Desafiando a Maldição (Vol. 1)
Desafiando a Maldição (Vol. 1)
Por: Raphaela Sousa
Capítulo 1

LUCA

No velório de Rick Russo todos se perguntavam se seria possível enfim ter um fim a antiga rixa ente as famílias Russo e Rossi, ninguém da pacata cidade sabe como ou quando começou tudo, mas todos sabem que a cada geração uma nova briga começa.

Seja por um amor em comum, por uma porta batida na cara, por uma briga de crianças no parquinho. Motivos são o que não faltam e tudo o que a cidade sabe é que um Russo e o um Rossi não podem conviver em paz, menos ainda no mesmo cômodo que é sinal de terceira guerra mundial a caminho. Confesso que como um dos Rossi eu deveria estar mais animado com o fim dessa história, mas para mim é indiferente já que nunca tive contato com esse homem e todos os outros Russos saíram da cidade a muito tempo atrás com a promessa de nunca mais voltar.

Meu pai está controlando o sorriso de alegria de ver seu arqui-inimigo no caixão, ele fez com que todos da família se vestissem com a melhor roupa e estivessem impecáveis para comparecer ao velório e enterro do 'Saco de bosta' como ele diz. Estou de saco cheio louco para sair daqui e escapar para casa da Lívia, meu membro até se anima quando meu lembro dela, a garota é linda e gostosa para cacete!  Para minha alegria ela não é nenhuma santinha e passa a maior parte do dia sozinha em casa. 

Cara como eu quero sair daqui agora estou ficando muito animado para ficar em público sem constrangimento. Forço minha mente a não ir por esse caminho, mas meu amiguinho não quer me dar atenção! Que saco não posso ficar duro em um velório, nem mesmo pensar no morto no meio da sala faz meu amigo desanimar na calça.

Olho em volta na sala e ninguém está prestando muita atenção em mim, eu confiro se o meu paletó está bem fechado e escondendo minha vergonha. Não sei o que acontece comigo, mas ultimamente estou cada vez com mais tesão acumulado, nem mesmo estar com Lívia ou batendo uma está me ajudando. Eu continuo ficando duro e por me conhecer sei que essa droga não vai abaixar até que eu goze.

Talvez seja meu corpo entrando na fase adulta? Já que todos dizem que ainda sou um moleque, talvez seja meu corpo querendo compensar alguma coisa, não sei porque isso a não ser que estou ostentando uma ereção que está apertando contra meu zíper da calça. 

Olho em volta de novo e confirmo que ninguém está prestando atenção em mim, então saio de vagar e com paços curtos até que chego na escada da casa. Um dos últimos pedidos do falecido foi de que o velório seria na casa dele, para obrigar qualquer um que realmente quisesse ver ele morto entrasse no lugar que muitos que estão aqui disseram que nunca pisariam. Meu pai é um desses.

A casa é gigante, os Russos sempre foram muito ricos e donos de muita coisa na cidade que só fez a briga entre as famílias aumentar, mas mais uma vez nunca liguei para isso, agora só preciso resolver o problema na minha calça antes de voltar e fingir que nada aconteceu.

Chego no segundo andar confiante de que ninguém me viu ou seguiu, o lugar até que é agradável e isso me surpreende já que o andar térreo parece saído de um filme de terror tipo Psicose! Olho em volta e descido entrar na porta mais distante, assim posso ouvir quando alguém se aproximar e tentar me esconder.

Entro e fecho a porta atrás de mim e viro para olhar em volta no lugar que me meti, abro o paletó enquanto ando pelo quarto. Ele lembra um quarto daqueles antigos todo cheio de firula e tudo cor creme, tem tecido caindo pelo dossel da cama, cortinas que devem custar mais caro que meu carro velho, a cama parece ser muito macia e incrivelmente alta. Eu tenho 1,85 de altura e ainda assim poderia ser alta para mim.

Nunca tinha visto um quarto como aquele, porque aquele velho iria ter um lugar tão bem decorado assim? Sento na cama ainda olhando em volta e sou recebido por um perfume gostoso que me agrada muito, cara tudo faz meu pênis ficar animado! Qual o meu problema?

Estou cada vez mais excitado e meu membro está muito marcado contra minha calça, desafivelo o cinto e abro a calça social que meu pai me fez usar. Tiro a camisa social de dentro da calça e meto a mão na minha cueca e acaricio meu membro, me arrepio porque o atrito do tecido estava me matando, ainda me sinto preso e abro os primeiros botões da minha camisa que estava me sufocando.

Agora estou confortável dentro do possível e me concentro para terminar o mais rápido possível, fecho os olhos e deixo minha imaginação trabalhar. O cheiro aumenta no meu nariz e eu aumento o ritmo, eu me deito caindo para trás na cama e o perfume fica tão forte e tão gostoso que eu sinto que estou perto.

Abro os olhos quando sinto meu jato chegando e quase morro do coração, tem uma mulher me olhando, me sento rápido e o pior é que não consigo parar o jato que vem, para piorar meu membro estava apontado para a mulher o que resultou em um lançamento indo direto para ela.

BIANCA

Estou na casa do homem que mais odiei na vida, ele abandonou a mim e minhas irmãs e isso quase matou minha mãe. A mulher amou o babaca até o dia de sua morte anos atrás e agora ele também se foi.

Posso contar nos dedos da mão quantas vezes vi ele pessoalmente e isso contato hoje em que estou vendo-o pelo caixão. Eu nem mesmo queria estar aqui, mas precisava ver com meus próprios olhos que esse homem realmente não vai mais atormentar meus sonhos.

Agora só tenho minhas irmãs e eu nem mesmo sei onde elas estão, achei que fosse encontrar alguma delas aqui, mas até agora nada. Ninguém aqui sabe quem eu sou e pelo que escuto da conversa dos outros, muita gente está aqui apenas para garantir que o defunto não vai levantar e se por acaso ele fizer isso sei de várias pessoas aqui que não vão deixá-lo viva por muito tempo.

Loucura completa, estou analisando as pessoas que estão aqui e sinto que a cidade toda veio conferir a morte do tão famoso último Russo, me pergunto o que as pessoas vão pensar quando souberem que existe mais 5 mulheres Russos filha do cretino que nunca assumiu nenhuma delas.

Minha mãe cuidou de todas as filhas dele, mesmo que nenhuma de nós tenhamos saído de seu ventre. Ele simplesmente aparecia na porta dela com um bebê dizia que iria ajudar ela, deixava uma gorda quantia de dinheiro e depois sumia. Eu e minha irmã Beatriz fomos as primeiras que ele levou, as garotinhas gêmeas e negras foram acolhidas pela mulher que só queria o amor do homem egoísta que não fez questão nenhuma de ver as meninas quando aparecia para ver minha mãe.

As outras únicas vezes em que eu o vi enquanto crescia foi nos dias em que levou minhas outras irmãs e minha mãe aceitou todas elas e cuidou de todas como se fossem dela. Depois de anos ela revelou que nunca poderia ter filhos por um problema que teve na juventude e que era muito feliz por ter tido a oportunidade de cuidar de nós como dela.

Me encosto em um canto e fico ali esperando alguma das minhas irmãs aparecerem, me sinto invisível no meio dessas pessoas, continuo olhando e vejo um grupo que com certeza são da mesma família, todo tem olhos azuis claros com a mesma falha na sobrancelha direita que quase não se percebe e todos são lindos, não lindos ainda é pouco são deslumbrantes.

Do mais novo ao mais velho, uma das mulheres parece ser uma supermodelo. Um dos homens está me fazendo babar um pouco, ele lembra um lenhador sexy com os braços fortes e musculosos, com peito largo e de longe é o mais alto de todos eles loiro como todos da família, com barba grande e grossa e cabelo curto. No paletó que ele usa então sinto vontade de arrancar cada peça e descobrir com a boca o que tem por baixo.

Ele fala alguma coisa com o homem que parece ser o pai dele, já que é idêntico a ele e vejo os dentes brancos e alinhados em um sorriso perfeito. Como quero morder aquela boca! Eu deixo escapar um gemido estrangulado e acabo atraindo atenção para mim, eu desvio o olhar e me mudo de posição no cômodo.

Acabo vendo de relance alguém subindo as escadas, e pela cor do cabelo suspeito que seja o bonitão que eu estava secando ainda a pouco. Ele subiu tão rápido que não tenho certeza se era ele mesmo, eu descido subir e conferir por mim mesma e quem sabe conhecer melhor aquela delicia de homem.

Corro para cima sem me preocupar com os olhos de curiosos, estou hospedada nessa casa e pelo que o advogado falou por cima eu sou uma das herdeiras dele então, tenho todo o direito de estar andando pela casa sem precisar me explicar.

Chego no andar de cima e procuro em todas as portas e deixo a do meu quarto para o final, é a última e a mais distante abro devagar e entro, fechando a porta pelas costas. Eu congelo com a cena que segue tem realmente um cara na minha cama com o cabelo loiro como o do bonitão, mas esse cara é um que eu não tinha reparado muito ele é a versão mais nova do outro e mais magro e com cara de moleque atrevido.

O mais intrigante da coisa toda é que ele está batendo uma com a cara enterrada nos lençóis que usei essa noite eu me aproximo sem saber o que fazer ou falar e para minha surpresa completa, ele abre os olhos quando me aproximo e assustado senta rápido estou sem reação congelada e para ajudar o membro dele aponta para mim e ele espirra o jato dele em mim, quase não consigo fechar os olhos e a boca.

Só abro o olho quando acho que acabou e fico chocada com a meleca branca que tem na minha cara e escorrendo entre meu decote.

Estou congelada ainda e ele continua me olhando com os olhos arregalados, ele parece um menino pego em flagrante pareceria doce se não fosse o que ele acabou de fazer justo no quarto que estou ficando. Ele tem um rosto forte como o bonitão, mas ainda assim mais suave e acho que nem nasce barba nele direito. Cabelo mais comprido e todo bagunçado, ele está lambendo os lábios e mordendo com nervosismo e eu não consigo de parar de olhar.

Ele tem uma boca muito bonita e está inchada como quem mordeu para evitar gemer, sem perceber eu lambo meus lábios e me arrependo profundamente quando sinto o gosto amargo do lançamento dele na minha boca.

Acabo quebrando o transe com isso, tento esfregar meu rosto com as costas da mão. Isso parece fazer ele se mexer também porque ele tira o paletó e com a manga da camisa me ajuda a tirar o gozo da cara, depois para minha surpresa o garoto começa a secar meu decote esfregando em cima dos meu decote.

Congelo de novo porque, por mais que eu tenha babado no bonitão eu não costumo ficar perto de homens, tenho meus traumas com o sexo masculino começando com um pai ausente. Com namorados escrotos que só queriam tirar minha virgindade, até um cara engravidar uma das minhas irmãs e depois sumir.

O único motivo para que eu analise homens como o bonitão é parar ter material para minhas fantasias onde meu vibrador faz o resto do serviço, muito bem feito ainda por cima.

Eu saio do meu devaneio quando o moleque enfia a mão por onde o semen dele escorreu indo bater em um dos meus mamilos, pulo para trás e tiro a mão dele de dentro da minha roupa. Ele se surpreende e enfim fala alguma coisa.

-Des-desculpe... - Ele fala enquanto levanta da cama, como foi que não reparei que ele também era alto como o bonitão? - Eu não queria, bem... - Ele fica todo enrolado para falar e para, respira fundo e passa a mão no cabelo jogando-o para trás. 

Não posso negar que a cena é bem sexy e o garoto tem lá seu apelo, a camisa com alguns botões abertos revelando que ele também tem seus músculos não como o bonitão, mas acho difícil alguém ser como o outro. 

Para completar o quadro a calça dele ainda está aberta e eu consigo ver o contorno dele na cueca preta, meio ereto ainda com a cabeça querendo aparecer. Cara isso teve algum efeito em mim e pelo menos esse gemido eu consigo segurar.

 - Eu lamento que você tenha visto o que eu fiz - Ele volta a olhar para mim e acho que percebe que ainda estou olhando para seu equipamento 

- Caralho! - Ele fala e vira, ficando de costas arrumando as coisas na calça dele e se vira de novo para fechar a camisa olhando para mim - Sinto muito mesmo que você tenha visto tudo isso e também lamento por ter..... Sabe sujado você com.... 

-Seu jato - Completo a frase para ele que fica vermelho, cruzo os braços sob o decote e vejo ele fitar meu decote e ficar ainda mais vermelho.

-Exatamente sinto muito por isso... - Ele fala e desvia o olhar olhando em volta do quarto.

-Você pode sair e usar um dos banheiros do corredor se quiser se recompor - digo indo até a porta e abrindo para ele, essa situação já deu o que tinha que dar.

Ele me olha confuso e eu ignoro - Por favor saia, preciso me trocar agora... - Ele fica ainda mais confuso - Esse quarto é meu estou hospedada aqui.

Isso parece surtir algum efeito sobre ele, que arregala os olhos e enfim sai do quarto. Estou um desastre vou até o banheiro que tem no quarto e peguei os lenços umedecidos que deixei lá e começo a me limpar, não tenho tempo para um banho então vai ter que servir.

Abro o zíper lateral do vestido, tiro as alças e deixo ele como uma saia no quadril. Abro o sutiã e limpo o decote e pelo mamilo que também sujou, o sêmen já estava seco ali e grudento.  Minha vontade é de rir sozinha, a primeira vez que toco no lançamento de um cara é de um moleque que soltou o jato em mim sem querer. 

Enfim termino de resolver a bagunça em mim e coloco uma camiseta preta e uma calça jeans, já que era, mas peças mais escuras que eu tinha além do vestido. Alguém b**e na porta e eu estava crente que seria o garoto de novo, mas quando abro o advogado do Rick estava lá.

-Sim o que deseja? - Pergunto.

-Eles estão levando o corpo para o crematório e eu gostaria de saber se você vai querer ir com eles...

-Não eu vou ficar aqui e amanhã ir embora da cidade

-Nesse caso preciso que você desça para a leitura do testamento do senhor Russo

-Como assim? Achei que seria depois com as minhas irmãs apenas - digo confusa e o homem fica sem graça pela situação que mesmo depois de morto Rick ainda é capaz de perturbar os outros.

-Bem ele exigiu que fosse feita a leitura do testamento no dia do velório dele, contando que pelo menos uma das filhas estivesse presente, então como a senhorita está aqui...

-Entendi ele quer que todos saibam que ainda existe pelo menos um Russo agora que ele se foi e perturbar a vida dessas pessoas um pouco mais correto?

-Acredito que a intenção dele fosse de que as pessoas entendessem que ele não deixou tudo sem um herdeiro e....

-Chega não precisa defender ele, Rick nunca foi meu pai e agora só quero acabar com tudo isso e ir embora! Vamos logo descer e o senhor faça as horas de chocar as pessoas da cidade.

E assim eu sigo para a forca, mas de cabeça erguida.

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