O tom de Bryan continuava o mesmo de sempre, mas o gesto de colocar comida no prato e o olhar fixo em Vanessa conferiram à sua frase um toque inesperado de carinho.O rosto de Vanessa corou, ela se defendeu:— Eu estive comendo o tempo todo.— Sim, comendo um prato de comida, que está quase vazio.O prato de camarões, que antes estava cheio, agora tinha um lado praticamente limpo, mostrando o fundo branco do prato.Vanessa, que costumava manter a compostura em público, estava na verdade bastante nervosa.Ela olhou para Bryan e disse:— Parece que sua avó não gosta muito de mim.— Eu gosto, isso é o que importa.— Hmm? — Vanessa achou que tinha ouvido errado. Essa parecia ser a primeira vez que Bryan usava a palavra “gostar” de maneira tão direta.Ela queria confirmar o que havia ouvido, mas Bryan simplesmente acrescentou duas costelinhas em seu prato e disse calmamente:— Agora que não há mais ninguém, coma bem.Vanessa, sem saber o que dizer, decidiu não insistir sobre se ele realment
— Não está amargo, beba mais um pouco.Vanessa abaixou a cabeça de imediato, fingindo não ouvir.Bryan sentiu que estava tentando acalmar uma criança.Depois de um longo momento sem ver ela levantar a cabeça, Bryan perguntou:— Você realmente não vai beber?A pessoa em seus braços balançou a cabeça. Mesmo estando completamente bêbada, Vanessa manteve uma atitude firme.— Eu tenho uma maneira de fazer com que não fique amargo. Quer tentar?— Hum? — Vanessa levantou a cabeça.Com os olhos enevoados pela bebida, ela mal conseguiu ver o homem à sua frente se inclinar para tomar um gole da sopa. Então ele a abraçou, e seus lábios macios se tocaram, trazendo consigo um leve sabor amargo de ervas, enquanto o caldo morno descia por sua garganta.— Hum... — Vanessa quis resistir, mas sentiu que toda a sua força havia desaparecido. Seus punhos fracos golpearam os ombros dele, apenas para cair logo em seguida.E assim, a tigela de sopa foi bebida até o fim.Bryan deu um beijo na testa dela, coloc
Já era tarde da noite, Clara já havia dispensado os empregados da família Barbosa. Violeta conseguiu chegar com sucesso à porta do quarto de hóspedes no segundo andar. Ao abrir a porta, Violeta apertou os punhos, se sentindo nervosa. Era a primeira vez que ela fazia algo assim. Se não fosse para garantir um futuro promissor para si mesma, ela jamais se submeteria a essa forma desprezível de entrar para a família Barbosa. Nesse ponto, não havia mais como recuar. Com um "clique", o som da porta se abrindo se destacou claramente na escuridão da noite. O quarto estava sem luz, completamente escuro, sem um único feixe de luz visível. Violeta aproveitou a iluminação do corredor para observar brevemente o quarto. Na grande cama central do quarto de hóspedes, o edredom de seda estava levemente levantado, imóvel. O coração de Violeta se encheu de alegria, ela imediatamente fechou a porta, avançando lentamente em direção à cama. Depois dessa noite, ela se tornaria a Sra. Barbosa.
O sol iluminava os contornos musculosos do homem, revelando cada detalhe. O peito bronzeado subia e descia lentamente com sua respiração, cheio e firme, mas sem aquele aspecto de quem malha demais. Era o equilíbrio perfeito entre força e sedução, emanando um poder de atração irresistível.Vanessa arregalou os olhos de repente e, no segundo seguinte, cobriu-os apressadamente com as mãos, enquanto seu rosto ficava vermelho como um tomate.— O que está acontecendo?— Você não se lembra? — Bryan se sentou, soltando despreocupadamente um: “Não se apresse, pense com calma.”Vanessa levantou as mãos cautelosamente, mas seu olhar não ousava se desviar do chão.As pernas do homem eram retas e longas, com músculos bem definidos, e seus pés descalços estavam sobre o macio tapete.Vanessa apertou o lençol com força, enquanto as cenas da noite anterior começavam a surgir em sua mente.Na noite anterior, já era tarde.Vanessa acordou no meio da noite, sentindo um calor crescente e insuportável. Ela
— Srta. Vanessa já acordou? — Uma voz de empregada veio do lado de fora da porta.Vanessa ficou em pânico e fez repetidamente sinais para Bryan ficar em silêncio.Bryan abaixou a voz: — Do que você tem medo?— Do que eu tenho medo? Estamos na sua casa, não em um hotel!Afinal, essa era a mansão da família Barbosa. Era a primeira vez que ela visitava e já estava dormindo no quarto do namorado. Talvez parentes mais liberais pudessem entender, mas pela situação da noite anterior, qualquer um podia ver que a Sra. Barbosa não gostava dela.— Perfeito, vamos deixar a família saber que o que foi feito, foi feito. A vovó vai ter que aceitar, querendo ou não. — Disse Bryan indiferente.Bateram na porta novamente, Bryan se preparou para responder.Vanessa, em desespero, tapou a boca dele com a mão.No puxão, ambos caíram na cama e o forte cheiro de hormônios encheu o ar. Vanessa soltou um gemido abafado, sendo pressionada contra a cama com Bryan e o cobertor por cima dela.Foi nesse momento que
O outono já tinha começado na cidade D, o ar estava esfriando aos poucos.Vanessa Fonseca estava encostada na porta do banheiro, com os olhos fixos na tela do celular, onde estava aberto o perfil de seu marido, Igor Ribeiro. Ao lado dele, o rosto de uma mulher estava coberto por um mosaico perfeito, mas dava para ver a tatuagem de rosa no ombro dela.Nesse momento, ela ouviu o barulho da torneira sendo aberta e vozes baixas de fofoca de algumas funcionárias do lado de fora:— Você viu que a Sra. Vanessa vive ocupada, nunca se arruma. Será que ela não tem medo de que o presidente faça coisa errada por aí?— Pois é, eles já estão casados há quase três anos, mas nada de terem um filho.— Ouvi dizer que a Sra. Vanessa não pode ter filhos...As risadas se dissiparam e o ambiente ficou silencioso novamente.Vanessa, com o rosto pálido, abriu a porta. No espelho em frente, ela viu sua própria imagem: um conjunto formal e antiquado, maquiagem discreta, cabelo longo preso em um coque, e um par
— Vanessa? — Rafaela acenou a mão na frente dela, piscando os olhos inocentemente. — Você realmente está bem? Quer que eu ligue para Igor e pergunte se você pode ir para casa hoje à noite? Eu cuido das coisas da empresa para você.A jovem à sua frente continuava com uma expressão inocente e inofensiva.Vanessa cravou as unhas na carne, contendo as emoções. Ela forçou um sorriso leve e disse: — Estou bem, pode sair.Nesse momento, rasgar a máscara e brigar com a Rafaela só a faria virar piada.— Ah, tudo bem. — Rafaela riu, tentando segurar a mão dela novamente, mas Vanessa discretamente evitou o contato.O Grupo Ribeiro Imóveis estava em decadência há anos, mas desde que Vanessa se casou com Igor, em três anos, sob sua gestão, a empresa subiu de uma posição insignificante para se tornar uma das principais na cidade D.Nesse mês, ainda fecharam uma parceria com o Grupo Barbosa, e o futuro parecia promissor.Vanessa saiu do banheiro e a festa de comemoração já havia começado.Ela ainda
Ela provavelmente já havia esquecido daquele encontro na juventude.Vanessa mordeu o lábio e, meio confusa, não conseguia ver o rosto do homem claramente. Um pouco constrangida, disse: — Pode me ajudar a encontrar meus óculos?Após um momento de silêncio, Bryan permaneceu calado.Nesse instante, a pequena mulher, com o rosto corado, tinha olhos brilhantes e sedutores, mas infelizmente, seus olhos estavam desfocados e ela não olhava para ele.Naquela época, ele foi forçado a ir para o exterior. Quando voltou, a amada já era esposa de outro.— Aqui está. — Bryan soltou uma risada enigmática, ele havia encontrado os óculos e estendeu a mão para os entregar a Vanessa.— Obrigada. — Vanessa estendeu a mão para pegar, mas ao tocar os dedos ásperos do homem, recuou instintivamente.— Desculpa.Vanessa colocou os óculos e finalmente conseguiu enxergar claramente.Bryan ficou com uma expressão sombria, desviou o olhar e entrou na sala.Vanessa ficou parada ali por um momento, depois o seguiu p