— Então, já está tão tarde, por que você não fica aqui? Por que tem que voltar agora?Na porta do condomínio, Vanessa desceu do carro de Michele e ficou na beira da estrada se despedindo dela.— Eu sou muito apegada à minha cama. — Michele disse.— Você é cheia de exigências.— Eu sou uma dama com o destino de uma criada. — Michele acenou para ela, sorrindo. — Vou indo.— Quando chegar em casa, me avise e dirija com cuidado.— Já sei.Vanessa só virou e entrou no condomínio depois de ver as luzes traseiras do carro desaparecerem na esquina. Assim que chegou em casa, viu as mensagens não lidas no celular, todas de Severino, várias delas.[Vanessa, o que está acontecendo com as notícias? Você está com o Bryan?][Igor está te assediando?][Bryan está te forçando a fazer algo?]As sobrancelhas de Vanessa se franziram. Enquanto pensava em como responder, a tela já mostrava uma chamada de Severino.— Alô? Oi, Severino.— Vanessa, você está bem?— Estou bem.— Acabei de ver as notícias e vi a
O ambiente ao redor ficou silencioso.Ele prgou o celular e deu uma olhada, as mensagens ainda estavam paradas há meia hora.[Eu marquei de ir às compras com a Michele amanhã, que tal eu perguntar se ela tem tempo para jantar com a gente?]Depois de dar a última tragada no cigarro, Severino jogou a bituca no chão e a apagou, discando um número.— Sou eu.Do outro lado, a voz da mulher estava um pouco surpresa, mas contente:— Como você lembrou de me ligar a essa hora? Não era para eu não entrar mais em contato com você em particular?— Tem tempo amanhã?Ela hesitou um pouco, sem perguntar o motivo, e respondeu imediatamente:— Sim, tenho!— Vamos jantar à noite.— Está bem, onde?— Naquele restaurante de comida caseira no Porto Oeste, por volta das seis ou sete horas, chegue um pouco antes.— É longe? Na verdade, eu conheço um restaurante de comida caseira perto do seu escritório, é bem reservado e ninguém vai te ver. Eu...— Se você não quiser ir, tudo bem.— Não foi isso o que eu qui
Michele ficou em silêncio por um momento com as palavras de Vanessa.— Você também gostou muito, não foi? Além disso, fica mais bonita em você do que em mim. — Disse Michele.— Quem disse isso? — Vanessa lançou um olhar para Michele. — Há tantas atrizes e modelos que ficam melhor do que eu com certas roupas, mas isso não significa que eu não possa usá-las. Aqui está. Você não estava ocupada? Vai logo. — Vanessa deu um tapinha na mão de Michele. — Se for para um encontro, se lembre de usar essa peça, tenho certeza de que vai deixar ele encantado.— Que encontro? Não é nada disso, estou indo trabalhar.— Eu quis dizer no futuro, por que está tão nervosa? — Vanessa piscou para Michele.O olhar de Michele vacilou por um momento. — Obrigada, Vanessa.— Somos amigas, nada é mais importante que nossa amizade.— Sim.Depois de ver Michele se afastar, Vanessa se sentou novamente e olhou para as sacolas ao seu lado, suspirando silenciosamente. Se soubesse, não teria comprado tantas coisas. Com
— Eu já disse que isso não tem nada a ver com você. Sr. Bryan, você não entende?— Você a machucou. — Disse Bryan.Ao ouvir isso, Severino finalmente voltou a si, vendo a expressão de dor que Vanessa tentava esconder. Ele soltou ela rapidamente. — Desculpe, Vanessa, eu não fiz por querer.— Tudo bem. — Vanessa sorriu forçadamente e, de propósito, se aproximou de Bryan, segurando seu braço. — Severino, eu e Bry já combinamos de jantar juntos. Você apareceu de repente por algum motivo importante? Que tal se juntar a nós? Bry não é um estranho.Quando o nome “Bry” caiu nos ouvidos de Severino, seu rosto ficou visivelmente pálido.— Severino? O que houve? — Vanessa perguntou.A voz de Vanessa trouxe Severino de volta à realidade. Ele parecia ter perdido a alma, respondeu atordoado:— Não, não é nada. Podemos conversar da próxima vez.Dizendo isso, Severino olhou profundamente para Bryan antes de se virar e entrar no carro.Com o som do motor desaparecendo, o carro de Severino também sumiu
Bryan percebeu de imediato a preocupação de Vanessa e disse com um tom tranquilo: — Não precisa pensar demais, é só um jantar. Lá em casa não tem muita gente, quero te levar para um ambiente mais animado.Só então Vanessa ficou tranquila.— Tudo bem, mas o que sua avó gosta?— Não precisa levar nada, ela não precisa de nada.Vanessa ficou um pouco surpresa ao ver Bryan cortando a carne calmamente, percebendo que ele não estava apenas sendo educado.Maia, a matriarca da família Barbosa, realmente não precisava de nada, mas ir de mãos vazias seria muito indelicado, não é?Após o jantar, Vanessa voltou para casa no carro de Bryan.— Eu te acompanho até lá em cima. — Disse ele.— Não precisa, eu consigo levar.Vanessa tinha comprado um monte de coisas, que estavam no porta-malas do carro de Bryan.— Tem muitas coisas, você não vai conseguir carregar. — Bryan, sem dar chance para discussão, pegou as sacolas e seguiu diretamente para o prédio.Vanessa ficou parada por alguns segundos, surpr
— Mas algumas pessoas não conseguem mais esperar.— Você quer dizer...?Bryan lançou um olhar para fora da janela, seu olhar era frio e profundo, e disse calmamente: — Está na hora de acelerar o processo.Eduardo ficou um pouco surpreso.A noite já estava avançada.Nos arredores da Cidade D, um restaurante particular chamado Porto Oeste estava prestes a fechar. Em uma das cabines perto da janela, estava sentada uma mulher usando um vestido vinho, a atmosfera requintada do restaurante a tornava ainda mais elegante e sofisticada. A mulher tinha um olhar suave, cheio de expectativa.— Senhorita, desculpe, estamos prestes a fechar. Seu amigo ainda não chegou?A mulher não se irritou e respondeu gentilmente: — Talvez ele tenha se atrasado por algum motivo. Podem servir a comida, eu vou esperar mais um pouco.— Está bem. — O garçom acenou educadamente com a cabeça.“Desculpe, o número que você ligou está temporariamente indisponível. Por favor, tente novamente mais tarde.”A mulher franziu
No quarto, Vanessa tocou a testa de Michele.— Por que está tão quente? Ela franziu as sobrancelhas com preocupação e foi pegar uma bolsa de gelo para colocar na testa de Michele. Provavelmente, o gelo estava muito frio, e Michele se mexeu desconfortavelmente.— Não se mexa, você está com febre, sabia? — Vanessa segurou o ombro dela. — Aqui está o remédio para febre, vai melhorar depois de tomar.Vanessa ajudou Michele a se sentar. Seus lábios estavam rachados, e sua voz saiu fraca, quase inaudível: — A água está muito quente.— Quente? Espere um pouco, vou pegar uma garrafa de água mineral.Assim que Vanessa saiu, Michele lutou para alcançar os remédios na cabeceira, embrulhou os comprimidos em um lenço de papel e os jogou no lixo.Quando Vanessa voltou, viu que os remédios haviam sumido e Michele já estava deitada novamente na cama.— Michele, você tomou o remédio?— Sim.Vanessa colocou a garrafa de água mineral que trazia em suas mãos. — Tomar o remédio vai ajudar, mas se a febr
Clara sorriu com uma expressão forçada. — Eu não estou falando mal dela sem motivo, você também viu a notícia anteontem. Ela se divorciou, mas continua mantendo uma relação ambígua com o ex-marido, e ouvi dizer que ela tem vários homens ao seu redor.— São coisas sem provas.— Sogra, veja isso, ainda acha que não há provas? — Clara deslizou o dedo na tela do celular e mostrou uma foto para a Sra. Barbosa. — Olhe isso, eu estava passeando ontem e vi isso por acaso. Em público, ela está se agarrando a um homem. Isso é aceitável?Na foto, Vanessa estava sendo puxada pelo braço por um homem enquanto conversavam na rua.— Quem é esse homem? — A Sra. Barbosa franziu a testa e perguntou.— É o advogado dela, ele a ajudou no caso de divórcio. Ele é relativamente conhecido na Cidade D. Dizem que ele e Vanessa são colegas de escola, se conhecem há muitos anos e sempre mantiveram contato.O olhar da Sra. Barbosa ficou muito mais sombrio.Com um estrondo, ela colocou a tesoura pesadamente na mesa