No elevador, elas permaneceram em silêncio. Joyce, com a cabeça baixa e um bico nos lábios, se encostava na parede do elevador, enquanto Luiza realmente não se importava em dar atenção a ela. Seu irmão a mimava, mas Luiza não tinha paciência para isso.Chegando ao escritório de Vitor, ele estava realmente em uma reunião. Seus subordinados o chamaram para fora e ao ver as duas entrando juntas, ele parecia surpreso, lançando um olhar rápido sobre os rostos delas.Então, fixou o olhar em Luiza.- Como você veio parar aqui?- Vim te fazer passar vergonha, é isso? Preciso ir ao mercado, por que tanto alarde? - Interrompeu Vitor, sabendo exatamente a que ele se referia e falou com irritação. - Me dá logo as chaves, Ivana ainda está dormindo.Vitor se apressou em voltar à sua mesa, pegou sua bolsa e entregou um molho de chaves a ela.- Eu não pedi para a Joyce te entregar as chaves?Ela pegou as chaves, lançando um olhar para Joyce, claramente descontente.- Ela tem tempo para entregar as cha
- O que aconteceu? - Vitor olhou para ela com o rosto erguido, perguntando cuidadosamente. - Você está muito cansada? Que tal você também dormir um pouco? Eu não vou embora, vou brincar com a Ivana.Ela conteve suas emoções e assentiu.- Sim, estou um pouco cansada! Então, brinque com ela até ela dormir! - Depois de falar, ela colocou a bandeja de frutas na mesa de centro. - Alimente ela um pouco, ainda tem mais na cozinha!- Tá bem! Pode ir dormir! Quando você acordar, eu levo vocês para jantar! - Vitor disse, pegando o garfo para alimentar Ivana.Ela se virou e voltou para o quarto, se deitando na cama, com dificuldade para respirar e as lágrimas já transbordando dos olhos.Parece que essas duas chaves certamente tinham algum problema. Ele voltou correndo para casa, ansioso para recuperar as chaves, ele não estava realmente preocupado se Ivana tinha acordado ou não.Quando um homem traía, sua consciência realmente ia para os cães, talvez essas chaves fossem da casa daquela mulher.El
Amadeu era o diretor de marketing da empresa delas. Ao os ver entrar, demonstrou grande entusiasmo, brincando com Ivana enquanto organizava os pedidos.Amadeu comandava o departamento de marketing da empresa, se podendo dizer que sucedeu ao cargo dela.Inicialmente, foi Luiza quem o contratou para a empresa, onde trabalhou sob sua supervisão por mais de um ano. Naquela época, o departamento de marketing era basicamente focado em vendas e contava com apenas cinco pessoas. Amadeu, recém-formado, era ágil mentalmente e tinha um talento natural para o marketing, possuindo uma habilidade de persuasão notável.Após a gravidez dela, Amadeu assumiu o lugar de Luiza, sendo cuidadosamente desenvolvido por Vitor.Agora, ele era o braço direito de Vitor.Era evidente que ele frequentava aquele lugar, pois, ao ver eles, rapidamente conseguiu que o gerente os preparasse uma sala privativa. Ele tinha mais presença que o próprio Vitor, mas sem jamais parecer que queria ofuscar seu chefe.Joyce parecia
A voz era estranha, parecia estar puxando algo, ou algo assim...Ela estava prestes a sair do cubículo do banheiro, quando ouviu a voz de um homem:- Minha querida, finalmente te encontrei, estava morrendo de saudades!Ela ficou surpresa, aquela voz era claramente a de Amadeu e rapidamente recuou a mão que estava prestes a abrir a porta."Parece que Amadeu é realmente audacioso. Sua esposa é uma garota tão decente, não esperava que ele também tivesse um caso. Parece que nenhum homem é confiável."- Menos, você sente minha falta? Você não tem outra paixão agora? - Uma mulher disse com um tom ácido. - Olha só para você, tão carinhoso na entrada do restaurante. Por que não é assim comigo? Você disse que sou importante para você! Bobagem, não vi nada disso, você só sabe falar!- Isso é loucura, só você me atrai. - Ela ouviu sons de movimento. - Seja boazinha, deixa eu te beijar, estou com muita saudade.As palavras ousadas de Amadeu a fizeram corar e seu coração acelerar.- Aquela era minh
Joyce estava um pouco relutante em ouvir o que Luiza dizia e falou descontente:- Cunhada! Você não sabe dar valor à boa vida que tem. Você sabe como o meu irmão é com você, não sabe? Ser uma dona de casa em tempo integral, confortável e relaxada, não é tudo graças ao meu irmão trabalhando duro lá fora? O que te dá o direito de ser tão exigente e autoritária?Luiza olhou friamente para Joyce:- O quê? Está doendo ouvir falar do seu irmão? Desde quando você tem que se meter no que eu e seu irmão conversamos?Joyce revirou os olhos.- Eu...- Eu o quê? Qual o problema em ser uma dona de casa em tempo integral? - Ela interrompeu Joyce bruscamente. - Parece que você tem algum problema com isso, não é? Não é à toa que você fez questão de ir à Mansão Kam Fai para experimentar ser a Sra. Barreto. Foi bom, não foi?O olhar de Luiza era penetrante e desafiador, como se ela tivesse sido muito complacente no passado, permitindo que Joyce a visse como uma mulher fácil de manipular.- Seu irmão con
Antes mesmo de chegar em casa, Ivana já havia adormecido.Depois de estacionar o carro, Vitor pegou a filha e a levou no colo até o seu pequeno quarto.Com a criança devidamente acomodada, ele se preparava para tomar um banho.O celular de Vitor tocava sem parar, ele dava uma olhada e desligava, parecendo inquieto. Luiza sabia muito bem que ele não atenderia na frente dela.Pegando um pijama e levando o telefone consigo, Luiza foi ao banheiro, abriu o chuveiro e, em seguida, deixou a porta do banheiro entreaberta, atenta aos sons do lado de fora. Como esperado, ela ouviu Vitor falando em voz baixa ao telefone.Luiza ligou para Eunice, mas a linha estava ocupada.Sem dúvida, Vitor estava falando com ela. Luiza estava tão irritada que tremia.Ela tomou um banho rápido e saiu do banheiro. Vitor, ao ouvir o barulho, desligou o telefone rapidamente e voltou da varanda, tentando parecer despreocupado:- Amor, você terminou o banho?Ele sorriu falsamente, pegou a toalha das mãos dela e começo
Ambos se assustaram e os olhos de Vitor se estreitaram subitamente, enquanto os de Luiza se tornaram mais incisivos, o olhando de forma agressiva, ela disse, sem dúvida:- Atenda o telefone! - O corpo de Vitor ficou rígido, preso no lugar. - Vitor, se você tem um pingo de consciência, atenda este telefone na minha frente, vou te dar mais uma chance!Luiza olhou para ele, abraçando a criança que ainda chorava, endireitando a espinha:- Eu sempre pensei que mesmo que todos os homens do mundo traiam, meu Vitor não faria isso, mas você me decepcionou.Luiza finalmente gritou a frase que menos queria enfrentar, nunca imaginou que entre eles surgiria a palavra traição.Assim que Luiza falou, suas lágrimas caíram como chuva, se misturando ao choro da criança, representando uma tristeza e desolação infinitas.Sob a ameaça dela, Vitor lentamente tirou o telefone. O toque do telefone soava mais claro e estridente, totalmente discordante do clima atual.Luiza olhava para Vitor, ele parado lá, olh
Ela olhou para o telefone que não parava de tocar, sem saber como descrever seus sentimentos. O momento era incrivelmente preciso. Vitor havia acabado de sair e o telefone começou a tocar. Não precisava nem dizer, era certamente Vitor relatando a situação assim que saiu.Luiza atendeu o telefone com calma:- Hum! Eunice!- O que você está fazendo? Ivana já melhorou? - A voz de Eunice soava alegre, como se estivesse de bom humor.Ela pensou com amargura: "Claro! Como ela poderia estar mal? Com a confusão entre mim e Vitor, ela só tinha a ganhar."- Você também está livre hoje? Ligando para mim logo cedo! - Luiza respondeu com um tom irônico.- Eu não sou uma máquina, também preciso recarregar e me lubrificar! - Ela riu. - Quer tomar um café comigo?- Ivana ainda está em casa, estou brincando com ela aqui! - Respondeu Luiza, despreocupada.- Ótimo, traga ela para eu brincarmos um pouco. Na última vez, você estava tão irritada que eu nem ousei ficar muito. - Eunice brincou com Luiza.Luiz