Capítulo Cento e oitenta e oito

Aurora Duarte Ricci

Eu não consegui ir direto para casa, ao chegar no aeroporto, decidi que primeiro iria pensar no que fazer então aproveitei o momento e peguei um voo para a Espanha.

O cheiro de álcool e perfume caro pairava no ar quando o avião pousou suavemente em solo espanhol. Eu abri os olhos lentamente, a cabeça latejando, o estômago embrulhado. A primeira classe parecia silenciosa demais, e o contraste com a tempestade dentro de mim era quase insuportável.

Eu não sabia por que tinha escolhido esse destino. Talvez porque não fosse a Itália, talvez porque eu precisasse me perder em algum lugar onde ninguém conhecia meu nome.

A cada passo pelo aeroporto, sentia como se meu corpo pesasse uma tonelada. As últimas horas eram um borrão. Isabella, Dimitri, Theo e Lívia … A dor me engolia, e tudo o que eu queria era esquecer.

A primeira coisa que fiz quando saí do aeroporto foi pegar um táxi.

— Para onde, señorita? — o motorista perguntou.

— Um cassino — minha voz saiu r
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