36. Capitulo

Chegando em casa, abri o portão e estacionei, logo após fui até o Henry, que havia descido do carro. Ele sempre teve essa presença marcante que me desarmava, mesmo quando eu tentava me manter firme.

— O modelo é lindo. — Elogiei, observando o carro novo.

— E o dono? — Ele respondeu, brincalhão, com aquele sorriso que sempre me desestabilizava.

— Não deixou de ser convencido. — Tentei parecer indiferente, mas meu tom entregava a leveza da troca.

— Tô batidinho, pode falar. — Ele sorriu de canto, como se lesse meus pensamentos.

— Não vou tomar mais seu tempo, mas saiba que fez minha noite especial. Com certeza dormirei bem. — Ele disse, e aquilo mexeu comigo mais do que eu gostaria de admitir.

— Só por isso? — Provoquei, tentando esconder o quanto suas palavras me afetavam.

— Não sabe o quanto foi importante para mim.

Observei sua expressão mais de perto e percebi que ele parecia exausto. Sua voz rouca e abatimento visível só aumentaram minha preocupação.

— Reparei que não comeu nada e
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