Capítulo Setenta e quatro

Lorenzo Ricci

O relógio marcava quase meia-noite quando finalmente estacionei meu carro na garagem da mansão. O dia tinha sido infernal. Além do caos que precisei resolver na empresa, ainda fui surpreendido por uma emboscada que poderia ter terminado muito pior. Mas nada disso me irritava tanto quanto a cena que encontrei ao subir para o quarto.

Camila estava na varanda, os braços cruzados, esperando por mim como se fosse minha dona. Assim que me viu, disparou com um tom afiado:

— Ah, você chegou. Ótimo!

Soltei um suspiro carregado de cansaço e ironia.

— O que foi? Não consegue dormir sem mim?

Ela se levantou e caminhou até mim com aquele olhar de quem estava prestes a soltar um sermão.

— Você precisa entender que seus pais estão na sua casa! Eles esperaram por você para o jantar, ligaram várias vezes, sua mãe ficou preocupada… E eu tive que mentir!

Revirei os olhos, tirando o paletó e jogando sobre a poltrona.

— Que grande tragédia…

— Sim, tragédia mesmo, porque su
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