Clara e Inês passaram a tarde a explorar as maravilhas de Málaga. Visitaram a majestosa Catedral de Málaga, admirando a sua arquitetura impressionante e os vitrais deslumbrantes. Depois, dirigiram-se ao Teatro Romano, onde se maravilharam com a história antiga que permeava cada pedra. E terminaram tarde continuou com uma subida ao Castelo de Gibralfaro.A subida ao castelo foi longa, mas a recompensa foi inestimável. Ao chegarem ao topo, Clara e Inês encontraram um lugar tranquilo para se sentarem e apreciar a vista. A cidade estendia-se abaixo delas, com o mar a brilhar ao fundo, enquanto uma leve brisa refrescava o ar. Era um momento de pura harmonia, uma felicidade contagiante alimentada pela amizade sólida das duas.— Sabes, Inês, quando disseste que vinhas passar o fim de semana comigo, a minha primeira reação foi querer estar sozinha. Mas que erro seria. Este tempo contigo tem sido maravilhoso e tão refrescante — disse Clara, sorrindo para a amiga.Inês riu, tocando-lhe no ombro
Lucas recebeu a mensagem de Clara e sentiu um misto de emoções. Por um lado, havia uma desilusão palpável. A frieza e distância na mensagem de Clara doeram mais do que ele queria admitir. Por outro lado, sentiu um alívio e uma ponta de esperança. Clara respondeu e não fechou a porta definitivamente, o que significava que ainda havia uma hipótese."Teremos a oportunidade para esclarecer tudo, na segunda já estarei novamente sozinha, então marcaremos alguma coisa. Resto de bom fim de semana." As palavras ecoavam na mente de Lucas. Ela demonstrou a delicadeza de responder, mas ao mesmo tempo deixou claro que precisava de espaço.No entanto, a mensagem também deixava muitas perguntas sem resposta. Com quem estaria Clara durante o fim de semana? O que estava a fazer? Essas perguntas incomodavam-no, mas sabia que não tinha o direito de exigir respostas. A incerteza era difícil de suportar, mas Lucas decidiu não responder de imediato. Precisava de respeitar o espaço de Clara e esperar pelo m
Clara estava a fazer um pouco de tempo, tentando não parecer muito ansiosa. Tentava realizar a sua rotina normal, mas os pensamentos sobre Lucas não a deixavam concentrar-se. Enquanto arrumava a casa e organizava as suas coisas, olhava para o telemóvel a cada minuto, esperando por uma mensagem.Finalmente, o telemóvel vibrou e Clara sentiu o coração disparar. Era uma mensagem de Lucas: "Bom dia, Clara. Espero que tenhas tido um bom fim de semana. Estou ansioso por te ver e esclarecer tudo. Quando for conveniente para ti, avisa-me. Até já."Clara leu a mensagem várias vezes, tentando acalmar os nervos. Sentiu uma mistura de ansiedade e esperança a crescer dentro dela. "Tem de ser," pensou. "Quero mesmo esclarecer tudo e, claro, não vale a pena tentar enganar-me, e estar com Lucas."Passados uns minutos, decidiu responder. Respirou fundo e escreveu: "Bom dia! Almoço? No restaurante junto à pastelaria do primeiro dia? 12.30h?" Tentou demonstrar uma postura descontraída e despreocupada, a
Após receber a mensagem de Clara com a sugestão para o almoço, Lucas ficou radiante. Sentiu uma onda de alívio e entusiasmo a percorrer-lhe o corpo. "Bom dia! Almoço? No restaurante junto à pastelaria do primeiro dia? 12.30h?" Clara estava disposta a encontrá-lo, e isso era tudo o que ele precisava para renovar a esperança.Lucas preparou-se com cuidado, escolhendo uma camisa branca leve e umas calças de linho bege que lhe davam uma aparência descontraída mas elegante. Queria parecer no seu melhor, mas sem exageros. A expectativa do encontro fazia o coração bater mais rápido e um sorriso persistente aparecer nos seus lábios.Enquanto se dirigia ao restaurante, Lucas não conseguia evitar sentir-se nervoso. Passou pelo bulício das ruas de Málaga, onde turistas e locais se misturavam, criando uma atmosfera vibrante. Cada passo que dava aumentava a sua antecipação. O cheiro das padarias, o som dos músicos de rua e a vista das fachadas coloridas das casas enchiam-lhe os sentidos, mas a men
Lucas respirou fundo, sabendo que tinha que ser honesto com Clara sobre Rita, mas sem entrar em todos os detalhes que poderiam ser ainda mais dolorosos.— Clara, preciso de te contar sobre uma parte do meu passado que acho importante para entenderes a situação em que me encontraste — começou Lucas, com a voz calma e sincera.Clara olhou-o atentamente, esperando as suas palavras.— Há algum tempo, tive uma relação complicada com uma mulher chamada Rita. Ela fazia parte da minha vida profissional e pessoal de uma maneira muito intensa. Foi uma relação que começou de forma bastante intensa e apaixonada, mas com o tempo tornou-se tóxica e complicada.Lucas fez uma pausa, olhando para Clara, tentando perceber a reação dela. Ela permaneceu atenta, incentivando-o a continuar.— Rita era dominadora e, por vezes, manipuladora. No início, a dinâmica entre nós parecia excitante e desafiadora, mas rapidamente se tornou algo que me desgastava. As nossas vidas estavam profundamente entrelaçadas, ta
Clara sorriu, apreciando o tom leve da conversa. — Veremos, Lucas. Veremos se mereces. — Disse Clara com um sorriso em tom de desafio. Terminaram o almoço com conversas mais leves, falando sobre os planos de Clara para as suas próximas sessões fotográficas e as ideias de Lucas para o seu novo livro. A atmosfera entre eles tinha-se tornado mais descontraída, permitindo que ambos se sentissem mais à vontade. Quando chegaram ao fim da refeição, Lucas olhou para Clara com um sorriso genuíno. — Posso levar-te a casa? — perguntou ele, a voz suave. Clara hesitou por um momento, mas depois assentiu. — Claro, Lucas. Agradeço a boleia. Saíram do restaurante e caminharam lado a lado pelas ruas de Málaga. O sol brilhava intensamente, criando um cenário perfeito para a caminhada. No caminho, passaram por uma pequena florista. Lucas parou e olhou para as flores coloridas na montra. — Espera um pouco — disse ele, entrando na loja. Lucas saiu da florista com um sorriso satisfeito, segurando a
— Obrigada por hoje, Lucas. Foi bom conversar e esclarecer as coisas — disse Clara, segurando a rosa.— O prazer foi meu, Clara. Estou aqui sempre que quiseres, lembra-te disso — respondeu Lucas, com sinceridade e um sorriso maroto.Clara sorriu, sentindo-se mais esperançosa sobre o futuro. Sabia que ainda tinha muito em que pensar, mas o gesto de Lucas e a sua disposição para estar presente significavam muito para ela.— Até breve, Lucas.— Até breve, Clara.Lucas inclinou-se ligeiramente, o olhar fixo nos olhos de Clara, como se quisesse memorizar aquele momento. Aproximou-se devagar, sentindo a suavidade do cabelo dela a roçar-lhe o rosto. O toque dos seus lábios na bochecha dela foi leve e delicado, quase uma carícia, deixando um rastro de calor e eletricidade que fez Clara fechar os olhos por um breve instante. O mundo pareceu parar ao seu redor, e o coração dela acelerou com a proximidade. Quando ele se afastou, a sensação do beijo suave permaneceu, como uma promessa silenciosa e
Clara sentou-se no sofá, olhando para a rosa, e deixou-se envolver pelos sentimentos que surgiam. A presença de Lucas ainda pairava no ar, quase tangível. Pensou no sorriso dele, no tom suave da voz, nas palavras que tinham trocado e na leveza que ele trazia para a sua vida. Cada detalhe fazia o seu coração bater mais rápido, enchendo-a de uma mistura de felicidade e ansiedade.Clara sabia que tinha muito a considerar, mas naquele momento, tudo parecia mais claro. A vontade de abrir o coração para Lucas crescia, assim como a esperança de que ele pudesse ser a pessoa certa. A rosa no vaso era um símbolo dessa nova jornada, um lembrete constante da ternura e do carinho que Lucas estava disposto a oferecer.Deitada no sofá, Clara fechou os olhos por um momento, deixando-se levar pelos sentimentos. A suavidade do beijo na bochecha, o toque dos dedos dele, o calor do olhar — tudo contribuía para um quadro de emoções que a faziam sentir-se viva e esperançosa.Nisto o telemóvel dá som de men