Vendo a situação ficando cada vez mais difícil, os outros diretores assinaram os papéis, levantaram-se e retiraram-se, imediatamente, tinham muito mais a perder do que as ações daquela firma, a própria liberdade. Suas famílias não mereciam passar por aquilo.Saíram rapidamente, e Donald ficou sozinho para continuar reclamando, porém, Thomas não tinha a mesma disposição e com um toque do celular, chamou os policiais que estavam aguardando.Donald não teve tempo de repensar sua atitude, os policiais o algemaram e levaram para a delegacia. Ele começou a debater-se e reclamar, mas a única coisa que conseguiu foi chamar a atenção para a sua humilhação. No caminho, avistou Marcela, rindo de sua situação e gritou: — A culpa é sua, desgraçada, não pense que ficará por isso mesmo, sua hora vai chegar. A gargalhada dela foi alta e todos puderam ver que parecia uma vingança da parte dela, a situação em que passava o CEO. Pensou ela: “ É sua culpa estar nesta situação, foi você que não vigiou
Mercedes olhou para o filho, desconfiada.— Bebês não surgem do dia para a noite meu filho, são necessários pelo menos 12 meses para que você se relacione, engravide sua mulher e o filho nasça. Que eu saiba, você sequer tem uma ficante, o que dirá uma esposa. Ele recostou-se na cadeira, curioso de como ela sabia de sua vida. Observando-a, pois não parava de andar pela sala, pensou em como ela cobrava tanto que ele lhe desse um neto, quando não cuidou dos próprios filhos. — Não sei se daria muito certo eu ter uma esposa e um filho, provavelmente, sentiriam-se abandonados por eu trabalhar tanto. — Usou como referência os próprios pais.— Garoto ingrato! Sei que você trabalhou muito para a empresa crescer, mas não se esqueça que foi o trabalho do seu pai e do seu avô que lhe deixaram um legado, ou você não teria nada. — A senhora é infeliz, gastando nosso dinheiro? Por que está tão azeda e reclamando tanto? Acaso não está feliz com o noivado de Carolina?— Estou feliz, mas você conseg
Renata estava sentada no sofá, confortavelmente, lendo um livro, depois de colocar Gabi para dormir. Teve um dia bem corrido, verificando todos os contratos e projetos que precisaria criar para as novas empresas associadas. Como se isso não bastasse, ainda havia a preocupação de comprar um vestido adequado para o noivado e para a premiação na semana seguinte. Ganhar um prêmio em sua área não era pouca coisa, pois a concorrência era muito grande e com a internet crescendo e mudando a cada dia, um verdadeiro desafio.Ia dispensar os funcionários, quando a governanta veio anunciar um visitante, mas ela não queria receber ninguém, principalmente porque estava vestida displicentemente. — Quem é? Não é mais hora de receber visita.— Sou eu, Renata.Por educação, a governanta não havia trancado a porta e ele, como abusado, foi entrando. Assustando-se, ela ficou sem palavras para explicar à patroa que foi displicente, mas a reação de Renata a fez se desculpar e sair de fininho. — O que vo
Renata ficou estática, olhando para aquela que poderia ser a mãe de Thomas, avó paterna de Gabi.— Muito prazer, querida. Sua filha é linda e estou cheia de inveja de sua mãe.Renata disfarçou com um sorriso sem graça e um menear de cabeça. Eloísa fitou a bebê brincando com a avó e quando a bebê a encarou com um sorriso banguela e franzindo o nariz, perdeu o foco. Aproximou-se mais e a bebê se jogou para ela, que já tinha lágrimas nos olhos.— Como pode ser isso? Não é possível, ou é? Será? — murmurou, fitando a menina que segurou seu rosto, passando os dedinhos em sua boca coberta de batom vermelho.Renata já estava com um lenço de papel nas mãos para limpar a menina, mas não esperava ver Elisa tão concentrada em Gabi e sem se importar em ter seu batom borrado.— Como pode ser, o quê, Elisa? — perguntou Mercedes.Elisa olhou para Renata, percebendo seu desconforto, que reforçava sua desconfiança.— É possível, Renata? — perguntou sem revelar a que, exatamente, estava se referindo.Re
— Para quê? — perguntou ela, olhando de lado para ele com ar de descaso. — Para nos casarmos também, ou melhor dizendo, formalizar nossa situação. — Ái! Você não se cansa de ser arrogante, não? Consegue me tirar do sério sempre que nos encontramos. Não temos nenhuma situação, não aprendeu com o que aconteceu? Quer continuar querendo controlar a minha vida, me deixa.Com os olhos observando cada movimento dela, percebeu a seriedade do que ela falava. Ele havia feito um tratamento com um analista e esforçou-se para mudar, mas quando estava com ela, seu sentimento era tão profundo que se descontrolava e voltava a ser o homem arrogante e controlador, como disse ela.— Me perdoe, Renata, sei que fui um calhorda, usando métodos desprezíveis para tê-la ao meu lado. Não posso desfazer isso, mas te peço uma oportunidade para nos conhecermos melhor.Mercedes e Elisa perceberam que os dois não estavam se entendendo e foram colocar seu plano em prática. Aproximaram-se dos dois e interferiram n
Renata até tentou ligar, mas era sempre Miguel quem atendia e dizia que seu chefe estava em reunião. — O que será que ele está tramando?Seu telefone tocou e era sua advogada pessoal. — Senhora, estou ligando para informar que ele solicitou uma investigação de paternidade e o juiz já autorizou, a clínica contratada vai amanhã de manhã colher a amostra da menina. — Obrigada por avisar.Renata desligou e só então manifestou sua ira. — Ááááh! Eu sabia que ele estava aprontando. — O que foi, Renata? — Ele pediu um exame de paternidade e você sabe o que vem depois disso: solicitação de guarda da menor.Cláudia ficou séria e pensativa, aqueles dois não percebiam que era tão fácil resolver aquela situação e que bastava conversarem entre si, mas não conseguiam baixar o seu orgulho, tinham que lutar um contra o outro até vencer.— Foi você que sugeriu a ele que se esforçasse e ele o fez. Sei tudo o que você sofreu por causa dele, mas venceu e de quebra conquistou o homem.— De que lado
Os dois terminaram no final da tarde, levaram quase 4 horas para separar e organizar tudo, pois Thomas era muito meticuloso. Os brinquedos ficaram organizados por idade e as roupas também, mas ele ainda foi mais meticuloso, separou-as por estação: roupas de frio, leves e de banho.O maior problema para ele, foi parar para olhar cada peça. Quando pegou um biquíni de bebê, estendeu-o à sua frente e riu divertido, imaginando as perninhas de sua filha balançando e ela vestida naquele mini biquíni. — Olha isso, Miguel. Você já viu algum bebê vestido com isso? Miguel olhou para o biquíni e sorriu, respondendo: — Sim, já vi minha sobrinha que está com dois anos, usando um desses, quando bebé.— Então, você já tem experiência nessas coisas? — Um pouco…— respondeu Miguel, fazendo careta ao imaginar que o patrão ia usá-lo para cuidar de sua filha. Thomas não viu a careta, mas percebeu que estava demorando muito e tratou de terminar logo para poder falar com Renata que ainda não tinha cheg
Para ela, parecia uma piada de mal gosto. Como ele podia ser tão obtuso. Respondeu, lembrando da acusação que ele fez a ela na assembleia dos acionistas.— Olha você confundindo assunto pessoal com trabalho. Estou me referindo ao seu ataque à minha empresa. Orgulho de homem mimado, filhinho da mamãe, acostumado a ter tudo o que quer, é nisso que dá. Ele também se inclinou em direção a ela, apoiando os braços nas pernas.— Eu confesso que exagerei, joguei todas as minhas cartas, achando que você desistiria. Se tivesse desistido e me procurado, eu teria te devolvido tudo.Ela voltou a se encostar, negando com a cabeça e pensando:“ Esse cara é inacreditável. Pensa que pode passar como um trator sobre as outras empresas e ficar tudo bem.”— Então era só eu voltar e você me devolveria tudo e qual seria o preço? Trabalhar para você? Eu nunca faria isso, mesmo que sua tentativa de me conquistar desse certo e nós nos casassemos, eu jamais me uniria a você em comunhão de bens.Finalmente ela