RenataDepois de fazermos um amor maravilhoso, ficamos deitados um ao lado do outro, em silêncio, esperando até que nosso sangue volte a circular normalmente e nossos corpos se recuperem da explosão de sensações que tiveram a pouco. Na minha cabeça passam mil coisas, nós nos declaramos e fizemos amor como nunca havíamos feito. Mas e agora? O que será que vai acontecer?Como se sentisse que algo me deixa pensativa e inquieta, ele me pergunta:— O que tanto de aflige?Me viro para ele na cama e o olhando fixamente falo:— E agora? O que vai acontecer conosco? Você sabe, eu nunca cheguei a esse ponto com homem nenhum. Me sinto perdida e não sei como devo agir.Com um sorriso lindo no rosto ele me faz um carinho e diz:— Renata, agora nós vamos caminhar juntos, um passo de cada vez, e vamos nos ajeitando, nos adaptando um ao outro, nos acostumando com o jeito de ser um do outro e lembrando sempre que nós agora temos respeito um pelo outro. Agora nós estamos juntos, então eu não me relacio
BrunoDe manhã cedo, acordo com uma ligação de Héctor, graças à Deus ele tinha boas notícias, minha mãe acordou bem, e o plano de saúde dela vai cobrir o tratamento aqui no Rio de Janeiro. Isso já é um bom começo e me deixa mais animado e mais confiante. Mas logo em seguida surge um problema que tenho que resolver, o meu celular toca novamente, com uma leve expectativa de ser Renata, eu atendo rapidamente, mas logo tomo um banho de água gelada, porque se tratava da Valentina, e eu tenho um problema a resolver, por sorte não é um dos mais difíceis. — Alô! — atendo ao telefone— Meu lindo, como você está? — ela pergunta com uma voz suave— Estou bem, e você? — pergunto por mera formalidade— Com saudades, fiz um itinerário para nós hoje. — ela diz animada — É, nós precisamos conversar. — digo já cortando o assunto. — Sim, precisamos fazer muitas coisas, e eu tenho uma novidade para você. Tendo em vista que sou um cara sério, decido que não irei falar sobre isso com ela por telefone,
Renata Enfim é chegado o sábado, acordo de bom humor, nunca me imaginei feliz por saber que irei encontrar um homem, mas o que me conforta é saber que não é só mais um homem, é o meu homem. Bruno tem me feitos sentir coisas que eu nunca imaginaria sentir, e melhor ainda, gastar de tudo isso que estamos vivendo juntos. Ao lado dele tenho descoberto e permitido desabrochar um outro lado da Renata que confesso que desconhecia. Um lado meiga, romântica e que estava disposta a tudo para viver ao lado de um homem. Resumindo mordi a minha própria língua por sempre dizer que não era mulher de me apegar e sim se pegar, usar, abusar e descartar. Por isso afirmo que não devemos dizer que dessa água não beberei, porque em algum momento iremos beber e até nos afogar em algo que sequer imaginavamos um dia acontecer. Mas não reclamo, estou feliz, ele está feliz, e no fim, é isso o que realmente importa.Animada ao extremo, ligo o som no último volume e coloco a minha playlist para tocar. Estou elét
BrunoSai de casa com a mente aflita e preparado para contar a Renata o fiasco que foi minha conversa com Valentina. Mas quando chego em sua casa e vejo todo aquele clima que ela preparou para nós dois, aquela decoração e principalmente vê-la toda produzida, fez com que eu travasse e mais uma vez desistisse de contar. Eu sei que não estou agindo certo, assim como eu também sei que eu posso colocar tudo a perder em não contar, mas de todas as vezes que estivemos juntos, hoje ironicamente foi a primeira vez que Renata demonstrou ânimo com nosso relacionamento. Foi a primeira vez que a vi fazendo algo por nós de verdade, e isso é muito importante para mim, sendo assim não tem como eu estragar esse momento e gerar uma enorme confusão, porque conheço a Renata é sei que ela vai querer tirar satisfação de imediato. — Que japonesa espetacular. — digo a ela, entrando e dando um beijo suave em seus lindos lábios vermelhos— Gosta de comer japa? — ela me pergunta cheia de malícia enquanto abre
RenataDepois de um fim de semana maravilhoso com Bruno, eu acordo para trabalhar, e claro com ele junto a mim. Após tomarmos um café maravilhoso, numa cafeteria que tinha próximo ao meu trabalho, ele me deixa na BellaRosa e depois vai para o serviço. A nossa noite de ontem foi uma das melhores que já tivemos, e já posso imagina-lo louco ao me ver vestida de espanhola, servindo uma deliciosa paella que a vizinha da outra rua faz.Suspiro feito uma boba apaixonada, e mil ideias passam em minha cabeça. Bruno me faz tão bem, que não imagino como seriam meus dias sem tê-lo ao meu lado, só de pensar que algo pudesse nos separar já sinto um frio na barriga e um arrepio estranho pelo corpo. "Deus é mais, e nada de ruim vai acontecer. Estamos felizes e ninguém poderá estragar o momento que estávamos vivendo." — penso otimista olhando para o céuChego no serviço exalando simpatia e com um sorriso escancarado no rosto. Cumprimento quem encontro pelo caminho, entro em minha saleta e encontro Pi
RenataDesde que aquela vareta saiu da minha sala, eu só consigo andar de um lado para o outro feito uma louca pensando no que fazer, seguro a lágrima que tema em cai dos meus olhos, eu não vou chorar, eu não devo chorar e não posso. Normalmente eu já teria ligado e xingado ele de todos os nomes como sempre fiz com os peguetes babaca, e hoje mesmo já estaria literalmente transando com outro. Mas acontece que ele é muito mais do que isso. Poxa! Ele é meu namorado, e depois do nosso final de semana, isso fica bem mais difícil de lidar. E a enorme diferença é que estou sentindo mágoa e não raiva, e essa dói muito.— Renata, o que você fez com a moça? Ela saiu daqui dizendo que iria te processar. — Pietro entra dizendo — Foda-se! — falo irritada— Quanta agressividade, o que está acontecendo? — ele pergunta visívelmente assustado — Àquela filha da puta era a tal mulher que veio com Bruno de Paris, e o pior ela se depilou pra ele. Você acredita que eu depilei a perereca da maldita que va
Bruno— Calado Bruno, não quero te ouvir. Quem vai falar aqui, sou eu. — ela diz olhando para nós— Mas... — tento argumentar, mas foi em vão — Já disse para ficar quieto. — ela fala com uma voz assassina enquanto me fuzila com olhar. Maldita hora que não dei ouvidos ao que minha mãe disse, se eu tivesse contado o que houve no tempo certo, nada disso estaria acontecendo. Mas não, me deixei levar pela minha cabeça de baixo, e agora pagarei pelo meu erro. Puta merda! Não era nada disse que eu tinha planejado, meu plano era desfazer o erro que foi eu ter me envolvido com Valentina amando a Patricia, e logo depois ir direto para casa dela, contar toda a verdade e enfim ficar tranquilo ao lado da mulher que amo. Mas tudo saiu errado, e agora estou aqui entre as duas, numa sinuca de bico tremenda, e ainda correndo o grande de risco de ser esfaqueado por Renata, porque do jeito que ela me olha era isso ou coisa muito pior que tinha em mente.— Você é uma maluca mesmo. — Valentina falaFoi
Renata— Você é um ser humano meio diferente dos que eu já conheci, Renata. Ele se declarou para você, como pôde ser tão fria e ignorar isso? — Pietro fala comigo dentro do carro a caminho da casa dele, porque hoje vou dormir lá e na minha, ele só não sabe disso ainda.— Confesso para você que eu quase recuei, e estou em choque até agora com aquele eu te amo, mas ele me escondeu uma coisa séria, se tivesse sido sincero comigo, talvez nada disso tivesse acontecido, e quem sabe esse eu te amo dele teria vindo de uma forma mais romântica ou em um momento mais propício. Nós tivemos um final de semana maravilhoso, fizemos amor, e isso para mim é uma novidade. Nos amamos em todos os detalhes, ele me fez se sentir amada sem precisar usar palavras para tal coisa, e esse momento quase estragou tudo. — digo dando uma suspirada— Mas você não vai terminar com ele, né!? — Pietro diz— Não. Claro que não. Eu jamais deixaria ele de bandeja para aquele poste de peruca, mas também não posso me jogar