OLIVER LUTHOR Eu me senti muito mal por tratar a Karah daquele jeito, ela parecia péssima realmente, mas no calor do momento eu acabei me deixando levar. Mas, mesmo com um pouco de pena, eu não me arrependo do que eu disse, já sei o jogo dela, ela queria conquistar a simpatia de todos e assim conseguir um espaço para ocupar um nível melhor. No final a Luiza tem razão, pessoas como a Karah são capazes de tudo para conseguir dinheiro e uma boa posição social. Pior é que eu cheguei a sentir um pouco de empatia por ela depois de ver onde ela morava e o que aconteceu com ela, eu até tive curiosidade para conhecê-la melhor, mas, depois de conversar com a Luiza e ela me dizer que já viu a Karah tirando fotos de nós e até mesmo da vovó, eu entendi que a primeira impressão que eu tive dela era a real.Eu tive certeza que desde o início tudo foi planejado por ela, comecei a desconfiar até da situação em que a vovó passou mal. Eu fiquei com tanta raiva depois de saber que aquela mulher estava
KARAH LANG Eu estou muito triste com tudo que vem acontecendo na minha vida; parece que de repente veio uma onda levando tudo que eu tinha de uma vez. Eu e o Lucas sempre conversamos muito e ele me deu a maior força quando eu perdi o emprego, de novo, mas, mesmo assim eu ainda sinto uma dor tão forte no peito, às vezes eu só queria sumir um pouco. Tenho uma entrevista de emprego, dessa vez é numa empresa, é uma prestadora de serviços, faxineira, babá, cuidador de idosos… enfim, eles contratam os profissionais e recebem uma porcentagem do nosso contrato trabalhista. Eu espero que tenha sorte, eu estou precisando mesmo ter um pouco de sorte. Felizmente a entrevista foi um sucesso fui contratada como cuidadora de um idoso, estou no período de experiência, vou cuidar de um senhor muito simpático por sinal, fui apresentada a ele depois de ser aprovada na entrevista; começarei amanhã. Eu cheguei no local quarenta minutos antes do meu horário, o senhor mora em uma mansão é uma mansão en
Eu estava no ônibus, como sempre lotado, é realmente horrível ir trabalhar balançando no ônibus depois de uma bebedeira. Após quarenta minutos o ônibus parou no cruzamento e muitas pessoas desceram, felizmente eu consegui me sentar, e o melhor, na janela. Mas, a minha tranquilidade e alegria por ter encontrado um lugar durou pouco. No próximo ponto entram três homens com mochilas nas costas, um deles cumprimentou as pessoas e parou perto de mim, eu sorri para ele quando ele falou um oi comigo, até o achei muito simpático. Minutos depois do ônibus voltar a andar, um deles tirou uma arma da mochila e todos os passageiros começaram a gritar, o homem que estava perto de mim tirou fitas adesivas da sua mochila e começou a pregar explosivos nas cadeiras. Todos ficamos desesperados, era apavorante e o terror tomou conta de todos os passageiros, principalmente quando o terceiro homem atirou em uma mulher que fazia mais escândalo, nessa hora eu também gritei.— O próximo que gritar vai ter
OLIVER LUTHOR Eu tomei essa decisão para deixar a minha avó mais tranquila, ela ficou muito aborrecida depois que a Karah rejeitou sua ajuda. Comentei com minha avó sobre o meu plano de comprar o terreno e depois devolver a casa pronta e ela adorou ideia. Até aí estava tudo bem, o problema é que a Luiza ouviu a minha conversa com vovó e agora fica tocando nesse assunto o tempo todo. Eu já estou achando cansativa a história com a Luiza. Nós acabamos brigando.— Mas, Oliver, você não tem que ficar se envolvendo com esse tipo de gente, você sabe o que essa mulher é. Ela quer se aproximar de você para ter status e dinheiro! — Ela entrou no meu escritório, enquanto estava falando com os engenheiros que irão trabalhar na construção da nova casa.— Luiza, por mais que eu te considere, eu não lhe dei o direito de se meter em assunto que não lhe diz respeito. Eu sei que ultimamente nós estamos tendo um relacionamento íntimo, mas não passa de sexo, você concordou com isso. Eu estou fazendo i
No dia seguinte, estava em meu escritório na empresa, quando minha avó ligou desesperada, me mandando ligar a tv, imagina o meu pânico quando vi a Karah saindo de um ônibus com armas apontadas para sua cabeça.— Mas que porra é essa? — perguntei.— O ônibus que a Karah pega para ir trabalhar foi sequestrado, os bandidos colocaram explosivos em todas as poltronas e estão ameaçando os passageiros. Oliver, olha nas janelas do ônibus, eles estão apontando armas para a menina! — Ela respondeu desesperada. — Calma, vovó, a polícia já está lá e tem bombeiros e paramédicos também, não vai acontecer nada com ela — falei, mais para mim mesmo que para ela. — Meu Deus, por que essa menina tem que sofrer tanto? Não faz nem duas semanas que a casa dela caiu com ela dentro, agora isso, essa menina não tem paz — ela murmurou com compaixão. — Acalme-se, vovó, ela vai se sair bem. Eu preciso desligar agora, mas caso a senhora precise pode ligar, ok. Não se preocupe, as autoridades vão resolver e ela
KARAH LANGEu fiz alguns exames e como não tinha nenhum problema físico, fui liberada no mesmo dia. Para minha surpresa, o policial Bruno estava na recepção me esperando. — Então, você está melhor agora, moça? — Ele perguntou, gentilmente, vindo em minha direção.— Sim, eu estou melhor. Obrigada pela preocupação. E o meu nome é Karah — respondi, oferecendo a mão para me apresentar.— Muito bom saber disso, Karah, é um bonito nome. — Ele sorriu, e que sorriso bonito ele tinha. — Bom, se você não se importar, posso te dar uma carona para casa. Aceita? — Ele perguntou, ainda sorrindo. Ele é mesmo muito bonito. — Claro que aceito! Depois de ser sequestrada por três terroristas, nada melhor do que voltar para casa na companhia do policial que acabou com eles. — respondi e comecei a andar, seguindo-o até seu carro.O carro dele é um belo carro. No caminho até o prédio do Lucas, ele foi me contando sobre sua carreira. Seu relato só me fez ter certeza de que ele é um homem muito bacana. Co
— Alô! Neste número eu falo com a proprietária do terreno que está à venda? — Surpreendi-me com a rapidez que apareceu um comprador.— É sim… — Nós conversamos por alguns minutos e, mais rápido do que eu imaginava e pelo preço que eu pedi, fechamos negócio. Aparentemente a minha sorte resolveu mudar. Agora é só decidir o que fazer com o dinheiro, eu tenho muitas ideias, talvez eu possa até começar um negócio próprio. Acabei rindo do meu excesso de positividade. Até parece que setenta mil reais daria para abrir um negócio em plena cidade de São Paulo. Até poderia ser um investimento inicial, se eu tivesse um teto para morar e como me sustentar até que o negócio começasse a dar lucro. Os meus dois dias de desempregada estão me possibilitando ter muito tempo para pensar. Algo que eu não fazia com frequência quando estava trabalhando, meu tempo para mim mesma era escasso. Após me dar conta que o meu dinheiro era insuficiente para me tornar minha própria chefe, acabei decidindo viajar,
OLIVER LUTHOR Eu queria muito falar com a Karah, poder me explicar e resolver nossas diferenças, mas ao vê-la com aquele policial acabei voltando para casa sem cumprir com meu objetivo. Como já era esperado, a minha avó achou que eu não fiz porque não quis. — Oliver, você ao menos tentou? — perguntou, após ouvir minhas explicação. — A senhora ouviu o que eu acabei de dizer? Eu não falei com ela porque estava acompanhada. — Acompanhada? Oliver, você poderia ter se aproximado e pedido para conversar! Eu aposto que você sequer tentou de verdade — faz um muxoxo com a boca, eu acabei rindo da sua expressão excessiva de desgosto. — Você está rindo? Eu já disse para você resolver isso e não aceitarei que essa situação continue! — Eu irei resolver. Não se preocupe, a sua protegida vai voltar a falar com a senhora. — Deixei-a reclamando na sala e fui em direção ao meu quarto. Após sair do banho, ouvi batidas na porta. — Entre! — Oliver, eu posso falar com você? — perguntou