Capítulo 5 Prova convincente
Depois do jantar, Joyce não demorou muito e, se aconchegando ao seu irmão, pediu:

- Irmão, me leva!

Ela lançou um olhar rápido para Joyce, que fingiu não ter visto, se agarrando ao braço de Vitor.

Vitor, por sua vez, olhou para ela com um sorriso resignado, seus olhos cheios de um pedido de permissão.

Vendo que ela não falou nada, Vitor disse meio sem jeito:

- Espera um pouco, vou lavar a louça para a minha esposa e depois te levo.

Na verdade, ela estava completamente farta do comportamento de Joyce, não querendo ver ela nem mais um minuto, então acenou para Vitor:

- Leva ela logo! Eu me viro com a arrumação, não precisa ajudar!

- Pai, onde você vai? Eu também quero ir! - Ivana, sempre grudada, chamou, se levantando da cadeira e estendendo os braços para ser carregada.

Vitor rapidamente estendeu os braços e a pegou, a beijando, temendo que a menina caísse.

- Papai volta logo! Fica com a mamãe, tá?

- Pirralha, o que você vai fazer? - Joyce também falou, impaciente com Ivana, sua sobrinha.

Luiza pegou Ivana nos braços:

- Querida, o papai vai levar sua tia, mas volta logo. Fica com a mamãe, tá bom?

Ivana piscou seus grandes olhos brilhantes para Luiza, concordou com a cabeça e abraçou o pescoço de Luiza, se virando para Vitor e ordenando:

- Tá bom! Papai, volta logo!

Vitor beijou a filha e assentiu prontamente:

- Tá bom!

Depois pegou as chaves do carro para levar Joyce. Joyce, abraçada ao irmão, olhou para trás para Luiza com um sorriso misterioso e orgulhoso, enquanto Luiza nem se importou.

Vitor voltou um pouco tarde e Luiza não perguntou nada. Ele era um filho muito devotado e Luiza pensou que provavelmente ele tinha ficado conversando com os pais.

Na manhã seguinte, Vitor acordou bem cedo, dizendo que tinha muito trabalho na empresa e uma reunião importante às 9 horas. Ele também levou a filha, a deixando na creche, para que Luiza não tivesse que se preocupar.

Não havia como negar, Vitor sempre foi tão atencioso e cuidadoso, pensando em tudo nos mínimos detalhes, deixando Luiza sem nada a reclamar. Como Eunice disse, ele mimou Luiza. Aos olhos de todos, ele era um marido exemplar.

Luiza arrumava as roupas que ele tinha trocado, separando algumas para levar à lavanderia. Ela esvaziou os bolsos, se preparando para levar as roupas para a lavanderia do prédio.

Mas Luiza não esperava encontrar algo que a deixaria chocada. Ao ver o que tinha nas mãos, ela finalmente entendeu tudo. Todos os seus medos e suspeitas agora tinham uma base sólida.

Era um preservativo embalado com esmero. Depois de Ivana ter nascido, Luiza colocou um DIU, então entre os dois, esse objeto nunca era necessário.

Luiza, histérica, jogou fora a coisa repugnante que tinha em mãos, se sentindo imensamente triste de repente.

"Ele realmente me traiu! Ele traiu a minha confiança. Depois de tantos anos lutando juntos, mal começamos a desfrutar de dias bons e ele me traiu."

Luiza, desamparada, se ajoelhou no chão, abraçando a cabeça, com imagens dele na cama com outra mulher inundando sua mente, uma dor insuportável.

"Toda a minha juventude, todo o meu amor, eu dei tudo a ele e a esta casa sem reservas, mas ele me tratou assim."

Depois de sentir uma dor profunda, Luiza repetia seu nome em sua mente, tentando se acalmar: "Luiza, mantenha a calma, não pode perder tudo que lutou tanto para construir de forma confusa. Preciso de uma resposta clara para mim mesma."

Ela guardou aquele objeto, tentando controlar suas emoções, apertando os punhos e dizendo a si mesma: "Não posso simplesmente entregar tudo que conquistei com tanto esforço."

Respirando fundo, Luiza se recompôs e pegou um táxi direto para a sua empresa.
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