Ainda antes que Luiza respondesse, Vitor deu um passo à frente para explicar:- Ela está de mau humor!Então, com uma mão grande, ele pressionou o ombro de Luiza, aumentando um pouco a pressão, e disse a ela com voz suave:- Esposa, não se preocupe, o médico também disse que não é nada sério, só observar um pouco e podemos voltar para casa!Voltar para casa! Essas palavras atingiram ela tão profundamente que, de repente, ela perdeu o controle. Ela se levantou, empurrou Vitor para longe e saiu correndo do quarto do hospital, soluçando e chorando.Essa casa, como uma porcelana fina, já estava cheia de rachaduras e a qualquer momento poderia desmoronar completamente, a madrasta da sua filha estava claramente a provocando.Eunice correu atrás dela e Ivana começou a chorar de novo dentro do quarto.- Luiza, o que houve com você? Não assuste a criança! - Eunice estendeu a mão para agarrar seu braço. - Se você está chateada, aguente firme, a criança é mais importante!- Eu aguentar? Como poss
Ivana talvez estivesse assustada, se tornando excessivamente apegada. Dia após dia, ela grudava em seu colo, a obrigando a não se afastar nem por um instante, o que a deixava extremamente ansiosa.Vitor, por sua vez, agia como uma astuta raposa, não deixando escapar sequer uma pista. Chegava ao trabalho no horário, retornava no mesmo ritmo, sem dar margem a qualquer suspeita.Tudo que ele trazia para casa era meticulosamente inspecionado, mas ela nunca encontrava nada suspeito. Às vezes, até se questionava se estava sofrendo de delírios.Ao meio-dia, após finalmente conseguir fazer Ivana dormir, ela percebeu que não havia frutas nem vegetais frescos em casa. Observando o sono profundo de Ivana, decidiu ir rapidamente ao mercado.A feira era perto, então ela nem se preocupou em trocar de roupa, saindo de casa apressadamente. Precisava ser rápida.Entretanto, ao retornar do mercado, ela ficou perplexa ao não encontrar suas chaves. Refletindo por um bom tempo e frustrada, bateu na própria
Quando ela ouviu uma das funcionárias bajular com um "Sra. Barreto", se sentiu imensamente enfurecida. Se virou bruscamente, ansiosa para ver como essa Sra. Barreto enfrentaria ela, tendo a audácia de usar seu título para enganar os outros.Seu olhar gélido varreu para trás, esperando ver a figura de Eunice, mas, em vez disso, viu Joyce.Ela estava vestida na moda, com roupas brilhantes e atraentes, cabelos longos feitos em grandes ondas, caindo sobre os ombros. Seu rosto, embora não naturalmente bonito, estava tão bem maquiado que parecia encantador e sedutor.Joyce, com um sorriso tranquilo, se aproximou elegantemente. Estava prestes a falar quando viu Luiza se virando repentinamente, cheia de raiva, fazendo com que Joyce se retraísse em surpresa, paralisada no lugar.Luiza riu ironicamente. Era inegável que, naquele momento, Joyce parecia mais com a Sra. Barreto do que ela, que mais parecia uma empregada.Luiza estava sem palavras, forçada a admitir que roupas fazem a pessoa. Um sim
No elevador, elas permaneceram em silêncio. Joyce, com a cabeça baixa e um bico nos lábios, se encostava na parede do elevador, enquanto Luiza realmente não se importava em dar atenção a ela. Seu irmão a mimava, mas Luiza não tinha paciência para isso.Chegando ao escritório de Vitor, ele estava realmente em uma reunião. Seus subordinados o chamaram para fora e ao ver as duas entrando juntas, ele parecia surpreso, lançando um olhar rápido sobre os rostos delas.Então, fixou o olhar em Luiza.- Como você veio parar aqui?- Vim te fazer passar vergonha, é isso? Preciso ir ao mercado, por que tanto alarde? - Interrompeu Vitor, sabendo exatamente a que ele se referia e falou com irritação. - Me dá logo as chaves, Ivana ainda está dormindo.Vitor se apressou em voltar à sua mesa, pegou sua bolsa e entregou um molho de chaves a ela.- Eu não pedi para a Joyce te entregar as chaves?Ela pegou as chaves, lançando um olhar para Joyce, claramente descontente.- Ela tem tempo para entregar as cha
- O que aconteceu? - Vitor olhou para ela com o rosto erguido, perguntando cuidadosamente. - Você está muito cansada? Que tal você também dormir um pouco? Eu não vou embora, vou brincar com a Ivana.Ela conteve suas emoções e assentiu.- Sim, estou um pouco cansada! Então, brinque com ela até ela dormir! - Depois de falar, ela colocou a bandeja de frutas na mesa de centro. - Alimente ela um pouco, ainda tem mais na cozinha!- Tá bem! Pode ir dormir! Quando você acordar, eu levo vocês para jantar! - Vitor disse, pegando o garfo para alimentar Ivana.Ela se virou e voltou para o quarto, se deitando na cama, com dificuldade para respirar e as lágrimas já transbordando dos olhos.Parece que essas duas chaves certamente tinham algum problema. Ele voltou correndo para casa, ansioso para recuperar as chaves, ele não estava realmente preocupado se Ivana tinha acordado ou não.Quando um homem traía, sua consciência realmente ia para os cães, talvez essas chaves fossem da casa daquela mulher.El
Amadeu era o diretor de marketing da empresa delas. Ao os ver entrar, demonstrou grande entusiasmo, brincando com Ivana enquanto organizava os pedidos.Amadeu comandava o departamento de marketing da empresa, se podendo dizer que sucedeu ao cargo dela.Inicialmente, foi Luiza quem o contratou para a empresa, onde trabalhou sob sua supervisão por mais de um ano. Naquela época, o departamento de marketing era basicamente focado em vendas e contava com apenas cinco pessoas. Amadeu, recém-formado, era ágil mentalmente e tinha um talento natural para o marketing, possuindo uma habilidade de persuasão notável.Após a gravidez dela, Amadeu assumiu o lugar de Luiza, sendo cuidadosamente desenvolvido por Vitor.Agora, ele era o braço direito de Vitor.Era evidente que ele frequentava aquele lugar, pois, ao ver eles, rapidamente conseguiu que o gerente os preparasse uma sala privativa. Ele tinha mais presença que o próprio Vitor, mas sem jamais parecer que queria ofuscar seu chefe.Joyce parecia
A voz era estranha, parecia estar puxando algo, ou algo assim...Ela estava prestes a sair do cubículo do banheiro, quando ouviu a voz de um homem:- Minha querida, finalmente te encontrei, estava morrendo de saudades!Ela ficou surpresa, aquela voz era claramente a de Amadeu e rapidamente recuou a mão que estava prestes a abrir a porta."Parece que Amadeu é realmente audacioso. Sua esposa é uma garota tão decente, não esperava que ele também tivesse um caso. Parece que nenhum homem é confiável."- Menos, você sente minha falta? Você não tem outra paixão agora? - Uma mulher disse com um tom ácido. - Olha só para você, tão carinhoso na entrada do restaurante. Por que não é assim comigo? Você disse que sou importante para você! Bobagem, não vi nada disso, você só sabe falar!- Isso é loucura, só você me atrai. - Ela ouviu sons de movimento. - Seja boazinha, deixa eu te beijar, estou com muita saudade.As palavras ousadas de Amadeu a fizeram corar e seu coração acelerar.- Aquela era minh
Joyce estava um pouco relutante em ouvir o que Luiza dizia e falou descontente:- Cunhada! Você não sabe dar valor à boa vida que tem. Você sabe como o meu irmão é com você, não sabe? Ser uma dona de casa em tempo integral, confortável e relaxada, não é tudo graças ao meu irmão trabalhando duro lá fora? O que te dá o direito de ser tão exigente e autoritária?Luiza olhou friamente para Joyce:- O quê? Está doendo ouvir falar do seu irmão? Desde quando você tem que se meter no que eu e seu irmão conversamos?Joyce revirou os olhos.- Eu...- Eu o quê? Qual o problema em ser uma dona de casa em tempo integral? - Ela interrompeu Joyce bruscamente. - Parece que você tem algum problema com isso, não é? Não é à toa que você fez questão de ir à Mansão Kam Fai para experimentar ser a Sra. Barreto. Foi bom, não foi?O olhar de Luiza era penetrante e desafiador, como se ela tivesse sido muito complacente no passado, permitindo que Joyce a visse como uma mulher fácil de manipular.- Seu irmão con