O rosto de Igor escureceu, ele se virou e entrou na floresta. — Vocês tratem disso rápido.Fora da vista, fora da mente.Assim que Igor se foi, Rafaela ficou ainda mais atrevida.O motorista segurava as mãos de Vanessa para trás, então Rafaela facilmente agarrou o pescoço de Vanessa, com uma pequena faca brilhante cintilando à luz do luar. — Vanessa, você viu, não viu? O Igor não se importa nem um pouco com sua vida. Além de assinar, você tem outra escolha? Ou será que você precisa pagar um preço para entender que eu não estou brincando com você?A faca fria deslizava pelo rosto de Vanessa.Aquela sensação, como se uma cobra rastejasse sobre sua pele, era arrepiante.O rosto de Vanessa ficou pálido. — Vocês sabem quais são as consequências disso? Isso é crime, vocês vão acabar na prisão. Eu vou assombrar vocês mesmo depois de morta!— Eu só vivo essa vida, quem se importa com o que acontece depois de morrer?Rafaela deu uma risada zombeteira, a faca afiada já cortava a bochecha de V
Sob o luar, Vanessa olhava para Bryan como se estivesse sonhando. O vento frio soprava, provocando uma sensação de dor aguda em seu pescoço.— Ah! — Vanessa inspirou bruscamente, despertando de repente.Bryan franziu a testa, primeiro a colocou no carro, levantou seu queixo para examinar o ferimento.— Não precisa, eu...— Não se mexa.As palavras curtas soaram em seus ouvidos, e Vanessa, involuntariamente, desistiu de resistir.Os longos dedos do homem seguravam seu queixo, seu rosto austero estava próximo, com um leve aroma de colônia, lembrando ela daquela noite de paixão.Meu Deus, no que ela estava pensando?— Segure isso para estancar o sangue, vamos ao hospital em breve.Bryan entregou um lenço a ela, puxando ela de volta à realidade.— Ah... Tá bom.Bryan pensou que ela estava assustada. Após colocar o lenço em sua mão, apertou suavemente sua mão, dizendo:— Não tenha medo, estou aqui, isso não vai acontecer de novo.Vanessa ficou surpresa.Nesse momento, os homens de Eduardo
— Sr. Bryan, o que fazemos com ela? — Eduardo perguntou, buscando a opinião de Bryan.Bryan pegou a faca que estava no chão, seu brilho gelado irradiando frieza. Ele perguntou apenas uma coisa: — Qual mão você usou para segurar a faca?Seu olhar ligeiramente levantado estava frio como gelo.O rosto de Rafaela ficou instantaneamente pálido, incapaz de falar claramente. — Você... Você vai fazer o quê?Bryan parecia extremamente avesso a falar com ela, então ele virou o olhar para o capanga que estava sendo segurado. — Quer sobreviver?O capanga ficou atordoado por um momento e então assentiu repetidamente com a cabeça. — Eu só aceitei o dinheiro deles para fazer o serviço. Além de trazer a Sra. Vanessa aqui, eu não fiz mais nada. Eu nunca mais farei isso, por favor, me deixe ir!— Qual mão ela usou para segurar a faca?O homem ainda não tinha reagido quando ouviu um barulho. "Clang."Bryan jogou a faca aos pés do homem e disse friamente: — Se você cortar um dedo dela, pode ir embor
— Não se mexa. — A voz fria do homem reverberou nos ouvidos de Vanessa, causando um zumbido. Naquele espaço apertado, mesmo que quisesse se mover, não havia muito o que pudesse fazer. Justo quando ela ponderava se usar o joelho para dar uma forte investida nesse momento não seria uma ingratidão, Bryan disse algo. — Não foi para segurar o ferimento e não se mexer?Bryan já havia tirado o lenço da mão dela e o pressionado contra o corte em seu pescoço.Vanessa ficou surpresa. Ainda bem que não tinha levantado o joelho.— Bem... Já não está sangrando mais.— Você tem certeza?Seguindo o olhar de Bryan, Vanessa olhou para baixo e imediatamente viu o sangue fresco escorrendo pelo pescoço, tingindo sua camisa branca de vermelho. Ela soltou um grito de surpresa e imediatamente sentiu uma dor no pescoço, muito mais intensa do que antes.— Sr. Bryan, eu posso fazer isso.— Não precisa, fique quieta.O tom de Bryan não permitia discussão, como se não confiasse que Vanessa fosse capaz de cuidar d
— Ah? — O rosto de Vanessa mudou imediatamente. — Sua casa?Antes que Vanessa pudesse perguntar por que ele a levou até lá em vez de ao hospital, Bryan já estava indo direto para dentro da mansão, perguntando enquanto caminhava:— O Yuri já chegou?— O Dr. Yuri chegou há dez minutos e está esperando na sala de estar.Vanessa ainda estava atônita, e a empregada ao lado dela a lembrou: — Srta. Vanessa, o vento está forte aqui fora, entre logo, o Dr. Yuri está esperando por você lá dentro.Só então Vanessa recobrou os sentidos e seguiu a empregada.Olhando ao redor, ela viu a grandeza do vasto jardim. A mansão em estilo europeu à sua frente era uma das dez propriedades mais luxuosas da capital, sempre presente no topo dos rankings de imóveis.Graças a Bryan, ela tinha a chance de estar ali.A empregada conduziu Vanessa para dentro da casa.— Yuri. — A voz fria de Bryan ecoou pela sala.O homem diante da vitrine se virou. Ele usava um jaleco branco, o que acentuava ainda mais sua estatura
Antes de sair, Yuri olhou para Vanessa e lembrou Bryan: — Tem certas coisas que eu aconselho você a tomar cuidado, caso contrário, se chegarem aos ouvidos da sua avó, podem prejudicar tanto a você quanto aos outros.Bryan franziu a testa.Assim que Yuri saiu, Vanessa também quis se despedir. — Já são onze horas, preciso ir, Sr. Bryan. Obrigada por tudo hoje, eu...— Você vai ficar aqui essa noite. — A voz fria interrompeu diretamente as palavras de Vanessa, a deixando atônita.— Sr. Bryan, você está brincando, não é?Bryan a salvou, e ela estava muito comovida e grata por isso, mas isso não significava que a relação entre eles precisava avançar. Ela também não achava que Bryan tinha obrigação de cuidar de seus assuntos.— Deixe pra lá, já está muito tarde, Sr. Bryan. Eu vou embora.Ela não queria continuar a se enredar com Bryan, então se levantou para sair.Mas antes de dar o primeiro passo no tapete de lã feito à mão da sala de estar, seu pulso foi agarrado com força. Com um grito
— Precisa ficar tão nervosa assim? — Bryan olhou para ela com uma expressão impassível.Vanessa finalmente conseguiu recuperar o fôlego. — Eu sou uma mulher divorciada e já na casa dos trinta. O que você viu em mim?— Somos muito compatíveis.— Compatíveis em quê? Nós nos conhecemos há quanto tempo? Você realmente me conhece?O olhar de Bryan se ergueu ligeiramente. — O que você acha?Vanessa ficou sem palavras, seu rosto ficou imediatamente vermelho. Ela se forçou a controlar a tempestade de emoções que sentia e respondeu com hesitação.— Sr. Bryan, na verdade, esse tipo de coisa precisa de mais tentativas para ver se somos compatíveis ou não. Como você pode ter certeza de que somos a combinação perfeita sem ter comparado com outras?— Você quer dizer que precisamos nos encontrar mais algumas vezes?— Não foi isso que eu quis dizer!Ela finalmente percebeu que, em certos momentos, Bryan tinha uma habilidade especial de conduzir a conversa para onde ele queria, desviando o sentido or
— Claro que é por causa dos nossos sentimentos. Você realmente acha necessário levar as coisas a esse ponto?— Sim, é necessário.Igor ficou sem palavras por um momento e depois, com urgência, disse: — Vanessa, desde quando você mudou tanto assim? Antes, você nunca se importava com essas coisas!— Eu não me importava antes porque éramos casados e eu era a gerente geral do Grupo Ribeiro. Agora me importo porque sou a Vanessa.Vanessa sempre foi racional. A pouca obediência e compreensão que demonstrou ao longo dos três anos de casamento foram dedicadas a Igor. Ela acreditava nele, não porque fosse ingênua, mas porque pensava que o casamento precisava ser baseado em confiança.Mas agora as coisas eram diferentes. Sem essas amarras, ela era apenas ela mesma.— O novo acordo de divisão de bens já foi redigido pelo meu advogado e deve chegar à sua empresa por volta da tarde. Não há muita diferença em relação ao anterior, exceto por um detalhe: Eu quero um apartamento duplex ao lado do Worl