BárbaraEu e Ricardo nos tornamos aquele grude que eu tanto temia. Haha! Meu Deus, como tudo mudou. Agora estamos morando juntos, e também o ajudo na empresa quando ele precisa. Foi a maneira que encontrei para aliviar um pouco a carga dele. Estar na presidência da ST não é nada fácil. Agora entendo bem o que é chegar em casa cansado e não querer saber de baladas. Ainda assim, mantemos nossos programinhas, saímos e cuidamos para que nosso relacionamento não caia na velha rotina que sempre desgasta os casais.Sei que muitos devem estar pensando: “Finalmente a Bárbara criou juízo!” ou “Uhul, já estava passando da hora!” Pois bem, enganaram-se! Continuo sendo a mesma louca desaforada de sempre e não pretendo mudar isso, não. Até porque o meu boy magia adora as minhas loucuras. Sou implicante, indecente e, quem gosta, me atura. Quem não gosta… paciência!Eu e o meu gato moreno estamos em viagem. Ai, que chato… Odeio essas viagens pela empresa, mas faço para ajudá-lo a não acumular tanto t
Eu e Ricardo embarcamos cedo de volta para nossa cidade. Graças a Deus, não precisamos usar voos comerciais, já que minha mãe disponibiliza o jato da empresa, o que nos permite viajar no menor tempo possível. Estava exausta e dormi durante todo o voo. Ao chegarmos, fomos direto para a casa da minha mãe, já que Ricardo tem uma reunião com ela ainda pela manhã.Ao chegar, fui recebida com uma surpresa da minha mãe. Fiquei superfeliz, mas senti falta da Melissa. É óbvio que ela não estaria aqui, já que nem sabe que voltamos de viagem. Avisei apenas o meu mano, que me contou que hoje ela estará na loja e fechará um pouco mais cedo porque precisa fazer o balanço.Estou ansiosa para ver minha amiga e, para não atrapalhar o dia dela, decidi ir à loja após o horário de fechamento. Enquanto isso, vou aproveitar para passar um tempo com minha mãe, já que não a vejo há uma semana.Depois que Ricardo saiu com o irmão, fiquei deitada no sofá com minha mãe. Eu estava encostada em seu peito, enquant
Manhã seguinte…HenryAcordei pela manhã enchendo a minha gata de beijos. Esse se tornou o meu costume diário: acordá-la com carinho, dar atenção a ela, à nossa filha e à nossa família. Hoje vivemos bem melhor. Minha mãe faz visitas quase que diárias, vivemos em paz, fazemos programas juntos como uma grande família. Penso que isso era o que faltava para a harmonia reinar no nosso lar. Sempre quis que minha mãe e minha esposa se entendessem. Esse sempre foi um desejo meu, mas confesso que, por muito tempo, achei que fosse impossível, acreditando que ambas tinham o seu orgulho. Hoje vejo que sim, é possível.Depois de acordar a Melissa com muitos beijos, tomamos nosso banho diário juntos. É maravilhoso observar sua barriga crescendo, mesmo que seja pouco a pouco. Saber que nosso filho está se desenvolvendo no ventre dela me enche de alegria. Nunca imaginei que seria tão feliz. Ela me completa de um jeito único. Não preciso de mais nada, apenas dela e dos nossos filhos ao meu lado.Eu e
Subi as escadas e fui cumprimentar meu amigo.— Aí, irmão, tá tomando umas bombas? Parece que tá mais forte. — Brinquei, enquanto ele me cumprimentava com um sorriso.— Será, irmão? Não notei, não. Kkk. — Entramos na minha sala e nos sentamos.— Como está a vida, meu amigo? E a espera pelo novo herdeiro? Já pensou no nome?— A vida está mais bela do que mereço, na boa. Nunca pensei que tudo poderia ser tão perfeito como tem sido. Tô feliz demais e, agora, sabendo aproveitar a vida com quem escolhi para estar ao meu lado. Quanto ao nome do meu filho, tenho pensado muito nisso, até tira meu sono. Queria um nome parecido com o meu, mas estou indeciso. Tenho algumas ideias em mente e até conversei com a dona Carmem sobre isso. — Falei, refletindo sobre minhas opções.— Com a mãe da Melissa? Por quê? — Ele perguntou, curioso.— Penso em homenagear o pai dela, escolhendo o nome dele para nosso filho. Mas não sei se isso faria bem à Melissa. Por isso pedi ajuda à dona Carmem. Tenho medo de q
RenataOs meus planos saíram completamente do eixo. Nada aconteceu como eu imaginei, mas talvez isso tenha sido um mal necessário. O tempo que tive me ajudou a refletir e planejar melhor o que realmente quero.Quando minha mãe propôs uma viagem, achei que seria algo normal, como tantas outras que fizemos em família. Na minha cabeça, seria uma oportunidade para relaxar e organizar meus pensamentos. Até sugeri levar Marcelo comigo, apesar dele estar me evitando desde aquela discussão na cobertura do Eduardo. Acreditava que, se estivéssemos juntos, as coisas poderiam melhorar. Mas o que minha família fez foi uma emboscada. Nunca pensei que fossem capazes de algo tão sujo.A raiva fervia em mim, ainda mais quando percebi que o Henry sequer sentiu minha falta. Logo ele, por quem enfrentei tudo e sempre dei o máximo de mim. Ele não fez nada por m
MelissaDeus tem sido imensamente generoso comigo. Nunca imaginei que viveria um momento tão pleno como o que estou vivendo agora. Sinto-me realizada, não apenas em termos financeiros e amorosos, mas em todos os aspectos da vida. Às vezes, a felicidade que carrego parece tão grande que acho que vou explodir. É como se meu coração transbordasse de gratidão.Sabe aquela sensação de que nada pode te abalar? É exatamente isso que sinto desde que eu e Henry reatamos nosso casamento. Claro, eu sou realista. Sei que a vida não é perfeita e que ninguém é isento de erros, mas acredito que os erros servem para nos ensinar. Sempre quis alguém que estivesse disposto a aprender com as falhas e mudar verdadeiramente, e o Henry tem sido essa pessoa. Ele se tornou um homem ainda mais cari
MelissaEu não sabia o que pensar. O enjoo me consumia e, nesse momento, minha mente parecia uma tempestade. Achei que estávamos finalmente livres daquela mulher, que ela havia seguido sua vida e encontrado a felicidade longe de nós. Que tola eu fui. Pelo que vejo agora, ela está mais descontrolada do que nunca. Não, descontrolada não... Fanática. Obsessiva. Capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. É triste — não, é aterrorizante — ver alguém afundar tão fundo.Olhei para ela, lutando contra a náusea que o odor no ar me provocava. Era fumaça. Forte e sufocante.— O que você quer? Não se cansa? Vai ser feliz, Renata, me deixe em paz! — Minha voz saiu trêmula, mas tentei manter a calma. Meus
Ao chegar ao pé da escada, ouvi gritos abafados do lado de fora. Alguém tentava abrir a porta da frente, mas os vidros temperados impediam qualquer avanço. A fumaça estava ficando insuportável. Começamos a tossir, mas Renata parecia ignorar o próprio corpo, continuando a me empurrar na direção das chamas.— Pare, Renata! Ainda há tempo! Tem uma saída de emergência! — Minha voz era um fio de esperança, mas sua resposta foi uma gargalhada cortante, cheia de crueldade.— HAHAHA! Está trancada, acha que não pensei nisso? Vai lá e morra tentando sair! — Meu peito ardia, tanto pelo fumo quanto pela raiva. Uma raiva que nunca havia sentido antes. Aquele ódio fervia em mim, me impulsionando, mas eu ainda estava presa no medo.