Haviam se passado horas, desde que a equipe de busca estava percorrendo todo o lugar.Apenas os vestígios do carro e mais nada havia sido localizado. Até alguém gritar ao longe.— Encontrei algo!Todos correram direto para lá.Cecília estava junto a Mirella e Cássia em um carro, quando viram todos correndo.— É o meu filho! – Gritou Cássia saindo do carro, sendo seguida pela filha, porém Cecília permaneceu onde estava.E não foi porque ela não queria ver, ela havia avistado alguém.Alguém que estava olhando diretamente para ela, a fazendo com que seu corpo se arrepiasse e enchesse de calafrios.Cecília saiu do carro e segui a pessoa, que caminhava em direção oposta. Não dava para ter uma visão perfeita de quem era, pois, ele estava com roupas escuras e capuz, como se estivesse se escondendo de alguém.E talvez esse foi o caso.A pessoa entrou em uma parte da mata, fazendo com que Cecília a seguisse propositalmente, mas antes que a ruiva entrasse, alguém segurou o braço dela.— Onde va
"Ainda nas buscas" ... já estava escurecendo e ainda não haviam encontrado Hugo. A equipe de busca tinha sido substituída e agora contavam com a ajuda do resgate e da polícia.Cássia já não aguentava mais presenciar aquilo; ela estava cansada e sem forças para se manter em pé. De repente, Mirella se aproximou e a abraçou.— Mamãe, vamos para casa. Ele não vai aparecer se a senhora morrer de fome! – Disse Mirella, abraçando a mãe.— Senhora, acho melhor eu te levar para casa! – disse Luigi, segurando a mão de Cássia.— Fique aqui caso Hugo ou Cecília apareçam. Se não há um corpo, ainda há esperança! – disse Cássia, com um tom fraco.Mirella olhou para Luigi e assentiu com a cabeça antes de se afastar com a mãe. Assim, as buscas continuaram, mas agora apenas com os homens de Hugo, que estavam dispostos a se congelar naquela água e não parariam até terem notícias de seu chefe.A mente de Luigi estava a mil, mas ele queria testar seus limites. O que Cássia havia dito era aceitável, então
Estava chovendo.O quarto estava com as luzes fracas e o barulho dos trovões eram intensos do lado de fora daquele lugar.Cecília se moveu na cama e ao passar a mão, notou que estava sozinha. Ela de repente abriu os olhos assustada e ao se sentar na cama, viu Hugo em uma cadeira em frente, fazendo alguns curativos em seu corpo.Cecília o achou lindo de todas as formas.Ele estava vestido apenas com uma calça de moletom preta e seu peitoral estava exposto. Ela se perguntou como poderia ter tais pensamentos o vendo naquela situação.Ela passou os olhos pelo abdômen dele, subindo pelo peito, analisando em seguida os ombros largos e braços fortes.Aquela tatuagem na lateral do corpo dele o deixava muito atraente.Quando Cecília subiu os olhos até os dele, notou que Hugo também a observava.Ela então, limpou a garganta e se levantou, para ir até ele.Delicadamente, Cecília se colocou entre as pernas dele e se abaixou, fazendo menção de tocá-lo para o ajudar, mas Hugo segurou as mãos dela e
Hugo achou que conseguiria separar as coisas, mas se enganou.Ele começou a pensar no sorriso e no cheiro de Cecília e automaticamente, todas as mortes causadas por suas mãos vieram à tona.Ele sentiu algo estranho e antes de entrar no carro, se curvou e começou a vomitar.— Don! – Chamou Levy, um de seus homens. Ele se apressou para socorre-lo e ao tocar as costas do amigo, sentiu que algo não estava certo.— O que há com você, meu irmão? – Perguntou Levy, o dando alguns tapas nas costas para o ajudar.Hugo levantou o corpo e respirou fundo, falando entre dentes.— "La piaga di quel verme!" - Disse Hugo, com ira.Ele estava acusando o padre Guilhermo de tê-lo jogado uma praga, ao pedir para que Deus cuidasse da alma de Hugo.Por isso ele rosnou em blasfêmia: " A praga daquele verme"!Bem depois de ter ouvido tal reza daquele padre, Cecília apareceu em sua vida. Agora, todas as vezes que ele a ver, ele quer ser uma pessoa melhor.Por isso, os episódios de "mal-estar".— Do que está fa
Cecília estava um pouco atordoada. Ela não entendia o motivo de Primo se mostrar tão interessado nela de repente. Ele sempre pareceu a odiar.E no fundo, Cecília sabia que ele não era uma pessoa confiável.Primo sempre se rebelou contra Hugo, o dando motivos mortais para ser decapitado.E dessa vez, ele estava tocando o rosto dela, deixando- a confusa. Isso seria mais do que um simples motivo para uma guerra entre família.— Por favor, não toque em mim! – Pediu Cecília, tirando a mão de Primo de seu rosto. Ela respirou fundo e desviou o olhar, evitando contatá-lo diretamente e em seguida, continuou a falar.— Eu não quero ser mais um motivo de confusão e tenho certeza de que, se Hugo aparecesse, não gostaria de nos ver tão próximos— Mas ele tem motivos o suficiente para me odiar. Mesmo que eu esteja te ajudando, ele ainda virá atrás de mim. – Disse Primo, com um sorriso zombeteiro.Quando Primo disse aquilo, Cecília o olhou com espanto.— Do que está falando? – Cecília perguntou, mos
Haviam se passado alguns dias.Hugo e Cecília estavam caminhando pelas ruas de Ve3nezza, enquanto apreciavam o lindo fim de tarde na cidade mais romântica de toda Itália.Ele havia dito a Cecília que queria a proporcionar bons momentos, já que ela não teve a chance de conhecer o país, mas na verdade a intenção de Hugo era outra.Enquanto ele proporcionava alguns momentos felizes a ela e seus bebês ainda no ventre, ele havia ordenado uma caça em toda Palermo e Sicília, atrás de sua ex.Hugo decidiu que, não ia dar uma segunda chance para Fiorella escapar.— Noss
Cecília abriu os olhos e notou estar em um lugar diferente. O corpo dela se arrepiou ao notar o quão frio e úmido era aquele local. Ela olhou para os lados e viu que só havia ela dentro do lugar e então, se levantou, ocorrendo até a porta para uma tentativa de fugir. — Onde eu estou? Se perguntou Cecília, puxando aquela maçaneta envelhecida. Alguns passos soaram atrás da porta, parecendo estarem se aproximando e então, Cecília correu de volta para cama e se cobriu, escutando a porta ser aberta em seguida. — Aqui está ela, senhora! – Disse uma voz arrastada e estranha. Cecília tentou conter a respiração e fingir que estava dormindo para não ser percebida. Qual seria o plano deles? Naquele momento, ela sentiu o gosto de fel passar por sua garganta; ela havia se arrependido amargamente por ter feito o que fez. Talvez se tivesse se contido e acompanhado os planos de Hugo, eles estariam em segurança. Hugo; por falar nele, as memórias de Cecília estavam bem vívidas. Ele não parecia q
Cecília estava sonhando...Era lindo; um campo verde e cheio de margaridas, ela estava descaça, olhando para o cesto de palha em seu braço, cheio de guloseimas.Cecília forrou um lençol no chão e se sentou, sorrindo lindamente enquanto observava um homem, segurando as mãos de duas crianças ruivas.Era um casal.O homem estava de costas, vestido com uma linda camisa branca, que exibia um pouco dos traços da tatuagem na lateral do corpo, por ser de um tecido fino.Quem o julgaria? Era primavera e o tempo estava quente.As barras da calça dele estavam dobradas e ele parecia estar bem a vontade com aquelas crianças. Em seguida, os três se viraram e os dois pequenos começaram a acenar.— Mamãe! – Disseram em uníssono. E depois de reparar aqueles sorrisos felizes, Cecília encarou o semblante do homem que as seguravam.— Hugo! – Chamou ela, despertando em seguida.Quando Cecília abriu os olhos, não estava mais naquele quarto escuro e sim em um hotel e bem na mesa em frente, havia Fiorella e