Ragnar
Eu a encaro com intensidade, mantendo o foco firme em Sarah, que agora estava no corpo de Elowen. Precisava que ela se concentrasse em mim e não no meu menino. O poder maligno que emanava dela era quase palpável, e eu sabia que cada segundo que ela olhasse para Riuk poderia ser fatal.
"Do que está falando, Sarah? Até agora a única a se divertir aqui é você," zombo, tentando provocá-la e desviar sua atenção. "Quando se cansar, espero que me deixe lutar contra esse 'grande' bruxo a sua frente." Solto uma gargalhada, inflando a ira de Vincent, que rapidamente explode uma pilastra ao meu lado, lançando escombros para todos os lados. Com um reflexo rápido, puxo Riuk para o lado, protegendo-o dos destroços.
A raiva ferve em minhas veias. Meu lobo, que até então estava contido, não aguenta mais. Sinto o poder me rasgar de dentro para fora e, em um segun
RagnarEu olho desesperado para onde a luta entre os bruxos continua, e meu coração quase para quando vejo a mão de Elowen — ou melhor, Sarah — erguida contra Riuk e Gabriel. O pânico me atinge como uma onda de gelo. Ela está concentrando seu poder neles, o perigo iminente irradiando de seu corpo."Elowen!" Grito seu nome, minha voz cheia de fúria e desespero. "O que você está fazendo?!"Ela ri, aquele riso doentio e distorcido que reverbera pelo salão, e seus olhos brilham com uma loucura contida. "Ah, Ragnar," sua voz é quase suave, mas o veneno escorre de cada palavra. "Você já sabe a verdade. Por que ainda está se fazendo de desentendido?"Meu lobo, incapaz de aguentar mais, explode em furia. Sem hesitar, avanço contra ela, sentindo minha raiva me impulsionar para proteger Riuk e Gabriel. Mas Sarah, rápida como um predador, vira sua aten&c
Ragnar Eu a encaro, tentando manter a compostura, mas o ira e a raiva se entrelaçam dentro de mim. "Como você conseguiu fugir?" pergunto, minha voz saindo mais áspera. Sarah apenas ri. Seu riso ecoa pelo salão vazio, e a transformação no rosto dela é perturbadora. Ela parece mais jovem, mais forte, mais saudável. O corpo da mãe foi completamente corrompido por sua presença. Isso me assusta mais do que eu gostaria de admitir. Meus olhos rapidamente se voltam para Gabriel, que está freneticamente tentando encontrar uma saída para nós. Mas a verdade é que estamos presos no centro da manipulação de Sarah, cercados por um poder que não compreendemos totalmente, em um território que nos é hostil e sem aliados. "Quanto mais longe minha mãe ia, mais eu voltava à realidade," ela responde, caminhando pelo salão de forma despretensiosa, como se estivéssemos todos sob seu controle, meros peões em seu tabuleiro. "Suguei muitas bruxas, poderes incalculáveis... minha mãe era forte, claro, mas eu s
RiukTudo parecia rodar à minha volta, mas ao mesmo tempo, uma clareza nova estava surgindo dentro de mim. Com a morte de Vincent, algo dentro da minha mente se libertou, como se uma barreira tivesse sido rompida. As memórias que antes estavam escondidas voltaram à tona com uma força avassaladora.Enquanto Sarah falava sobre o Rei dos Bruxos, lembrei da minha mãe. A imagem dela gritando em desespero enquanto Vincent me segurava com magia... como se eu fosse uma marionete. Aquele momento tinha ficado preso em mim, guardado, escondido. Mas agora, tudo fazia sentido. Eu era o hospedeiro. Era o recipiente que Vincent ofereceu ao Rei dos Bruxos para sua reencarnação.Eu me virei para meu pai, Ragnar, que estava lutando para me salvar. Ele tentava desesperadamente encontrar uma maneira de me tirar daquela situação. Mas, talvez... talvez, apenas eu pudesse me salvar.Olhei para Sarah e algo chamou mi
RagnarAs palavras de Riuk ecoavam em minha mente, mexendo comigo de uma forma que eu não sabia como lidar. Ele parecia tão confiante, tão certo de algo que eu não conseguia ver. Queria ter essa mesma confiança, mas meu lobo gritava para eu agir, para atacar, para acabar com tudo. Mas como eu poderia? O poder de Sarah estava concentrado em meu filho, e qualquer movimento errado poderia custar a vida dele."É engraçado ver o Alfa Supremo tão vulnerável," ela debochou, virando Riuk para que ele me encarasse. O que me chamou a atenção foi que ele não estava mais tremendo. Algo havia mudado, e eu não conseguia entender o que era. O que ele fez? O que havia provocado essa mudança repentina?"Solte-o!" Ordenei, minha voz carregada de fúria. "Lute comigo, não com uma criança indefesa!" Ela apenas riu, passando os dedos pelos cabelos de Riuk e depois se
RagnarA luz que emanava do peito de Riuk era tão intensa que fazia o ar vibrar ao nosso redor. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas senti um poder antigo e imenso se libertando de dentro dele, como se uma força oculta estivesse desperta pela primeira vez. O medalhão, ainda preso ao braço de Sarah, começava a brilhar, pulsando em sincronia com a luz de Riuk.Ela, percebendo o que estava acontecendo, soltou um grito de fúria e se voltou para ele, a mão estendida em sua direção. "Isso não vai te salvar, garoto!" A voz dela era como veneno, o ódio transbordando. "Se você é mesmo um receptáculo de poder, então eu vou drená-lo até que não sobre nada!""Riuk, não deixe que ela te toque!" gritei, tentando avançar, mas uma barreira invisível me impedia de chegar até ele. O poder de Sarah formava um campo ao
CameronA conexão mental que eu tinha com Ragnar, sempre presente no fundo da minha mente, de repente se fechou como uma porta trancada. Era como se ele tivesse recebido minha mensagem e, logo em seguida, apagado nossa ligação. Eu tentei alcançá-lo de novo, desesperada por informações, por qualquer sinal de que ele e Riuk estavam bem. Mas não havia nada além de um vazio sufocante. Como se a voz dele tivesse desaparecido para sempre.Meu coração batia rápido, e a sensação de pânico aumentava a cada segundo. Precisava fazer algo, não podia simplesmente ficar parada. Corri em direção à porta, mas minha família já estava me cercando. "Eu preciso ir para o Leste!" gritei, tentando passar por eles, mas os braços de papai se fecharam ao meu redor, me impedindo de avançar."Cameron, você precisa se controla
CameronO jato cortava os céus a caminho do Leste, mas eu mal sentia o movimento. Meu corpo tremia involuntariamente, um tremor que eu não conseguia controlar. Era como se minha própria carne estivesse reagindo ao medo que queimava em mim. Tentava me convencer de que era apenas o estresse, a ansiedade... mas uma parte de mim sabia que era mais do que isso. Algo estava errado. Eu podia sentir. Cada fibra do meu ser gritava que algo terrível havia acontecido, mas eu me recusava a acreditar. Não podia. Eu me agarrava à esperança, implorando silenciosamente para que minha intuição estivesse errada.Meus pais e Mallory estavam ao meu lado, e o silêncio no jato era pesado, cheio de uma tensão sufocante. Ninguém sabia o que dizer, e talvez não houvesse mesmo nada a ser dito. Eu evitava os olhares preocupados deles, preferindo me concentrar na respiração ofegante que tentava
RagnarEstava parado ao lado da cama de Riuk, os braços cruzados e o olhar fixo no rosto dele. Ele continuava apagado, inerte desde a batalha contra Sarah. Nenhum dos médicos conseguia explicar o motivo de sua condição, apenas sugeriam que o uso de uma magia tão poderosa o havia esgotado além dos limites. A preocupação era uma sombra constante que me envolvia. Nada parecia ter importância enquanto ele estivesse nesse estado.Então, um grito ecoou pelos corredores do hospital, alto e carregado de dor. Meu lobo reagiu instantaneamente, uivando dentro de mim em resposta. Reconheci o som imediatamente. Era Cameron. Saí do quarto correndo, seguindo o som do seu choro desesperado. Cada passo aumentava minha agonia; precisava chegar até ela.Quando virei o corredor, vi a multidão aglomerada, tentando entender o que estava acontecendo. Cameron estava no chão, envolta pelo ab