Lembranças de Mateus
E aqui estamos nós, pouco mais de três anos juntos, noivos e faltando apenas dez dias para o nosso tão sonhado casamento.
Nosso relacionamento tem seus desafios, afinal Patrícia ainda tem seus traumas, ela continua com seu acompanhamento psicológico no centro comunitário, e nós vamos evoluindo aos poucos, ainda falta muito para termos uma relação sexual completa, mas sei que logo chegaremos lá.
Claro que já ofereci algumas vezes para pagar um tratamento particular, mas ela se sente mais confortável e confiante em continuar no centro com a psicóloga que já conhece, também já ofereci uma casa, mas próxima a minha ou a empresa, mas ela nunca aceitou, aliás nem presentes caros ela aceita. Sempre frisa que está comigo por mim e não pelo que eu tenho.
Como se precisasse, eu a conheço, e ela não mudou seu jeito simples depois que eu fiquei rico.
Nos primeiros meses de namoro, ela permitia apenas beijos, minhas mãos precisavam ficar paradas em suas costas ou cabelos, ficamos quatro meses assim, até que ela permitiu que eu deslizasse minhas mãos por seu corpo, seguimos nisso até nosso primeiro aniversário de namoro, naquela noite ela permitiu que nossas intimidades se roçassem por cima da roupa, e com apenas algumas fricções eu gozei nas calças.
Com dois anos e três meses de namoros, finalmente ficamos nus um na frente do outro, e ela tocou em meu pau, iniciando uma punheta gostosa.
Novamente gozei com apenas alguns movimentos dela, o que não me surpreendeu nenhum pouco, pois mais de dois anos que só gozava na minha mão, sentir a mão delicada dela me levou a loucura em poucos minutos.
Ela não permitiu que eu colocasse minha mão em sua vagina, mas nesse dia eu a pedi em casamento, num momento só nosso, sabia que ela estava se esforçando para superar seus traumas e me satisfazer, conversamos e ela concordou que o casamento não demorasse tanto a acontecer, mesmo que após casados ainda tenha que esperar para fisicamente a tornar minha, não importa, eu a amo e sei que ela me ama, vamos superar tudo juntos.
Há cinco meses ela deixou eu tocar em sua vagina e acariciar seu clitóris, até chorei quando vi ela ter seu primeiro orgasmo, seus gemidos e espasmos foram tão emocionantes para mim que novamente gozei sem ao menos ela me tocar.
Enquanto ela gritava meu nome, com minha mão que estava livre acariciei meu pau, me lambuzando todo logo depois dela. Nos limpamos e voltamos a deitar, nos curtindo por um bom tempo.
Mateus
Depois de conversar com Patrícia e reforçar que está tudo bem, que ela está evoluindo, descemos para o jantar.
Meu pai e irmãos já estão a mesa, eu sei que Leonardo é na verdade meu primo, mas para mim isso não importa, ele é meu irmão do coração, afinal fomos criados juntos desde que eu nasci, ele é apenas dois meses mais velho que eu.
Minha mãe morreu no parto, meu pai precisava trabalhar para criar eu e Marcos que na época tinha nove anos, então meus tios se mudaram para nossa casa, que apesar de pequena, era mais confortável e ainda era a melhor opção, já que eles também pagavam aluguel. Minha tia era a irmã de meu pai, e ela e o marido, juntamente com Leonardo ocuparam então o quarto que seria meu e de Marcos, meu pai se acomodou comigo e Marcos, no quarto que era dele e de minha mãe.
Minha tia Marlene que cuidava de nós, enquanto meu pai e meu tio trabalhavam.
PatríciaChegamos na sala de jantar e Miguel meu sogro já está jantando junto com Marcos e Leonardo.— Oi meus filhos, não sabia que estavam em casa, jantam conosco? —— Oi sogro, como está? Estávamos finalizando nosso quarto, vamos jantar sim. Oi Marcos, oi Léo? —Cumprimento Miguel com um beijo na bochecha e enquanto dou oi para Marcos e Leonardo me sento ao lado de Mateus. — Oi Paty! —— Oi. —Marcos me dá oi sorrindo, já Leonardo é bem seco, eu sei que ele não vai muito com a minha cara e o sentimento é recíproco, assim como Mateus ele é muito metido a bom moço, todo certinho, um saco, e ainda para me irritar mais, ele é o advogado do Mateus. Com Miguel meu sogro eu finjo, já que ele me adora, por mim eu o mandaria para bem longe, mas ele é pai do Marcos, mesmo que não seja seu pai biológico sei que Marcos gosta dele, principalmente pelo fato dele o ter assumido quando a mãe dele engravidou depois de ser violentada. E Mateus venera o pai, o vê como um herói, pois além de criar
MirellaConfesso que estou um pouco ansiosa com essa mudança, na verdade eu não queria morar com eles, mas não teve negociação, Patrícia ameaçou até não se casar se eu não aceitasse, e eu não posso fazer isso, Mateus a ama demais e isso acabaria com ele.Não é que eu não me dê bem com algum deles, pelo contrário, todos me acolheram muito bem e Marcos eu chego até estranhar, desde que o conheci ele me trata com muito cuidado e carinho, logo começou a me chamar de princesa e faz de um tudo para me agradar. Leonardo já comentou uma vez que ele deve ter uma queda por mim, mas eu não acho que seja isso, ele me trata com um amor mais paternal, lógico que não tenho como garantir isso, afinal não entendo nada de amor, nunca se quer beijei alguém, mas não sei, sinto que o interesse de Marcos em mim não é de um homem por uma mulher.Eu nunca tive interesse em nenhum garoto, até me apaixonar por um homem, e tinha que ser justamente pelo homem que é extremamente proibido, então me relacionar com
MateusOs dias passam rápido, apesar de torturante, tem sido uma delícia dormir ao lado de Patrícia, não dormimos abraçados, ela diz que não consegue, mas acordar e ver o lindo rosto dela e saber que ela estará para sempre ali, me deixa imensamente feliz. Essa semana virei o rei da punheta, já perdi a conta de quantas vezes tive que bater uma para me aliviar, fora os diversos banhos gelados que estou tomando. Combinamos que nesses dias não trocaríamos nem carícias, a princípio fiquei triste, mas logo minha linda me explicou e eu fiquei feliz e muito orgulhoso dela. Além claro de cheio de expectativas para nossa noite de núpcias.Flashback de Mateus Chego em casa da reunião, já vou abraçando Patrícia, a beijo e sussurro em seu ouvido.— Hum... Finalmente esse quarto está completo. O que acha de estrearmos nossa cama minha linda? —Ela me dá um beijo e se afasta e eu já estranho.— Bebê, eu queria mesmo falar com você sobre isso... Até o casamento não poderemos fazer nada, sem toqu
MateusFico admirando-a entrando, linda como sempre, fixo meu olhar nela e algumas lágrimas rolam, ainda estou sem acreditar que estou me casando com a mulher que amo.PatríciaComeço a caminhar pelo pequeno corredor de flores que preparamos, olho para o Ot e não acredito, o babaca está chorando...Aff... Ninguém merece, agora preciso fingir que também estou emocionada, me esforço e derramo uma lágrima solitária.MateusVejo que assim como eu, ela está emocionada, o juiz de paz diz algumas palavras antes de assinarmos, confesso que mal presto atenção, estou vidrado em minha linda mulher, desvio meu olhar dela apenas para assinar o livro de casamento, ela está como eu, tão emocionada que o juiz precisa chamá-la duas vezes para assinar, Leonardo e Mirella foram nossas testemunhas e está tudo parecendo um sonho, até que uma frase me traz de volta a realidade.— Eu os declaro, marido e mulher, pode beijar a noiva! —PatríciaQue cerimonia mais xexelenta, mas para me casar com Ot está bom,
Mirella— Tio? —— Pai? —Vejo Leonardo e Marcos correr em direção a Miguel que parece estar passando mal.— O que aconteceu? —Marcos me ajuda a sentar e fala segurando minha mão.— Princesa, eu preciso que fique calma e nos ajude, ok? —— Vou tentar. —— Mateus e Paty sofreram um acidente de carro, a Paty está bem, o Mateus ainda não sabemos pois está desacordado, nós temos que ir ao local do acidente, mas meu pai começou a passar mal, então precisamos levá-lo a um hospital. —— Vamos então. —Vejo que Miguel está praticamente perdendo os sentidos e Leonardo rapidamente fala.— Eu vou levar ele para o hospital e vocês vão para o local do acidente, liga para Patrícia e diz que se o socorro perguntar é para levar Mateus para hospital central. —Logo saímos e não demora estamos no local do acidente, os bombeiros e paramédicos ainda trabalham, Mateus está preso nas ferragens, corro então ao encontro de Patrícia que está sentada na porta de uma ambulância, com dois paramédicos ao seu lad
MirellaDepois de não sei quanto tempo, porque para mim pareceram horas, vejo os paramédicos correrem com Mateus para a ambulância, ele está todo preso em uma maca, e mesmo de longe consigo ver que seu rosto está machucado.Patrícia foi examinada na ambulância e liberada em seguida, ela teve apenas algumas escoriações, afinal o lado atingido foi o de Mateus, que para piorar estava sem cinto.Pedi ao paramédico que aplicasse um calmante nela, pois a demora para retirarem Mateus do carro a deixou muito agitada, quando ele finalmente foi removido, ela já estava apagada no banco do carro do Marcos.Eu corro até a ambulância e não consigo segurar minhas lágrimas, Mateus é alto, tem mais de um metro e noventa de altura, o corpo atlético, ele é forte, mas vê-lo ali, imóvel, pálido e todo machucado, parecendo tão frágil corta meu coração. Então pego em sua mão e sussurro.— Fica bem por favor, eu te amo! —— Moça, precisamos ir, alguém vai acompanhá-lo na ambulância? —O paramédico me interro
MateusComeço a ouvir vozes, está tudo embaralhado, tento abrir meus olhos, mas não consigo, não sinto meu corpo, apenas uma forte dor de cabeça. Onde estou?Tento me lembrar do que aconteceu, lembro de Patrícia pegando em meu pau, mas, porque ela me mandou morrer e ainda me xingou?Lembro de um barulho antes de tudo escurecer, por que está tudo embaralhado? Forço minha mente, preciso acordar, mas não consigo, escuto pessoas que não conheço, será que estão falando de mim? Será que sofri um acidente?— Vamos tirá-lo com cuidado, precisamos evitar o máximo possível que o corpo dele se movimente, ele não está respondendo aos estímulos, nem reflexos ele está tendo, possivelmente lesionou a coluna. —As lembranças começam a se encaixar em minha mente, lembro de tudo, desde que saímos da mansão, lembro de ser masturbado até Patrícia se jogar do carro gritando: morre idiota! Então o barulho, sinto o carro girar e apago.Quando acordo está aquela confusão, ou será que não acordei? Meu corpo n
MirellaÀ tardinha levei algumas coisas para o Léo, Patrícia não quis ir, diz que vai só quando puder visitar Mateus, ela não gosta de hospitais, mas mandou um beijo e melhoras para seu sogro, e no outro dia eu e Marcos vamos visitá-lo.— Como está Miguel? —Miguel— B... —Tento falar e não consigo, minha boca se arrasta, então estendo minha mão esquerda já que não consigo mover o lado direito.— Você vai melhorar logo, vamos cuidar de você, Patrícia e Mateus mandaram beijos, eles estão se recuperando e logo vem te ver. —— Pai, que bom que está bem. Logo estaremos em casa. —Ele alisa minha mão, enquanto Mirella acaricia meu rosto.— O médico disse que se continuar assim, no início da semana ele estará em casa, né tio? —— Isso é ótimo. —Mirella diz sorrindo para mim.LeonardoFicamos ali, Mirella acaricia meu tio Miguel até que ele dorme, então os chamo para tomar um café e conversar, saímos em direção a cafeteria do hospital.MateusMinha mente apaga e retorna, como se sem perceb