Ele não esperou a resposta, pegou-a pela mão e foram até a mesa, despediram-se de todos e saíram. Ela estranhou quando foram para o elevador e subiram até as suítes vips do hotel. — Por quê viemos para cá? — perguntou ela, admirando todo o local que foi preparado especialmente para aquele momento. — É onde eu quero estar com você. Você merece um lugar muito especial e ser amada de forma muito profunda. Quero você só para mim e espero que você me queira também. Como fez no salão, ele não esperou pela resposta dela, envolveu-a nos braços com força e beijou sua boca profundamente. O beijo a pegou desprevenida e quando percebeu já estava correspondendo, sentindo a língua dele provocar a sua e seu corpo corresponder aquela sensação tão poderosa. O beijo dele era tão bom, totalmente diferente do beijo de Donald, que não chegava a excitá-la como estava agora. Seu corpo arrepiou e as emoções com erro por cada canto, provocando nela algo que nunca tinha sentido e com a ajuda do champanhe
Serviu uma xícara de café para ela e ela franziu a testa.— Como sabe que gosto de café puro?— Sei tudo sobre você. Confesso que fiquei um pouco obcecado, não parava de pensar em você, então a investiguei.— Agiu como um eficiente empresário. — disse ela, pegando um pedaço de queijo branco e comendo logo em seguida.Ele ficou sem graça, se é que era possível e calou-se. Terminaram o desjejum e ela aproveitou a bolsa em que vieram as roupas, para colocar seu vestido de festa. Calçou as sandálias, pegou sua bolsinha e estava pronta para ir embora.— Podemos ir?— Não quer ficar mais um pouco e aproveitar a suíte? — perguntou ele, segurando sua cintura, cheio de segundas intenções.— Tenho coisas a fazer, mas se você quiser ficar, pego um táxi.Ele ficou sério, não compreendia a frieza dela, pareciam não sentir a mesma coisa que ele e resolveu acatar sua vontade. Saíram juntos, mas assim que chegaram ao saguão do hotel, ela correu e entrou no táxi que acabou de deixar hóspedes e foi emb
Ela o fitou com os olhos arregalados, lembrando-se, só naquele momento, que esqueceu de ligar o celular. Abriu a bolsa, pegou o celular e depois de ligar o aparelho, começou a receber as diversas notificações.— Desculpe, desliguei e esqueci de religar.Ele suspirou aliviado, vendo que não foi um distanciamento proposital da parte dela, ainda bem que não estava tudo perdido, pensou ele.— Eu queria trazê-la para jantar, acho que meu desejo foi tão intenso que estamos aqui. — Desculpe, não foi por querer, eu estava muito cansada e incômoda. Já tinha algum tempo que não me relacionava e meu corpo se ressentiu. Ele ficou preocupado, mas achou fofa a maneira como ela falou, tão educada e sem usar palavras íntimas.— Acho que não cuidei muito bem de você, desculpe.— A culpa não foi sua, eu só não esperava. Eu gostei da nossa noite.— Confesso que ouvir isso me aliviou, pois seu comportamento pela manhã, deixou-me com a sensação de que foi só por uma noite.— Bem, nós não temos um relaci
Donald levou um tempo para se acalmar e foi o suficiente para Marcela chegar e o levar embora.— Desculpa, Senhorita Soares, não percebi sua saída. Vou levá-lo.Donald levantou o rosto do ombro de Renata que se afastou, sem perceber o quanto a sujou, levantou e olhou para Marcela, aborrecido.— Não sou uma criança para ter babá. É por sua causa que estou nessa situação.PlaftA bofetada de Marcela em Donald, pegou Renata de surpresa, mais ainda a ele, que a levou. Donald ficou desnorteado e quando Marcela o pegou pelo braço, tirando-o do escritório, seguiu sem reclamar, com a postura de um derrotado.Rosa deu o primeiro alerta:— Um dos clientes ligou, dizendo que suas propagandas foram apagadas. Renata colocou a mão na cabeça, suspirando, tinha certeza que ele ia retalhar desta maneira e não tinha o que fazer, pelo menos por enquanto, afinal, ele era o maioral e tinha muito dinheiro para bancar o que quisesse. — Eu esperava por isso. Ligue para o cliente, falarei com ele.Cláudia e
Palmas ecoaram pelo espaço vazio e Donald escarneceu: — Olha a rainha virando plebeia, eu te disse que você se arrependeria de me deixar. — Isso é típico de você, Donald, pisar em quem está caído. Eu me separei de você por sua fraqueza e não é por sua causa que estou nessa situação. Donald sentiu a presença de alguém grande, atrás dele e a voz de barítono falou quase em seu ouvido: — É por minha causa, entendeu? Thomas passou por ele, olhando para o espaço vazio. — Não entendi… — resmungou Donald. — Claro que não, você é muito lento. — respondeu Renata. — Quer dizer que você preferiu perder tudo do que aceitar trabalhar comigo? Por quê? O que eu fiz para você ter tanta aversão por mim? Donald finalmente entendeu o que aconteceu. A culpa da falência da One, foi causada por Thomas, que queria forçá-la a uma sociedade e ela não aceitou. — Entendi…finalmente apareceu alguém para desbancar sua arrogância… Donald não conseguiu terminar de falar, o murro certeiro de Th
Conforme os dias passavam, o patrimônio de Renata continuava diminuindo e completando o quadro ruim, ela começou a sentir mal estar, fraqueza e sonolência. Quando percebeu que sua menstruação estava atrasada, entendeu o que era e marcou uma consulta com sua ginecologista.No dia seguinte, chegou ao consultório e sua médica e amiga a recebeu preocupada, pois era uma consulta de emergência.— Oi, amiga. O que aconteceu para vir me procurar de emergência?— Ai, Lucy, estou grávida.— Como aconteceu? Esqueceu de tomar a injeção?— Exatamente. Depois que me divorciei, fiquei despreocupada e esqueci. Acontece que há dois meses atrás, dei uma escorregada e aqui estou, com um presente inesperado. — Pelo menos, valeu a pena?— Sim, foi muito bom e serviu para eu perceber que me satisfazia com muito pouco. As duas deram risada, pois Lúcia sabia que a amiga só tinha tido um homem na vida que era Donald, se ela dizia aquilo, foi bom divorciar-se.— E o pai, é gato?— Aquele lá, só serve para is
Natan não se conformava com a falta de consciência do homem, que apesar de ser seu amigo, reconhecia que era muito implacável e cabeça dura.— Não se engane, você não pararia, você queria vê-la se rebaixando a você, e cedendo aos seus caprichos e vontades, mas quando viu que ela mantinha a postura firme, continuou pressionando, só para vê-la se humilhar para você. — O que é, agora? Virou meu grilo falante? É melhor vocês dois saírem daqui e me deixarem em paz. — Simples assim, não é? Enquanto você fica aqui no frescor do seu ar condicionado, desfrutando de qualquer coisa que quiser, pois é só pedir, ela está lá, num banco de praça, comendo um cachorro quente, sem um banheiro à disposição e sabe-se lá até quando.Natan falou e saiu, deixando o homem amargurado e cabisbaixo, refletindo o que falou o amigo. Miguel também olhou para ele, com pena do homem arrogante, que não sabia como conquistar a mulher que queria. Saiu, deixando que ele refletisse, mas ficou à espera de que ele se arr
Miguel colocou água em um copo e pegou os comprimidos que o médico deixou, caso ele acordasse com dor, e levou até ele. Thomas levantou as duas mãos e os braços e viu que havia alguns arranhões, mas estavam inteiros. Pegou o copo e o comprimido, bebendo sofregamente, através do canudo.— Porque sinto tanta dor no meu peitoral, parece que não está quebrado, mas a dor é intensa. — perguntou, entregando o copo para Miguel.Foi Natan quem respondeu, pois estava ciente de todo o processo pelo qual Thomas passou. Estava no hospital desde que ele foi internado e sua aparência só não estava pior, porque aproveitou para tomar um banho no banheiro do quarto e se trocar.— Essa dor que você está a sentir é devido ao airbag que abriu e impediu que você quebrasse a parte superior do quadril, mas suas pernas ficaram presas nas ferragens e você perdeu muito sangue, além de ter fraturas em ossos que precisaram ser restaurados.O quarto do hospital, como previsto por Miguel, transformou-se em um escr