Após receber a mensagem de Clara com a sugestão para o almoço, Lucas ficou radiante. Sentiu uma onda de alívio e entusiasmo a percorrer-lhe o corpo. "Bom dia! Almoço? No restaurante junto à pastelaria do primeiro dia? 12.30h?" Clara estava disposta a encontrá-lo, e isso era tudo o que ele precisava para renovar a esperança.Lucas preparou-se com cuidado, escolhendo uma camisa branca leve e umas calças de linho bege que lhe davam uma aparência descontraída mas elegante. Queria parecer no seu melhor, mas sem exageros. A expectativa do encontro fazia o coração bater mais rápido e um sorriso persistente aparecer nos seus lábios.Enquanto se dirigia ao restaurante, Lucas não conseguia evitar sentir-se nervoso. Passou pelo bulício das ruas de Málaga, onde turistas e locais se misturavam, criando uma atmosfera vibrante. Cada passo que dava aumentava a sua antecipação. O cheiro das padarias, o som dos músicos de rua e a vista das fachadas coloridas das casas enchiam-lhe os sentidos, mas a men
Lucas respirou fundo, sabendo que tinha que ser honesto com Clara sobre Rita, mas sem entrar em todos os detalhes que poderiam ser ainda mais dolorosos.— Clara, preciso de te contar sobre uma parte do meu passado que acho importante para entenderes a situação em que me encontraste — começou Lucas, com a voz calma e sincera.Clara olhou-o atentamente, esperando as suas palavras.— Há algum tempo, tive uma relação complicada com uma mulher chamada Rita. Ela fazia parte da minha vida profissional e pessoal de uma maneira muito intensa. Foi uma relação que começou de forma bastante intensa e apaixonada, mas com o tempo tornou-se tóxica e complicada.Lucas fez uma pausa, olhando para Clara, tentando perceber a reação dela. Ela permaneceu atenta, incentivando-o a continuar.— Rita era dominadora e, por vezes, manipuladora. No início, a dinâmica entre nós parecia excitante e desafiadora, mas rapidamente se tornou algo que me desgastava. As nossas vidas estavam profundamente entrelaçadas, ta
Clara sorriu, apreciando o tom leve da conversa. — Veremos, Lucas. Veremos se mereces. — Disse Clara com um sorriso em tom de desafio. Terminaram o almoço com conversas mais leves, falando sobre os planos de Clara para as suas próximas sessões fotográficas e as ideias de Lucas para o seu novo livro. A atmosfera entre eles tinha-se tornado mais descontraída, permitindo que ambos se sentissem mais à vontade. Quando chegaram ao fim da refeição, Lucas olhou para Clara com um sorriso genuíno. — Posso levar-te a casa? — perguntou ele, a voz suave. Clara hesitou por um momento, mas depois assentiu. — Claro, Lucas. Agradeço a boleia. Saíram do restaurante e caminharam lado a lado pelas ruas de Málaga. O sol brilhava intensamente, criando um cenário perfeito para a caminhada. No caminho, passaram por uma pequena florista. Lucas parou e olhou para as flores coloridas na montra. — Espera um pouco — disse ele, entrando na loja. Lucas saiu da florista com um sorriso satisfeito, segurando a
— Obrigada por hoje, Lucas. Foi bom conversar e esclarecer as coisas — disse Clara, segurando a rosa.— O prazer foi meu, Clara. Estou aqui sempre que quiseres, lembra-te disso — respondeu Lucas, com sinceridade e um sorriso maroto.Clara sorriu, sentindo-se mais esperançosa sobre o futuro. Sabia que ainda tinha muito em que pensar, mas o gesto de Lucas e a sua disposição para estar presente significavam muito para ela.— Até breve, Lucas.— Até breve, Clara.Lucas inclinou-se ligeiramente, o olhar fixo nos olhos de Clara, como se quisesse memorizar aquele momento. Aproximou-se devagar, sentindo a suavidade do cabelo dela a roçar-lhe o rosto. O toque dos seus lábios na bochecha dela foi leve e delicado, quase uma carícia, deixando um rastro de calor e eletricidade que fez Clara fechar os olhos por um breve instante. O mundo pareceu parar ao seu redor, e o coração dela acelerou com a proximidade. Quando ele se afastou, a sensação do beijo suave permaneceu, como uma promessa silenciosa e
Clara sentou-se no sofá, olhando para a rosa, e deixou-se envolver pelos sentimentos que surgiam. A presença de Lucas ainda pairava no ar, quase tangível. Pensou no sorriso dele, no tom suave da voz, nas palavras que tinham trocado e na leveza que ele trazia para a sua vida. Cada detalhe fazia o seu coração bater mais rápido, enchendo-a de uma mistura de felicidade e ansiedade.Clara sabia que tinha muito a considerar, mas naquele momento, tudo parecia mais claro. A vontade de abrir o coração para Lucas crescia, assim como a esperança de que ele pudesse ser a pessoa certa. A rosa no vaso era um símbolo dessa nova jornada, um lembrete constante da ternura e do carinho que Lucas estava disposto a oferecer.Deitada no sofá, Clara fechou os olhos por um momento, deixando-se levar pelos sentimentos. A suavidade do beijo na bochecha, o toque dos dedos dele, o calor do olhar — tudo contribuía para um quadro de emoções que a faziam sentir-se viva e esperançosa.Nisto o telemóvel dá som de men
ClaraO amanhecer trouxe uma luz suave ao apartamento de Clara, mas não acalmou a agitação que sentia. A noite anterior tinha sido longa e cheia de expectativas, e a manhã não era diferente. Clara levantou-se cedo, ainda com o coração a bater rápido pela ansiedade do jantar com Lucas. Tentou focar-se nas suas rotinas diárias, mas os pensamentos sobre o encontro eram constantes.No estúdio, preparou-se para uma sessão fotográfica. As imagens que capturava tinham uma nova energia, como se a antecipação e a emoção do jantar se refletissem no seu trabalho. Cada clique da câmara era acompanhado por um pensamento fugaz sobre Lucas, a lembrança do toque dele, do sorriso, e do olhar que parecia desvendar a sua alma.Apesar do seu esforço para se concentrar, Clara sentia a mente a vaguear. Durante as pausas, verificava o telemóvel, à espera de uma mensagem de Lucas, algo que a mantivesse ligada àquele momento esperado. À medida que a manhã avançava, tentava organizar os seus pensamentos, mas a
Quando Clara fechou a porta do apartamento atrás de si, sentiu o coração bater mais rápido. Lucas estava ali, com um sorriso caloroso que parecia iluminar a noite. A presença dele era reconfortante e excitante ao mesmo tempo. Lucas segurou a mão dela gentilmente enquanto a conduzia até ao carro.— Estás pronta para uma noite inesquecível? — perguntou Lucas, o olhar fixo no dela, carregado de promessas.— Completamente — respondeu Clara, sentindo uma onda de ansiedade misturada com entusiasmo.Entraram no carro, e Lucas, sempre o cavalheiro, abriu a porta para Clara antes de se acomodar ao volante. A viagem foi envolta numa atmosfera de expectativa e tensão suave. As luzes da cidade passavam rapidamente pelas janelas, criando padrões de sombra e luz que dançavam no rosto de Clara.O silêncio entre eles era confortável, mas carregado de significado. Clara olhava pela janela, mas a sua mente estava fixa em Lucas. Sentia o olhar dele a cada instante, uma faísca de eletricidade que fazia o
Finalmente, chegaram ao restaurante na Playa de los Baños del Carmen, um local famoso pela sua localização à beira-mar. O restaurante tinha uma atmosfera acolhedora e intimista, com mesas iluminadas por velas e a vista panorâmica do mar criando um cenário romântico. A mesa deles estava situada junto a uma grande janela, permitindo que o som das ondas e a visão do mar acrescentassem um toque de magia ao jantar. Quando Lucas abriu a porta do restaurante para Clara, ela sentiu uma onda de calor e conforto. O toque suave da mão dele nas suas costas enquanto a guiava até à mesa enviou uma descarga elétrica pela sua espinha, acentuando a conexão entre eles. Sentaram-se, e um funcionário simpático trouxe-lhes o menu. Lucas olhou para Clara, os olhos brilhando à luz das velas, cada pequeno reflexo das chamas a dançar no olhar dele. — Espero que gostes deste lugar. Queria que esta noite fosse especial para ti — disse ele, a voz carregada de emoção e expectativa. Clara sorriu, sentindo-se toc