Vanessa recusou de forma decisiva.Severino era o consultor jurídico da Imobiliária Segura, por causa da indicação de Michele. Quanto à competência, Severino era mais que suficiente, mas Vanessa não queria contratar ele por razões totalmente pessoais. No entanto, como Michele já tinha acertado tudo, Vanessa teve que ceder e fazer um favor a ela.Quando chegou à empresa, Vanessa mal se sentou no escritório e Michele bateu à porta e entrou.— Esse é o orçamento do projeto. Segui suas instruções e já delimitei a faixa máxima de custos. — Obrigada pelo esforço. — Vanessa folheou algumas páginas. — Qual a sua opinião sobre esse projeto?— Eu não tenho muito a dizer, afinal, são seus clientes, você os conhece melhor do que ninguém. — Às vezes quem está de fora vê as coisas com mais clareza.As duas conversaram um pouco sobre o orçamento do projeto, quando se deram conta, já era quase meio-dia.Michele olhou o relógio.— Já são doze horas. Vanessa, tem certeza de que não vai almoçar com a g
Vanessa levou Caio para fora da secretaria. Enquanto caminhava, disse:— Vamos, dá uma olhada no que você precisa arrumar no seu dormitório. É uma boa oportunidade para você voltar para casa e descansar por alguns dias. As aulas têm sido muito cansativas, não é?— Mana. — Caio a chamou. — Eu não plagiei.Vanessa parou, acariciou a cabeça de Caio e disse suavemente:— Eu sei.Os olhos de Caio ficaram levemente vermelhos. — Não chore, não há razão para isso. — Vanessa deu um tapa no ombro dele. — Quando você se formar e sair da escola, vai encontrar coisas muito mais desagradáveis e piores. Vai perceber que o que está passando agora não vale nada.— Entendi, mana. — Caio fungou e assentiu.— Vai arrumar suas coisas no dormitório. Eu espero você lá embaixo.— Ok.Após observar Caio entrar no prédio de dormitório dos meninos, Vanessa se sentou em um banco ao lado.Caio desde pequeno se destacou em todos os aspectos, sendo considerado o filho perfeito pelos professores e pais. Ele não tinh
Severino ficou surpreso.— O que você quer dizer com isso?— Não me olhe assim, não fui eu quem disse. O registro da propriedade está na imobiliária, foi a tal cunhada problemática da Vanessa que descobriu.Michele contou tudo sobre o jantar do Grupo Barbosa da última vez.Severino se lamentou e disse irritado:— Isso foi culpa minha, não pensei direito. Essa Esther é realmente maldosa, como ela pode difamar a Vanessa assim? Ela pode processar ela.— Vanessa não quer mais ter nada a ver com a família Ribeiro e não quer processar ninguém. Não a coloque em mais encrenca. — Michele, cada vez mais irritada, olhou para o churrasco à sua frente, se sentindo enjoada com o cheiro da fumaça. — Deixa para lá, não consigo mais comer. Vou embora.— Michele.Michele pareceu não ouvir e saiu apressada.Ao deixar o restaurante, Michele foi direto ao banheiro do shopping e vomitou no vaso sanitário. Ela não tinha comido muito, e agora, que havia colocado tudo para fora, sentia seu estômago queimar.Ao
Vanessa digitou as palavras "O que você está fazendo?" no celular. Depois de um tempo, ela recebeu uma resposta:[Ocupado.] Aquela palavra curta e direta fez com que Vanessa apagasse a frase "Quer jantar junto hoje à noite?" que tinha acabado de escrever, substituindo por um emoji de café.Bryan não respondeu mais. Vanessa colocou o celular de lado, respirou fundo e abriu o computador para trabalhar.Vanessa nunca foi uma pessoa grudenta, ela já tinha passado da idade de ser pegajosa em relacionamentos. Quase aos trinta, ela entendia muito bem que o foco da vida de cada um deveria ser si próprio. Dar espaço ao outro era uma questão de cumplicidade.Depois do trabalho, Vanessa pegou o elevador direto para o estacionamento subterrâneo, pronta para dirigir de volta para casa. Antes de dar partida no carro, ela mandou uma mensagem de voz para Bryan:[Acabei de sair do trabalho e estou indo para casa. Você ainda está ocupado?]Sem receber resposta, Vanessa presumiu que ele ainda estava o
Vanessa sentiu sua voz tremendo levemente, se forçando a dizer duas palavras entre os dentes:— Nada não.— Eu te dou três segundos para retirar essas palavras e me dizer o que você precisa agora.Vanessa apertou lentamente o celular, se acalmou, então disse:— Estou no estacionamento da empresa, meu carro quebrou. Pode vir me buscar?— Estou indo.Bryan chegou quinze minutos depois. Ao olhar para a situação do para-brisa do carro, Eduardo exclamou:— Srta. Vanessa, o que aconteceu? Você está com algum problema? Quem fez isso?Vanessa estava de braços cruzados ao lado do carro, com o rosto ainda pálido, sem ter conseguido se recuperar do susto.Bryan tirou seu paletó e deu a ela.— Vou te levar para casa.— Okay.— Eduardo, me passe a chave do carro. Você leva o carro da Vanessa para a oficina.— Sim, chefe.No caminho de volta, Bryan perguntou sobre o que aconteceu no estacionamento.Vanessa hesitou por um tempo, então, contou lentamente:— Foi um grupo de motociclistas, não sei de o
Vanessa estava saindo da cozinha, segurando um copo d'água, quando viu Bryan entrando despreocupadamente.— Como você entrou?— Foi eu quem convidei o Bryan para vir jantar. — Caio respondeu à pergunta da Vanessa. — Vocês se conhecem bem para convidar ele para jantar em casa?Bryan parecia ignorar a pergunta de Vanessa, trocou os sapatos por um par de chinelos que pegou no suporte e se sentou à mesa, como se fosse o dono da casa.— Eh? — Vanessa, querendo evitar brigar, lançou um olhar reprovador a Caio. — Caio!Caio manteve uma expressão tranquila e, com um tom significativo, perguntou:— Mana, como é que temos um par de chinelos masculinos em casa?O rosto de Vanessa ficou sério. — Vocês fiquem à vontade, vou buscar pratos e talheres. — Caio disse.Vanessa puxou a cadeira, fazendo barulho intencionalmente.— Você não tem um cozinheiro em casa? Precisa vir comer na casa dos outros!— Foi seu irmão que me convidou.— Ele só estava sendo educado, você nunca ouviu falar disso?— Não.
Bryan largou o garfo pesadamente sobre a mesa, e o ar ficou tenso de repente.Os dois permaneceram em silêncio.Quando Caio saiu, havia apenas Vanessa na sala de jantar, e Bryan já tinha ido embora.— Cadê ele, mana?— Foi embora. Você vai atrás dele? Ele não deve estar longe.Caio franziu a testa e olhou para a porta.— Vocês brigaram, não foi? — A voz de Caio soou resignada enquanto ele puxava uma cadeira para se sentar. — Mana, eu realmente não entendo vocês. Que motivo tem para brigar em um relacionamento?— Caio, vou te dizer uma vez mais: Nós não estamos em um relacionamento.Caio não se importou.— Meu colega de dormitório disse que quando as mulheres ficam de birra, fazem como você. Primeiro, negam que estão em um relacionamento, depois negam qualquer ligação com o cara, tem até aquelas que dizem que nem o conhecem.Vanessa parou de comer por um instante ao ouvir isso e perguntou:— Você não consegue ficar calado?Caio se levantou rapidamente.— Vou dormir.Sozinha, Vanessa ter
A Sra. Barbosa estava conversando com os amigos quando, de repente, o mordomo entrou apressadamente para informar:— Senhora, a polícia chegou.Os rostos de todos presentes mudaram de expressão. — O que está acontecendo?...Uma xícara de porcelana valiosa caiu e se quebrou na sala, enquanto o grito furioso da Sra. Barbosa ecoava pela casa:— Isso é um absurdo!— Mãe, não se irrite. Já pedimos para ligarem para o Bryan.— Onde ele está? Manda que ele vir agora e terminar com aquela mulher! — A Sra. Barbosa tremia de raiva. — Quê é isso? O carro dela foi vandalizado e ela suspeita da nossa família? Se eu quisesse fazer algo contra ela, certamente não seria com métodos tão baixos. Quem ela pensa que somos? Ela acha que a nossa família Barbosa é o quê?Clara pegou uma xícara de chá das mãos de uma empregada.— Sogra, tome um chá para se acalmar.— Tomar chá? Ligue para aquela mulher e mande ela vir me ver! — A Sra. Barbosa levantou a mão e derrubou a xícara. Toda a família Barbosa sab