O coração de Hugo estava acelerado, enquanto ele caminhava pelo chão de pedra, que dava caminho às velhas paredes de pedra do mosteiro abandonado.
Era um lugar típico, onde todos eles se reuniam depois de uma noite como aquela.
Hugo caminhou até uma parede destruída do lugar, que dava vista a uma parte montanhosa da cidade, que agora estava negra pela escuridão da noite.
Ele acendeu um de seus charutos e ficou relembrando os traços que vinha em sua mente de quando o lugar estava dia.
Em seguida, alguns passos se arrastaram até ele e logo, a respiração pesada, soou em suas costas.
No dia seguinte.... Cecília já havia saído do hospital e voltado para casa. Ela estava sentada no enorme campo repleto de flores que tinha no lugar, enquanto se martirizava com seus pensamentos assombrados. Ela trazia um milhão de emoções conflitantes, só de pensar que esperava um filho do chefe da Sicília. Não que isso fosse de um tanto ruim, mas o fato de ela e o bebê estarem em constante perigo, isso a preocupava. Ela estava lutando a cada segundo contra a sua própria mente, para lidar com o medo e insegurança que estava sentindo. — Senhora! – Disse uma voz doce, a chamando. Quando Cecília se virou, viu Carmen, outra das empregadas e amiga de Giovana, a chamando. — Aqui está! A mulher se aproximou com uma bandeja em mãos. Lá haviam um copo de suco e alguns comprimidos, para que Cecília os tomassem. E então, um suspiro foi ouvido. — Isso me dá enjoos. Não posso deixar de tomar? – Perguntou ela, desanimada. — Sinto muito! São ordens do senhor Scopelli! – Disse a empregada
Hugo se deitou ao lado de Cecília e se sentiu preocupado. Ele a acariciava com ternura, enquanto a observava adormecer com dificuldade. Ele não fazia ideia de que uma gravidez poderia a fazer tão mal. Cecília resmungava de cólicas e também, passava a maioria do tempo vomitando. Nem mesmo a sopa de legumes frescos foram capazes de fazê-la se recuperar. — Hugo! – Chamou Cássia, abrindo levemente a porta. — Como ela está? Ele balançou a cabeça em negação e levou o indicador aos lábios, em pedido de silêncio. Em seguida, Hugo tirou Cecília de seu peito com leveza e saiu da cama, sem a acordar. Ele foi atrás da mãe dele em passos leves, pois, havia a dito a ela que os dois precisavam conversar. Eles foram até o andar de baixo da casa, seguindo para o escritório e ao passarem pela porta, Hugo a trancou, fazendo Cássia se assustar. — O que está acontecendo? – Perguntou ela, completamente assustada. Hugo caminhou até a mesa e puxou a cadeira para se sentar. Ao ver seu filho ali,
(18)Cecília ouviu aquilo e se sentiu comovida.Ela rapidamente se sentou na cama e então, Hugo se assustou com tal ação e se sentou também, mostrando-se preocupado.— O que foi? Está se sentindo mal? – Perguntou ele, a olhando assustado.Cecília se colocou entre as pernas dele, o puxando para sí.A ruiva não tinha o costume de tomar aquele tipo de atitude, mas era inevitável que ela não sentisse o coração bater mais forte com aquelas palavras.Os olhos deles se conectaram de uma forma, q
Cecília despertou e ao se mover na cama, percebeu estar sozinha.Ela se sentou e esfregou os olhos, tentando se acostumar com a claridade do lugar. O dia estava ensolarado, porém, ainda parecia não ter se aquecido, o que indicava que não fazia muito tempo que amanheceu.Ela se levantou e sorriu ao ver que estava mais disposta; os enjoos ainda não estavam presentes e talvez agora, ela pudesse curtir a gravidez.Cecília acariciou seu ventre e sorriu, indo até o banheiro para lavar o rosto.Ela abriu a torneira e ficou observando a água encher suas mãos por um segundo, jogando-a com suavidade na pele clara de seu rosto.As sardas castanhas que davam um lindo pigmento à ela, parecia ainda mais presentes e o azulado de sua íris, ainda mais brilhantes.Cecília estava feliz!Ela voltou para o quarto e vestiu um lindo vestido floral, saindo de lá em seguida. Até a fome estava presente.— Bom dia senhora! – Disse uma mulher, com um semblante sério.Cecília a cumprimentou com um sorriso e conti
Haviam se passado horas, desde que a equipe de busca estava percorrendo todo o lugar.Apenas os vestígios do carro e mais nada havia sido localizado. Até alguém gritar ao longe.— Encontrei algo!Todos correram direto para lá.Cecília estava junto a Mirella e Cássia em um carro, quando viram todos correndo.— É o meu filho! – Gritou Cássia saindo do carro, sendo seguida pela filha, porém Cecília permaneceu onde estava.E não foi porque ela não queria ver, ela havia avistado alguém.Alguém que estava olhando diretamente para ela, a fazendo com que seu corpo se arrepiasse e enchesse de calafrios.Cecília saiu do carro e segui a pessoa, que caminhava em direção oposta. Não dava para ter uma visão perfeita de quem era, pois, ele estava com roupas escuras e capuz, como se estivesse se escondendo de alguém.E talvez esse foi o caso.A pessoa entrou em uma parte da mata, fazendo com que Cecília a seguisse propositalmente, mas antes que a ruiva entrasse, alguém segurou o braço dela.— Onde va
"Ainda nas buscas" ... já estava escurecendo e ainda não haviam encontrado Hugo. A equipe de busca tinha sido substituída e agora contavam com a ajuda do resgate e da polícia.Cássia já não aguentava mais presenciar aquilo; ela estava cansada e sem forças para se manter em pé. De repente, Mirella se aproximou e a abraçou.— Mamãe, vamos para casa. Ele não vai aparecer se a senhora morrer de fome! – Disse Mirella, abraçando a mãe.— Senhora, acho melhor eu te levar para casa! – disse Luigi, segurando a mão de Cássia.— Fique aqui caso Hugo ou Cecília apareçam. Se não há um corpo, ainda há esperança! – disse Cássia, com um tom fraco.Mirella olhou para Luigi e assentiu com a cabeça antes de se afastar com a mãe. Assim, as buscas continuaram, mas agora apenas com os homens de Hugo, que estavam dispostos a se congelar naquela água e não parariam até terem notícias de seu chefe.A mente de Luigi estava a mil, mas ele queria testar seus limites. O que Cássia havia dito era aceitável, então
Estava chovendo.O quarto estava com as luzes fracas e o barulho dos trovões eram intensos do lado de fora daquele lugar.Cecília se moveu na cama e ao passar a mão, notou que estava sozinha. Ela de repente abriu os olhos assustada e ao se sentar na cama, viu Hugo em uma cadeira em frente, fazendo alguns curativos em seu corpo.Cecília o achou lindo de todas as formas.Ele estava vestido apenas com uma calça de moletom preta e seu peitoral estava exposto. Ela se perguntou como poderia ter tais pensamentos o vendo naquela situação.Ela passou os olhos pelo abdômen dele, subindo pelo peito, analisando em seguida os ombros largos e braços fortes.Aquela tatuagem na lateral do corpo dele o deixava muito atraente.Quando Cecília subiu os olhos até os dele, notou que Hugo também a observava.Ela então, limpou a garganta e se levantou, para ir até ele.Delicadamente, Cecília se colocou entre as pernas dele e se abaixou, fazendo menção de tocá-lo para o ajudar, mas Hugo segurou as mãos dela e
Hugo achou que conseguiria separar as coisas, mas se enganou.Ele começou a pensar no sorriso e no cheiro de Cecília e automaticamente, todas as mortes causadas por suas mãos vieram à tona.Ele sentiu algo estranho e antes de entrar no carro, se curvou e começou a vomitar.— Don! – Chamou Levy, um de seus homens. Ele se apressou para socorre-lo e ao tocar as costas do amigo, sentiu que algo não estava certo.— O que há com você, meu irmão? – Perguntou Levy, o dando alguns tapas nas costas para o ajudar.Hugo levantou o corpo e respirou fundo, falando entre dentes.— "La piaga di quel verme!" - Disse Hugo, com ira.Ele estava acusando o padre Guilhermo de tê-lo jogado uma praga, ao pedir para que Deus cuidasse da alma de Hugo.Por isso ele rosnou em blasfêmia: " A praga daquele verme"!Bem depois de ter ouvido tal reza daquele padre, Cecília apareceu em sua vida. Agora, todas as vezes que ele a ver, ele quer ser uma pessoa melhor.Por isso, os episódios de "mal-estar".— Do que está fa