— Meia hora atrás, eles terminaram a reunião e o Sr. Bryan foi embora dirigindo seu próprio carro, sem chamar o motorista. Ele não ia se encontrar com você para jantar? — Eduardo ficou muito confuso, claramente não entendia o que estava acontecendo. Vanessa desligou a chamada com Eduardo e imediatamente ligou para Bryan.— Desculpe, o número que você discou está temporariamente indisponível. Por favor, tente novamente mais tarde... Ligou três vezes, mas não obteve resposta. Sentindo-se ansiosa, Vanessa se preocupou: “Será que aconteceu algo no caminho?”. Sem pensar duas vezes, ela pagou a conta e saiu do restaurante.O restaurante estava a apenas duas ruas do Grupo Barbosa. Se algo tivesse acontecido, provavelmente seria ali por perto. Ao sair do restaurante, Vanessa dirigia o carro lentamente e seguiu pela calçada em direção ao Grupo Barbosa, enquanto ligava para Bryan.Ao parar no semáforo, notou que a polícia estava sinalizando um acidente no cruzamento à frente. A janela do carro
— Faltam evidências? O que falta? — Vanessa não foi gentil e perguntou diretamente. — É porque a transferência direta entre Violeta e aqueles que agrediram meu irmão não pode indicar uma relação comercial, ou meu irmão não ficou ferido o suficiente para condenar ela?— Não é isso. — Oficial Balbo hesitou por um tempo e finalmente confessou. — Srta. Vanessa, não vou esconder mais, você não deve investigar isso mais a fundo, não vai trazer nada de bom para você.— Violeta foi solta por vocês, não foi?O Oficial Balbo ficou paralisado por um momento, demorou para admitir.— Sim.— Alguém interveio nesse caso? Foi a família Barbosa?— Desculpe.O pedido de desculpas do Oficial Balbo foi, por um lado, pela impossibilidade de prosseguir com um caso que claramente tinha evidências e, por outro, pela pressão que sentia de cima, que o impedia de continuar a investigação e até de informar a vítima sobre quem estava interferindo.— Entendi, obrigada. — Vanessa desligou o celular, e seu olhar escu
O elevador emitiu um som nítido de aviso e se abriu lentamente.Antes de sair, Vanessa respirou fundo, limpando a mente da cena que tinha acabado de vivenciar no escritório.Ela já estava quase com trinta anos, como poderia ser tocada por uma coisa tão pequena?Assim que saiu do elevador, viu à distância uma figura esbelta ao lado de um carro preto. Claramente alguém havia avisado, e Bryan já sabia que ela tinha descido.— Por que você veio? — Vanessa ficou a cerca de um metro dele, olhando para o buquê de rosas brancas que ele segurava. O sorriso mal conseguiu se conter nos seus olhos, mas ela ainda se fez de difícil. — Não gosto de rosas brancas.— Não gostar não é problema.Bryan abriu a porta do carro com uma mão. O banco de trás estava completamente cheio de flores de todas as cores e tipos.Vanessa não conseguia acreditar.— Você trouxe uma floricultura com você?— Não sabia qual flor você gostava, então a Tina preparou um pouco do que tinha na floricultura. — Bryan respondeu.—
O carro saiu do anel viário da Cidade D e seguiu até os subúrbios. Ele se preparou por muito tempo para dizer a Vanessa que, na verdade, não era a primeira vez que se conheciam, mas que já se conheciam há muito tempo, como se o destino já estivesse selado.— Chegamos.O carro parou na beira da estrada, Bryan e Vanessa desceram.Ao redor, havia um bairro de mansões, com cada casa distante uma da outra, separadas por colinas, mostrando que era uma área antiga. Hoje em dia, os empreendimentos imobiliários não fariam intervalos tão largos.— Onde estamos? — Perguntou Vanessa.— Você não lembra? — Bryan apontou para um prédio vermelho à sua frente. — Esse prédio.Vanessa hesitou um pouco, olhando para o prédio vermelho, e de repente lembrou de algumas coisas. Tudo ao redor começou a parecer familiar.— Eu acho que morei aqui quando era criança!— Quantos anos você tinha?— Uns cinco ou seis, eu acho. Não lembro de muitas coisas. — Vanessa tentou relembrar, mas as memórias eram escassas. — M
— Quando você começou a investigar sobre mim? — Vanessa deu um passo para trás, se afastando de Bryan, com um olhar alerta, como se estivesse diante de um estranho. — O que você descobriu?Quanto à reação dela, Bryan não ficou surpreso. Ao pensar um pouco, ele sabia que ninguém conseguiria aceitar de imediato a descoberta de que o namorado com quem estava se relacionando já havia investigado sua vida.— Não fique nervosa. Desde a primeira vez que você se aproximou para entregar seu cartão na festa, pedi ao Eduardo para fazer uma investigação sobre você.— É verdade?— Eu nunca minto para você.— Eu inicialmente me interessei pelo que você disse. Você sabe que, para uma parceria, é preciso fazer uma diligência prévia. Caso contrário, eu não poderia confiar em deixar alguém se aproximar do Grupo Ribeiro.Ao ouvir essa explicação, Vanessa começou a relaxar. De fato, foi ela quem procurou o Grupo Barbosa para uma parceria. Antes disso, Bryan provavelmente não teria prestado atenção a empre
— Você se lembrou?Vanessa balançou a cabeça e disse:— Só tenho uma leve impressão, sinto que alguém já morou aqui.— Não tem problema. — Bryan segurou a mão dela, entrelaçando os dedos. — Se não se lembrar, tudo bem. Naquela época, você era muito nova, não é estranho que não se recorde.Vanessa mal conseguia lembrar que já havia morado ali, quanto mais de um garotinho que passou algumas noites ali.Falando em ser nova, Vanessa olhou estranhamente para Bryan.— Diga a verdade, você já estava pensando em mim naquela época? Eu ainda era uma criança.Bryan respondeu sem mudar a expressão:— Eu também era uma criança naquela época.Vanessa ficou sem palavras.Enquanto conversavam, a barriga de Vanessa roncou inesperadamente.Ela imediatamente colocou as mãos na barriga, sorrindo constrangida.Bryan entendeu e não fez piada.— Vamos ver o que temos para comer em casa.— Não deve ter nada aqui, certo? — Vanessa o seguiu. — Você não disse que os empregados vêm só de vez em quando para limpar
— Como assim não conseguem encontrar ninguém? — Na mansão da família Camargo, Violeta estava na varanda ao telefone. — Como uma pessoa pode desaparecer em plena luz do dia? Não está na empresa, nem na mansão da família Barbosa. E nos outros lugares que ele frequenta? O campo de futebol? A piscina? A academia? Não venha me falar essas besteiras. Está recebendo dinheiro para não fazer nada, é isso? Já chega! Vocês têm que encontrar a pessoa antes de anoitecer! Caso contrário, nem pensem em receber o restante do pagamento.Violeta desligou o celular com raiva. Quando se virou, viu Álvaro parado na porta da varanda, olhando para ela.— Pai... — Violeta colocou a mão no peito e respirou fundo. — Você me assustou.Álvaro se aproximou e perguntou:— Com quem você estava falando no telefone?Violeta ficou em silêncio.— Estou perguntando, com quem você estava falando?— Nin... Ninguém.— Me dá o celular.Violeta imediatamente deu um passo para trás.— Me dá. — O rosto de Álvaro imediatamente f
Noemi franziu as sobrancelhas e disse:— Eles estão em um relacionamento amoroso, o Bryan já anunciou publicamente que a Vanessa é sua noiva. Onde quer que eles vão, é perfeitamente normal.— Não é normal. — Violeta balançou a cabeça. — O detetive que eu contratei disse que o assistente do Bryan foi buscar um anel de diamante na joalheria hoje de manhã.Noemi ficou levemente surpresa.Não era preciso dizer o que significava um anel de diamante. Não era de se admirar que sua filha estivesse tão ansiosa.— Você está dizendo que o Bryan vai pedir a Vanessa em casamento hoje?— Com ou sem pedido de casamento, a Vanessa nunca se tornará a Sra. Barbosa. — Violeta apertou os punhos.Ela queria se casar com Bryan, isso já não era mais apenas uma questão de gostar dele ou não. Quanto mais tempo passava na Cidade D, mais ela percebia o poder que a família Barbosa exercia ali. Casando-se com Bryan, tanto ela quanto sua família Camargo, poderiam finalmente se restabelecer na Cidade D.— Mãe, eu qu