Eu não sei se estava muito animada com a polícia toda do nosso lado, em teoria, já que o maldito Rodolfo estava solto e não sabíamos quem era confiável e quem não era. Encarávamos todos os rostos um por um, mas ninguém dava indícios para desconfiarmos. Eu precisava dar um voto de confiança, até porque eu não tinha muito o que fazer.
Ao aproximar da aglomeração que se juntava em volta da casa, Tony segurou firme meu braço para que, seja lá o que fosse que iríamos encontrar, não me fizesse desmaiar, já que eu estava fraca psicologicamente. Eu não sabia até onde eu aguentaria. Mas eu precisava ver, eu precisava saber do que se tratava, o que tinha ali.
Os policiais nos deram abertura como se tivéssemos em um tapete vermelho. Chegamos bem perto e eu ainda não tinha visto nada que pudesse me abalar. Então perguntei a Tony se ele vira algo.
— Olha ali, amor. — ele falou com a voz embargada. Talvez por medo, susto, terror?
Ao olhar na direção que ele me apontou eu v
Depois de algum momento sentada e chorando angustiada, levantei-me e jurei que vingaria minha amiga e se fosse coisa do senhor Rodolfo eu iria até o inferno, mas me vingaria. Esse homem já foi longe demais com suas tramoias.Andei calmamente pelo apartamento, observando cada papel, cada gaveta para encontrar qualquer pista que fosse. Tony procurava junto comigo e tudo que encontrava me mostrava, mas nada nos abria qualquer luz no fim do túnel. Entrei na cozinha e na geladeira tinha um papel com um recado. Corri eufórica na esperança que fosse um recado da minha amiga.“Deus, que seja uma pista” Pensei em voz alta.— Amor? Encontrou alguma coisa? — Tony gritou do outro cômodo.Me aproximei da geladeira ainda sem responder a pergunta de Tony. Ao ler o bilhete o ódio invadiu meu ser. Todo o amor que meus pais ensinaram tinha deteriorado. Os bons costumes, o bom coração, a a
O dia tranquilo estava com horas marcadas, não era para menos, eu sempre digo que alegria de pobre dura pouco, era isso que sempre acontecia comigo. Durante o almoço tudo correu tranquilamente, só se ouvia o tilintar dos talheres nos pratos.— O almoço está bom? — Dona Sueli entra quebrando o silêncio.— Hum. Está delicioso, muito obrigada! — respondi com educação.Antes que Tony pudesse pronunciar seu agradecimento a dona Sueli, seu telefone tocou. Pelo olhar dele no visor, eu tinha certeza que era da polícia. Já conhecia Tony o bastante para ler sua expressão e tinha certeza que essa não era das melhores. Ele atendeu o celular se levantando da cadeira e seguindo para a piscina, onde sempre ia para atender as ligações.Fui atrás dele, pois, não queria perder nenhuma informação sequer. Só ouvia
Bárbara finalmente teve alta do hospital, eu fui para o apartamento com ela, pois, minha amiga precisava mais do que nunca de alguém para cuidar dela e fazer companhia.Ao chegar no apartamento as arrumadeiras já tinham feito uma limpeza completa. Só tinha deixado os restos de eletrônicos quebrados jogados num canto.Agasalhei minha amiga e pedi comida no quarto, até o café da manhã. Ela, mesmo toda debilitada começou a rir sem parar.— Do que você está rindo, sua maluca? — perguntei estranhando sua atitude.— Isso! Tudo isso… — ela fez uma pausa olhando em volta e de repente seu sorriso se transformou em choro. É claro que eu me desesperei. Agarrei-a forte e aconcheguei sua cabeça em meu peito. — Tentei tanto fugir de tudo isso. Se eu quisesse toda essa merda tinha ficado na casa do meu pai.— Porque está dizen
Uma nova e bela fase tinha se iniciado em minha vida. Cheguei em casa e contei a minha amiga Bárbara a notícia maravilhosa do dia. Ela gritou feito uma hiena e chorou em meus braços. Nesse momento eu senti que minha amiga precisava de mim e mais do que nunca, nesse momento. Abracei-a e confortei-a em meus braços, como uma mãe faria com sua filha.— Não vai ligar para o Tony e contar? — ela larga meus braços às pressas, sorrindo e enxugando as lágrimas das bochechas rosadas e redondinhas dela que eu amava muito.— Olha a hora, Báh. Ele já deve estar dormindo, e também, ele não é nada meu, AINDA. — Ressaltei o “ainda”, pois sabia que ela completaria a frase.— Vamos apostar? Liga de vídeo, se ele tiver dormindo eu te pago uma pizza, se ele tiver acordado você me paga um x-tudo. — Bárbara, como sempre
Acordei no dia seguinte muito animada, eu queria correr para os braços de Tony e me casar com ele, ter filhos com ele. Levantei cedo, cantarolando enquanto fazia a higiene matinal.— Alguém acordou feliz hoje! Teve um orgasmo durante o sexo virtual com o gostosão? — Bá me surpreende enfiando a metade do rosto na fresta da porta.— Báh! — A repreendo empurrando a porta com o pé. Bárbara era uma amiga e tanto, mas às vezes ela era invasiva demais, tirando a minha privacidade. Eu não ligava muito porque era ela que me tirava do meu mundo de estudos, tristeza, dèjavú, nostalgia, etc. Ela era minha companheira para todas as horas. Eu me sentia em dívida com ela, dado a sua situação com seus pais.“Caso eu me casar com Tony, vou a levar para morar conosco”— Aff, que pensamento louco, dona Suzan. Pés no chão.
Eu precisava respirar, meu corpo ainda tremia por presenciar a cena de dona Sueli na cama, com um semblante desfigurado e Tony tinha certeza que isso fora coisa do seu pai. Não poderia ter outra explicação. Ao lado da cama em um pequeno móvel onde ela colocava sua bolsa e carteira tinha um bilhete que ao ler não tivemos dúvidas.“Pare de me procurar, ou os próximos serão vocês”Despertei do meu desmaio curto e repentino olhando para Bárbara e Tony assustados me encarando.— Eu estava sonhando? Tudo foi um sonho, não é? — perguntei esfregando as têmporas sentindo um incômodo na cabeça. Os olhos de Báh entregaram tudo, da forma que ela me olhou eu tive certeza que não foi só um sonho.— Infelizmente, não foi um sonho, Suzan. Dona Sueli perdeu um dos olhos e cortaram sua língua, sem piedade. &m
O caminho até o novo apartamento foi tenso, o silêncio preencheu completamente o carro, nem uma só palavra ecoava, era como se o medo estivesse predominado nosso ser.— Eu preciso ir até meu apê para pegar minhas coisas. — Bárbara quebrou o silêncio sem olhar para ninguém em específico. Jogou as palavras no carro e virou o rosto para a janela. Minha amiga estava muito nervosa, não sei se mais do que qualquer um dentro do carro, mas a tensão estava explícita em seu corpo, seus ombros curvados e seu olhar perdido. Eu tive pena dela, só de imaginar o que ela enfrentava para agradar o pai.— Agora não podemos, precisamos estar juntos. — Tony falava com os olhos fixos na pista. — Depois iremos até lá, as coisas de Suzan também estão lá. — ele ficou sério de repente. Olhei pelo retrovisor e seus olhos fir
Depois de nos perdermos e nos entregarmos numa transa que para mim, foi a melhor de todas até hoje. Nada como se entregar com prazer, excitação e desejo. Levantei-me rapidamente preocupada com o horário e com o estômago alarmando pela fome, já era hora de almoço e não tínhamos preparado nada nem dado nada para dona Sueli se alimentar.— Tony, dona Sueli deve estar com fome! — falei enquanto observava-o deitado de barriga para cima e com os pés cruzados e mãos atrás da cabeça, com uma tranquilidade incomum para o momento, sem deixar de notar que estava completamente nu com o lençol sobre a pequena área da sua nudez.Meu corpo me traíra novamente me trazendo pensamentos insanos e pecaminosos, mas essa não era a hora certa de desejar estar quicando sobre aquele homem gostoso, mordi o lábio inferior e pressionei meus olhos para me concent