Capítulo 4

RICKY

Dei três batidas na porta. Aqueles dois sempre atrasam para se arrumar. Esquecem-se da vida transando e o mundo que espere.

— Entra aí, Ricky! — Tânia abriu a porta ainda ajeitando o sutiã. Intimidade é uma merda.

— Posso entrar, Carlinhos? Não quero ver você pelado.

— Não vai encontrar nada que você não tenha, parça. — debochou.

— Verdade, tenho mesmo. Mas, claro, tudo bem maior.

— Meninos sempre com seus brinquedinhos e comparações de tamanho, que infantilidade! — Tânia jogou uma almofada, acertando bem no meio do meu peito.

Sentei no sofá e fiquei observando aqueles dois, um passando hidratante nas costas do outro. Se eu já não os conhecesse tão bem seria um bom motivo para me mandar de lá, pois o erotismo perdia de longe naquela cena. Par

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