passatempo tão bom? Por que... por que essa porra estava acontecendo comigo?Eu tava muito puto. Puto porque embora um lado meu me cens
DOMINICMeu coração tava acelerado pra uma porra. O tal do Jay continuava com a mão estendida na minha direção, mas um lado meu simplesmente se recusava a cumprimentá-lo. Não estava feliz em conhecê-lo, por que teria de fingir o contrário?O olhar fuzilante de minha mãe em mim penetrou-me de forma que eu tive de ir contra a minha vontade. Estendi minha mão e ela foi de encontro com a do ábutre.— Vou bem, e você? — apertei sua mão com força e só me dei por vencido quando o garoto fez uma careta e se esforçou para afastar sua mão da minha.Então eu tive de ocultar minha vontade de rir da sua cara.— Bem... — Ele sacudiu a m&ati