— Ah, para com isso. Ele faz engenharia civil, nem no estágio e nem mesmo quando for efetivado irá usar isso, ele vai passar o dia no canteiro de obras. Em que ocasião ele vai precisar usar terno? Se é para inventar desculpa, pelo menos que seja uma melhor. — Michele foi direta e sem piedade, expondo as verdadeiras intenções de Vanessa. — É para ele, né? Se não for, eu não vou te ajudar a escolher. Os outros não merecem essa consideração.Vanessa, sem ter como contestar, acabou confessando:— Tá, está bom. É para ele, pronto. E essa aqui, está boa ou não? — Por que não admitiu logo? — Michele finalmente sorriu.Vanessa ficou vermelha e se apressou:— Essa está boa ou não? Se tiver, eu vou pagar logo.Michele pegou a gravata e a examinou por alguns segundos:— Realmente combina com o estilo do Sr. Bryan. Pelo que vi das poucas vezes que o encontrei, a maioria das gravatas dele segue essa paleta de cores. Mas eu não acho que você deveria comprar essa.Vanessa franziu a testa e perguntou
— Não estava me sentindo muito bem naquele apartamento. Na verdade, queria ter te falado antes, mas ultimamente estou tão ocupada com o projeto que nem consegui. Severino, de qualquer forma, obrigada por ter me ajudado a encontrar o lugar.— O que tem de errado? Você não tinha gostado do lugar?— Severino, por mais que eu tenha gostado, ainda sou só uma inquilina. Cedo ou tarde, teria que me mudar.Vanessa falava com uma segunda intenção, acreditando que Severino entenderia. E, de fato, houve um silêncio do outro lado por um bom tempo. — E onde você está morando agora?— Não muito longe, num condomínio a uns dois quilômetros da empresa.— Foi você que encontrou o lugar?— Não, meu namorado que achou para mim.Ao mencionar as palavras "meu namorado", não foi só Severino do outro lado da linha que ficou surpreso, mas também Michele, que estava ao lado, mostrou um olhar perplexo.Vanessa parecia cada vez mais à vontade.— Quando tudo estiver arrumado por lá, vou chamar os amigos para vis
— É mesmo? — Bryan ficou um pouco surpreso. — Sim, por que eu iria te enganar? Eduardo também sentiu um misto de tristeza e resignação. Embora trabalhasse arduamente no Grupo Barbosa, sempre disponível e se comportando de maneira a não parecer um homem casado, nunca havia pedido folga por problemas familiares. Afinal, ele não estava em um casamento oculto.“Ah, quem mandou escolher esse chefe?”, Ele suspirou em seu interior.Eduardo perguntou com atenção:— Chefe, você queria perguntar algo para mim?— Como você convenceu sua esposa a se casar com você?— Convencer? — Os lábios de Eduardo tremularam. — Casamento não é algo que se convence, né? “O chefe claramente estava acostumado com negociações, mas como poderia usar a palavra ‘convencer’?”, Ele pensou consigo mesmo.— Então, o que seria?— É só um pedido de casamento.— E se ela não aceitasse? Quero dizer, se sua esposa não tivesse aceitado na época?— Isso não seria possível. — Eduardo afirmou com confiança. — Os pais de ambos
Vanessa pegou a gravata de Bryan e apontou para a gola da camisa dele.— Sua gravata.O que ela queria dizer era que Bryan deveria primeiro desfazer a própria gravata.Não se sabia se ele havia interpretado errado ou se agiu de propósito, mas Bryan simplesmente levantou o queixo, mostrando a maçã do adão bem definida, com uma expressão de “estou pronto, venha”.Sem opções, Vanessa teve que ir até ele e desfazer a gravata.Um par de mãos frias deslizava pelo pescoço do homem, e o som do atrito era inexplicavelmente sugestivo, especialmente com o gesto de desatar a gravata, era difícil não ter pensamentos maliciosos.Não sabia o que o homem à sua frente pensava, mas, de qualquer forma, Vanessa começou a ficar envergonhada. Quanto mais envergonhada ficava, mais nervosa ela se sentia, quanto mais nervosa, mais difícil se tornava a tarefa.— Você pretende me estrangular? — A voz fria veio de cima, com um leve tom de dificuldade.Vanessa percebeu então que estava apertando demais, já quase s
— Me solte primeiro.— Só depois que você comer. — Dizendo isso, Bryan entregou o leite quente para ela.Vanessa não teve escolha, senão se sentar no colo dele para comer. Não estava confortável, então ela se mexeu um pouco, mas foi imediatamente puxada pela cintura, ouvindo uma voz baixa dizer:— Não se mexa.— Não me mexi...Vanessa nem terminou de falar, quando de repente fechou a boca. Ficou em silêncio por um bom tempo. Só depois que seu corpo confirmou, seu rosto ficou vermelho de vergonha. — Como você ainda consegue? — Ela disse irritada.Esse homem a havia exaurido a noite inteira, a ponto de suas pernas ainda estarem tremendo ao andar. E agora ele ainda tinha uma ereção? Que corpo era esse, afinal?Bryan, no entanto, respondeu com a maior naturalidade:— Nessa situação, você não acha que deveria se examinar?— Você!Vanessa, envergonhada e furiosa, levantou o punho e deu um soco nele. Mas o golpe foi tão leve que parecia mais uma carícia, fazendo os hormônios de Bryan despert
— Esse Sr. Walter do Grupo Teixeira, nós já o encontramos antes. Ele é um pervertido e extremamente mesquinho. Desta vez, assim que o contrato foi assinado, a primeira parcela foi diretamente transferida para o Grupo Ribeiro. Com certeza, tem algo errado aí.Michele perguntou, desconfiada:— O que você acha que a Rafaela fez?Vanessa refletiu por um momento, então respondeu:— Não importa o que ela tenha feito, pelo menos conseguiu aliviar temporariamente a crise do Grupo Ribeiro. Mas é só temporário. O Grupo Ribeiro está atolado em dívidas, ainda há muitos pagamentos pendentes que não foram feitos. Trinta milhões não são suficientes para resolver isso.— Quer que eu peça para alguém investigar?— Não precisa. Daqui para frente, vamos nos afastar dos assuntos do Grupo Ribeiro.— Por quê? Quem não deve nada não precisa ter medo.— Com exceção de Murilo, o resto da família Ribeiro é um bando de loucos. Uma vez que algo dá errado e eles te atacam e é impossível se livrar. Agora, até que e
Como ela poderia não ser a mulher que ele estava determinado a se casar? Até nas operações comerciais eles estavam alinhados.À noite, antes de terminar o expediente, Vanessa arrumou a bolsa e desceu as escadas. No estacionamento, ouviu o som de uma buzina. Ela levantou a cabeça e, surpresa, sorriu.— O que você está fazendo aqui?Bryan estava no carro, sem motorista, ele mesmo foi dirigindo.— Vim te buscar no trabalho, vamos jantar juntos.— E o que faço com o meu carro?Vanessa apontou para o lugar onde seu Audi branco estava estacionado. Ela tinha acabado de comprá-lo, há dois dias atrás, e uma fita vermelha ainda estava amarrada no retrovisor. Antes, ela não precisava de carro, já que o trabalho ficava perto de casa e sempre podia contar com a Michele quando precisava. Mas agora, ela sentia que era necessário ter um carro, então comprou um.Bryan olhou rapidamente e disse, com naturalidade:— É claro que vai ficar aqui. Você quer que a gente vá jantar cada um em seu próprio carro
Enquanto conversavam, o toque de um celular ecoou dentro do carro.Vanessa voltou à realidade, pegou o celular e viu na tela o nome "Sra. Cláudia".— Alô, mãe.— Vani, onde você está? — A voz apressada de Cláudia soou do outro lado da linha. — Venha para casa jantar hoje à noite, preciso falar com você.— Hoje à noite? — Vanessa olhou para a pessoa que dirigia ao seu lado. — Eu não tenho tempo.— Como assim? De novo você não pode? Tenho uma coisa importante pra te contar.— E não dá pra falar pelo celular?— Claro que não, é coisa importante! Eu vou me casar.Vanessa ficou em silêncio, por alguns segundos, antes de dizer:— Repete isso.Cláudia, exultante, mal conseguia conter a alegria. Seu sorriso parecia transbordar pela linha telefônica. — Você ficou surda, menina? Eu, sua mãe, vou me casar!Vanessa desligou o celular na mesma hora.— O que aconteceu? — Bryan perguntou casualmente.— Nada. — Vanessa parecia tranquila, mas seus dedos não paravam de apertar a alça da bolsa.Mais tar