Lorenzo RicciAcordei com a luz suave do sol atravessando as cortinas do quarto, mas algo estava errado. O lado da cama ao meu lado estava vazio.O lençol ainda guardava o calor dela, mas Camila Duarte havia desaparecido. Fiquei sentado na cama por um momento, absorvendo o absurdo da situação. Nunca, em toda a minha vida, uma mulher havia ousado me deixar. Eu era Lorenzo Ricci, um homem que comandava com um olhar, um nome que fazia homens tremerem e mulheres se entregarem. Mas Camila... Ela saiu me deixando sozinho.A princípio, senti uma pontada de incredulidade, seguida por irritação. —Quem ela pensa que é?Levantei-me, puxei os lençóis e caminhei até a janela, a cidade de Roma se estendendo à minha frente. Apesar da raiva, não consegui evitar o sorriso. Ela era diferente. Nenhuma mulher havia me deixado assim antes e agora eu não podia tirá-la da cabeça. Peguei o telefone e disquei. Marco atendeu no primeiro toque. — Marco, quero que descubra tudo sobre uma mulher chamada Ca
Camila Duarte Assim que entrei na sala, senti o peso do olhar dele sobre mim. Lorenzo Ricci, o novo dono da empresa para a qual trabalho há três anos, estava parado, a luz do sol destacando sua presença imponente. Ele parecia inabalável, intocável, mas eu sabia que por trás daquela fachada de controle havia um homem acostumado a sempre conseguir o que queria.Só que, desta vez, ele teria que aprender a lidar com a frustração.Respirei fundo, ajustando minha postura, e caminhei até sua mesa com a calma calculada de quem não se deixa intimidar. Eu era Camila Duarte, e ele descobriria isso da pior forma, se fosse necessário.— Senhor Ricci — comecei, minha voz firme, mas profissional. — Sou Camila Duarte, sua secretária e espero que possa tornar o seu trabalho o mais eficiente possível. Garantirei que tudo esteja em perfeita ordem, sem erros ou qualquer tipo de situação que o deixe irritado.Os olhos dele brilharam com algo que parecia uma mistura de divertimento e desafio. Ele inclino
Lorenzo RicciEu saí do meu escritório com passos calculados, cada movimento exalando o controle que sempre exerci sobre tudo e todos ao meu redor. Quando parei diante da mesa de Camila Duarte, ela ergueu os olhos para mim com aquela expressão desafiadora que vinha me atormentando desde a primeira vez em que a vi. — Senhorita Duarte — disse, minha voz firme e autoritária —você irá comigo a uma reunião. Ela não hesitou. Sem dizer uma palavra, levantou-se, pegou sua bolsa e seguiu atrás de mim. Caminhamos juntos pelo corredor até o carro que nos esperava. Quando ela abriu a porta e se acomodou no banco da frente, ao lado do motorista, algo dentro de mim se contraiu, uma irritação misturada a uma obsessão crescente. Eu me acomodei no banco traseiro e esperei, deixando o silêncio preencher o espaço antes de ordenar: — Senhorita Duarte, preciso que faça algumas anotações no caminho. Então sente-se atrás comigo. Ela hesitou por um breve momento, mas logo desceu do carro e entrou n
Lorenzo Ricci A água do chuveiro escorria pelo meu corpo enquanto eu observava cada mínimo movimento dela. Camila Duarte. Essa mulher tinha o poder de transformar meu controle impecável em cinzas, mas eu não ia ceder tão fácil. Ela era um desafio, e desafios me fascinavam. Por um instante, achei que ela fosse apenas virar as costas e sair da suíte. Mas, para minha surpresa, Camila começou a caminhar lentamente na minha direção. Seu olhar era firme, como se ela estivesse se preparando para um combate, mas seus lábios curvavam-se num sorriso que beirava a provocação. Ela parou diante de mim, a poucos passos do chuveiro, cruzando os braços enquanto me analisava. — Parece que você gosta de testar limites, senhor Ricci — disse ela, sua voz carregada de ironia. Antes que eu pudesse responder, ela começou a desabotoar a camisa que usava. Meu olhar ficou preso no movimento preciso de seus dedos, cada botão que caía revelando mais da pele dela. Meu coração disparou. Eu era um homem ac
Camila DuarteEntrei no escritório com o coração disparado. Enzo Ricci, meu novo chefe, tinha algo de enigmático que me fazia oscilar entre raiva e curiosidade. O homem era perigoso, não apenas por sua influência, mas pela maneira como parecia ver através de mim. Assim que ele entrou na sala, sua presença dominou o ambiente. Ele apontou para a cadeira diante de sua mesa sem dizer nada, e me sentei, mesmo que cada célula do meu corpo quisesse sair correndo. — A reunião importante que mencionei — ele começou, empurrando um contrato em minha direção — é com você. Peguei o documento hesitante, mas ao passar os olhos pelas primeiras páginas, minha expressão endureceu. — Acha que vou ser sua acompanhante de luxo? — perguntei, minha voz transbordando indignação. Ele sorriu, aquele sorriso irritante que parecia carregado de segundas intenções. — Por um valor alto e com muitos benefícios, já leu a cláusula 20? Soltei o contrato sobre a mesa com um baque. Aquele homem só podia esta
Lorenzo RicciO restaurante era um lugar simples, bem diferente dos estabelecimentos sofisticados que eu costumava frequentar. Assim que entrei, avistei Camila sentada com um homem que reconheci imediatamente. Davi. Um dos funcionários do departamento dela. Havia algo em mim que não conseguia ignorar a presença dela, mesmo quando eu tentava. Talvez fosse o brilho nos olhos dela ou aquela determinação teimosa que me fazia sentir desafiado sempre que estávamos no mesmo ambiente. Caminhei até a mesa com passos firmes, ignorando o olhar curioso de alguns clientes. Quando me aproximei, os dois estavam rindo, uma cena que, por algum motivo, me incomodou profundamente. — Boa noite, senhorita Camila. Boa noite, Davi. Posso me juntar a vocês? — perguntei, mantendo o tom educado, mas deixando claro que não era exatamente uma pergunta. Os dois me olharam surpresos. Camila abriu a boca, provavelmente para recusar, mas Davi, com sua cordialidade irritante, apenas assentiu. — Claro, senho
Camila Duarte Aquela noite no restaurante foi tudo, menos tranquila. Lorenzo conseguiu transformar o que deveria ser um momento leve em uma batalha de nervos. Assim que ele começou com seus comentários provocativos, respirei fundo e me virei para Davi. — Acho que já deu por hoje. Precisamos ir, Davi. Ele pareceu hesitar, olhando de relance para Lorenzo, mas então concordou com um aceno de cabeça. — Claro, Camila. Vamos. Deixamos Lorenzo sozinho, e não precisei olhar para trás para saber que ele estava furioso. Senti seu olhar queimando minhas costas enquanto saíamos do restaurante. No carro, o silêncio entre mim e Davi foi constrangedor. Ele tentou puxar conversa algumas vezes, mas minha mente estava longe. A figura de Lorenzo e sua arrogância insistente não me deixavam em paz. — Chegamos, Camila — disse Davi, parando o carro em frente ao meu prédio. — Obrigada, Davi. Boa noite. Ele sorriu, mas pude ver a confusão em seus olhos. Não me importei. Subi para o meu aparta
Camila Duarte Ao chegar no apartamento, bati a porta com força e joguei minha bolsa no sofá, tentando afastar o calor que subia pelo meu rosto. Meu corpo inteiro tremia de raiva. Como ele podia? Como Lorenzo podia continuar a me propor algo tão... absurdo? Me joguei na cama, afundando o rosto no travesseiro, tentando sufocar o grito de frustração que queria escapar. Meu coração estava acelerado, e eu sentia uma mistura de indignação e algo mais perigoso, algo que me recusava a nomear. Depois de um tempo, levantei e fui direto para o chuveiro. A água quente escorria pelo meu corpo, mas não levava embora a confusão em minha mente. Eu estava irritada, não só com ele, mas comigo mesma. Como ele conseguia mexer tanto comigo? Lorenzo era frio, arrogante e manipulador, mas, de algum jeito, ele tinha algo que me atraía, algo que me fazia questionar minha sanidade. "Como alguém pode ser tão sem noção?"— pensei, esfregando o rosto com as mãos. Ele era meu chefe, pelo amor de Deus! E ai