- Ai Nay! Eu não sei mais o que eu faço...
- Acho que você deveria pensar bem! Não pode estar apaixonada por uma criatura que viu duas vezes!
- Esse é o problema. Eu nem o conheço! Mas não consigo esquecer, sabe, ele agiu comigo, sei lá. Foi tão diferente. O Henri nunca, não sei, mas nunca foi, nem eu sei te explicar.
- É porque está apaixonada, bobinha! Tudo que ele fizer para você, será diferente. Vai por mim, não cai nessa. Sua vida está estabilizada aqui, tem um bom emprego, seu apartamento. Nem estou falando do seu relacionamento.
- Racionalmente, eu sei de tudo isso. Mas quando ele me liga, ou manda mensagem, meu coração dispara.
- Credo, não queria estar o seu lugar Jaque. Mudando de assunto. Quando iremos para o Canadá? Preciso muito fazer aquela matéria com a Kaká, ela irá fazer um programa de variedades, porém com conteúdos sérios e da atualidade. Quero que façamos juntas falando sobre o tráfico infantil e a venda de órgãos no mercad
- Nem pensar, eu preciso trabalhar! - Você está louca? Já é noite... - Quero ver o Cristiano. Onde estão as crianças? - Oi meu amor, que bom que tudo passou e eu irei voltar para meu cantinho. - Henrique, não! Sem espirito para brincadeiras. Onde estão as crianças? - Ele arrumou um lar temporário para eles. - Sério? – Por um instante cheguei a ficar feliz. Mas... Parei. Olhei para o Henrique. – Quero os documentos. Todos os documentos. - Duvida de mim? - De vocês todos. Onde está a Yamina? - Já está na casa dela. - Certo! – Sacudi a cabeça concordando. – Me leve até lá, e peça para o Cristiano nos encontrar lá com os documentos. - Credo Jaqueline, eu esperava mais de você. Pensei em um jantar. - Pega leve Henrique, fiquei mais de um mês confinada, vocês não deram nenhuma notícia deste caso, agora quer que eu saia para jantar? Quero saber como estão as crianças primeiro. Depois vamos janta
- Que cara é essa Líli? - Odeio essas confraternizações. Nem irão pagar hora extra... - Hora extra amor, é uma festa! - Para você, para mim é uma obrigação imposta pelo seu pai. - Ai amor para com isso. - Se sou obrigada a ir, é imposta, e quem obriga é seu pai. Detesto 70% daqueles puxa sacos que trabalham lá! Sou obrigada a fazer de conta que gosto da situação. Se ainda pudesse ser eu pelo menos! E para ajudar eu irei perder o show da Katy , que eu esperei tanto para ir. - Ei, onde foi parar a minha Jaqueline? - Segurando meu rosto. - Faz um tempinho que não estou te reconhecendo, voltou aérea e meio intolerante. Onde está aquela menina doce e agradável que eu conheci? Ainda está brava comigo por causa do Sebastian? Ou por causa do Cristiano? É isso amor? Não faço mais isso, eu deixo você escolher com quem quer trabalhar. - Ele me abraçou forte. - Me perdoa, não imaginei que ele fosse se atrever a encostar em você! Não posso deixar v
- Oi amor, chegamos. - Aaai, como estou cansada, vamos ter que ir direto ao tribunal. Não dá tempo de ir para o hotel. - Ontem você dormiu tarde? - Um pouco, fiquei terminando de montar... - Dra. Jaque! Olhei para o lado, com aquele sorrisão estampado no rosto. - Mark? - Não me disse que vinha! Me dá um abraço... Abracei-o, por alguns minutos me esqueci que estava quase atrasada e principalmente que estava acompanhada, Henrique ficou nos olhando. - Nem eu sabia, só fiquei sabendo depois que desligou. - Você está linda! Senti sua falta, já fazem mais de dois meses. Vai ficar até quando? - Nós iremos ficar só até amanhã, né amor? Prazer eu sou Henrique, o namorado da Jaque! - Ah! Eu sou Mark, amigo dela. - Vamos amor, se não iremos nos atrasar. - Tchau Mark, nos falamos. - Henrique pegou minha mão e fomos pegar um táxi. - Não sabia que tinha amigos íntimos aqui no Japão!
“Quando chegou isso?” Peguei o pacote, olhei, não tinha remetente. Perguntei para o porteiro. - O senhor viu quando chegou este pacote? - Olha senhorita, ele não estava na sexta-feira, então não deve ter sido o correio. Quer que eu pergunte para o colega que ficou no final de semana? - Não precisa. Obrigada. Vou subir e descansar um pouco. - Teve um senhor aqui, na quarta-feira, parecia estrangeiro. Ele perguntou pela Doutora que trabalha no aeroporto. - Disse meu nome? - Não senhorita. - Como ele era? Aparentava ser oriental? Ele deu uma risadinha. - Olha senhorita, só se ele for do oriente médio! Mas não entendo muito desse tipo de coisa, mas era alto, falava muito enrolado, com a pele mais escura que a minha. - Que estranho. Não lembro de ninguém assim... Obrigada. Vou deixar essa caixa aqui e irei pedir para alguém buscar. O Nome dele é Cristiano, ou alguém em nome dele. Pode entregar a caixa. <
- Bom dia amor! - Oi, o que faz aqui Henri? Não foi para outro quarto? Desculpa, bom dia! - Senti sua falta de madrugada e vim dormir com você. Você tomou seu remédio para dormir, né? - Sim, não estava conseguindo dormir. Esta mudança de horários me deixa bem desorientada. - Mas dormiu cedo pelo menos! - Na verdade não, eu saí um pouco. - Ah! Às vezes eu queria que você fosse menos sincera, vem vamos tomar café, não podemos nos atrasar... - Quer que eu minta Henrique? Um advogado pedindo para seu cliente mentir, irônico! - Não meu amor, é que sua sinceridade machuca às vezes. - Não me pergunta! Eu não irei mentir sabe disso, se não confiarmos um no outro não podemos ficar juntos. - Ai, eu odeio e amo esse seu jeito! Droga. Onde foi? - Quer saber mesmo? - Olhei para ele que me fitou sério. - Então tá... Fui ver o Mark. Vou me arrumar... Senti na sua voz que ele não gostou, mas engoliu seco
- Quanto tempo sem falar com ele Jaque? - Ele quem? - O Henrique, quem mais seria? Ah, claro. O bonitinho. - Mark, Mina. O nome dele é Mark. - Isso, Mark, o bonitinho. Acabei rindo dela. Afinal os últimos dias têm sido bem difíceis, agora que saiu o resultado do tal pacote, e na verdade, foi só uma brincadeira, segundo o Cristiano para me assustar. Ainda não funcionou. Terão que investir mais... Olhei para ela. - Irá fazer quinze dias, ele ficou emburrado do nada, por causa, já te contei, da bonequinha de porcelana deles. - Aquela menina é o demônio. - Não acredito que ela seja tudo isso, só que tem poder demais, é o que eu acho. - Pode ser, até é um pecado eu falar assim... - Virou religiosa agora? - Não, por quê? - Pecado? - Foça de expressão, só isso. Estou sendo injusta. Ela não foi tão horrível quando ficou no seu lugar. Claro que não se compara com você ou a Nayara. Mas foi
- Intoxicação alimentar de novo Jaque? - Aham! Odeio viajar, ainda mais quando é um país com alimentação muito diferente da nossa. - Viu, ficar sem comer tem suas vantagens. - É tão ruim quanto isso. - Pelo menos eu não fico vomitando! - Ai, chega Mina. Chegou alguma coisa urgente? - Já coloquei na sua mesa, quer que eu adiante o caso? - Não, deixa que eu leio. Pega um suco para mim, por favor? - Laranja? - Sim. Pode ser. Yamina saiu enquanto eu fiquei lendo os documentos. - Eita, dois dias no hospital muda uma pessoa. - Oi, poderia ter emagrecido mais... - Credo, criatura. Você já está magra. Às vezes acho que está com o mesmo transtorno que a Mina. - Eu, Nay? Como tipo um Tiranossauro Rex. Acha que eu fiquei doente por quê? - Está certa. Passei rapidinho para te ver. - Obrigada. Aonde irá agora? - Tenho só duas audiências de adoção, daqui a pouco.
- Droga Jaqueline, Los Angeles , o que você tem na cabeça? - Eu? O que você acha que eu tenho na cabeça? Seu pai me humilhou em uma audiência, sabe o que é isso? Ele deveria ter me apoiado, eu estava defendendo os interesses de uma criança de quatro anos e um bebê de oito meses. Estou indo embora Henrique, se quiser pode ir comigo, caso contrário pode ficar na sua vida linda e maravilhosa. Eu não vivo do dinheiro dele. Cansei. - Meu amor, não considere o que meu pai fez! - Não considerar? Como? Ele me expôs, usou um sigilo pessoal usado na entrevista psicológica para derrubar meu caso, nosso caso! Falar da minha infância como se eu me baseasse nela para montar meus casos. Só por ter sofrido abuso. Como ele soube? Isso foi sigiloso, ele não podia ter mexido nos meus arquivos. Eu me senti invadida mais uma vez... Ele me abraçou forte. – Certo foi horrível mesmo. Ele não tinha esse direito! Mas pense amor... - Já pensei Henrique. Estou desacredit