Vanessa pegou a gravata de Bryan e apontou para a gola da camisa dele.— Sua gravata.O que ela queria dizer era que Bryan deveria primeiro desfazer a própria gravata.Não se sabia se ele havia interpretado errado ou se agiu de propósito, mas Bryan simplesmente levantou o queixo, mostrando a maçã do adão bem definida, com uma expressão de “estou pronto, venha”.Sem opções, Vanessa teve que ir até ele e desfazer a gravata.Um par de mãos frias deslizava pelo pescoço do homem, e o som do atrito era inexplicavelmente sugestivo, especialmente com o gesto de desatar a gravata, era difícil não ter pensamentos maliciosos.Não sabia o que o homem à sua frente pensava, mas, de qualquer forma, Vanessa começou a ficar envergonhada. Quanto mais envergonhada ficava, mais nervosa ela se sentia, quanto mais nervosa, mais difícil se tornava a tarefa.— Você pretende me estrangular? — A voz fria veio de cima, com um leve tom de dificuldade.Vanessa percebeu então que estava apertando demais, já quase s
— Me solte primeiro.— Só depois que você comer. — Dizendo isso, Bryan entregou o leite quente para ela.Vanessa não teve escolha, senão se sentar no colo dele para comer. Não estava confortável, então ela se mexeu um pouco, mas foi imediatamente puxada pela cintura, ouvindo uma voz baixa dizer:— Não se mexa.— Não me mexi...Vanessa nem terminou de falar, quando de repente fechou a boca. Ficou em silêncio por um bom tempo. Só depois que seu corpo confirmou, seu rosto ficou vermelho de vergonha. — Como você ainda consegue? — Ela disse irritada.Esse homem a havia exaurido a noite inteira, a ponto de suas pernas ainda estarem tremendo ao andar. E agora ele ainda tinha uma ereção? Que corpo era esse, afinal?Bryan, no entanto, respondeu com a maior naturalidade:— Nessa situação, você não acha que deveria se examinar?— Você!Vanessa, envergonhada e furiosa, levantou o punho e deu um soco nele. Mas o golpe foi tão leve que parecia mais uma carícia, fazendo os hormônios de Bryan despert
— Esse Sr. Walter do Grupo Teixeira, nós já o encontramos antes. Ele é um pervertido e extremamente mesquinho. Desta vez, assim que o contrato foi assinado, a primeira parcela foi diretamente transferida para o Grupo Ribeiro. Com certeza, tem algo errado aí.Michele perguntou, desconfiada:— O que você acha que a Rafaela fez?Vanessa refletiu por um momento, então respondeu:— Não importa o que ela tenha feito, pelo menos conseguiu aliviar temporariamente a crise do Grupo Ribeiro. Mas é só temporário. O Grupo Ribeiro está atolado em dívidas, ainda há muitos pagamentos pendentes que não foram feitos. Trinta milhões não são suficientes para resolver isso.— Quer que eu peça para alguém investigar?— Não precisa. Daqui para frente, vamos nos afastar dos assuntos do Grupo Ribeiro.— Por quê? Quem não deve nada não precisa ter medo.— Com exceção de Murilo, o resto da família Ribeiro é um bando de loucos. Uma vez que algo dá errado e eles te atacam e é impossível se livrar. Agora, até que e
Como ela poderia não ser a mulher que ele estava determinado a se casar? Até nas operações comerciais eles estavam alinhados.À noite, antes de terminar o expediente, Vanessa arrumou a bolsa e desceu as escadas. No estacionamento, ouviu o som de uma buzina. Ela levantou a cabeça e, surpresa, sorriu.— O que você está fazendo aqui?Bryan estava no carro, sem motorista, ele mesmo foi dirigindo.— Vim te buscar no trabalho, vamos jantar juntos.— E o que faço com o meu carro?Vanessa apontou para o lugar onde seu Audi branco estava estacionado. Ela tinha acabado de comprá-lo, há dois dias atrás, e uma fita vermelha ainda estava amarrada no retrovisor. Antes, ela não precisava de carro, já que o trabalho ficava perto de casa e sempre podia contar com a Michele quando precisava. Mas agora, ela sentia que era necessário ter um carro, então comprou um.Bryan olhou rapidamente e disse, com naturalidade:— É claro que vai ficar aqui. Você quer que a gente vá jantar cada um em seu próprio carro
Enquanto conversavam, o toque de um celular ecoou dentro do carro.Vanessa voltou à realidade, pegou o celular e viu na tela o nome "Sra. Cláudia".— Alô, mãe.— Vani, onde você está? — A voz apressada de Cláudia soou do outro lado da linha. — Venha para casa jantar hoje à noite, preciso falar com você.— Hoje à noite? — Vanessa olhou para a pessoa que dirigia ao seu lado. — Eu não tenho tempo.— Como assim? De novo você não pode? Tenho uma coisa importante pra te contar.— E não dá pra falar pelo celular?— Claro que não, é coisa importante! Eu vou me casar.Vanessa ficou em silêncio, por alguns segundos, antes de dizer:— Repete isso.Cláudia, exultante, mal conseguia conter a alegria. Seu sorriso parecia transbordar pela linha telefônica. — Você ficou surda, menina? Eu, sua mãe, vou me casar!Vanessa desligou o celular na mesma hora.— O que aconteceu? — Bryan perguntou casualmente.— Nada. — Vanessa parecia tranquila, mas seus dedos não paravam de apertar a alça da bolsa.Mais tar
— Vani, o que você quis dizer com isso?— Quero dizer que você, já com uma certa idade, não deveria ser enganada e ainda ajudar a contar o dinheiro para o golpista.— Você nem conhece a pessoa, como pode falar assim?— Falo isso porque sou sua filha e você é minha mãe. Conheço muito bem o seu jeito. Quantos namorados você já teve nesses anos todos? Quantos realmente valeram a pena? O mais absurdo foi quando aquele quase vendeu o Caio!A Sra. Cláudia ainda não tinha nem cinquenta anos, apesar de estar um pouco acima do peso, ela ainda era uma mulher charmosa, que gostava de se arrumar, dançar e socializar. Ao longo dos anos, não faltaram pretendentes, mas a maioria eram homens de conversa fiada e golpistas. Por causa disso, Vanessa e o seu irmão sofreram bastante.Ao ser lembrada dos erros do passado, Cláudia se sentiu envergonhada.— Aquele... Aquele desgraçado foi um erro de julgamento meu!— E eu estou te dizendo que você está errando de novo. Esse homem também é um golpista. — Vanes
Na manhã seguinte, bem cedo.Vanessa foi acordada pelo toque insistente do celular.O som estridente do aparelho explodiu ao lado dela, fazendo ela abrir os olhos lentamente. Quando viu que a porta do quarto de Cláudia estava aberta, despertou de imediato.Ela correu até a porta em passos apressados e, como suspeitava, o quarto estava vazio. A porta da sala de jogos, que à noite estava trancada, agora estava aberta. Cláudia tinha escapado enquanto Vanessa ainda dormia.Olhando para o salão vazio, Vanessa, furiosa, deu um chute na cadeira, a derrubando."Se tem coragem, então nunca mais me procure! Já está com essa idade e ainda quer se atrever a ter um romance secreto?", Vanessa rugiu furiosa em seus pensamentos.O celular ainda tocava. Ao ver quem estava ligando, Vanessa voltou a si e rapidamente atendeu:— Alô?— Por que demorou tanto para atender? Ontem combinamos que eu ia te buscar para o trabalho, né? Onde você está? — A voz de Bryan soava do outro lado da linha.— Tive que resol
Vanessa recusou de forma decisiva.Severino era o consultor jurídico da Imobiliária Segura, por causa da indicação de Michele. Quanto à competência, Severino era mais que suficiente, mas Vanessa não queria contratar ele por razões totalmente pessoais. No entanto, como Michele já tinha acertado tudo, Vanessa teve que ceder e fazer um favor a ela.Quando chegou à empresa, Vanessa mal se sentou no escritório e Michele bateu à porta e entrou.— Esse é o orçamento do projeto. Segui suas instruções e já delimitei a faixa máxima de custos. — Obrigada pelo esforço. — Vanessa folheou algumas páginas. — Qual a sua opinião sobre esse projeto?— Eu não tenho muito a dizer, afinal, são seus clientes, você os conhece melhor do que ninguém. — Às vezes quem está de fora vê as coisas com mais clareza.As duas conversaram um pouco sobre o orçamento do projeto, quando se deram conta, já era quase meio-dia.Michele olhou o relógio.— Já são doze horas. Vanessa, tem certeza de que não vai almoçar com a g