— Eu estou.... Meu Deus, isso quer dizer que não posso cancelar, mas ainda há uma passagem livre — falei, finalmente, conseguindo responder e sair do choque em que estava percebendo que Finn preferiu viajar sem mim.
— Sim, não tem como cancelar, mas você ainda pode viajar, só que terá que ser outro dia ou em outro horário.
— Me dê um minuto por favor — pedi. — Joe, eu preciso fazer essa viagem, mas não quero ir sozinha, você vem comigo? Preciso descobrir porque Finn viajou sozinho — expliquei baixinho.
— Vou com você Rubya, não vou te deixar sozinha em uma hora como essa. Só precisamos ver a disponibilidade de uma passagem para mim. — respondeu me deixando feliz.
— Desculpa, não consigo guardar seu nome. — Olhei para a mocinha pedindo desculpas.
— Meu nome é Renata.
— Renata, você tem algum horá
— Calma Rubya, nós vamos encontrá-lo — Joe tentou me acalmar sentando do meu lado na cama.— Joe, você nunca parou para pensar, que talvez o Finn não queira ser encontrado, por isso desapareceu assim? — resmunguei chorando com o coração despedaçado.— Já pensei nisso, mas acho que você merece uma explicação. Sou amigo dele desde a infância, nunca na minha vida vi Finn agir como um idiota, essa é a primeira vez. Você não merecia isso, por esse motivo tem que exigir uma explicação.— Você tem razão, eu mereço uma explicação, mesmo que o motivo seja ele ter conhecido outra mulher. Eu mereço saber a verdade — falei limpado as lágrimas. — Joe, vou tomar um banho para dar uma relaxada, a viagem foi cansativa. Você se importa?— Claro que não, vai lá que eu vou pedir algo para comermos.— Obrigada, estou mesmo com muita fome — agradeci entrando no banheiro com uma troca de roupa.&nb
De repente, a mulher falou um pouco mais alto e conversava em Espanhol, só que mesmo assim consegui ouvir o nome que ela disse, tenho certeza que pronunciou Joe. Os sussurros e gemidos continuavam e foi então que eu reconheci a voz do Joe. Então era ele mesmo que estava na maior pegação com uma garota na porta do quarto. Em seguida ouvi ele se despedindo e logo entrou. Fingi que estava dormindo e ele foi direto para o banheiro, pelo barulho do chuveiro estava tomando um banho. Entretanto, não demorou muito, estava se deitando ao meu lado na cama por cima do lençol que me cobria. Continuei calada e tentando dormir novamente. Se na primeira noite ele já estava assim nessa pegaçao, não queria nem imaginar com quantas ficaria até o final dessa viagem e pensando nisso acabei dormindo. Acordei com o barulho da TV ligando e abri os olhos assustada, foi então que notei que Joe já estava acordado. — Bom dia, você
Finalmente chegamos ao hotel. Desci o mais rápido que pude do carro, já que eu estava bastante ansiosa para descobrir a verdade. Confesso que estava bem nervosa, com medo do que iria ouvir dele, mas tinha chegado até ali e, agora não podia amarelar. Com certeza iria até o fim. — Rubya, tem certeza que está preparada? — Perguntou me vendo vacilar, pois dei um passo para atrás, ao invés de ir em direção ao hotel. — Sim, só estou tentando criar coragem para entrar. — Se quiser desistir por hoje, podemos voltar amanhã. — De jeito nenhum, vou entrar agora — falei me encaminhado apressada e Joe foi atrás. — Buenas tardes! Bienvenidos Hotel Barcelona Universal. — disse a recepcionista me olhando entrar apressada. — Usted habla português? — perguntei me aproximando — Sim, claro. Vocês têm reservas? — Não, só viemos tirar uma informação. — Rubya, OLHA... — grit
Acordei assustada, com o telefone tocando e Joe dormia como uma pedra agarrado a mim de conchinha. Com o coração acelerado, e com uma sensação estranha na boca do estômago tentei sair dos seus braços sem que ele acordasse, pois o telefone não parava de tocar, e o quarto tinha uma meia luz acesa bem fraquinha. Talvez fosse o gerador do hotel, afinal a TV continuava desligada, isso queria dizer que a força não tinha voltado.Quando finalmente consegui sair dos seus braços, mesmo com todo esforço para não o acordar, ele acabou acordando e o telefone, pela demora, parou de tocar. — Rubya, pegamos no sono. Que horas deve ser agora? — questionou me olhando e esfregando o rosto para afastar o sono. — Não faço ideia — respondi indo tomar um copo de água.— Nossa! São onze horas da noite e ainda estamos sem força — disse admirado olhando seu celular.— Estou morrendo de fome — ouvi minha barriga roncar, só esperava que ele não tivesse ouvido.—
Parecia que eu estava enfeitiçada por aqueles pares de olhos puxados, pois sem perceber eu o beijava com muita vontade e ele correspondia ao beijo como se estivesse sedento de desejo. Sua mão percorria todo meu corpo, me deixando com uma sensação estranha na boca do estômago.No momento em que o grupo de pessoas passaram por nós, que me dei conta da burrada que eu fiz, o empurrei na hora e corri por aquele labirinto procurando a saída. Queria me esconder, me enfiar em um buraco, sumir do mapa, isso não poderia estar acontecendo, não com Joe que nunca levou ninguém a sério e ainda era o melhor amigo do meu ex-noivo. Quando finalmente achei a saída, corri para o carro, mas percebi que Joe vinha atrás e quando finalmente ele me alcançou, me pegou pelos braços. — Para Rubya, chega de fugir dessa conversa, a gente vai conversar agora. Entra no carro por favor — pediu me olhando sério.Ele tinha toda razão, não podia ficar fugindo disso. Estava ma
Percebi que ele também queria a mesma coisa, pois seus lábios se aproximavam bem devagar, mas bastou um barulho do lado de fora do quarto para nos fazer voltar para a realidade. — Rubya, boa noite — disse sem graça virando para o outro lado. — Boa noite — respondi, fechei meus olhos, tentei tirar dos meus pensamentos aquela vontade de beijá-lo e acabei adormecendo. Acordei com cheirinho de café invadindo o quarto e ao abrir os olhos, notei que já tinha amanhecido. — Bom dia, anjo, eu trouxe café para você. — Joe me olhou de onde estava, sentado a mesa que tem no quarto. — Bom dia, Joe, porque trouxe café para mim. Que horas são? — Perguntei intrigada. — São quase dez horas — Meu Deus, Joe!! Porque me deixou dormir tanto? Deveria ter me acordado — falei me levantado. — Você precisava descansar, então deixei você dormir mais. 
Haviam fitas para isolar as áreas que os visitantes não podiam ultrapassar, então quebramos essa regra e usamos nossas mãos para bater a poeira que deveria estar na cama. Comecei a espirrar conforme o pó foi levantando e precisamos esperar a poeira baixar para deitarmos. Voltei a espirrar algumas vezes, sempre fui muito alérgica.O lugar estava a meia luz, talvez o castelo tivesse algum gerador, o lugar já deveria estar escuro àquela hora. Me perguntei se não haveria ninguém a noite tomando conta do lugar, geralmente é costume ter guardas noturnos.— Rubya, estou com muita fome. Você não está?— Não, eu comi um pouco de salgadinho antes de escurecer, lembra? Por falar nisso, guardei o pacote na minha bolsa, junto com a garrafinha de água que compramos — vasculhei minha bolsa.Juro, eu estava tão assustada de ter visto um fantasma, que eu não tirava os olhos do Joe, ele era a única coisa que eu queria ver. Nunca pensei que um dia fosse ter tanto medo
Fui acordada com barulhos vindo do corredor, olhei na direção de uma das janelas do quarto e dei um pulo da cama ao perceber que já havia amanhecido. Procurei por minhas peças de roupas pelo chão e comecei a me vestir rapidamente.— O que tá fazendo? — Joe perguntou sonolento.— Estou me vestindo, finalmente vamos embora daqui. — falei terminando de me vestir e em seguida fiz um rabo no meu cabelo que era um Chanel longo e estava todo bagunçado por ser ondulado.— Nossa! Nem percebi que já amanheceu — levantou-se e começou a vestir sua roupa.Por um momento não tive como evitar, fiquei parada como uma estátua admirando a beleza desse homem. Como nunca notei antes, que Joe era tão lindo? É por isso que chovia mulheres aos seus pés.— O que foi, porque me olha assim? — questionou intrigado, foi então que percebi o quanto estava sendo ridícula de ficar encarando-o daquela maneira e quando me lembrei da noite incrível que tive com ele, me