Sofia e Ana dormiam juntas na cama de Sofia, as duas abraçadas, os cabelos ruivos de Ana se espalhavam sobre o travesseiro. Era uma visão muito terna aos olhos de Adrian. Ele saiu pé por pé não queria acordar as garotas, ele fechou a porta e desceu foi até o bar se serviu de uma taça de vinho e começou se recordar da vida que levava com Marcela, este era nome da mãe de Sofia. Marcela era muito bonita e mimada, quando Adrian se casou com ela achou que ela deixaria a vida badalada que ela levava. Eles se conheciam desde muito jovens, mas ele foi estudar na França e ela ficou na cidade. Seus pais tinham negócios e os dois namoravam desde a adolescência. Quando voltou os pais dos dois tinham acertado o casamento, mas Adrian percebeu que Marcela não era a mesma menina, bom ele também não era mais o mesmo jovem, agora ele era um homem de negócios. Marcela gostava de baladas e vivia rodeada de amigos, não se importou de estudar, mesmo depois do casamento ela continuava a vida como se fos
- Ora não foi um acidente? Ela disse de forma casual. - Hum, parece que sim, mas o patrão não parece acreditar nisso. Neste exato momento Bruno sai do elevador com o telefone na mão e uma pasta na outra. - Bom dia, posso falar com você? Bianca foi ao seu encontro e depois correndo atrás dele, que não parou para falar com ela. - Bom dia, traga um café para minha sala por favor. Ele disse a secretária indo direto para a sala. Bruno colocou o a pasta sobre mesa e se sentou, parece nem ter percebido Bianca na sua frente. - Bruno, porque você está investigando a morte do detetive? Ele não morreu acidentalmente? - O que você tem a ver com isso? É um assunto sigiloso. O que que você faz aqui tão cedo? Minha mãe te mandou? - Não, ela não me mandou, mas tanto eu quanto ela estamos preocupadas com você com essa sua obsessão em Ana, ela foi embora você tem que se dar o valor, eu gosto de você. - O que você está falando? Você não sabe de nada, não se meta onde você não foi chamada. Me dei
- O que você quer dizer? Eu não sei o que você quer saber. - Não gosto que mintam para mim. Ele disse, em tom firme. Ana sentiu seu coração bater na garganta “ será que ele havia descoberto que ela não era Clara”? - Pode ser mais especifico? Ela disse piscando os olhos nervosamente. - Perguntei se você era casada. Ele falou observando suas expressões. - E não sou, eu não menti. Ela afirmou. - Hum, filhos? Ele perguntou levantando uma sobrancelha. O coração dela nesta hora parou e sua mão começou a suar. - Porquê da pergunta? Ela tentou descobrir o que se passava na cabeça dele. - Me responda Clara! Você tem filhos? - Eu... - Clara? Uma voz meiga chamou do lado de fora, era Sofia que não tinha visto Clara na cozinha e não queria ir para a escola sem falar com ela. - Preciso ir, Sofia está me esperando para o café. Ela disse se virando e abrindo a porta para se livrar de Adrian. Ana se sentiu aliviada, mas o que ela ia fazer? Adrian a viu sair, estava intrigado ela não res
Quando chegou na mansão Ana já havia saído, ele ficou um pouco decepcionado. Agora esperaria notícias de Rubens sobre o paradeiro da mulher. Acontece que Ana estava desconfiada e viu quando Adrian partiu sem Rubens, e depois mais tarde Rubens insistiu em lhe dar carona, ela ainda não sabia porque Adrian tinha vindo com a conversa sobre ela ter filho. Ana não aceitou a carona e trocou várias vezes de ônibus para despistar Rubens caso ele estivesse a seguindo. Ela chegou exausta em casa, fez uma comidinha bem nutritiva para Isabel, a noitinha as duas desceu para o playground do prédio para brincar um pouco antes dela tomar banho e ir dormir. Ana dormiu a noite toda e acabou se atrasando, ela não podia deixar o pessoal sem as encomendas, ela já deixou Isabel no colégio no limite do horário. Ele tentou conseguir um motorista de aplicativo, mas todos demorariam muito tempo ela foi caminhando para ver se encontrava um taxi ou mesmo um ônibus, não teve jeito ela chegou atrasada. - Boa t
- Você só pode estar brincando, chamar a empregada de casa para sair? Ele disse sem olhar para Rubens indo diretamente para o vestiário. - Ué, se não fosse sua empregada você a convidaria? Rubens disse, já abrindo o chuveiro para tomar uma ducha. Adrian ficou pensativo, ele dispensou Rubens para ir para casa, ele mesmo queria dirigir, no caminho pelo bluetooth do carro ele verificou as mensagens. Algumas eram sobre o trabalho, havia algumas chamadas de Veronica, ela tinha retornado. Adrian chegou em casa e foi ver Sofia. – Me conte como foi seu dia? - Foi muito bem, eu e Clara fizemos muitas coisas, fizemos as tarefas da escola, pintamos com tinta e depois a ajudei recolher a roupa do varal, até aprendi dobrar algumas peças. - É mesmo? Ela está te usando para fazer os serviços dela? Ele disse brincando. - Eu gosto de Ficar com Clara, ela é sempre boa comigo. - É mesmo? Você sabe se ela é casada? Se tem filhos? - Não sei, mas acho que não, ela passa o dia aqui, você não acha el
- Isso não é verdade! Sofia disse com os olhos cheio de lágrimas. - Você sabe que é verdade! Seu pai vive sozinho por sua culpa! Sua mãe não te suportava! - Não é verdade, não é... Sofia chorava Veronica saiu e bateu a porta do quarto da menina, ela foi para seu quarto irritada, mas também satisfeita. Sofia ficou angustiada, a voz de sua tia ecoava em seus ouvidos. “ Você é imprestável, sua mãe foi embora por sua culpa”. Ela desceu as escadas, saiu de casa, atravessou o jardim e entrou no bosque que fazia parte da propriedade, Adrian costumava caçar neste bosque com seu pai. Ana estava em casa com Isabel, ela havia descido até a piscina brincaram e tomaram um pouco de sol. Almoçaram e Ana colocou Isabel para tirar um cochilo enquanto ela preparava algumas receitas. Adrian havia voado para outra cidade lá ele participaria de um encontro entre os maiores produtores de vinhos finos. Mercedes estava fora, na casa de sua irmã que não estava bem, por fim Sofia acabou sozinha nas gar
Todos olharam na direção do chamado, era Sofia que vinha vindo com passos cansados e a roupa já encharcada da chuva. - Sofia, onde você estava. Adrian a abraçou. - Eu estou bem, mas Clara caiu no buraco para me salvar e agora ela não consegue sair, ela me tirou e eu segui a trilha que ela deixou com os fios de lã. - Mercedes leve Sofia para dentro e cuide dela, vou atrás de Clara, vocês fiquem aqui, caso precise aviso pelo comunicador. E cadê Veronica? - Não a vimos desde que chegamos. Mercedes disse com amargura. Adrian não disse nada, ele saiu em direção ao bosque iluminando o caminho e tentando encontrar a trilha de fios de lã que Sofia havia mencionado. Com a chuva muito intensa alguns fios se desprenderam, ele estava ficando ansioso, não se lembrava desse buraco no bosque. Conforme a chuva caia Ana ia ficando mais aflita, ela começou a se lembrar daquele dia que fugia de Bruno debaixo de chuva. A água caia e acumulava em seus pés, como estava no buraco a enxurrada e a chu
- Clara você está com fome? Ele perguntou, mostrando a garrafa e o pacote de castanhas. - Não se preocupe estou bem. Ela disse se encolhendo, tentando se esconder sob a manta. Ele abriu a garrafa de vinho e jogou um punhado de castanhas a beira da lareira para esquenta-las. Ele serviu vinho para ela e para ele. - Obrigada. Ana agradeceu. Ele bebeu um pouco e tirou umas castanhas do fogo descascando-as e dando a ela. Eles comeram e conversaram, Adrian contou de quando vinha para a cabana com seu pai, os dois caçavam juntos.Já fazia um tempo que eles não vinham, ele já até tinha se esquecido da cabana. Ele perguntou sobre ela, Ana contou que seu pai havia morrido quando ela ainda era menina. Desde então viveu sozinha, contava somente com seu padrinho. Ela não mentiu, ela apenas omitiu alguns fatos. O vinho estava fazendo efeito em Ana, que não tinha costume de beber. Adrian olhou para ela, seus cabelos ficavam ainda mais brilhantes com a claridade das chamas da lareira.Seu r