Cinco dias depois, Afonso retornou da Suíça e imediatamente percebeu algo estranho na mansão.

Não havia o habitual entusiasmo com que Naiara sempre o recebia na porta. Ele trocou os sapatos e se dirigiu à sala de estar, sentindo uma única coisa:

Silêncio absoluto.

De repente, ele se lembrou de que, nos últimos cinco dias, Naiara também estava estranhamente silenciosa, sem telefonemas ou mensagens.

— Onde está a Naiara? Ela ainda deve estar chateada porque você não apareceu naquele encontro, mas foi por causa do trabalho que você não pôde ir. Ela tem mesmo um temperamento infantil, você deve acalmá-la mais tarde, — disse Amélia atrás dele, despertando sua raiva com aquelas palavras.

— Infantil? Ela está prestes a entrar na faculdade e ainda age assim? Desta vez, vou deixá-la de lado, ninguém deve falar com ela. Quero ver quanto tempo ela aguenta! — Respondeu Afonso, com raiva evidente em sua voz.

Amélia, escondendo sua satisfação, fingiu acalmá-lo com algumas palavras antes de voltar pa