Capítulo 14
A dança final
Valéria não se conteve ao saber da notícia sobre o novo trabalho de Mariana e foi até a casa do irmão. Ao chegar se deparou com a cena inusitada de Vitor tentando fazer o seu próprio almoço capengando pela cozinha. A irmã sentiu pena.
- Não entendi ainda por que não tratou empregadas.
- Porque não sou aleijado. - Lançou a irmã um sorriso aberto, jocoso.
- Vi! Se você cair, vai voltar para a cirurgia, pode soltar algum pino.
- Ah, não se preocupa, os pinos já foram soltos quando conheci sua amiga da faculdade.
- Por falar nela, ela me ligou.
Vitor continuou mexendo na panela como se não se importasse, mas Valéria reparou no cenho franzido e um ar pensativo que se formou no rosto do ir
PrefácioEsta história foi baseada em uma música que gosto muito, Private Dancer de Tina Turner. É uma linda história de amor entre um homem poderoso e milionário que é Vitor Assis Ferreira e uma professora de dança, Mariana Lopes da Silva. Eles se conhecem porque Vitor precisa treinar valsa para dançar no casamento do irmão caçula. Os seus motivos são muito importantes para que precise aprender a dançar valsa, embora sendo um roqueiro tatuado que faz parte de um clube de motoqueiros rudes e um tanto selvagens. O pai dos três irmãos tinha morrido de infarto há cinco anos. Vitor era o mais velho dos irmãos e teve que assumir a presidência da construtora a todo custo, mesmo que para isso tenha sacrificado sua liberdade de estar em sua moto, no meio do asfalto quente das estradas do pa&iacu
Capítulo 1Um encrenqueiro sedutorMeia noite e meia. Sexta-feira. O rapaz de cabelos longos castanho-claro até abaixo dos ombros e de olhos azuis escuros se esforçava sobre o corpo de uma modelo muito bonita, loira, de olhos castanhos. Os outros frequentadores do motel de luxo, deveriam estar ouvindo os gritos de prazer da mulher que suava sobre os lençóis caros enquanto emitia grunhidos sem se importar com a vizinhança. O homem deslizava as mãos pelas ancas largas e alvas da loira a puxando contra seu corpo enquanto ouviam o barulho surdo de seus corpos se chocando no meio da noite. O casal já estava ali há horas entre o suor e os aromas que subiam de ambos os corpos naquele frenético sexo rude e grosseiro.Os cabelos longos dele molhavam-se no suor do peito tatuado por vezes grudando e ficando
Capitulo 2 Entre homens e molequesVitor e Mariana ainda acertavam os seus detalhes na academia. Aquela era uma conversa decisiva para seu aprendizado. Vitor precisava aprender e rápido. O seu jeito meio rockeiro, motoqueiro anti-social o impedia de ter certas conversas sobre comportamentos normais para outros.- Quanto tempo o senhor tem até o casamento? - Perguntou ela- Um mês mais ou menos. - Ele a olhava enquanto ela disfarçava os olhares nos bíceps dele que saltavam da camisa justa.- Certo, você pode fazer toda segunda, quarta e sexta, podemos combinar depois. Agora eu preciso ir.&nb
Capitulo 3Fora de controleAo chegar em casa naquela noite, Vitor se deparou com uma mãe bêbada na sala ao telefone com um homem. Vitor parou a olhando cruzando os braços.- O perigoso sou eu?- Eu sou sua mãe, cala a boca!Ele foi até ela e pegou o telefone de sua mão.- Babaca, vai caçar a mãe de outro para comer, essa daqui tem gente olhando por ela!- Vitor? - Disse a voz do outro lado - Bem que ela disse que você dá trabalho ein bebezão!- Não me interessa quem você é, chefe, se você se aproximar da minha mãe de novo eu pes
Capitulo 4O salão CristalMariana teve dificuldades diante da polícia. Alguns policiais riram de suas queixas, como em algumas situações. Ela se sentiu profundamente humilhada e triste. Vitor se irritou.- Custa abrir um boletim de ocorrência pela vidraça quebrada? A moça foi demitida por causa do namorado que fez escândalo na porta do trabalho dela!- Pelo nervosinho aí, é você o namorado abusador dela?Vitor se irritou de verdade e mandou chamar o delegado, que era seu amigo.- Pode me chamar o Guedes?- Conhece o Guedes?Vitor deu um sorriso sarcástico e Mariana olhou para ele. Conhecia um delegado de polícia também? Pensou ela.- Conheço o Guedes e eu quero o boletim fe
Capítulo 5O milionárioAquela noite Mariana deveria cantar no bar. Assim que os dois terminaram a aula, ela avisou a Vitor que precisava trocar de roupa em algum banheiro do hotel para sair. Vitor ficou bastante interessado em saber onde Mariana iria. Ele esperou que ela se trocasse e se ofereceu para levá-la.- Não, não precisa.- Eu faço questão, é balada?- Não é balada, Vitor mas eu vou sozinha para trabalhar.Ele foi andando com ela até a recepção. Vitor falou com algumas pessoas e pôs-se a andar ao lado dela até o lado de fora.- Tem certeza de que não quer que eu te leve?Naquele momento o telefone dele começou a tocar. Vitor olhou o visor, franzindo o cenho, contrariado. Era Laís. Maria
Capítulo 6Jovem demais para se apaixonarJá eram onze horas da manhã quando Vitor buzinou na porta da casa de Mariana. Ela estava pronta, vestida de bermuda jeans, uma camiseta branca, Jaqueta jeans e tênis. A mãe, ainda preocupada, aconselhou milhares de vezes e fez dezenas de perguntas sobre quem era. Mariana apenas se limitou a dizer que era um amigo, o que sua mãe não “engoliu” de forma alguma. Já no carro, Mariana entrou olhando para Vitor com um sorriso tímido. A partir do momento em que soube quem era, sentiu-se extremamente intimidada. Vitor vestia uma calça jeans e uma camisa estampada, estrategicamente desabotoada no peito e chinelo. Mariana reparou nos chinelos dele e riu.- Gostei do look...Ele sorriu um pouco triste.- É...para onde eu fui não
Capítulo 7Um chefe dos sonhosA Avenida Ataulfo de Paiva no Leblon era uma das ruas mais movimentadas e bonitas do bairro. Assim que Mariana desceu do ônibus, viu o Pão de açúcar de frente para a avenida e sorriu. Ela nunca tinha estado ali. Era difícil que acreditassem nela quando dizia que muitos lugares do Rio de janeiro ela não conhecia. Era perfeitamente normal que a maioria das pessoas não conhecessem todo o Rio de janeiro enquanto cidade grande, já que a cidade é caracterizada pelas discrepâncias regionais, topografia e segmentação de classes. A professora de dança foi caminhando olhando os números dos prédios, atenta ao nome dado por Vitor. Cidade do Leblon. Logo Mariana parou em frente ao enorme prédio e bufou.- Para que tanta riqueza? - Reclamou.<