Sophia, em um tom intencionalmente fraco, disse:— A Srta. Luiza é a esposa do Daniel!Essa frase foi o suficiente para destruir completamente o ar de superioridade de Helena.Eu, então, falei com calma:— Sra. Helena, encontrar você hoje foi realmente algo inesperado, e por isso tenho algumas coisas que gostaria de lhe dizer. Não me importa qual é a sua relação com Catarina, que tipo de amiga ela é para você, mas há algo que posso lhe garantir: o projeto do Verde Vista Residencial sempre foi da nossa Empresa de Construção DX.O clima na sala ficou insuportavelmente tenso. O rosto de Zeus estava completamente desfigurado pela frustração. Para um empresário, aquele era, sem dúvida, um dos seus piores momentos.— Quando Catarina trouxe vocês para o XR, eu não sei como foram as negociações, mas o que sei é que ela usou vocês como ferramentas para conquistar o XR e alcançar os próprios objetivos: tomar o controle da XR para si. Sinto muito em lhe dizer, mas você foi usada! — Continuei.— N
Quando chegamos ao restaurante, liguei para Daniel. Descobri que ele também estava jantando com clientes. Ao saber que eu já havia terminado, ele, surpreso, perguntou:— Como assim, já acabou?Respondi, triunfante:— O negócio foi por água abaixo. Na verdade, eu só queria ajudar a Sophia a desabafar. Ela disse que finalmente tirou um peso das costas depois de tantos anos!— Sério? Fez tudo isso e ainda está comemorando? Então, quer vir onde estou? Posso mandar o Jacó te buscar. — Ele perguntou, com a voz suave e cheia de carinho.Sophia olhava para mim, claramente com uma pontinha de inveja.— Não, obrigada! Estou aqui jantando com a Sophia. Quando você terminar, vem nos buscar. Estaremos aqui esperando por você! — Disse eu com um sorriso.— Combinado! Até daqui a pouco. — Respondeu ele, antes de desligarmos.Pedimos nossos pratos de massa preferidos e entre uma garfada e outra, conversávamos sobre o que tinha acabado de acontecer. Estávamos nos divertindo muito. Mas é claro, como semp
Aquele gesto de Teresa me tirou completamente do sério. Bati com força na mesa e gritei:— Vocês se atrevem? Quero ver quem aqui vai tocar nela!O marginal que estava mais próximo ficou paralisado com o meu grito, claramente surpreso. Talvez não esperasse que uma mulher, vendo-se cercada, ainda mantivesse tanta firmeza. Ele olhou para mim, depois para Teresa, sem saber se deveria ou não agir.Por dentro, meu coração batia acelerado. Eu sabia que estávamos em desvantagem. Aqueles rapazes eram jovens e imprudentes, e, se partíssemos para a briga, nós certamente sairíamos perdendo. Eles eram muitos, mais fortes e, sobretudo, homens. Mas eu não podia permitir que nos humilhassem assim, muito menos deixar que machucassem Sophia. Por isso, levantei a voz, tentando ao menos intimidá-los. Às vezes, a postura é metade da batalha, e eu não podia me acovardar.Sim, eu sabia que o ditado dizia para não arriscar à toa, mas naquele momento, "baixar a cabeça" simplesmente não era uma opção.Foi então
Um dos marginais mais próximos de Vasco avançou de repente, gritando:— Quem você pensa que é, seu idiota, pra querer bancar o herói?Mas Vasco foi mais rápido. Ele agarrou o punho do rapaz no ar, torceu-o com força e o empurrou. O sujeito tropeçou e foi de encontro direto a Teresa, que quase caiu. Ela se recompôs, furiosa, e gritou:— Ele tá sozinho! O que vocês estão esperando? Ataquem todos juntos! Vamos ver se ele se mete em briga de novo!Os outros marginais, encorajados pelas palavras de Teresa, partiram para cima de Vasco ao mesmo tempo.O restaurante virou um caos. Os clientes que estavam mais perto começaram a gritar e se afastar, abandonando suas mesas, deixando pratos e copos para trás.Aproveitei a confusão e puxei Sophia para perto de mim. Não havia como fugir naquele momento, e eu também não iria deixá-la sozinha.Sophia, visivelmente pálida, tentou me proteger:— Luiza, eu estou bem. Fica longe, não se machuca por causa de mim!Apesar do medo evidente, ela se colocou na
Os olhos sombrios de Daniel se fixaram em Teresa, e sua voz fria, cortante como gelo, ecoou:— Solta ela!A voz dele não era alta, mas carregava uma intensidade que atravessava o ar. Seu rosto estava tenso, com os lábios finos comprimidos em uma linha dura, e aqueles olhos penetrantes, como lâminas afiadas, encaravam Teresa. Ele caminhava em nossa direção, trazendo consigo uma aura de tempestade prestes a explodir.Eu podia sentir claramente que a mão de Teresa, que segurava meu braço, começava a tremer levemente. O restaurante parecia ter se transformado em um verdadeiro freezer, com uma tensão insuportável. Até os clientes que assistiam à cena mal ousavam respirar.Sophia, com a voz trêmula, murmurou:— Sr. Daniel...Havia um toque de choro em sua voz.Os outros clientes começaram a murmurar baixinho:— É o Daniel mesmo! Nossa, ele é lindo!— O Daniel chegou! Não acredito!Daniel continuava a caminhar em nossa direção, passo a passo. A mão de Teresa tremia ainda mais, e eu pude ouvir
Foi nesse momento que meu celular tocou. Peguei o celular e vi que era a Eunice, então atendi rapidamente:— Alô!— Como você tá? — Exclamou Eunice, assustada. — Que susto você me deu!Só então percebi o que estava acontecendo.— Como você ficou sabendo? — Perguntei.— Como eu fiquei sabendo? Já tá no TikTok! — Respondeu ela, em choque. — O que aconteceu? Onde você tá agora?— Tá tudo bem, tô em casa. — Respondi calmamente. — Encontrei a Teresa... Depois o Daniel apareceu.— Meu Deus! Aquela família Frota nunca deveria ter saído da cadeia! Deviam prender todos de uma vez! Que abuso…Eunice reclamava sem parar no telefone, e eu ainda podia ouvir a voz da Liz ao fundo.— Tá tudo bem, não se preocupa. — Tentei tranquilizá-la. — Não me machuquei. Hoje, ainda bem que o Vasco apareceu. Se não fosse ele... Daniel chegou só depois.Enquanto falava, olhei para o Daniel. Ele me abraçava e acariciava suavemente o meu rosto.Depois de desligar o telefone, Daniel ligou para o Jacó, pedindo para ele
Quando me levantei para me despedir, Vasco fez questão de me acompanhar até a saída. Agradeci a ele mais uma vez.Ele me olhou e perguntou:— Aquela mulher... Quem é?— Teresa, da família Frota, de Cidade Z. Desde que a família Frota teve problemas, ela colocou a culpa toda em mim. — Respondi despreocupada. — Sempre a vi como uma garota problemática, então não fiz questão de persegui-la. Deixei que ficasse livre por aí.— Ah... — Vasco hesitou, olhando para mim.Eu tinha certeza de que ele queria perguntar sobre a Joyce.Fiquei encarando ele, esperando que falasse por si mesmo.—Tem alguma notícia de Joyce? Ele finalmente não aguentou e perguntou.— Não. — Balancei a cabeça, olhando diretamente para ele. — Da última vez, não conseguimos pegá-la. Acho que ela não vai aparecer tão fácil.Ele assentiu e sorriu sem jeito:— O motivo de ela estar presa... Foi tudo culpa daquela família Novais, não é?Pensei um pouco antes de responder:— A razão inicial foi a morte da mãe do Vitor. Eu mesm
Eu a observei atentamente. Para ser sincera, essa garota era bem bonita, mas havia algo nela, uma certa "apatia", talvez. Não sei explicar, mas ela não parecia ser muito expressiva.Sua resposta foi firme, e eu fiz um gesto indicando a direção:— Vamos para o meu escritório?Amanda, ao me ver chegar, rapidamente trouxe mais uma jarra de água.Indiquei para a garota se sentar, e eu mesma me acomodei primeiro no sofá. Olhei para ela e perguntei:— O que te trouxe até aqui?— Srta. Luiza, a Srta. Isabela me pediu para lhe dizer que ela está com Giovana, como convidada da família Dias. — Respondeu ela calmamente.— Família Dias? — Não pude deixar de perguntar, surpresa.— E o que mais ela disse? — Perguntei ansiosa. — Quando ela te contou isso? Por que não me ligou diretamente?— Não disse mais nada. Ela não podia te ligar. — A garota respondeu com indiferença. — Se houver novas informações, virei te avisar. Ah, e aqui está uma evidência que ela quer que você use no julgamento.Ela me entr