Na tarde do dia seguinte, a Universidade J da Cidade D divulgou no site oficial uma série de decisões sobre os envolvidos em corrupção. Caio teve seu nome limpo, e a escola ainda fez uma ligação para Vanessa para pedir desculpas.— Sem problemas, eu sempre acreditei que a escola não iria incriminar estudantes inocentes.Na varanda, após a conversa com os líderes da escola, Vanessa se sentiu revigorada.— Mana, é hora de comer, hoje temos peixe agridoce. — A voz de Caio veio de dentro de casa. Vanessa respondeu e voltou para dentro. Na pequena mesa de jantar, três pratos e uma sopa exalavam um aroma delicioso. Depois de tirar o avental, Caio pegou sua mochila e se preparou para sair.— Mana, não vou ficar para o jantar, estou voltando para a escola.— Ei? Por que tanta pressa? Come o jantar primeiro, depois eu te levo de volta.— Não precisa, você pode comer tranquila com o cunhado. — Ele disse e lançou um olhar para a cozinha com um olhar sugestivo.— Que cunhado? — Vanessa lançou um
— Em casa, haverá outros empregados, então não precisa dele.Quando Vanessa ficou séria de repente, Bryan se sentiu curioso.— Por quê? Tia Cláudia disse que você e Caio sempre tiveram um bom relacionamento.O rosto de Vanessa ficou levemente vermelho. Depois de hesitar por um tempo, ela disse: — Casamento é uma questão de duas pessoas, não quero que tenha uma terceira pessoa em casa.Assim que terminou de falar, ela imediatamente baixou a cabeça, mexendo nos grãos de arroz no prato, sem coragem de olhar para cima.Depois de um tempo, sem ouvir resposta, ela levantou a cabeça e percebeu que Bryan a estava observando atentamente.— Por que você está me olhando assim?— Estava pensando que talvez eu não conseguisse garantir essa sua afirmação.— Ah? — Vanessa não entendeu de imediato o que ele queria dizer.— No fim das contas, sempre vai ter uma terceira pessoa em casa.— Que terceira pessoa?— E você, o que acha?Seguindo o olhar de Bryan, Vanessa baixou a cabeça instintivamente e de
— O sobrenome é Fonseca?A Sra. Barbosa, embora mais velha, tinha uma ótima memória e logo lançou um olhar para Clara. Clara hesitou e disse:— Aquela Vanessa, o irmão dela parece ser universitário.— É ela. — Noemi chorou copiosamente. — Se não fosse por ela, eu não teria coragem de incomodar você, todo mundo fala que ela é a noiva do Bryan, e nós, da família Camargo, a ofendemos, atrapalhando o caminho dela. Ela agiu dessa maneira, nos intimidando, enquanto estamos sozinhas na Cidade D.— Sra. Camargo, não chore, nossa senhora certamente irá ajudar. — Disse Clara, confortando ela e ao mesmo tempo observando a expressão da Sra. Barbosa. A Sra. Barbosa sempre valorizou a amizade entre as famílias Barbosa e Camargo, e tinha uma conexão especial com Violeta. Nunca acreditou que Violeta pudesse fazer algo tão horrível como contratar um assassino. Agora, ao ouvir que Violeta estava sendo mantida em uma cela sem poder receber visitas, como poderia não se sentir triste?De fato, a expres
Bryan foi rápido e imediatamente entrou para ajudar a apagar o fogo, abrindo também o exaustor e a janela da cozinha.Finalmente, a fumaça na cozinha começou a dissipar.Na sala, Bryan segurou a mão de Vanessa e passou pomada na queimadura dela. Vanessa, um pouco envergonhada, disse:— Eu só queria tentar fazer um café da manhã. Vi um vídeo onde a pessoa dizia que era bem simples, então resolvi tentar.— Esse é o café da manhã que você fez? — Bryan levantou ligeiramente os olhos, olhando para aquele monte escuro na mesa. — O que é aquilo?— Um pão com ovo. — Vanessa disse isso sem acreditar muito, suspirando. — Não esperava que cozinhar realmente requeresse algum talento.— Não é questão de talento. — Bryan disse enquanto terminava de passar a pomada, olhando ela com seriedade. — Enfim, não tente mais, especialmente quando eu não estiver aqui.— Por quê? Posso praticar mais quando você não está.— Eu tenho medo de que ninguém te salve, você queimou a casa.Vanessa ficou sem palavras.L
— Duas xícaras de café, duas coxinhas, dois ovos. — Vanessa olhou para as comidas no balcão. — E mais um crepe, com banana.— Está bem! — A proprietária da barraca sorriu. — Você se atrasou um pouco hoje, né? É seu namorado?Vanessa acenou com a cabeça.— Ele é bem bonito! Parece que trabalha em uma grande empresa. — A proprietária elogiou, sem se conter. — Muito charmoso, combinando bem com você!— Ah, acho que é só ok. Mais ou menos.— Só ok? — A proprietária brincou. — Se você não quiser, pode me avisar depois, que eu apresento ele para a minha sobrinha.— Certo, vou pedir para ele te deixar o contato.— Hahaha. — A proprietária entregou o café a Vanessa, rindo de forma contagiante. — O crepe vai demorar um pouquinho.Vanessa levou as duas xícaras de café para a mesa e percebeu alguém a encarando intensamente.— O que foi?— Eu ouvi alguém dizendo que sou só ok.Vanessa levantou a sobrancelha.— Quando se apresenta o namorado para os outros, é normal ser humilde, você se importa com
— Não. — Isso é estranho, eles não poderiam estar usando de influência para proteger Violeta, certo?— Uma coisa tão grande como contratar um assassino, a polícia não ia soltar assim. Eu verifiquei, a família Camargo não tem muitos contatos na Cidade D, eles acabaram de voltar ao país.— Então está bom. — Michele suspirou aliviada. — Vou sair agora.— Certo.Depois que Michele saiu, Vanessa abriu o computador e voltou ao trabalho.Antes de sair do trabalho à noite, Bryan ligou.— Vamos comer comida espanhola? — Perguntou ele.— Claro, onde?— Vou te mandar o endereço, mas estou em uma reunião que deve durar até às sete, então vou me atrasar um pouco.— Sem problemas.Após desligar, Vanessa recebeu o endereço do restaurante.Embora ainda tivesse coisas a fazer, já não estava com muita vontade de trabalhar, então pegou o pó facial e o batom da bolsa para retocar a maquiagem.A assistente Annie entrou nesse momento, trazendo documentos, e sorriu:— Srta. Vanessa, você tem um encontro ess
— Meia hora atrás, eles terminaram a reunião e o Sr. Bryan foi embora dirigindo seu próprio carro, sem chamar o motorista. Ele não ia se encontrar com você para jantar? — Eduardo ficou muito confuso, claramente não entendia o que estava acontecendo. Vanessa desligou a chamada com Eduardo e imediatamente ligou para Bryan.— Desculpe, o número que você discou está temporariamente indisponível. Por favor, tente novamente mais tarde... Ligou três vezes, mas não obteve resposta. Sentindo-se ansiosa, Vanessa se preocupou: “Será que aconteceu algo no caminho?”. Sem pensar duas vezes, ela pagou a conta e saiu do restaurante.O restaurante estava a apenas duas ruas do Grupo Barbosa. Se algo tivesse acontecido, provavelmente seria ali por perto. Ao sair do restaurante, Vanessa dirigia o carro lentamente e seguiu pela calçada em direção ao Grupo Barbosa, enquanto ligava para Bryan.Ao parar no semáforo, notou que a polícia estava sinalizando um acidente no cruzamento à frente. A janela do carro
— Faltam evidências? O que falta? — Vanessa não foi gentil e perguntou diretamente. — É porque a transferência direta entre Violeta e aqueles que agrediram meu irmão não pode indicar uma relação comercial, ou meu irmão não ficou ferido o suficiente para condenar ela?— Não é isso. — Oficial Balbo hesitou por um tempo e finalmente confessou. — Srta. Vanessa, não vou esconder mais, você não deve investigar isso mais a fundo, não vai trazer nada de bom para você.— Violeta foi solta por vocês, não foi?O Oficial Balbo ficou paralisado por um momento, demorou para admitir.— Sim.— Alguém interveio nesse caso? Foi a família Barbosa?— Desculpe.O pedido de desculpas do Oficial Balbo foi, por um lado, pela impossibilidade de prosseguir com um caso que claramente tinha evidências e, por outro, pela pressão que sentia de cima, que o impedia de continuar a investigação e até de informar a vítima sobre quem estava interferindo.— Entendi, obrigada. — Vanessa desligou o celular, e seu olhar escu