— O sobrenome é Fonseca?A Sra. Barbosa, embora mais velha, tinha uma ótima memória e logo lançou um olhar para Clara. Clara hesitou e disse:— Aquela Vanessa, o irmão dela parece ser universitário.— É ela. — Noemi chorou copiosamente. — Se não fosse por ela, eu não teria coragem de incomodar você, todo mundo fala que ela é a noiva do Bryan, e nós, da família Camargo, a ofendemos, atrapalhando o caminho dela. Ela agiu dessa maneira, nos intimidando, enquanto estamos sozinhas na Cidade D.— Sra. Camargo, não chore, nossa senhora certamente irá ajudar. — Disse Clara, confortando ela e ao mesmo tempo observando a expressão da Sra. Barbosa. A Sra. Barbosa sempre valorizou a amizade entre as famílias Barbosa e Camargo, e tinha uma conexão especial com Violeta. Nunca acreditou que Violeta pudesse fazer algo tão horrível como contratar um assassino. Agora, ao ouvir que Violeta estava sendo mantida em uma cela sem poder receber visitas, como poderia não se sentir triste?De fato, a expres
Bryan foi rápido e imediatamente entrou para ajudar a apagar o fogo, abrindo também o exaustor e a janela da cozinha.Finalmente, a fumaça na cozinha começou a dissipar.Na sala, Bryan segurou a mão de Vanessa e passou pomada na queimadura dela. Vanessa, um pouco envergonhada, disse:— Eu só queria tentar fazer um café da manhã. Vi um vídeo onde a pessoa dizia que era bem simples, então resolvi tentar.— Esse é o café da manhã que você fez? — Bryan levantou ligeiramente os olhos, olhando para aquele monte escuro na mesa. — O que é aquilo?— Um pão com ovo. — Vanessa disse isso sem acreditar muito, suspirando. — Não esperava que cozinhar realmente requeresse algum talento.— Não é questão de talento. — Bryan disse enquanto terminava de passar a pomada, olhando ela com seriedade. — Enfim, não tente mais, especialmente quando eu não estiver aqui.— Por quê? Posso praticar mais quando você não está.— Eu tenho medo de que ninguém te salve, você queimou a casa.Vanessa ficou sem palavras.L
— Duas xícaras de café, duas coxinhas, dois ovos. — Vanessa olhou para as comidas no balcão. — E mais um crepe, com banana.— Está bem! — A proprietária da barraca sorriu. — Você se atrasou um pouco hoje, né? É seu namorado?Vanessa acenou com a cabeça.— Ele é bem bonito! Parece que trabalha em uma grande empresa. — A proprietária elogiou, sem se conter. — Muito charmoso, combinando bem com você!— Ah, acho que é só ok. Mais ou menos.— Só ok? — A proprietária brincou. — Se você não quiser, pode me avisar depois, que eu apresento ele para a minha sobrinha.— Certo, vou pedir para ele te deixar o contato.— Hahaha. — A proprietária entregou o café a Vanessa, rindo de forma contagiante. — O crepe vai demorar um pouquinho.Vanessa levou as duas xícaras de café para a mesa e percebeu alguém a encarando intensamente.— O que foi?— Eu ouvi alguém dizendo que sou só ok.Vanessa levantou a sobrancelha.— Quando se apresenta o namorado para os outros, é normal ser humilde, você se importa com
— Não. — Isso é estranho, eles não poderiam estar usando de influência para proteger Violeta, certo?— Uma coisa tão grande como contratar um assassino, a polícia não ia soltar assim. Eu verifiquei, a família Camargo não tem muitos contatos na Cidade D, eles acabaram de voltar ao país.— Então está bom. — Michele suspirou aliviada. — Vou sair agora.— Certo.Depois que Michele saiu, Vanessa abriu o computador e voltou ao trabalho.Antes de sair do trabalho à noite, Bryan ligou.— Vamos comer comida espanhola? — Perguntou ele.— Claro, onde?— Vou te mandar o endereço, mas estou em uma reunião que deve durar até às sete, então vou me atrasar um pouco.— Sem problemas.Após desligar, Vanessa recebeu o endereço do restaurante.Embora ainda tivesse coisas a fazer, já não estava com muita vontade de trabalhar, então pegou o pó facial e o batom da bolsa para retocar a maquiagem.A assistente Annie entrou nesse momento, trazendo documentos, e sorriu:— Srta. Vanessa, você tem um encontro ess
— Meia hora atrás, eles terminaram a reunião e o Sr. Bryan foi embora dirigindo seu próprio carro, sem chamar o motorista. Ele não ia se encontrar com você para jantar? — Eduardo ficou muito confuso, claramente não entendia o que estava acontecendo. Vanessa desligou a chamada com Eduardo e imediatamente ligou para Bryan.— Desculpe, o número que você discou está temporariamente indisponível. Por favor, tente novamente mais tarde... Ligou três vezes, mas não obteve resposta. Sentindo-se ansiosa, Vanessa se preocupou: “Será que aconteceu algo no caminho?”. Sem pensar duas vezes, ela pagou a conta e saiu do restaurante.O restaurante estava a apenas duas ruas do Grupo Barbosa. Se algo tivesse acontecido, provavelmente seria ali por perto. Ao sair do restaurante, Vanessa dirigia o carro lentamente e seguiu pela calçada em direção ao Grupo Barbosa, enquanto ligava para Bryan.Ao parar no semáforo, notou que a polícia estava sinalizando um acidente no cruzamento à frente. A janela do carro
— Faltam evidências? O que falta? — Vanessa não foi gentil e perguntou diretamente. — É porque a transferência direta entre Violeta e aqueles que agrediram meu irmão não pode indicar uma relação comercial, ou meu irmão não ficou ferido o suficiente para condenar ela?— Não é isso. — Oficial Balbo hesitou por um tempo e finalmente confessou. — Srta. Vanessa, não vou esconder mais, você não deve investigar isso mais a fundo, não vai trazer nada de bom para você.— Violeta foi solta por vocês, não foi?O Oficial Balbo ficou paralisado por um momento, demorou para admitir.— Sim.— Alguém interveio nesse caso? Foi a família Barbosa?— Desculpe.O pedido de desculpas do Oficial Balbo foi, por um lado, pela impossibilidade de prosseguir com um caso que claramente tinha evidências e, por outro, pela pressão que sentia de cima, que o impedia de continuar a investigação e até de informar a vítima sobre quem estava interferindo.— Entendi, obrigada. — Vanessa desligou o celular, e seu olhar escu
O elevador emitiu um som nítido de aviso e se abriu lentamente.Antes de sair, Vanessa respirou fundo, limpando a mente da cena que tinha acabado de vivenciar no escritório.Ela já estava quase com trinta anos, como poderia ser tocada por uma coisa tão pequena?Assim que saiu do elevador, viu à distância uma figura esbelta ao lado de um carro preto. Claramente alguém havia avisado, e Bryan já sabia que ela tinha descido.— Por que você veio? — Vanessa ficou a cerca de um metro dele, olhando para o buquê de rosas brancas que ele segurava. O sorriso mal conseguiu se conter nos seus olhos, mas ela ainda se fez de difícil. — Não gosto de rosas brancas.— Não gostar não é problema.Bryan abriu a porta do carro com uma mão. O banco de trás estava completamente cheio de flores de todas as cores e tipos.Vanessa não conseguia acreditar.— Você trouxe uma floricultura com você?— Não sabia qual flor você gostava, então a Tina preparou um pouco do que tinha na floricultura. — Bryan respondeu.—
O carro saiu do anel viário da Cidade D e seguiu até os subúrbios. Ele se preparou por muito tempo para dizer a Vanessa que, na verdade, não era a primeira vez que se conheciam, mas que já se conheciam há muito tempo, como se o destino já estivesse selado.— Chegamos.O carro parou na beira da estrada, Bryan e Vanessa desceram.Ao redor, havia um bairro de mansões, com cada casa distante uma da outra, separadas por colinas, mostrando que era uma área antiga. Hoje em dia, os empreendimentos imobiliários não fariam intervalos tão largos.— Onde estamos? — Perguntou Vanessa.— Você não lembra? — Bryan apontou para um prédio vermelho à sua frente. — Esse prédio.Vanessa hesitou um pouco, olhando para o prédio vermelho, e de repente lembrou de algumas coisas. Tudo ao redor começou a parecer familiar.— Eu acho que morei aqui quando era criança!— Quantos anos você tinha?— Uns cinco ou seis, eu acho. Não lembro de muitas coisas. — Vanessa tentou relembrar, mas as memórias eram escassas. — M