Bryan lançou um olhar frio para Violeta. — O que a vovó pediu para você trazer?Violeta mordeu os lábios, mas, diante de Bryan, ela teve que manter o sorriso. Levantou a caixa térmica que segurava nas mãos. — A vovó ficou preocupada que você não se alimentasse bem, então pediu para eu trazer o almoço.— Deixe aí. — Disse Bryan.Violeta respirou aliviada e, na frente de Vanessa, começou a abrir os recipientes um por um. — Bryan, isso tudo foi feito de acordo com o seu gosto, especialmente essa sopa. Foi a vovó que me ensinou a preparar. Você deveria experimentar.— É mesmo? Então eu deveria provar. — Antes que Violeta pudesse se alegrar, Bryan, diante dela, entregou o garfo diretamente para Vanessa. — Você não almoçou ainda, né? Experimente.Vanessa ficou surpresa e Violeta também. A secretária, ao ver a tensão no ar, deu dois passos para trás, tentando evitar a situação.Vanessa forçou um sorriso. — Não precisa, eu ainda tenho trabalho, eu...— O Bryan pediu para você experimentar,
Após Violeta sair, Bryan chamou a secretária.— Sr. Bryan, você me chamou. — A secretária disse.— Jogue fora.A secretária demorou um momento para perceber que o chefe estava se referindo à marmita na mesa. — Sim.— Da próxima vez, sem a minha permissão, ela não pode entrar mais na empresa.— Mas, a Srta. Violeta foi enviada pela Sra. Barbosa. Se ela mandar Violeta de novo...Bryan lançou um olhar frio para a secretária e perguntou: — O presidente do Grupo Barbosa sou eu ou é minha avó?A secretária se arrepiou, suando frio.Ainda bem que Eduardo apareceu e logo arrastou a secretária para fora depois de limpar tudo. Assim que saíram, ele começou a dar uma bronca nela. — É o seu primeiro dia aqui? Quem é que manda no Grupo Barbosa, você ainda não sabe? Não sabe que o que o chefe mais odeia é quando alguém tenta usar a avó dele para pressioná-lo?O rosto da secretária ficou pálido. — Eduardo, mas a Srta. Violeta disse que ela e o chefe eram amigos de infância, que as famílias são pr
Vanessa parou de repente ao fechar a porta do carro. Bryan iria se casar? Mas ele acabou de dizer aquelas palavras cheias de segundas intenções para ela! — A senhorita vai para onde? — A voz do motorista trouxe Vanessa de volta à realidade.— Para o Hotel Folha de Bordo. — Ela respondeu. Olhando pela janela para o prédio do Grupo Barbosa, as palavras de Violeta “O Bryan está prestes a se casar” ecoavam na mente de Vanessa. Por alguma razão, ela se sentiu subitamente irritada. Ela já deveria ter previsto isso, como um homem como Bryan poderia realmente gostar dela? Ele sabia que ela tinha acabado de se divorciar e que não poderia se casar tão cedo, então ele a enganou de propósito, fingindo que estava falando sério sobre casamento, mas no fundo só estava brincando! Homens eram todos iguais! ... A noite caiu. Na mansão da família Ribeiro. Igor chegou em casa bêbado, apoiado pelo motorista até a porta de entrada. — Mano, você voltou! Nossa, quanto você bebeu? — Esth
Salão do hotel.Assim que Vanessa saiu do elevador, avistou Severino na área de descanso do salão. — Você está esperando há muito tempo? — Enquanto perguntava, ela deu uma olhada no relógio e, confusa, disse. — Não marcamos às nove e meia? Estou atrasada?Ela havia combinado com Severino de ver um apartamento. Desde que saiu da família Ribeiro, Vanessa estava à procura de um lugar para morar, mas, como estava envolvida em um processo judicial, não teve muito tempo para procurar. Agora que o processo terminou, Severino mencionou que um amigo dele tinha um apartamento para alugar. — Você não está atrasada. — Severino sorriu levemente. — Eu cheguei cedo, com medo de pegar trânsito pela manhã.— Hoje é sábado, como poderia ter trânsito?— Eu esqueci.— Até um grande advogado comete erros, hein? — Vanessa brincou.Severino deu um leve sorriso.— Vamos, se você não gostar do apartamento, ainda teremos tempo para ver outros.— Obrigada, você é muito gentil.Os dois saíram juntos do hotel
Finalmente, Vanessa havia se afastado da família Ribeiro, cortando todos os laços, e conseguiu alugar um apartamento que realmente gostava. Tudo estava começando a melhorar.Severino estava parado dentro do apartamento, observando silenciosamente a silhueta azul e branca que se destacava na varanda. Sob a admiração em seu olhar, havia um desejo que lentamente emergia. De repente, seu olhar se tornou firme, ele apertou o punho.Dessa vez, ele não deixaria a oportunidade escapar. — Tem um Walmart aqui perto, dá uns dez minutos a pé. Podemos ir comprar algumas coisas e eu trago tudo para você, assim não precisa se preocupar em carregar nada sozinha depois. Ah, e você deixou o carro na casa da família Ribeiro, né? Pode usar o meu carro nos próximos dias. — Disse Severino.— Não precisa. — Vanessa respondeu rapidamente, abanando as mãos. — Atualmente, não estou trabalhando. Fora os projetos que preciso acompanhar, praticamente não preciso ir à empresa. Por enquanto, posso chamar um táxi. —
Cláudia, apesar de ser interesseira e obcecada por dinheiro, com um vício em jogos de azar, educou muito bem seus dois filhos. Caio, em especial, era alguém que não tolerava injustiças, a ponto de até mesmo Cláudia sentir um certo receio dele. Vanessa sabia que, se contasse a Caio que Bryan estava prestes a se casar e ainda a pertubava, ele jamais reagiria como a mãe, que se aproveitava da situação. Não importava que Bryan fosse o presidente do Grupo Barbosa ou o homem mais rico do mundo.Satisfeita, Vanessa desligou o celular. A essa altura, quando chegasse em casa, Bryan certamente já teria sido expulso por Caio. Meia hora depois, Vanessa caminhava em direção à casa de jogos da sua família, carregando sua bolsa. Na entrada, havia uma placa com os dizeres “Fechado Temporariamente”.Vanessa parou na porta e sentiu o aroma de pastéis no ar, o que lhe causou uma certa emoção. Em três anos de casamento com a família Ribeiro, ela raramente visitava sua própria família. Primeiro, porque
— Você acha que eu não considerei o que você disse?— Bryan Barbosa! — Foi a primeira vez que Vanessa gritou seu nome completo, com os punhos cerrados tremendo levemente, rangendo os dentes. — O que você pensa que eu sou? Uma mulher que se vende?— Você acha que eu gastaria tanto tempo e dinheiro se estivesse procurando uma mulher assim?— O que você quer dizer com isso? Você vai se casar, por que ainda está atrás de mim?— Quem te disse que eu vou me casar?— A Violeta me disse pessoalmente.— Ah, é? A Violeta disse isso? — Bryan não franziu a testa nem por um segundo, observando Vanessa com calma. — Foi no dia em que você a encontrou no meu escritório?— Isso mesmo. — Vanessa respondeu irritada. — Eu já vi muitos homens ricos sustentando amantes, mas não me importo com o que vocês fazem. Eu, Vanessa, não preciso de dinheiro nem de homens correndo atrás de mim, então pare de sonhar!— Não é de se admirar que você não tenha respondido minhas mensagens depois daquele dia. — O canto dos
Vanessa correu até a entrada do beco, apoiando-se na parede desgastada enquanto ofegava. Ela tocou o peito, tentando acalmar o coração acelerado, mas, ao fechar os olhos, a imagem do beijo de Bryan ainda estava fresca em sua mente, com o calor dos lábios ainda presente.— Vanessa. — A voz de Bryan veio de trás dela. Vanessa ficou imediatamente alarmada, seus saltos altos de repente se descontrolaram.— Ah!! — Com um grito, ela foi abraçada firmemente por um par de grandes mãos.— Está tudo bem? — Bryan perguntou.Vanessa tentou afastá-lo apressadamente, mas ainda não estava em pé. Na confusão, acabou se jogando nos braços de Bryan, com o rosto colado em seu peito. Por um momento, o ar ficou silencioso.A voz de Bryan veio de cima dela: — Eu não esperava que você estivesse mais interessada nessa parte.Vanessa puxou uma respiração profunda e acabou se engasgando.— Cof, cof...— Calma. — Bryan a estava batendo nas costas para ajudá-la a respirar.Vanessa ficou com o rosto vermelho. —