Capítulo 4

BIANCA

Então o nome é Luca? Qual será o nome do bonitão? Ele perguntou meu nome, mas não quero responder agora.

-Seu paletó está na cama pode pegar - digo e dou as costas para ele, achei que o robe me cobriria mais, mas esqueci que meus mamilos ainda estão duros e sensíveis. Da para ver tudo pelo material do robe.

-Isso aqui também? - Ele pergunta me fazendo virar, o moleque pegou meu vibrador.

Esqueci que tinha deixado lá. Para minha surpresa ele pega a parte que coloquei na minha buceta, que está todo molhado e melado dos meus fluidos, leva até o nariz e cheira.

Minha boca cai aberta, eu poderia esperar por tudo menos isso, eu corro para a frente para tirar meu brinquedo dele, mas ele escapa subindo na cama longe do meu alcance.

-Seu moleque me devolve!

-Por que eu faria isso? - Ele passa o dedo pelo vibrador com a outra mão, ele lambe o dedo coberto com meus fluidos e eu quase morro. Por que esse moleque está fazendo isso?!

-Seu pivete impertinente! Você nem saiu das fraldas cão deveria brincar assim com as coisas de uma mulher! Eu deveria te dar umas palmadas!

Ele parece não gostar muito do que eu disse, porque seu semblante brincalhão some e ele me puxa e faz com que eu caia na cama. De repente ele passa por mim e monta mais abaixo do meu quadril e prendendo minhas mãos na lateral do meu corpo, com os joelhos. 

-Você perguntou meu nome, agora que sabe como me chamo, não precisa me chamar mais de pivete ou moleque - ele se abaixa para falar isso olhando nos meus olhos - Eu pareço jovem, mas sou maior de idade e vacinado para sua informação e não uso mais fraldas... - ele para e olha para meus seios e depois volta a olhar para meu rosto, enquanto eu forço para tentar sair dali.

-Sobre as palmadas, quem sabe? - Ele diz e lambe os lábios, como pode ser tão atrevido?

-Sai de cima de mim cacete! – Grito para ele.

-Se você for educada, eu saio... - ele fala e dá de ombros.

Meu sangue ferve, eu me debato mais tentando sair, mas ele é muito forte o que não fez diferença alguma. A única coisa que saiu do lugar foi meu robe que abrir e expor um dos meus seios e o outro está quase para fora.

Ele está fitando meu seis com fome, e não nego que isso me excita um pouco. Eu deveria odiar essa situação, mas meu corpo não parece pensar assim. Respiro fundo, me acalmo ante de falar.

-Por favor saia de cima de mim - digo cerrando os dentes.

-Agora não quero - Ele fala e em seguida abaixa e chupa um dos meus mamilos.

Ele chupa com força e coloca entre os dentes o bico duro, eu não resisto o gemido que escapa e o safado ri contra minha pele. Eu percebo que ele desceu um pouco e minhas mãos ficaram frouxas, eu puxo antes que ele perceba e puxo a cabeça dele de mim.

-Me solta! - Grito

Eu juro que segurei a decepção, porque essa foi a primeira vez que alguém fez isso comigo. Mas eu sou uma mulher adulta que não posso deixar as coisas seguirem por esse caminho, estou com a mão no couro cabeludo dele.

Luca foi rápido em reagir, ele pegou minha outra mão e passa na frente a calça dele e me faz sentir a ereção dele. Caramba o garoto tem potencial, eu vacilo no meu aperto e ele aproveita para tirar minha mão da cabeça dele e a prende junto com a outra no meio das pernas dele com uma mão.

Com a outra mão ele agarrou meu seio e abaixou para falar no meu ouvido.

-Tem certeza que quer que eu pare? Eu vi você cheirando meu paletó enquanto gozava...

-Não foi o que aconteceu! - Menti descaradamente e tentei me soltar.

-Eu também vi você chupando seu mamilo.... Você é muito safada sabia? - Ele disse enquanto passava o dedo pelo meu mamilo.

Eu mordi um gemido e tentei dar uma cabeçada nele. Aquilo estava saindo totalmente da minha zona de conforto, ele moleque está me desarmando e me deixando vulnerável e não gosto de me sentir assim.

-Eu só cheirei seu paletó, porque queria imaginar como seria o cheiro do bonitão que estava do seu lado! - Ele se surpreendeu com isso e ficou ereto em cima de mim.

-De quem você está falando? 

-Aquele com barba sexy, e músculos o suficiente para conseguir me erguer nos braços com facilidade - eu disse enquanto aproveitava minhas mãos livres para fechar meu robe.

-Adrian - ele disse cerrando os punhos e entre os dentes. 

Do nada ele pulou fora da cama, pegou o paletó e foi em direção a porta francesa, mas antes de ir ele se virou me olhou com tanta intensidade que cheguei a me sentir culpada por ter ferido ele.

-Meu irmão nunca ficaria com você, ele abomina todos os Russos... Ele até fez piada sobre preferir tocar na merda do que voltar a tocar na sua mão como hoje... 

Eu fico revoltada com o que ele disse, o danado deu um jeito de me insultar também!

Desisto de tentar entender o que aconteceu agora a pouco e me preparo para dormir, mas antes também tranco as portas e janelas e fecho bem as cortinas não quero novos visitantes noturnos. Durmo e tenho sonhos malucos com olhos azuis, cabelos loiros e mãos por todo lugar.

LUCA

Eu saio da casa dela como uma bala, sem olhar para trás e puto da vida. Como ela ousa falar do meu irmão? Sei bem que toda mulher da cidade que não seja da família arrasta um caminhão por ele, mas até ela tinha que cair na dele? O senhor perfeição!

Que foi para faculdade cedo e entrou em uma grande empresa de construção e juntou grana o suficiente para abrir a própria empresa, que só teve uma namorada de infância e depois que ela terminou com ele para casar com outro cara ele nunca mais se envolveu com ninguém e todas as mulheres da cidade casadas ou solteiras acham que podem ser a solução para o coração partido dele.

Puta que pariu! Isso já foi a quase 11 anos e todos ainda agem como se ele fosse um santo a ser homenageado, um cara que fica por tanto tempo sem alguém é um babaca e não um santo!

Eu amo meu irmão, mas para onde eu vou eu sou a sombra dele, ninguém merece isso! O pior é que ela nem foi a primeira mulher a falar que preferiria meu irmão... Mesmo a Lívia eu sei que sonha secretamente com meu irmão.

Dos meus 16 anos quando perdi a virgindade até hoje senti cada vez mais a pressão de ser a sombra do grande Adrian Rossi! O que nunca saiu da linha e é bem-sucedido! Eu sei que a diferença de idade é grande entre eu e ele, são quase 13 anos de diferença e eu sou o filho mais novo na casa. Tenho mais três irmãs, mas Adrian é o mais velho.

Enquanto isso eu sou só o bebê da família Rossi, o garoto que tem déficit de atenção, que nunca conseguiu passar de ano sem muito trabalho e esforço e ainda repetiu o último ano, o que não sabe o que quer fazer da vida e passa o dia enfurnado no quarto ou some sem avisar ninguém. 

O rebelde e ovelha negra, aquele que muitos sentem pena do pobre garoto Rossi, por que ele não é mais como o irmão? Por que ele não tenta estudar? Por que ele é tão magro, o irmão nessa idade já tinha mais músculos!

 Que vão todos a merda! E essa Russo também! Que todos se fodam!

Entro no meu quarto pela janela, como costumo a fazer quando volto das escapadas que dou e para meu espanto total meu irmão está lá de braços cruzados sentado na minha cama.

-Você não deveria ter voltado lá...

-Isso não é da sua conta e eu tinha esquecido o paletó - digo e dou de ombros -precisava voltar

-Você poderia ter pego antes de termos saído de lá ou durante o vídeo do velho.... Você queria ver ela, não é?

-Isso não é da sua conta e não, eu não queria ver ela!

-Eu te conheço você não tirou os olhos dela, mesmo antes de todos terem percebido que ela é uma Russo - ele disse e se levantou para me encarar, meu irmão sente a mesma raiva que o resto da família pelos Russo e sei que ele só está me interrogando agora por que ela é uma Russo.

-Eu só estava curioso com ela olhando para você o tempo todo, achei que ela fosse pular em você e sabe achei melhor ficar de olho - disse dando de ombros, meu irmão pode assustar o resto do mundo, mas para mim é o mesmo que nada. Sou da mesma altura que ele e mesmo não tendo músculos à mostra como ele sou forte o suficiente para derrubar ele.

-Isso não é um jogo Luca! Essa mulher é perigosa!

-Só porque você foge de todas as mulheres da cidade, não quer dizer que eu deva! E para sua informação ela me chama de moleque.... Uma mulher que chama o cara de moleque não quer nada com ele

-Você conversou com ela? - Ele disse com nojo.

-Claro você queria que eu invadisse a casa? - Menti descaradamente, mas foi preciso. 

Dou a volta em meu irmão e tiro o moletom e a calça com a cueca, rápido para que ele não veja a sujeira que fiz mais cedo na sacada daquela mulher. Rapidamente visto uma cueca samba canção, e jogo a roupa no cesto que minha mãe deixou no meu quarto.

-Eu não quero mais ver você perto dela! 

-Você não manda em mim! Você não é meu pai caralho!

Estamos berrando e de repente meu pai abre a porta e entra no quarto, ótimo era só o que faltava agora. Eu bufo e jogo os braços para cima. 

-Vocês dois! - Meu pai disse apontando o dedo na minha cara e depois na do meu irmão - Dois homens adultos agindo como crianças! Por que essa gritaria?

-Seu filho falou com a mulher Russo! - Adrian fala antes que eu pudesse responder.

-Como assim? Eu estava lá e só quem falou com ela fui eu e você Adrian...

-Eu voltei lá para pegar meu paletó que tinha esquecido lá e ela me recebeu, eu peguei meu casaco e sai de lá! Foi só isso - eu menti descaradamente!

-Como você pode fazer isso! Não sabemos se aquela mulher é confiável e só de ser filha daquele homem nada de bom pode vir dela! Ou das irmãs que nem sei se existem!

-Pai não foi nada demais! Eu juro!

-Você fala isso, mas pareceu que queria muito se enfiar na cama dela! - Meu irmão disse ainda berrando.

-Você é surdo Adrian? A mulher estava babando por você! Todos naquela sala poderiam ver isso! - Eu ergo a mão e fico apontando o dedo no peito dele - Acho que você está interessado nela e não quer aceitar isso! Você deve ser o único querendo se enfiar na cama dela!

-Já chega! - Minha mãe grita da porta e só agora vejo que minhas irmãs e ela estavam vendo tudo também. Droga!

-Essa mulher nem chegou direito e já está causando problemas! - Meu pai disse

-Os dois devem ficar longe dela ouviram bem? - Minha mãe disse

-Não é como se fosse possível! Um Rossi sempre cruza com um Russo! - Meu irmão diz com tanto ódio na voz que fico surpreso.

-Vocês farão o possível pela família pelo menos! - Minha mãe continua - Não quero ver a família se afundar de novo! Ouviram bem?

-Sim mãe... - Adrian diz

-E você Luca?

-Não posso prometer o que não posso cumprir e com essa pego minha calça e moletom do cesto, pego minhas chaves e saiu de casa e vou para meu lugar secreto.

Não ouço ninguém e não vejo ninguém, só dirijo até a casa desmoronada que fica próximo da propriedade dos Russo. Perto o suficiente para ninguém da minha família desconfiar que venho até aqui, mas longe o suficiente para que o Senhor Russo se incomodasse.

Esse lugar é meu abrigo a tantos anos, que só me sinto à vontade aqui. É uma casa tão antiga que os tijolos expostos são do tipo que se usa em lareira, as janelas são imensas para se entrar luz.

Ela fica em um morro então de frente só é possível ver o primeiro andar, do lado da casa tem uma escada soterrada e quando se entra passando o cômodo da provável sala tem uma sacada que dá para um jardim interno.

Sempre descubro coisas novas na casa e cada vez que venho tomo coragem para tentar tirar as pedras do soterramento com medo de que tudo desabe. Minha maior vontade é achar uma forma de descer e descobrir o que tem naquele andar.

Mas por hoje só quero pensar e entender como consegui complicar tanto as coisas em um único dia que conheci uma Russo.

Será que realmente existe uma maldição?

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